terça-feira, maio 12, 2009

quem contamina quem ?

verdadeiro lesa-pátria o que a globo vem fazendo através do seu jornalismo. ou, dinheiro público jogado fora pelo governo.


enquanto veicula uma campanha para evitar o contágio - já acontecido - da estigmatização da gripe A1N1 como gripe "suína" - mais uma sacanagem dos homens para com os porcos - o governo leva diariamente o contra-serviço da globo que adotou oficialmente no seu jargão jornalístico "gripe suína" e que se foda o resto.

ora, que interesses estão por detrás disto? os suinocultores clamam pelo direito de continuar matando e comercializando seu produto que, devidamente tratado, não se constitui vetor de contaminação como a tal estigmatização leva a crer a plebe ignara, ainda mais ignara em atomosfera de pré-pânico. a globo, insite em martelar a gripe, como se martela a cabeça do porco para matá-lo, no interesse de que sejam veiculadas mais campanhas pelo governo ou pela iniciativa da privada? afina, não há justificativas para esta dicotomia de tratamento, por mais que "mister hommer", ache o povo tapado.

o certo é que devemos resistir a dizer que há espírito de porco por trás desta barriga, que não harmoniza necessidades e interesses da ordem da saúde pública com a saúde econômica, pela desarmonia entre "assessoria de imprensa" gratuita e publicidade paga.

por outro lado é sempre grande a tentação de chamar, ou fazer o trocadilho, de porco todo aquele que faz chafurdar na lama a ética, a decência, a deontologia. mas isso também é alimentar o estigma sobre o porco, animal que sofre a vitimização, esta sim de ordem ideológica imunda, que lhe atribui a incapacidade de discernir o que vale a pena do que não vale(atirar pérolas aos porcos). mas certamente, eles não seriam capazes de produzir tamanha pérola - ainda tem sentido de preservação da ninhada, que já não temos para com a nossa profissão - como esta urdida pela globo e pelo governo, eternamente gripados pelo vício da verba solta que contamina o ar de agências de comunicação do governo onde as máscaras da utilidade pública não são estéreis.

enfim, porcos e homens, tratados como iguais. mas não da maneira como deveriam.

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