sexta-feira, setembro 23, 2011

antes dos póneis malditos haviam os wild horses


em nota, distribuída certamente pela assessoria de comunicação da agência para azeitar sua presumível eficiência - ou seria eficácia ?  eficácia e ou eficiência quase nunca é a mesma coisa - coisa que a cavalaria inimiga não esquece - alardeia-se sobre base numérica relativa – quem vende pouco e tem um aumentinho de tanto, vira número distinto – que a nissan, após a veiculação do comercial dos pôneis malditos aumentou suas vendas em mais de 80%.

 

se considerarmos para além da markeopia(miopia de marketing) que se prende ao fato e tão somente, que um comercial que nem é uma brilhante idéia criativa – mas parece futrica de hannah montana – consegue ser uma pedra no charco da comunicação de pick-ups que chafurdam numa falta de criatividade que não tem controle de tração que destrave, tem-se o retrato do estado atual do mercado de propaganda no brasil, onde agência – e seus diversos departamentos, criação e argh! planejamento, embicam atolados até o pescoço no marasmo conjuntamente com clientes e seu marquetching, verdadeiros reprodutórios de pôneis malditos, tamanha modorra, mesmice, e mediocridade do que é veiculado junto daquilo que hoje em dia sequer é ventilado.

 

as crinas eriçadas da criação – e vá lá do planejamento estratégico(essa moçada me faz cócegas) transformou pégaso em pôneis de animação que, pastiches de si mesmos, sequer chegam a a cavalinhos de carrossel. 

sabe aquela expressão? hoje estou pegando até cavalinho de carrossel? pois, já não os há, terá de se contentar com pôneis, e olhe lá. acabou-se o tesão de criar coisas realmente diferenciadas e criativas, e o que é pior, a secura insaciável de continuar tentando mesmo tendo de pastar diante da pradaria que clama por wind horses.

(http://www.youtube.com/watch?v=EhVLiHPUOIM)

 

 

 

domingo, setembro 18, 2011

pequeno grande,grande


aos observadores de plantão, mais interessados em futricas e nas moscas das latrinas dos famosos, passou desapercebido. no comercial do cinquechento, de idéia, ou melhor conceito, já explorado por diversas vezes, e de maneira bem mais contudente, e bem realizada( querem exemplos comprobatórios? que catem, ò caterva escrava isaura do google sem memória e sem cultura publicitária e geral – chama a atenção a utilização de dustin hoffman, ator que ultimamente não repete nem de longe o acting que lhe deu a estatura de quem se encontrou em perdidos na noite(69) e nunca jamais nenhum deles ao som da visceral everybody talking, de nilson, queridinho de john lennon.

pois bem, ricardo marchi, dá-lhe um banho em seu over acting por sobre o canastrão, enquanto o easy acting de hoffman dá pro gasto e só. para aqueles que acham que é fácil para um ator tido com canastrão representar a si mesmo, não é tão fácil assim. aliás é difícil pra caralho. e mesmo nestes casos é necessário um certo talento e uma psiqué du rôle que francisco cuoco, por exemplo, esbanja com uma empatia que lhe sobra aonde falta ator.

marchi, que foi execrado pelo papel do cigano Igor – o que demonstra o espírito canhestro da raça; perseguir de forma implacável o que não merece nem registro e abster-se de empenho no bom combate ao que deve ser até a extinção de todos os males, merece aplausos por ter-se agachado conforme pediu o roteiro. mas hoffman é que lhe devia mesuras, de tamborete neste caso.