quarta-feira, fevereiro 22, 2006

visto de saída

há muitas maneiras de envelhecer. e de fingir.
alberto dines, parece ter escolhido a pior delas: a ranzinzinice que se finge percuciente e observadora dos costumes, mas que é apenas baba nas barbas de uma clarividência pretensamente apoiada na sabedoria dos longevos.
o mesmo comentário, se aplicado a ele - um senhor velhote, já agora, a fingir-se, por tal texto, de jornalista onisciente e onipresente, por certo aplicar-se-ia melhor a quem por ranço, bateu um guide-line fora do beat. e que por isso mesmo, demonstrou não levar o menor jeito para fingir-se seja lá do que for, até de morto, se for o caso.
dines, parece julgar-se, não é a pedra de toque do jornalismo faz tempo. e nisso ele afina-se com os rolling stones.
a diferença, é que os stones, ao contrário do alberto, não se levam a sério há muito tempo, se é que se levaram algum dia.
pelo menos nisso ele deveria seguir-lhes o exemplo. isso poderia dar-lhe alguma sobrevida e mais pegada quando escorregasse no limo criado em torno de sí.
(comentário enviado ao próprio).

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