segunda-feira, junho 07, 2010

diferenças entre a puta idéia e idéia de puta ou o dia em que olivetto teve uma idéia de dunga

washington olivetto não é mais aquele? depois de andar mal das pernas, com a w mais parecendo banheiro de rodoviária, após malfadadas tentativas de globalizaçao, resurrge alvissareiro, " por cima da carne seca". braços dados com a mccann,marca que definitivamente não casa bem com a idéia de puta, seja ela puta ou não. como demonstra sua história de grandeza absoluta, construida com base numa visão formalizada da propaganda - com raras execeções de algumas unidades asiáticas, por exemplo - sempre pregou em nosso mercado o "futebol eficiência" e jamais se destacou pelo uso da criatividade, da tal puta idéia, como drible elástico que não outro para se encastelar no trono do faturamento que tanto exibiu como orgulho, e pela força do qual buscou tantas vezes empastelar agências criativas, tratando-as como peladeiros de subúrbio e, portanto, não capazes de participar do campeonato de atendimento de grandes contas.

já washington, de há muito perdeu o espírito do discurso que soa pra lá de fake após uma década de franca decadência criativa ou como diria um colunista observador, tornando-se mais encantado por restaurantes e futebolidades outras. aliás cada vez mais publicitários tem discurso para tudo, justificam tudo, menos a falta de puta idéias, como pode ver qualquer um mal ensaboado pela mediocridade que bate a nossa porta analogica ou digitalmente.

assim, com um discurso que não faz jus ao seu mais mediocre título washington usa e abusa do poder de geração de "factotuns", a começar do estardalhaço de festas de lançamento, onde a idéiaé o que menos conta e mais as "celebridades" e o show de ex-ministros, de proximidades conquistadas pelo lugar que ocupou graças as idéias, sejam elas putas ou não. fato concreto é que todos os nossos grandes criativos - assim como o nizan, o fábio fernandes - perderam-se num ideal de grandeza que transformou as sandálias do pescador nas tais sandálias de milhares de reais, coisa que só mesmo puta(de luxo usa). no fundo, é isto que todos ambicionam quando pregam pela puta idéia, apenas uma idéia de puta, voltada para a manutenção do faturamento rasteiro não importa a altura que ele atinja.

abaixo o artigo do olivetto entitulado de puta idéia,

" Neste mundo globalizado e digitalizado, para uma agência de publicidade ser realmente fora de série, ela precisa ser uma espécie de Maria Sharapova das agências: grande e sexy. Presente na maioria dos países, associada a uma das maiores redes, forte na América Latina, (no Brasil, principalmente) confiável para gerir contas locais, regionais e globais, com capacidade de monitorar as áreas de interesse dos clientes e descobrir o que pode trazer verdadeiras vantagens competitivas.

Mais do que isso, tem que saber detectar, testar e entender novas soluções e serviços, ter capacidade de criar encontros personalizados, trazendo os seus mais brilhantes talentos mundiais para junto dos clientes locais e buscar soluções inovadoras.

Deve também ser capaz de contar com uma plataforma que acione digitalmente os seus melhores cérebros, para gerar respostas rápidas a desafios que necessitem de uma solução imediata. A Maria Sharapova das agências tem ainda que ter especialistas em construção de marcas, planejamento de mídia, soluções digitais, ativação, eventos, pontos de venda e relações públicas.

Tem que ter uma ferramenta própria de ROI (Retorno sobre Investimento), que simule milhares de variáveis e saiba responder qual ponto de contato traz mais resultados entre todas as alternativas existentes e qual combinação de pontos de contato garante maior retorno.

Tem também que saber detectar os hábitos e valores dos públicos-chave, saber como se comportam os construtores de identidades (adolescentes), os construtores de carreira (jovens adultos), os construtores de família (jovens casais) e os construtores de uma nova vida (pessoas na maturidade). Saber as escolhas e preferências do consumidor de alta renda, descobrir para onde vai a classe C e antecipar quais são as novas tendências que estão prestes a virar comportamento de massa. Esses são, basicamente, alguns dos ingredientes para uma agência ser fora de série, mas só eles somados ainda não são suficientes.

Sem grandes criadores, capazes de gerar ideias surpreendentes, nenhuma agência chega a ser uma Maria Sharapova, mesmo contando com grande aparato intelectual e tecnológico. Chega no máximo, a ser uma Maria Vai com as Outras, particularmente aquelas outras que também são grandes, mas não são sexy. A verdade é que, apesar de todas as mudanças que aconteceram no quadro social e no universo da comunicação, uma coisa continua absolutamente igual. Só a grande ideia continua tendo o poder de seduzir, porque só a grande ideia é sexy.

Só a grande ideia é capaz de produzir "excelence in advertising". A grande ideia ("puta ideia", para os íntimos) é a origem e a razão dessa profissão. Foi assim na idade do "lay" lascado, é assim nestes tempos de iPads ambicionados e será assim no futuro, que a nós pertence."

Um comentário:

António Sequeira disse...

Ó pá, Celso!! Deixes de te preocupares tanto, homem! O Washington é como eu: gosta da bola. É do time do Corinthians aí de São Paulo. A diferença é que ele é inteligente e eu burro. Por isso levo vantagem sobre ele: não preciso pensar muito, nem esforçar-me, sou preguiçoso e nem trabalho muito. Ou seja, mais tempo para ver o futebol e ler o jornal A Bola. Por isso é que digo: é bom ser português e burro! Nós, os portugueses temos que assumir de vez isso e a nossa falta de vontade total de trabalhar. E tú, deverias preocuparte menos com estas esquisitices que esreves e gostar mais da bola!
António Sequeira