Todas as
quartas-feiras a defensora pública Daniele Monteiro atende famílias impactadas
por obras da Copa do Mundo no Recife. No Fórum de Camaragibe, cidade da Região
Metropolitana da capital pernambucana, as famílias buscam resolver pendências
de seus processos de desapropriação. Eles moravam na comunidade Loteamento de
São Francisco até o final de 2013, quando suas casas foram demolidas pelo
governo. No entanto, muitos ainda não receberam nenhum centavo das indenizações
devido a entraves burocráticos. Hoje, a maioria vive de aluguel e teve sua vida
desestruturada.
A
defensora pública estima ser responsável por pelo menos 20 casos desse tipo em
Loteamento de São Francisco. A comunidade teve 200 de suas famílias removidas
para obras de mobilidade: a ampliação do Terminal Integrado de Camaragibe e a
construção do Ramal da Copa, via rodoviária de acesso à Arena Pernambuco. A
ampliação do terminal não foi iniciada e o ramal está funcionando de forma
improvisada durante o torneio.
As 200
famílias removidas em Loteamento de São Francisco integram as cerca de 2 mil
desapropriadas pela Copa em Recife, segundo levantamento do Comitê Popular da
Copa local.
(copa sem casa, coletivo Nigéria)
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