estão vendo a face nada faceira do tipo acima? mas para dono de funerária, membro da opus dei ou no encaixe de almoxarife de alguma repartição pública? e que em nada lembra o estereótipo do criativo descolado, antenado, up-to-date ou o bull-shit que seja? pois bem, nada mais nada menos que um dos melhores redatores da propaganda brasileira(não vou fazer figura dizendo que é o maior apesar de seu metro e sessenta, que isso não é coisa que redator de propaganda escreva - apesar de muitos que se dizem fazerem a tal gracinha -)
pertence a uma geração que sabia escrever em todos os sentidos. e, despretenciosamente, como o é toda comunicação eficiente, criteriosa e urdida com talento, desfia neste endereço crônicas impagáveis trabalhadas por sua habilidade para contar histórias que é fundamental para quem quer ser um bom profissional de convencimento, comunicação, chamemos aqui de propaganda.
em tempos onde o texto foi abolido pela conveniência do analfabetismo funcional, que grassa dentro e fora da agência, seja de fora para dentro ou de dentro para fora, estas crônicas resgatam a propriedade que fez a grandeza da nossa atividade: a de com palavras ou frases não se prover a imaginação de mil imagens mas sim da imagem própria e circunstanciada que se quis suscitar - sem a necessidade de recorrer ao tédio dos bancos de imagens redundantes e dos efeitos por si só castrados emulados por programas de computação que impressionam apenas sub-desenvolvidos e toda uma geração já geneticamente comprometida com o desuso do cérebro.
esqueça os manuais de redação que andam a venda por ai. aprende-se a escrever - e criativamente - lendo. e lendo muito quem o faz assim como se não parecesse querer nada e no entanto ainda quer -e pode - tudo.
não?
então tá bom. manda ai uma crônica destes que se dizem redatores do digital e o que mais lhe chame. o que recebo via web, of course, só comprova uma coisa: não sabem escrever nada. sequer uma chamada que me convença a abrir um email, que nada mais é que uma mala direta. como já dizia o bardo, os suportes mudam mas não há quem suporte a falta de talento.
e se a falta de talento é cara do futuro eu prefiro estar de volta para o futuro onde se sabia redigir um texto. porque já houve um tempo em que para ser redator era fundamental saber escrever o que quer que seja que fosse pedido.
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