o que os presidentes não fazem com suas esposas, acabam fazendo com o país.
mel brooks
o blog que dá crise renal em quem não tem crise de consciência. comunicação, marketing, publicidade, jornalismo, política. crítica de cultura e idéias. assuntos quentes tratados sem assopro. bem vindo, mas cuidado para não se queimar. em último caso, bom humor é sempre melhor do que pomada de cacau.
segunda-feira, outubro 31, 2005
os 10 erros mais comuns de um weblog
A lista foi organizada pelo guru da usabilidade na Web, Jakob Nielsen, tido por muitos como conservador em matéria de design e por outros como o mago da ergonomia cibernética.
Como em quase todas as propostas de Nielsen, não houve consenso entre os blogueiros provocando um enorme bate boca virtual na avaliação da lista de erros.
Mas vejamos o que o guru da usabilidade tem a dizer:
1) Falta de biografia do autor - É a primeira grande falha apontada por Nielsen. Concordo integralmente porque as informações sobre o autor são um elemento importante para o usuário contextualizar os conteúdos publicados. Parece o óbvio, mas quase metade dos blogs brasileiros não tem referências detalhadas sobre seus autores, especialmente nos blogs politicos.
2) Ausência de fotos do autor - Jakob acha que isto importante, mas tem muita gente, inclusive eu, que não considera este item tão essencial assim num blog. Num ponto ele tem razão, a fotografia pode ser útil para outras publicações, especialmente revistas e jornais, interessados em citar o weblog.
3) Títulos não descritivos - Outra crítica que causou muita polêmica, principalmente entre os jornalistas. Para Nielsen títulos abstratos não geram interesse entre os visitantes porque não fornecem indicações sobre o conteúdo do texto. Ele tem razão nesta procura de envolvimento do leitor, mas deve haver sempre espaço para criatividade porque senão fica tudo igual.
4) Links sem pistas para seu conteúdo - Este erro destacado por Nielsen é muito comum e eu já o cometi várias vezes. Trata-se de dar mínimas indicações sobre a página a que se refere o link. Um exemplo do que seria o certo: Veja a versão original da lista de erros na página de Jakob Nielsen (http://www.useit.com/alertbox/weblogs.html).
5) Textos importantes perdidos no arquivo - Uma falha quase onipresente em todos os blogs. Se o ritmo de produção for muito intenso, textos muito interessantes podem acabar soterrados no arquivo onde só os mecanismos de busca vão achá-los. A sugestão do guru da usabilidade é procurar sempre criar links para matérias antigas em textos mais atuais.
6) A cronologia como única referência - Nielsen acha esta uma falha irritante, mas não leva em conta que esta é a grande diferença entre um blog e uma página Web normal. Também concordo que a publicação sequencial de conteúdos faz com que só os visitantes muito assíduos consigam pegar tudo que é publicado num weblog. A solução seria o autor criar espaços laterais para destacar temas preferenciais e links para textos importantes já publicados.
7) Publicação com frequência irregular - Há uma perda de interesse quando o blog não é atualizado com frequência, mas este erro apontado por Nielsen também não pode levar a outro, a publicação de textos irrelevantes. A publicação deve estar condicionada a material de interesse, o que implica da parte do autor a criação do habito da pesquisa.
8) Conteúdos dispersos - A falta de foco é muito prejudicial num blog. Nisto o autor da lista conta com o consenso generalizado. Quando maior o número de weblogs (hoje já são perto de 20 milhões segundo o site Technorati), maior a necessidade de especialização num tema, porque isto cria diferenciais.
9) Não pensar no futuro - As maiores críticas recebidas por Nielsen foram neste item. Ele aconselha os blogueiros a não publicar aquilo que possa prejudicá-los no futuro, possíveis empregadores, por exemplo. Se os conselhos do guru forem seguidos, a maioria dos blogs perderá boa parte de sua criatividade e diversidade.
10) Estar hospedado num serviço de weblogs - No último item da sua lista de erros, Nielsen mostra como está distanciado da média dos habitantes da blogosfera. Só os mais bem sucedidos tem domínio próprio, o que pode ser um símbolo de status mas não de qualidade informativa. A esmagadora maioria usa serviços gratuitos de hospedagem como o Blogger , TypePad ou Blig .
A discussão sobre o tamanho dos textos publicados, fica para mais adiante.
colaboração involuntária do carlos castilho
Como em quase todas as propostas de Nielsen, não houve consenso entre os blogueiros provocando um enorme bate boca virtual na avaliação da lista de erros.
Mas vejamos o que o guru da usabilidade tem a dizer:
1) Falta de biografia do autor - É a primeira grande falha apontada por Nielsen. Concordo integralmente porque as informações sobre o autor são um elemento importante para o usuário contextualizar os conteúdos publicados. Parece o óbvio, mas quase metade dos blogs brasileiros não tem referências detalhadas sobre seus autores, especialmente nos blogs politicos.
2) Ausência de fotos do autor - Jakob acha que isto importante, mas tem muita gente, inclusive eu, que não considera este item tão essencial assim num blog. Num ponto ele tem razão, a fotografia pode ser útil para outras publicações, especialmente revistas e jornais, interessados em citar o weblog.
3) Títulos não descritivos - Outra crítica que causou muita polêmica, principalmente entre os jornalistas. Para Nielsen títulos abstratos não geram interesse entre os visitantes porque não fornecem indicações sobre o conteúdo do texto. Ele tem razão nesta procura de envolvimento do leitor, mas deve haver sempre espaço para criatividade porque senão fica tudo igual.
4) Links sem pistas para seu conteúdo - Este erro destacado por Nielsen é muito comum e eu já o cometi várias vezes. Trata-se de dar mínimas indicações sobre a página a que se refere o link. Um exemplo do que seria o certo: Veja a versão original da lista de erros na página de Jakob Nielsen (http://www.useit.com/alertbox/weblogs.html).
5) Textos importantes perdidos no arquivo - Uma falha quase onipresente em todos os blogs. Se o ritmo de produção for muito intenso, textos muito interessantes podem acabar soterrados no arquivo onde só os mecanismos de busca vão achá-los. A sugestão do guru da usabilidade é procurar sempre criar links para matérias antigas em textos mais atuais.
6) A cronologia como única referência - Nielsen acha esta uma falha irritante, mas não leva em conta que esta é a grande diferença entre um blog e uma página Web normal. Também concordo que a publicação sequencial de conteúdos faz com que só os visitantes muito assíduos consigam pegar tudo que é publicado num weblog. A solução seria o autor criar espaços laterais para destacar temas preferenciais e links para textos importantes já publicados.
7) Publicação com frequência irregular - Há uma perda de interesse quando o blog não é atualizado com frequência, mas este erro apontado por Nielsen também não pode levar a outro, a publicação de textos irrelevantes. A publicação deve estar condicionada a material de interesse, o que implica da parte do autor a criação do habito da pesquisa.
8) Conteúdos dispersos - A falta de foco é muito prejudicial num blog. Nisto o autor da lista conta com o consenso generalizado. Quando maior o número de weblogs (hoje já são perto de 20 milhões segundo o site Technorati), maior a necessidade de especialização num tema, porque isto cria diferenciais.
9) Não pensar no futuro - As maiores críticas recebidas por Nielsen foram neste item. Ele aconselha os blogueiros a não publicar aquilo que possa prejudicá-los no futuro, possíveis empregadores, por exemplo. Se os conselhos do guru forem seguidos, a maioria dos blogs perderá boa parte de sua criatividade e diversidade.
10) Estar hospedado num serviço de weblogs - No último item da sua lista de erros, Nielsen mostra como está distanciado da média dos habitantes da blogosfera. Só os mais bem sucedidos tem domínio próprio, o que pode ser um símbolo de status mas não de qualidade informativa. A esmagadora maioria usa serviços gratuitos de hospedagem como o Blogger , TypePad ou Blig .
