soa estranho para quem viveu um tempo em que a boa propaganda, leia-se boas ideias - e não só: tinham de também ser ousadas - feita por artífices era decisiva para se fazer bons negócios. e, talvez, também para quem tem uma ideia minimamente crítica sobre o bastante discutível do que seja hoje um referencial criativo de qualidade e eficácia.
portanto quanto mais bons negócios, menos boa propaganda.
quanto mais boa propaganda, fracassos a porta.
simples assim? não. é relativo, dizem muitos. mas a tal da equação da relatividade especial, não só é considerada uma das mais belas como uma das mais difíceis do mundo.
talvez estejamos a exigir demais dos publicitários e de menos dos matemáticos. ou seria o contrário ?
* uma das formas mais sub-reptícias de subvalorizar o trabalho feito por líderes e ícones da propaganda é chamá-los de românticos. romântico é o caralho! ante a impossibilidade - ou a preguiça, ou falta de caráter - de fazer melhor, simplesmente há a referência aos tempos que eram outros adjetivando-os cavilosamente de românticos. como se nestes tempos de ainda maiores dificuldades - de uma profissão em afirmação(hoje é deterioração mesmo) com todas as implicações e imbricancias de um momento histórico onde, inclusive, economicamente não era nem um pouco economicamente favorável por períodos diversos e muitas vezes longos.
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