A discussão sobre o tamanho dos textos publicados, fica para mais adiante.
colaboração involuntária do carlos castilho
domingo, outubro 30, 2005
oferenda dominical
ao crítico que existe em você – e que você insiste em enjaular naquela esperança de que talvez o ser humano saiba o que faz.
pois, olhe, pode acreditar numa coisa: ele não sabe.
ruy castro
e, quando sabe, sabe muito bem a merda que está fazendo.
pois, olhe, pode acreditar numa coisa: ele não sabe.
ruy castro
e, quando sabe, sabe muito bem a merda que está fazendo.
mercado de pulgas
quando imbróglio do mensalão avolumou-se como pizza no forno do legislativo, escrevemos primeiro de uma série de posts e um artigo – quem não for um marcos valério que atire a primeira pedra - sobre a questão inidônea do BV, entre outras facetas.
muita gente que não fala palavras, mas que pratica telepatia em sua forma evoluida, incluindo silvos emissores de venenos e desdéns*, mirou-se contra. para os publicitários e, principalmente, para os donos de agência, cuja maioria, ainda hoje, nem publicitário é** , exercer a opinião e a crítica pública dura em relação a atividadade é algo inadimissível e imperdoável, zelando pelo esprit du corps da forma mais bolorenta que se conhece.
a cada dia mais e mais nomes de agências, que não são as do marcos valério, mas que usam perucas na hora do BV, são relacionadas como mãos grandes das verbas do cliente. embolsando aquilo que deveria retornar ou ser reempregado em benefício da comunicação de marketing de marca das contas que lhe são confiadas. confiança, piêce de résistance. mas qual o quê. toda agência precisa reformar a recepção, não é mesmo? e isto custa caro.
verdadeiro mercado de pulgas, a relação agência-cliente não só desmoronou, empenando a palavra parceria, como desfigurou totalmente a relação custo-benefício. como esperar que parceiros em um projeto possam fazê-lo ir avante, se para um deles o outro é ladrão? e para o outro, ladrão do ladrão ?
não se consegue conceber que uma agência trabalhe de graça. mesmo empregando estagiotários como maioria de sua mão de obra. pas de deux de cinismo e estupidez a maioria de clientes-agências dizem que sim, a julgar pelos acordos de remuneração.
não se concebe que um determinado serviço, como um filme, seja apresentado com um orçamento, por exemplo, de 47 mil reais, e cabe custando 27, se for a agência que o faça, e 17 se for feito direto com a produtora.
obviamente, a partir disto, todos os números passam a ser representativos daquilo que não são ou o que são no lado negro da verdade: nada corresponde aquilo que é, incluindo a eficácia e pertinência da comunicação que impassível assiste a sua auto-destruição em nome da “salvação do negócio”.
a criatividade, pelo menos um certo tipo assim anunciado, tornou-se commodity. E mais,do que isso, artigo em liquidação.
se “vender-se” barato tornou-se a meca da gestão, que mira na quantidade de produção e não na qualidade, e portanto o único caminho da sua salvação, então o negócio da propaganda está acabado.
porque aí, diferenciação, já não mais importa. a não ser a diferenciação de preço. Vertiginosamente copulado abaixo do even break point. e de forma tão estardalhosamente consentida que jamais creditada ou acreditada. afinal, ninguém vem ao mundo para comprar por cem e revender por noventa. nem o papa. assim, o que não se cobra aqui em fee, comissão, custos internos, ou que forma de remuneração acordada seja, estorna-se alí, em estratagema qualquer de compensação, onde o BV é preferida artimanha.
estabelecer como verdade persecutória de que permanece no negócio quem tem competência para oferecer o melhor pelo melhor preço é falácia sem tamanho que, de novo, a falta de diferenciação, de idéias, de meios de produção, de veiculação, corrobora.
uma coisa é evitar, com senso profissional, o desperdício, a esbórnia, com dinheiro alheio, como muita gente já o fez, como por exemplo ao propor filmagens, no exterior, porque estáva a fim de viajar. e isto no tempo que qualquer publicitário ganhava o suficiente para pagar sua passagem. e à vista. outra, garantir que a criatividade, falsa ou verdadeira, forneça o combustível para que teco-tecos alcançem a lua.
não fornece. em Comunicação de Marketing de Marcas, nem fusca roda com combustível barato. E quando roda, roda e apita, tem sempre giclê entupido e mecânico intoxicado. esquecemos o óbvio? de que é o somatório de qualidade de idéia, produção e veiculação, que leva o módulo da marca a estratosfera da visibilidade ? e que isto tem um preço ?
ou nós acabamos com o mercado de pulgas em que a atividade está se tornando ou o mercado de pulgas acaba com a gente.
neste momento, as pulgas estão ganhando mercado. muito mercado.
* jakob nielsen, guru da usabilidade na Web, aconselha blogueiros a não publicar aquilo que possa vir a prejudicá-los no futuro, possíveis empregadores, por exemplo. neste item, no momento em que estou de mudança para florianópolis, estaria cavando a minha sepultura? na lagoa da conceição ?
**não é o fato de ser publicitário ou não que determina o caráter de gestão de uma agência. a questão é esta mesma: caráter. e nem sempre tem-se a vida facilitada em agências geridas por publicitários.
muita gente que não fala palavras, mas que pratica telepatia em sua forma evoluida, incluindo silvos emissores de venenos e desdéns*, mirou-se contra. para os publicitários e, principalmente, para os donos de agência, cuja maioria, ainda hoje, nem publicitário é** , exercer a opinião e a crítica pública dura em relação a atividadade é algo inadimissível e imperdoável, zelando pelo esprit du corps da forma mais bolorenta que se conhece.
a cada dia mais e mais nomes de agências, que não são as do marcos valério, mas que usam perucas na hora do BV, são relacionadas como mãos grandes das verbas do cliente. embolsando aquilo que deveria retornar ou ser reempregado em benefício da comunicação de marketing de marca das contas que lhe são confiadas. confiança, piêce de résistance. mas qual o quê. toda agência precisa reformar a recepção, não é mesmo? e isto custa caro.
verdadeiro mercado de pulgas, a relação agência-cliente não só desmoronou, empenando a palavra parceria, como desfigurou totalmente a relação custo-benefício. como esperar que parceiros em um projeto possam fazê-lo ir avante, se para um deles o outro é ladrão? e para o outro, ladrão do ladrão ?
não se consegue conceber que uma agência trabalhe de graça. mesmo empregando estagiotários como maioria de sua mão de obra. pas de deux de cinismo e estupidez a maioria de clientes-agências dizem que sim, a julgar pelos acordos de remuneração.
não se concebe que um determinado serviço, como um filme, seja apresentado com um orçamento, por exemplo, de 47 mil reais, e cabe custando 27, se for a agência que o faça, e 17 se for feito direto com a produtora.
obviamente, a partir disto, todos os números passam a ser representativos daquilo que não são ou o que são no lado negro da verdade: nada corresponde aquilo que é, incluindo a eficácia e pertinência da comunicação que impassível assiste a sua auto-destruição em nome da “salvação do negócio”.
a criatividade, pelo menos um certo tipo assim anunciado, tornou-se commodity. E mais,do que isso, artigo em liquidação.
se “vender-se” barato tornou-se a meca da gestão, que mira na quantidade de produção e não na qualidade, e portanto o único caminho da sua salvação, então o negócio da propaganda está acabado.
porque aí, diferenciação, já não mais importa. a não ser a diferenciação de preço. Vertiginosamente copulado abaixo do even break point. e de forma tão estardalhosamente consentida que jamais creditada ou acreditada. afinal, ninguém vem ao mundo para comprar por cem e revender por noventa. nem o papa. assim, o que não se cobra aqui em fee, comissão, custos internos, ou que forma de remuneração acordada seja, estorna-se alí, em estratagema qualquer de compensação, onde o BV é preferida artimanha.
estabelecer como verdade persecutória de que permanece no negócio quem tem competência para oferecer o melhor pelo melhor preço é falácia sem tamanho que, de novo, a falta de diferenciação, de idéias, de meios de produção, de veiculação, corrobora.
uma coisa é evitar, com senso profissional, o desperdício, a esbórnia, com dinheiro alheio, como muita gente já o fez, como por exemplo ao propor filmagens, no exterior, porque estáva a fim de viajar. e isto no tempo que qualquer publicitário ganhava o suficiente para pagar sua passagem. e à vista. outra, garantir que a criatividade, falsa ou verdadeira, forneça o combustível para que teco-tecos alcançem a lua.
não fornece. em Comunicação de Marketing de Marcas, nem fusca roda com combustível barato. E quando roda, roda e apita, tem sempre giclê entupido e mecânico intoxicado. esquecemos o óbvio? de que é o somatório de qualidade de idéia, produção e veiculação, que leva o módulo da marca a estratosfera da visibilidade ? e que isto tem um preço ?
ou nós acabamos com o mercado de pulgas em que a atividade está se tornando ou o mercado de pulgas acaba com a gente.
neste momento, as pulgas estão ganhando mercado. muito mercado.
* jakob nielsen, guru da usabilidade na Web, aconselha blogueiros a não publicar aquilo que possa vir a prejudicá-los no futuro, possíveis empregadores, por exemplo. neste item, no momento em que estou de mudança para florianópolis, estaria cavando a minha sepultura? na lagoa da conceição ?
**não é o fato de ser publicitário ou não que determina o caráter de gestão de uma agência. a questão é esta mesma: caráter. e nem sempre tem-se a vida facilitada em agências geridas por publicitários.
disruption
As agências Lowe, Grottera (atual TBWA\BR), Ogilvy e D+ (Grupo Total), além da DNA, se apropriaram indevidamente de pelo menos R$ 90 milhões de empresas estatais e órgãos públicos, num período de cinco anos, ao não devolverem as bonificações de volume (BVs) para os clientes – no caso, o Banco do Brasil e os Correios. A informação é do relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Correios, deputado federal Osmar Serraglio
sábado, outubro 29, 2005
retrato em prêto e branco
não gosto da direita porque ela é de direita, e não gosto da esquerda porque ela é de direita.
millor fernandes
millor fernandes
cassandras aliviam tpm ?
apesar de tudo, e de todos, brasil encabeça a lista mundial de crescimento publicitário. é o que conclui o estudo da zenhith optimedia. deve ser por isto que as coisas ficam como estão. pra que mudar? diriam os gênios de plantão. bem ou mal a coisa pinga, como pinga pra todo mundo. quer dizer, menos para magy, que não saiu nem respingada nesta história.
bv´s que eu avisei
escândalo - Agências nao repassarambonificaçoes . Noticia publicada pela Agência Brasil diz que auditoria do Tribunal de Contas da Uniao em conjunto com a CPMI dos Correios apurou que as agências de publicidade trabalhando para estatais incorporaram bonificaçoes (BVs) que deveriam ter sido repassadas as empresas. O relator, deputado Osmar Serraglio, PMDB PR, avalia que "foram apropriados pelas agências de publicidade em torno de 10% a 20%". Calcula que "em cinco anos, em uma das estatais, como o Banco do Brasil, (o valor) teria chegado a R$ 90 milhoes". Segundo a materia, o relator acredita que "os recursos da publicidade alimentavam uma fonte expressiva de corrupçao". Detalhou que a incorporaçao das bonificaçoes pode ser constatada, especialmente na DNA e na SMPB, notícia de bluebus
mas só na dna e smpb ?
mas só na dna e smpb ?
sexta-feira, outubro 28, 2005
batata frita
a minha vida é fantasia sim. mas eu amei-a.
de alguém importante,
mas que importância tem isto ?
de alguém importante,
mas que importância tem isto ?
happy hour
responda-me quem souber. por que raios as agências, todas, não aplicam a sí os princípios, métodos, atitudes e comportamentos que recomenda/cobram de seus clientes?
em termos de comunicação ou em termos de administração são fiasco ao ignorar títulos e gurus citados do cafezinho as festas de fim de ano.
se agências antes revelavam quem eram nas crises. agora não escondem mais. full time, péssimas empregadoras. endomarketing inexistente, para além da autopromoção esvaziada dos prêmios. o grau de insatisfação é de corrosividade tal que não cancerizou a estrutura por conta da geração estagiotários.
mas basta uma reuniãozinha de prospects que vem de rama os preditos de ações anuladas por elas próprias. e tudo em nome da salvação do negócio ?
se fosse cliente, acreditava em publicitários ?
em termos de comunicação ou em termos de administração são fiasco ao ignorar títulos e gurus citados do cafezinho as festas de fim de ano.
se agências antes revelavam quem eram nas crises. agora não escondem mais. full time, péssimas empregadoras. endomarketing inexistente, para além da autopromoção esvaziada dos prêmios. o grau de insatisfação é de corrosividade tal que não cancerizou a estrutura por conta da geração estagiotários.
mas basta uma reuniãozinha de prospects que vem de rama os preditos de ações anuladas por elas próprias. e tudo em nome da salvação do negócio ?
se fosse cliente, acreditava em publicitários ?
didático, e quase enfático
“Nem todo produto é uma marca, mas toda marca é um produto.” O célebre David Ogilvy separou muito bem a publicidade que leva à construção de uma marca , daquela que simplesmente vende produtos. Além dele, outros gurus como Claude Hopkins, Rosser Reeeves, Leo Burnett, Bill Bernbach, Jack Trout e Al Ries , deram uma forte e importante contribuição à estrutura de pensamento para as marcas.
Na vida moderna, as sociedades se afastaram da vida espiritual, e isso criou os que muitos chamam de vazio existencial. Esse espaço passou a ser preenchido, em parte, pelas marcas publicitárias, que funcionam como referências temporárias para as pessoas se orientarem no dia-a-dia.
Desta forma, cada marca procura traduzire sinalizar um certo significado para os os seus consumidores. A Coca Cola é a jovialidade, a alegria. A Harley Davidson é a maior tradução da liberdade. A Nike nos torna competitivos e vencedores. Qualquer pessoa dentro de um Audi é bem- sucedida. Toda marca de produto visa divulgar uma crença, razões conscientes ou não para se fazer uma opção ou de escolha.
Nesta tendência do mercado para a semelhança de produtos e preços, devido a face aos avanços da tecnologia, as marcas são muitas vezes elementos decisivos na hora da escolha.
A publicidade orientada para a marca , parte do conceito , de que ela é a combinação de todas as percepções que o consumidor tem de um produto ou serviço. Nessa perspectiva, a percepção se dá por meio de pelos nossos sentidos,e, dentro dessas percepções está a visual, através do design gráfico e de produto. Nestes tempos de comodização de produtos, o design tem cumprido um papel diferenciador para a marca. Velhos e conhecidos objetos , são comprados de novo, apenas porque foram re- redesenhados. Na verdade, apenas muda-se o significado do objeto, dando ao consumidor um novo sentido para à sua compra. Um design certo , para a pessoa certa , cria para o produto um valor emocional que supera a discussão simplificada do preço, agregando-lhe valor.
Este vínculo precisa ser planejado para somar e agregar novos atributos e benefícios. A imagem conceitual, muito explorada na publicidade, no marketing e na propaganda política, é uma descrição verbal do que as pessoas acham de determinado produto, serviço, lugar, pessoa , e uma infinidade de outras formas. A verbalização só é possível a partir da representação visual, de uma imagem , do que queremos expressar em na nossa mente. Dai o nome. Normalmente, somos inconscientes dessas etapas, e as pesquisas atuam geralmente no plano nîvel das palavras. Dizemos que as pessoas têm uma boa ou má imagem ao , associar ndo a elas os fatores negativos ou positivos a ela. As imagens conceituais podem mudar de tempos em tempos. Freqüentemente, vemos campanhas de publicidade ou propaganda política procurando estabelecer uma avaliação positiva. As imagens gráficas desempeham um papel de peso na concepcão da "imagem conceitual".
A embalagem, outro exemplo de expressão visual, além de cumprir as funções de transporte e acomodação, tem a finalidade de valorizar a marca. Sendo ela um objeto de design, agrega conceito e informações importantes para o produto e a marca. O seu planejamento considera também a forma, cor, tipologia, ilustrações, fotos e atmosfera. Esses elementos são projetados individualmente , e, em termos de conjunto gráfico, estando o seu resultado intimamente ligado ao estiílo da marca. Muitas marcas usam a própria forma da embalagem como ícone,como o casos da Coca Cola, Absolut, Perrier e Chanel 5, dentrte outras. No mercado brasileiro, encontramos algumas marcas o bombom Sonho de Valsa, as caixas dos Bombons Garoto , e da Maizena, a lata do Leite Moça e a embalagem do requeijão Catupiry.
O Requeijão Catupiry foi criado em 1911, por Mário Silvestrine. A sua embalagem é um elemento de simplificação da marca que imprime forte lembrança, constituindo um ícone da publicidade brasileira, apesar do pouco volume de mídia investido.
A exploração da forma é uma outra ferramenta importante na construção da imagem de marca. A garrafa da Coca Cola é o mais bem- sucedida“forma” da publicidade mundial. A silhueta de sua garrafa clássica pode ser reconhecida facilmente em diferentes países e culturas. A sua silhueta , além de simplificar várias expressões da marca em um único elemento. A embalagem clássica da Coca Cola, explorada como expressão de marca, foi desenvolvida no século passado, mas, muito explorada publicitariamente no ano passado. A garrafa da água água Perrier , e a embalagem do Chanel 5 também podem ser classificadas como"expressões de forma", pois têm uma simplificação e reconhecimento de marca bastante concentrados em na sua silhueta. Nos últimos anos, uma bem- sucedida estratégia de comunicação focada na forma , é a da Vodca Absolut. De uma maneira inédita, a estética do produto predominou sobre os atributos da bebida. A comunicação da marca, dando importância à forma, começou em 1987, com as campanhas publicitárias mostrando o shape da garrafa em várias situações inusitadas.
Grandes formas também são exploradas publicitariamente como ícones, como é o caso do prédio da Chrysler, em New York, ou do prédio do Banespa em São Paulo, construído em 1947, falando falando apenas de empresas privadas. No campo da iconografia urbana, dezenas de outros exemplos podem ser citados, passando por monumentos, grandes e pequenas construções. Alguns ícones arquitetônicos atravessam séculos, como o famoso Colosso de Rhodes, visto apenas por poucas gerações no passado. Os designers têm investido muito na elaboração de formas e significados capazesm de agregar diferencial à marca. Do ponto de vista publicitário, o grande gol que pode conquistar o design de um produto é torná-lo uma simplificação de marca.
O personagem é uma outra forma gráfica poderosa para a construção das marcas. Centenas deles foram construíidos e deixados para a trás, nos últimos anos. Uma das vantagens de um personagem , é que ele pode explicitar algum traço humano importante da marca. Confiabilidade, simpatia, segurança, serenidade, modernidade e outros tantos traços de personalidade da marca são facilmente explicitados através deles. Nas formas de desenho ou de figuras humanas, os personagens explicitam valores e diferenciais. O célebre personagem do Bom Bril, um dos mais famosos casos da publicidade brasileira, criado em 1978, e hoje com quase 25 anos,foi idealizado criado para ser um interlocutor da marca com as consumidoras. É como se a marca conversasse com elas e existisse na forma de uma pessoa.
Outro personagem importante é o Homenzinho Azul, dos Contonetes Johnson, criado em 1977 , para estimular o consumo adulto do produto. O personagem transmite a imagem de auto-satisfação, bem-estar descompromissado e grande vitalidade. O simpático personagem faz parte da cultura publicitária brasileira. Os personagens precisam também de atualizações ao longo do tempo. Os Palitos Gina, por exemplo,mudaram o corte de cabelo da sua personagem para torná-la mais jovem, assim como o Bibendum, o boneco simpático dos pneus Michellan, passou por algumas atualizações ao longo dos anos. A marca chegou ao Brasil em 1927, mas o personagem foi criado na França em 1898, pelo desenhista francês O’Gallop, e ao longo deste tempo passou por vários redesenhos a fim de mantê-lo atualizado ao longo do tempo.
marcas, imagens, formas e personagens gráficos por lucio pacheco, planejador e redator publicitário
Na vida moderna, as sociedades se afastaram da vida espiritual, e isso criou os que muitos chamam de vazio existencial. Esse espaço passou a ser preenchido, em parte, pelas marcas publicitárias, que funcionam como referências temporárias para as pessoas se orientarem no dia-a-dia.
Desta forma, cada marca procura traduzire sinalizar um certo significado para os os seus consumidores. A Coca Cola é a jovialidade, a alegria. A Harley Davidson é a maior tradução da liberdade. A Nike nos torna competitivos e vencedores. Qualquer pessoa dentro de um Audi é bem- sucedida. Toda marca de produto visa divulgar uma crença, razões conscientes ou não para se fazer uma opção ou de escolha.
Nesta tendência do mercado para a semelhança de produtos e preços, devido a face aos avanços da tecnologia, as marcas são muitas vezes elementos decisivos na hora da escolha.
A publicidade orientada para a marca , parte do conceito , de que ela é a combinação de todas as percepções que o consumidor tem de um produto ou serviço. Nessa perspectiva, a percepção se dá por meio de pelos nossos sentidos,e, dentro dessas percepções está a visual, através do design gráfico e de produto. Nestes tempos de comodização de produtos, o design tem cumprido um papel diferenciador para a marca. Velhos e conhecidos objetos , são comprados de novo, apenas porque foram re- redesenhados. Na verdade, apenas muda-se o significado do objeto, dando ao consumidor um novo sentido para à sua compra. Um design certo , para a pessoa certa , cria para o produto um valor emocional que supera a discussão simplificada do preço, agregando-lhe valor.
Este vínculo precisa ser planejado para somar e agregar novos atributos e benefícios. A imagem conceitual, muito explorada na publicidade, no marketing e na propaganda política, é uma descrição verbal do que as pessoas acham de determinado produto, serviço, lugar, pessoa , e uma infinidade de outras formas. A verbalização só é possível a partir da representação visual, de uma imagem , do que queremos expressar em na nossa mente. Dai o nome. Normalmente, somos inconscientes dessas etapas, e as pesquisas atuam geralmente no plano nîvel das palavras. Dizemos que as pessoas têm uma boa ou má imagem ao , associar ndo a elas os fatores negativos ou positivos a ela. As imagens conceituais podem mudar de tempos em tempos. Freqüentemente, vemos campanhas de publicidade ou propaganda política procurando estabelecer uma avaliação positiva. As imagens gráficas desempeham um papel de peso na concepcão da "imagem conceitual".
A embalagem, outro exemplo de expressão visual, além de cumprir as funções de transporte e acomodação, tem a finalidade de valorizar a marca. Sendo ela um objeto de design, agrega conceito e informações importantes para o produto e a marca. O seu planejamento considera também a forma, cor, tipologia, ilustrações, fotos e atmosfera. Esses elementos são projetados individualmente , e, em termos de conjunto gráfico, estando o seu resultado intimamente ligado ao estiílo da marca. Muitas marcas usam a própria forma da embalagem como ícone,como o casos da Coca Cola, Absolut, Perrier e Chanel 5, dentrte outras. No mercado brasileiro, encontramos algumas marcas o bombom Sonho de Valsa, as caixas dos Bombons Garoto , e da Maizena, a lata do Leite Moça e a embalagem do requeijão Catupiry.
O Requeijão Catupiry foi criado em 1911, por Mário Silvestrine. A sua embalagem é um elemento de simplificação da marca que imprime forte lembrança, constituindo um ícone da publicidade brasileira, apesar do pouco volume de mídia investido.
A exploração da forma é uma outra ferramenta importante na construção da imagem de marca. A garrafa da Coca Cola é o mais bem- sucedida“forma” da publicidade mundial. A silhueta de sua garrafa clássica pode ser reconhecida facilmente em diferentes países e culturas. A sua silhueta , além de simplificar várias expressões da marca em um único elemento. A embalagem clássica da Coca Cola, explorada como expressão de marca, foi desenvolvida no século passado, mas, muito explorada publicitariamente no ano passado. A garrafa da água água Perrier , e a embalagem do Chanel 5 também podem ser classificadas como"expressões de forma", pois têm uma simplificação e reconhecimento de marca bastante concentrados em na sua silhueta. Nos últimos anos, uma bem- sucedida estratégia de comunicação focada na forma , é a da Vodca Absolut. De uma maneira inédita, a estética do produto predominou sobre os atributos da bebida. A comunicação da marca, dando importância à forma, começou em 1987, com as campanhas publicitárias mostrando o shape da garrafa em várias situações inusitadas.
Grandes formas também são exploradas publicitariamente como ícones, como é o caso do prédio da Chrysler, em New York, ou do prédio do Banespa em São Paulo, construído em 1947, falando falando apenas de empresas privadas. No campo da iconografia urbana, dezenas de outros exemplos podem ser citados, passando por monumentos, grandes e pequenas construções. Alguns ícones arquitetônicos atravessam séculos, como o famoso Colosso de Rhodes, visto apenas por poucas gerações no passado. Os designers têm investido muito na elaboração de formas e significados capazesm de agregar diferencial à marca. Do ponto de vista publicitário, o grande gol que pode conquistar o design de um produto é torná-lo uma simplificação de marca.
O personagem é uma outra forma gráfica poderosa para a construção das marcas. Centenas deles foram construíidos e deixados para a trás, nos últimos anos. Uma das vantagens de um personagem , é que ele pode explicitar algum traço humano importante da marca. Confiabilidade, simpatia, segurança, serenidade, modernidade e outros tantos traços de personalidade da marca são facilmente explicitados através deles. Nas formas de desenho ou de figuras humanas, os personagens explicitam valores e diferenciais. O célebre personagem do Bom Bril, um dos mais famosos casos da publicidade brasileira, criado em 1978, e hoje com quase 25 anos,foi idealizado criado para ser um interlocutor da marca com as consumidoras. É como se a marca conversasse com elas e existisse na forma de uma pessoa.
Outro personagem importante é o Homenzinho Azul, dos Contonetes Johnson, criado em 1977 , para estimular o consumo adulto do produto. O personagem transmite a imagem de auto-satisfação, bem-estar descompromissado e grande vitalidade. O simpático personagem faz parte da cultura publicitária brasileira. Os personagens precisam também de atualizações ao longo do tempo. Os Palitos Gina, por exemplo,mudaram o corte de cabelo da sua personagem para torná-la mais jovem, assim como o Bibendum, o boneco simpático dos pneus Michellan, passou por algumas atualizações ao longo dos anos. A marca chegou ao Brasil em 1927, mas o personagem foi criado na França em 1898, pelo desenhista francês O’Gallop, e ao longo deste tempo passou por vários redesenhos a fim de mantê-lo atualizado ao longo do tempo.
marcas, imagens, formas e personagens gráficos por lucio pacheco, planejador e redator publicitário
quinta-feira, outubro 27, 2005
caderninho adolescente
a boa propaganda deve surpreender, sempre.
ou com jeito de beijo na bôca roubado ou, ter o efeito de um soco na bôca do estômago.
mas há quem a faça, ainda, são poucos, com sucesso, como se passasse a mão na bunda de alguém. molecagem quase malícia, na dose certa. daquela que desperta a raiva seguida de risada.
mas isto não tem nada a ver com o que a skol tentou nos cumprimentar.
ou com jeito de beijo na bôca roubado ou, ter o efeito de um soco na bôca do estômago.
mas há quem a faça, ainda, são poucos, com sucesso, como se passasse a mão na bunda de alguém. molecagem quase malícia, na dose certa. daquela que desperta a raiva seguida de risada.
mas isto não tem nada a ver com o que a skol tentou nos cumprimentar.
só porque criou o mundo, pensa que é deus*
“(…) Porra, caralho, boceta, merda, boçanha, cu, cu arrombado, arregalado, grelado, trancado, folote, trezentas mil pombas no seu rabo, gala de vida, putamerda, xinim, prexeca, punheta, galação, boquete, pombinha no cu, pica, cacete, pau, cabeça da minha rola, escroto, escrotagem, putaria, bando de puta, filho da puta (…)
Cru, polêmico, indigesto. “ Lítio”, o primeiro romance de Patrício Jr. Aguarde.
como os demais, na lista do cc-nat, ccpe, mariposam-me a caixa de entrada, aquilo que parecem ser textuais percalços d´um júnior de primeira viagem.
versao tang do marketing viral, sachês de sabor literário. deve pensar autor. intensos na frequência, conteúdo nem tanto, nos que me tocam.
responde o labor, dito literário, por lítio. substância epigrafada pelo próprio autor. diz-se do próprio, elemento químico número atômico 3. família dos alcalinos, elemento de amálgama. não se sabe ainda se na literatura. mas sim em ligas metálicas, de baterias, e na formação do trítio.
mesmo o lítio, não é imune à entropia - gerada na redundância, no déjà-vu - parece ter esquecido o júnior - na literatura, como na publicidade ? assim raciocinando ao não racionar suas investidas.
não desdigo tanto assim dos teasers, como possa parecer. mas como todo publicitário é sempre suspeito ao falar d´outro, sugiro ao patrício, literamente, passar por cima dos parágrafos anteriores e posteriores, e enviar seus originais, se assim o forem, para o júlio daio borges, do digestivo cultural**l www.digestivocultural.com.br talvez o que de mais sério e bem sucedido – não basta ser sério para publicitários, tem de ser bem sucedidoJ , na análise e crítica, do novo na literatura e afins atualmente. entendendo-se por novo, algo mais que a idade de quem o faz. o que por si só já é um critério tão certeiro que costuma abater em pleno take-off muito ego assoberbado de sí mesmo. e, neste hangar da crítica de cultura e idéias, sobram morteiros para alcançar mesmo aqueles que acima dos 38 mil pés imaginam-se naves insólitas em céu de brigadeiro. significando isto, também, de que não basta ser um clássico, há que ser bom acima e abaixo do horizonte.
praia escaparda, a literatura intentada por publicitários jaz muito, e jazz muito pouco, quando sola, algures. edições do autor, perambulam esquecidas de sí, dos amigos e dos leitores, espécie de consumidor que quase sempre acaba achando mais graça aos anúncios do que na escrita feita por quem os os faz. apesar dos proclamas de detestamos a publicidade, toda a publicidade.
“crus, indigestos”, continuam a ser rubens fonsêca, dalton trevisan, joão antônio, plínio marcos, para não falar de sade e miller, e muito menos aventurar-me aos circuitos marginais e dos novos textos, que não recebo. sem epígonos os citados. apesar de pencas, às centenas, seguirem o caminho. mas é o claim do patrício, para seu primeiro romance, oferecendo de bandeja cabeça a críticos da espécie veja, que costumam aos trocadilhos, tal como os aqui feitos ao júnior, fofar os novos ,empalando-os até o gargalo. não contumaz também, foi agregar ao cru e indigesto, o po|êmico, que soa a arremate de descaso do publicitário que não garimpa texto. além do esgarçamento do termo, a polêmica morreu com carlos lacerda. duvidamos que a polêmica contida em tal romance ultrapasse o prefácio, quando muito o teaser.
off topic, não basta pensar em jorro de palavras para se obter ritmo e invenção – para não falar que dezenas de livros de publicitários, seniores inclusive, já inventariaram o universo da publicidade com causticidade comprovadamente mais devastadora, ainda assim não literatura.
a facilidade de costurar textos é o grande feitiço de áquila dos publicitários que servem de mote ao emplastro de escritor frustado. escrever bem publicitariamente não é a mesma coisa que escrever literatura e vice-versa. não se conheceçem muitos que tenham feitos as duas coisas convincentemente. pessoa, era amanuense da publicidade. e, lessa, escritor de asas curtas, também não deixou nenhum slogan “para a posteridade” na jwt, apesar de grandes ensinamentos humanos.
mas salvação há no reino dos céus, para quem se arrisca no inferno das letras, sendo publicitário. andré sant´anna, mineiro de belo horizonte, nascido aos 64, que morou no rio, tocou no grupo tao e qual de 80 a 90, não sei se ainda morando em são paulo? trabalhando como redator de publicidade. publicou amor, 1998
sexo, 2000, do qual já publicamos excerto, tendo conto seu incluído na edição “os cem melhores contos brasileiros do século”, publicado pela objetiva. curiosamente, sexo, quase best-seller em portugal, editado pela cotovia, que reuniu até então toda obra do editor é um exemplo da não literatura de spa. que muita gente pratica, ainda que também adjetivada de polêmica, crua e indigesta. e se listar meia dúzia de palavrões nos transforma em literatos, publiquemos então as putas e travecos da madrugada com seus sotaques, vocabularios e linguagem bem mais trabalhados dentro e fora do metiér.
como diria henrique szklo, autor do título* que nomeia este post, editado pela negócio editora, já na segunda tentativa, sobre seu própio livro: “eis o melhor livro do ano, para se meter o pau”.
mesmo para isso, vai descobrir o patrício junior, não é nada fácil. concorrência igual ou maior do que a que enfrentamos em nosso ofício. muita cabeça batendo. muita gente mais habilitada por e para isso do que nós, independentemente das nossas ansiedades, vontades e reais possibilidades.
sim, henrique também é mineiro. o que é ainda mais azar quando se tem o andré como não patrício.
**alguns dos nomes da net generation revelados pelo digestivo:
Alexandre Inagaki, Alexandre Petillo, Alexandre Soares Silva, Ana Elisa Ribeiro, Andréa Trompczynski, Bruno Garschagen, Daniela Castilho, Daniela Sandler, Debora Batello, Denis Zanini Lima, Eduardo Carvalho, Fabio Danesi Rossi, Fabrício Carpinejar, Gian Danton, Hernani Dimantas, Jardel Dias Cavalcanti, Lisandro Gaertner, Luis Eduardo Matta, Marcelo Barbão, Mario AV, Nemo Nox,
Cru, polêmico, indigesto. “ Lítio”, o primeiro romance de Patrício Jr. Aguarde.
como os demais, na lista do cc-nat, ccpe, mariposam-me a caixa de entrada, aquilo que parecem ser textuais percalços d´um júnior de primeira viagem.
versao tang do marketing viral, sachês de sabor literário. deve pensar autor. intensos na frequência, conteúdo nem tanto, nos que me tocam.
responde o labor, dito literário, por lítio. substância epigrafada pelo próprio autor. diz-se do próprio, elemento químico número atômico 3. família dos alcalinos, elemento de amálgama. não se sabe ainda se na literatura. mas sim em ligas metálicas, de baterias, e na formação do trítio.
mesmo o lítio, não é imune à entropia - gerada na redundância, no déjà-vu - parece ter esquecido o júnior - na literatura, como na publicidade ? assim raciocinando ao não racionar suas investidas.
não desdigo tanto assim dos teasers, como possa parecer. mas como todo publicitário é sempre suspeito ao falar d´outro, sugiro ao patrício, literamente, passar por cima dos parágrafos anteriores e posteriores, e enviar seus originais, se assim o forem, para o júlio daio borges, do digestivo cultural**l www.digestivocultural.com.br talvez o que de mais sério e bem sucedido – não basta ser sério para publicitários, tem de ser bem sucedidoJ , na análise e crítica, do novo na literatura e afins atualmente. entendendo-se por novo, algo mais que a idade de quem o faz. o que por si só já é um critério tão certeiro que costuma abater em pleno take-off muito ego assoberbado de sí mesmo. e, neste hangar da crítica de cultura e idéias, sobram morteiros para alcançar mesmo aqueles que acima dos 38 mil pés imaginam-se naves insólitas em céu de brigadeiro. significando isto, também, de que não basta ser um clássico, há que ser bom acima e abaixo do horizonte.
praia escaparda, a literatura intentada por publicitários jaz muito, e jazz muito pouco, quando sola, algures. edições do autor, perambulam esquecidas de sí, dos amigos e dos leitores, espécie de consumidor que quase sempre acaba achando mais graça aos anúncios do que na escrita feita por quem os os faz. apesar dos proclamas de detestamos a publicidade, toda a publicidade.
“crus, indigestos”, continuam a ser rubens fonsêca, dalton trevisan, joão antônio, plínio marcos, para não falar de sade e miller, e muito menos aventurar-me aos circuitos marginais e dos novos textos, que não recebo. sem epígonos os citados. apesar de pencas, às centenas, seguirem o caminho. mas é o claim do patrício, para seu primeiro romance, oferecendo de bandeja cabeça a críticos da espécie veja, que costumam aos trocadilhos, tal como os aqui feitos ao júnior, fofar os novos ,empalando-os até o gargalo. não contumaz também, foi agregar ao cru e indigesto, o po|êmico, que soa a arremate de descaso do publicitário que não garimpa texto. além do esgarçamento do termo, a polêmica morreu com carlos lacerda. duvidamos que a polêmica contida em tal romance ultrapasse o prefácio, quando muito o teaser.
off topic, não basta pensar em jorro de palavras para se obter ritmo e invenção – para não falar que dezenas de livros de publicitários, seniores inclusive, já inventariaram o universo da publicidade com causticidade comprovadamente mais devastadora, ainda assim não literatura.
a facilidade de costurar textos é o grande feitiço de áquila dos publicitários que servem de mote ao emplastro de escritor frustado. escrever bem publicitariamente não é a mesma coisa que escrever literatura e vice-versa. não se conheceçem muitos que tenham feitos as duas coisas convincentemente. pessoa, era amanuense da publicidade. e, lessa, escritor de asas curtas, também não deixou nenhum slogan “para a posteridade” na jwt, apesar de grandes ensinamentos humanos.
mas salvação há no reino dos céus, para quem se arrisca no inferno das letras, sendo publicitário. andré sant´anna, mineiro de belo horizonte, nascido aos 64, que morou no rio, tocou no grupo tao e qual de 80 a 90, não sei se ainda morando em são paulo? trabalhando como redator de publicidade. publicou amor, 1998
sexo, 2000, do qual já publicamos excerto, tendo conto seu incluído na edição “os cem melhores contos brasileiros do século”, publicado pela objetiva. curiosamente, sexo, quase best-seller em portugal, editado pela cotovia, que reuniu até então toda obra do editor é um exemplo da não literatura de spa. que muita gente pratica, ainda que também adjetivada de polêmica, crua e indigesta. e se listar meia dúzia de palavrões nos transforma em literatos, publiquemos então as putas e travecos da madrugada com seus sotaques, vocabularios e linguagem bem mais trabalhados dentro e fora do metiér.
como diria henrique szklo, autor do título* que nomeia este post, editado pela negócio editora, já na segunda tentativa, sobre seu própio livro: “eis o melhor livro do ano, para se meter o pau”.
mesmo para isso, vai descobrir o patrício junior, não é nada fácil. concorrência igual ou maior do que a que enfrentamos em nosso ofício. muita cabeça batendo. muita gente mais habilitada por e para isso do que nós, independentemente das nossas ansiedades, vontades e reais possibilidades.
sim, henrique também é mineiro. o que é ainda mais azar quando se tem o andré como não patrício.
**alguns dos nomes da net generation revelados pelo digestivo:
Alexandre Inagaki, Alexandre Petillo, Alexandre Soares Silva, Ana Elisa Ribeiro, Andréa Trompczynski, Bruno Garschagen, Daniela Castilho, Daniela Sandler, Debora Batello, Denis Zanini Lima, Eduardo Carvalho, Fabio Danesi Rossi, Fabrício Carpinejar, Gian Danton, Hernani Dimantas, Jardel Dias Cavalcanti, Lisandro Gaertner, Luis Eduardo Matta, Marcelo Barbão, Mario AV, Nemo Nox,
geração coca-cola
Importantes líderes publicitários brasileiros reuniram-se na semana passada, em Sao Paulo, para debater o futuro. Para aquecer as discussoes, havia palestrantes como Márcio Moreira, da McCann, Brendan Ryan, da FCB, e Joe Cappo, jornalista do Advertising Age, que relacionou '10 ameaças ao futuro da propaganda'.
Cappo destacou questoes que estao transformando profundamente o negócio da propaganda, como a consolidaçao das agências em grandes corporaçoes geridas por empresários e nao publicitários, a proliferaçao de novas mídias, a necessidade da integraçao entre meios e a dissoluçao da linha que separava a propaganda das demais disciplinas.
Falou também sobre as marcas construídas sem ajuda da publicidade, como Starbucks e Google, sobre a radical mudança no perfil dos consumidores e a banalizaçao das mensagens diante da quantidade excessiva depublicidade veiculada todos os dias.
Cappo botou o dedo em muitas feridas. Disse claramente que o Brasil nao vai conseguir adiar por muito tempo a entrada das centrais de compra de mídia por causa da pressao dos anunciantes multinacionais, que os publicitários parecem ter um caso de amor eterno com as mídias de massa, ignorando muitas vezes o potencial dos novos canais e que as agências nao sao os parceiros ideais para comandar campanhas integradas, porque só conseguem pensar em publicidade. "O problema dos publicitários é que sempre mostram seus trabalhos através de comerciais de TV e nao com resultados de venda dos produtos que anunciam" - disparou.
No palco, estavam também Daniel Barbará, da DPZ, Sérgio Valente, da DM9 e Ângelo de Sá Jr, da Editora Globo, convidados a debater as idéias apresentadas pelo palestrante. Em vez de analisar as questoes propostas, os 3 passaram a maior parte do tempo minimizando os problemas e elogiando a publicidade brasileira. "Nossa propaganda é uma das melhores e nós vamos conquistar o mundo" - afirmou Valente, para logo depois dizer confiante - "Ouvindo tudo isso eu percebo como o nosso negócio está no caminho certo". Barbará, uma das vozes lúcidas do mercado, embarcou na mesma canoa, destacando que as centrais de mídia nao entrarao no país "porque o sistema brasileiro está fortemente apoiado pelos veículos e anunciantes na manutençao do esquema". Sá Jr completou dizendo que as centrais de mídia nao deram certo na Argentina porque fizeram "cair demais a rentabilidade do negócio".
Em outro painel, este sobre o futuro das mídias, Nelson Sirotsky, da RBS, teve o desplante de afirmar que os jornais no Brasil vao bem e nao perdem atualidade em funçao de novas mídias, como a internet. Num debate com anunciantes, presidentes de agências clamaram pela ética nos negócios, mas recusaram-se a questionar a legitimidade das BVs e defenderam teses contraditórias, como a de que os anunciantes nao deviam aceitar viagens pagas pelos veículos, mas que as agências podiam fazê-lo porque têm com eles uma "relaçao diferente", nas palavras de Dalton Pastore, nada menos que o presidente da Abap.
Afinal, que país é esse em que vivem os líderes publicitários brasileiros, tao diferente do mundo real? Se você souber a resposta, por favor, mande uma mensagem para o meu correio.
que país é esse, o dos lideres publicitarios, luiz alberto marinho apertando o cerco no bluebus.
Cappo destacou questoes que estao transformando profundamente o negócio da propaganda, como a consolidaçao das agências em grandes corporaçoes geridas por empresários e nao publicitários, a proliferaçao de novas mídias, a necessidade da integraçao entre meios e a dissoluçao da linha que separava a propaganda das demais disciplinas.
Falou também sobre as marcas construídas sem ajuda da publicidade, como Starbucks e Google, sobre a radical mudança no perfil dos consumidores e a banalizaçao das mensagens diante da quantidade excessiva depublicidade veiculada todos os dias.
Cappo botou o dedo em muitas feridas. Disse claramente que o Brasil nao vai conseguir adiar por muito tempo a entrada das centrais de compra de mídia por causa da pressao dos anunciantes multinacionais, que os publicitários parecem ter um caso de amor eterno com as mídias de massa, ignorando muitas vezes o potencial dos novos canais e que as agências nao sao os parceiros ideais para comandar campanhas integradas, porque só conseguem pensar em publicidade. "O problema dos publicitários é que sempre mostram seus trabalhos através de comerciais de TV e nao com resultados de venda dos produtos que anunciam" - disparou.
No palco, estavam também Daniel Barbará, da DPZ, Sérgio Valente, da DM9 e Ângelo de Sá Jr, da Editora Globo, convidados a debater as idéias apresentadas pelo palestrante. Em vez de analisar as questoes propostas, os 3 passaram a maior parte do tempo minimizando os problemas e elogiando a publicidade brasileira. "Nossa propaganda é uma das melhores e nós vamos conquistar o mundo" - afirmou Valente, para logo depois dizer confiante - "Ouvindo tudo isso eu percebo como o nosso negócio está no caminho certo". Barbará, uma das vozes lúcidas do mercado, embarcou na mesma canoa, destacando que as centrais de mídia nao entrarao no país "porque o sistema brasileiro está fortemente apoiado pelos veículos e anunciantes na manutençao do esquema". Sá Jr completou dizendo que as centrais de mídia nao deram certo na Argentina porque fizeram "cair demais a rentabilidade do negócio".
Em outro painel, este sobre o futuro das mídias, Nelson Sirotsky, da RBS, teve o desplante de afirmar que os jornais no Brasil vao bem e nao perdem atualidade em funçao de novas mídias, como a internet. Num debate com anunciantes, presidentes de agências clamaram pela ética nos negócios, mas recusaram-se a questionar a legitimidade das BVs e defenderam teses contraditórias, como a de que os anunciantes nao deviam aceitar viagens pagas pelos veículos, mas que as agências podiam fazê-lo porque têm com eles uma "relaçao diferente", nas palavras de Dalton Pastore, nada menos que o presidente da Abap.
Afinal, que país é esse em que vivem os líderes publicitários brasileiros, tao diferente do mundo real? Se você souber a resposta, por favor, mande uma mensagem para o meu correio.
que país é esse, o dos lideres publicitarios, luiz alberto marinho apertando o cerco no bluebus.
quarta-feira, outubro 26, 2005
visto de entrada
grande criativo mas 1 merda como ser humano
a bola foi levantada por tira produzida por 1 dupla de criativos americana que assina Jamie Liretti e Graham Mutch. 1 critica sem disfarces ao ex diretor mundial de criaçao do grupo WPP, Neil French. A tirinha do dia tem o sugestivo titulo 'French fried'.
aproveitando a notícia do blue bus, começo o dia a perguntar: mas os grandes criativos não são assim? ou não ? citemos as exceçôes, porque os grandes criativos conhecidos mas 1 merda como seres humanos, apesar de não serem tantos, grandes criativos, aumentam a lista cada vez maior de 1 merda como seres humanos.
a pressão da concorrência, os números no bolso, a idade, fazem com que o caráter torne-se enfim mais pequeno que nota de rodapé ?
durante muito tempo fiquei na dúvida entre os merdas como seres humanos e grandes criativos e os grandes seres humanos mais 1 merda como criativos, acabei ficando com a primeira opção, até que alguém me apresente a boa combinação dos dois.
o fato é que não dá para ser politicamente correto na hora do vamos ver. é mais fácil, ainda que temporariamente, você administrar seres humanos que são 1 merda do que administrar quem é 1 merda como criativo.
até porque, quando o cara é muito bom em criação logo aparece alguém para dizer que ele é uma merda em alguma coisa. já o contrario não acontece. ou seja nem todos os atos de excelsa humanidade transformam alguém que é 1 merda em criação em algo que não seja isto.
a bola foi levantada por tira produzida por 1 dupla de criativos americana que assina Jamie Liretti e Graham Mutch. 1 critica sem disfarces ao ex diretor mundial de criaçao do grupo WPP, Neil French. A tirinha do dia tem o sugestivo titulo 'French fried'.
aproveitando a notícia do blue bus, começo o dia a perguntar: mas os grandes criativos não são assim? ou não ? citemos as exceçôes, porque os grandes criativos conhecidos mas 1 merda como seres humanos, apesar de não serem tantos, grandes criativos, aumentam a lista cada vez maior de 1 merda como seres humanos.
a pressão da concorrência, os números no bolso, a idade, fazem com que o caráter torne-se enfim mais pequeno que nota de rodapé ?
durante muito tempo fiquei na dúvida entre os merdas como seres humanos e grandes criativos e os grandes seres humanos mais 1 merda como criativos, acabei ficando com a primeira opção, até que alguém me apresente a boa combinação dos dois.
o fato é que não dá para ser politicamente correto na hora do vamos ver. é mais fácil, ainda que temporariamente, você administrar seres humanos que são 1 merda do que administrar quem é 1 merda como criativo.
até porque, quando o cara é muito bom em criação logo aparece alguém para dizer que ele é uma merda em alguma coisa. já o contrario não acontece. ou seja nem todos os atos de excelsa humanidade transformam alguém que é 1 merda em criação em algo que não seja isto.
quarta ah portugesa: a urucubaca da saatchi portugal
quando se acessa o www.saatchi.com
ou quando se assiste o rolo dos novos diretores em cannes, acontecimento indefectivelmente comandado pelo bob isherwood, é inevitável que se pense: que se passa em portugal ? onde a saatchi sempre foi o que é: nada mais que tênue sombra da network que já foi a mais criativa do mundo.
mas peraí, não estaria atirando no proprio pé? afinal chief creative officer é um título da minha pertença na organização nos idos de 97 ?
a little, maybe. mas na história da instituição saatchi portugal para além de quase um ano de combate sanguinolento ao imobilismo de victor pantoja, armando santana e rosaria carapinho, a tríplice coroa que na defesa do status cu conseguido sabotava toda e qualquer tentativa de inovação criativa, até que fiz feridas. e não tombei mediocre. afinal, sob a minha direção a saatchi teve seus 15 minutos de fama. com outros, nem isto.
basta lembrar que o todo poderoso da nike européia, josé ricardo cabaço, também foi vítima, ao suceder-me, da mesma tríplice coroa, que superou-se ao contratar free-lancers para fazerem trabalhos as costas do cabaço que, contrariando seu estilo espoleta, esteve a cagar-se pra isso, ao menos para compor figurino e não amarrotar as sapatilhas(tennis).
fato é que a saatchi, era insistentemente cobrada pela worldwide creative direction, e não só, pelo zero de resultados em termos criativos. fax e faxes chegavam diariamente a lisboa componentes da comunicação interna a informar resultados do então ainda rolo compressor criativo mundo a fora. na matriz portuguesa nem para rascunho serviam, pois o discurso da mudança morreu após o jantar de confirmação da minha contratação.
se créditos pelo estrabismo a postura da casa, cemitério de maus atendimentos em posições de commando, desde o início couberam ao babante victor pantoja, que dizer quando a saatchi após saída de portugal, voltou sob a égide da publicis, siamesa a park, cuja assinatura park-saatchi traduzia de modo quase trocadilhinesco que ali estava sequer um park de estacionamento de idéias já que não se poriam em movimento, como não se puseram até hoje.
a única explicação é a urucubaca que abateu-se sobre a marca em cardinais lusos. até porque, financeiramente, a posição da saatchi tomou o pé da descida. eliminando toda e qualquer assertiva de que estaria perdendo negócios porque ousou romper os bloqueios criativos de que lhe impregnaram gestões que lhe fizeram vista grossa voltados para interesses outros que, muita gente fala, apontava para o engordamento da carteira por outras vias que não expressas.
na saatchi , portugal sempre foi o patinho feio que não acabou em cisne como deveria rezar a lenda. sequer lacado, apenas empacado, empalhado.
no site, ainda hoje na abertura, o ideias & ideias gira, gira. é isto que deixou tontos os gestores portugueses? que não conseguem dar a volta ao problema da falta de soluções criativas para quem as tem por todo lado do mundo, insistindo em diretivas meramente burocráticas tão-somente ?
então ,da marca, em portugal, deveria usar-se apenas o &.
não me parece que esta fosse a idéia do lord.
ou quando se assiste o rolo dos novos diretores em cannes, acontecimento indefectivelmente comandado pelo bob isherwood, é inevitável que se pense: que se passa em portugal ? onde a saatchi sempre foi o que é: nada mais que tênue sombra da network que já foi a mais criativa do mundo.
mas peraí, não estaria atirando no proprio pé? afinal chief creative officer é um título da minha pertença na organização nos idos de 97 ?
a little, maybe. mas na história da instituição saatchi portugal para além de quase um ano de combate sanguinolento ao imobilismo de victor pantoja, armando santana e rosaria carapinho, a tríplice coroa que na defesa do status cu conseguido sabotava toda e qualquer tentativa de inovação criativa, até que fiz feridas. e não tombei mediocre. afinal, sob a minha direção a saatchi teve seus 15 minutos de fama. com outros, nem isto.
basta lembrar que o todo poderoso da nike européia, josé ricardo cabaço, também foi vítima, ao suceder-me, da mesma tríplice coroa, que superou-se ao contratar free-lancers para fazerem trabalhos as costas do cabaço que, contrariando seu estilo espoleta, esteve a cagar-se pra isso, ao menos para compor figurino e não amarrotar as sapatilhas(tennis).
fato é que a saatchi, era insistentemente cobrada pela worldwide creative direction, e não só, pelo zero de resultados em termos criativos. fax e faxes chegavam diariamente a lisboa componentes da comunicação interna a informar resultados do então ainda rolo compressor criativo mundo a fora. na matriz portuguesa nem para rascunho serviam, pois o discurso da mudança morreu após o jantar de confirmação da minha contratação.
se créditos pelo estrabismo a postura da casa, cemitério de maus atendimentos em posições de commando, desde o início couberam ao babante victor pantoja, que dizer quando a saatchi após saída de portugal, voltou sob a égide da publicis, siamesa a park, cuja assinatura park-saatchi traduzia de modo quase trocadilhinesco que ali estava sequer um park de estacionamento de idéias já que não se poriam em movimento, como não se puseram até hoje.
a única explicação é a urucubaca que abateu-se sobre a marca em cardinais lusos. até porque, financeiramente, a posição da saatchi tomou o pé da descida. eliminando toda e qualquer assertiva de que estaria perdendo negócios porque ousou romper os bloqueios criativos de que lhe impregnaram gestões que lhe fizeram vista grossa voltados para interesses outros que, muita gente fala, apontava para o engordamento da carteira por outras vias que não expressas.
na saatchi , portugal sempre foi o patinho feio que não acabou em cisne como deveria rezar a lenda. sequer lacado, apenas empacado, empalhado.
no site, ainda hoje na abertura, o ideias & ideias gira, gira. é isto que deixou tontos os gestores portugueses? que não conseguem dar a volta ao problema da falta de soluções criativas para quem as tem por todo lado do mundo, insistindo em diretivas meramente burocráticas tão-somente ?
então ,da marca, em portugal, deveria usar-se apenas o &.
não me parece que esta fosse a idéia do lord.
fax da cuca com capacete
( … victor,
não conheço a pessoa em questão e para lhe ser muito sincero me parece numa idade avançada para a real revolução que gostaríamos de ter por aí.
por outro lado, também me soa muio estranho que uma pessoa com tantos anos de carreira no brasil, tenha passado por agencias de baixíssimo nível criativo e que não tenha deixado ai suas marcas. até quando a responsablidade da direção criativa lhe caía sobre as mãos.
como disse no início, sempre é muito difícil passar uma impressão sobre uma pessoa sem conhecê-la pessoalmente ou sequer ( e mais importante) o seu trabalho.
mas, honestamente(como tu me pedistes) não posso crer que em apenas um ano de distância do mercado brasileiro ele depois de tanto “ não fazer” aqui no brasil, tenha se revelado um talento contudente.
espero tê-lo ajudado e sigo disposto a faze-lo.
abraços
fábio fernandes em 19,02,97.
p.s. by the way, victor, se o edson trabalhou com ele, foi portanto no brasil. e vale ressaltar que aqui no brasil, o edson também não fez nada de memorável. acho que o guru dele foi outro.
well, by the way, cenas de batalhas de bastidores, onde sobraram citações energúmenas sobre o edson, que nunca teve guru, muito menos eu, que não sou guru nem dos meus cães.
apenas palavras fernandescas do mesmo fábio que retornava a cannes colocando capacetes nas formigas que haviam ganho prêmio no ano anterior, tomando dentro com idéia cochabamba, jamais esperada de um criativo com a folha de servicos dele, deve ter lhe subido a cabeça, picada de formiga, deformação de capacete?
a amnesia, típica dos mui famosos, também lhe vitima, fazendo esquecer os elogios ao trabalho a ele apresentando, enquando diretor de criação da artplan. ou então ele rasgou-se na mentira de elogios plenamente dispensáveis. aliás, seu eu fosse viver de elogios tava morto e enterrado como indigente.
por outro lado, é típico de publicitário paulista, não só achar que o umbigo do mundo é o seu, como achar que publicidade no brasil só existe a feita em são paulo, o que é apenas meia verdade.
talvez por conta disto mesmo, dizem ter havido um boicote orquestrado frente a entrada de nizan no mercado paulista.
não vale nem a pena falar de prêmios conquistados nacionalmente a frente de agencias paulistas com mestres a capitanea, paridos em agencias que nem ele sabe nome, num, brasil onde nordeste não há só praias mas cabeças boas presas a torniquetes de verba e preconceitos.
o fato é que apesar das ilações do fernandes, inclusive quanto a idade avançada – interessante que eu, com 50, não tenho a cara de sessenta, que ele tem com quarenta - foi o degas, aqui, com que literalmente revolucionou o mercado, indispondo-me com a direção inclusive, esbanjando tomates para colocar na rua o anúncio da diana. revolucionário já a partir do pontapé inicial dado por uma redatora que veio do lado do cliente, com apenas 3 meses de trabalho,coisa que os leoninos do pedaço não fazem por que são mesmo um cagões. revolucionário mais uma vez por gerar uma visibilidade que ao que me lembre no período, nenhuma agência portuguesa teve, gerando espontaneamente cobertura de todas as redes de televisão em horário nobre, para além da cobertura de jornais especializados ou não.
se a direção geral e de novos negócios não soube aproveitar os flashes para partir para a conquista do espaço aberto, a história é outra. é a velha história da saatchi acima que gostava de funcionar como um escritório de adaptações o que me fez abandonar o projeto, não sem antes provar que era possível mudar o perfil da comunicação, inclusive de clientes ultraconservadores como a caixa geral de depósitos. aliás, falsa modestia é o caralho, os filmes feito à epoca para a cgd deixam os tidos como inovadores feitos pela tbwa alvarez parecendo bobó de leandro.
é de se ressaltar que, apesar das chances de ser nomeado em cannes, o anúncio foi defenestrado de qualquer premiação, segundo iniciativa de victor pantoja que comunicou-me que a matriz, ligada a casa real, temia nunca se soube o quê ?
isto posto, ainda fomos acusados à boa chiusa por alguns da wunderman de sermos uns cabrões oportunistas, boa oportunidade para dizer que lester também abominaria a filial portuguesa de sua marca, que agora, arrota pelos corredores que vai ser a agência mais criativa de portugal.
isso é que marketing direto, então. o meu, fichinha d´outros tempos.
não conheço a pessoa em questão e para lhe ser muito sincero me parece numa idade avançada para a real revolução que gostaríamos de ter por aí.
por outro lado, também me soa muio estranho que uma pessoa com tantos anos de carreira no brasil, tenha passado por agencias de baixíssimo nível criativo e que não tenha deixado ai suas marcas. até quando a responsablidade da direção criativa lhe caía sobre as mãos.
como disse no início, sempre é muito difícil passar uma impressão sobre uma pessoa sem conhecê-la pessoalmente ou sequer ( e mais importante) o seu trabalho.
mas, honestamente(como tu me pedistes) não posso crer que em apenas um ano de distância do mercado brasileiro ele depois de tanto “ não fazer” aqui no brasil, tenha se revelado um talento contudente.
espero tê-lo ajudado e sigo disposto a faze-lo.
abraços
fábio fernandes em 19,02,97.
p.s. by the way, victor, se o edson trabalhou com ele, foi portanto no brasil. e vale ressaltar que aqui no brasil, o edson também não fez nada de memorável. acho que o guru dele foi outro.
well, by the way, cenas de batalhas de bastidores, onde sobraram citações energúmenas sobre o edson, que nunca teve guru, muito menos eu, que não sou guru nem dos meus cães.
apenas palavras fernandescas do mesmo fábio que retornava a cannes colocando capacetes nas formigas que haviam ganho prêmio no ano anterior, tomando dentro com idéia cochabamba, jamais esperada de um criativo com a folha de servicos dele, deve ter lhe subido a cabeça, picada de formiga, deformação de capacete?
a amnesia, típica dos mui famosos, também lhe vitima, fazendo esquecer os elogios ao trabalho a ele apresentando, enquando diretor de criação da artplan. ou então ele rasgou-se na mentira de elogios plenamente dispensáveis. aliás, seu eu fosse viver de elogios tava morto e enterrado como indigente.
por outro lado, é típico de publicitário paulista, não só achar que o umbigo do mundo é o seu, como achar que publicidade no brasil só existe a feita em são paulo, o que é apenas meia verdade.
talvez por conta disto mesmo, dizem ter havido um boicote orquestrado frente a entrada de nizan no mercado paulista.
não vale nem a pena falar de prêmios conquistados nacionalmente a frente de agencias paulistas com mestres a capitanea, paridos em agencias que nem ele sabe nome, num, brasil onde nordeste não há só praias mas cabeças boas presas a torniquetes de verba e preconceitos.
o fato é que apesar das ilações do fernandes, inclusive quanto a idade avançada – interessante que eu, com 50, não tenho a cara de sessenta, que ele tem com quarenta - foi o degas, aqui, com que literalmente revolucionou o mercado, indispondo-me com a direção inclusive, esbanjando tomates para colocar na rua o anúncio da diana. revolucionário já a partir do pontapé inicial dado por uma redatora que veio do lado do cliente, com apenas 3 meses de trabalho,coisa que os leoninos do pedaço não fazem por que são mesmo um cagões. revolucionário mais uma vez por gerar uma visibilidade que ao que me lembre no período, nenhuma agência portuguesa teve, gerando espontaneamente cobertura de todas as redes de televisão em horário nobre, para além da cobertura de jornais especializados ou não.
se a direção geral e de novos negócios não soube aproveitar os flashes para partir para a conquista do espaço aberto, a história é outra. é a velha história da saatchi acima que gostava de funcionar como um escritório de adaptações o que me fez abandonar o projeto, não sem antes provar que era possível mudar o perfil da comunicação, inclusive de clientes ultraconservadores como a caixa geral de depósitos. aliás, falsa modestia é o caralho, os filmes feito à epoca para a cgd deixam os tidos como inovadores feitos pela tbwa alvarez parecendo bobó de leandro.
é de se ressaltar que, apesar das chances de ser nomeado em cannes, o anúncio foi defenestrado de qualquer premiação, segundo iniciativa de victor pantoja que comunicou-me que a matriz, ligada a casa real, temia nunca se soube o quê ?
isto posto, ainda fomos acusados à boa chiusa por alguns da wunderman de sermos uns cabrões oportunistas, boa oportunidade para dizer que lester também abominaria a filial portuguesa de sua marca, que agora, arrota pelos corredores que vai ser a agência mais criativa de portugal.
isso é que marketing direto, então. o meu, fichinha d´outros tempos.
dicionário
pebado: estar à rasca, em dificuldades.
tem muito publicitário brasileiro pebado em portugal, pois não ?
já por cá, não vejo portugueses à rasca. deve ser porque mais sábios aqui vem só fazer férias, no que fazem muito bem. mas certos pedros seriam muito bons por cá os lima, os batalha, por exemplo.
tem muito publicitário brasileiro pebado em portugal, pois não ?
já por cá, não vejo portugueses à rasca. deve ser porque mais sábios aqui vem só fazer férias, no que fazem muito bem. mas certos pedros seriam muito bons por cá os lima, os batalha, por exemplo.
be somebody with a body!
o título, acompanhado de ilustração do tipo folhetos que vendem corpo de mr. universo faz parte da bem humorada capa do la mentira em la propaganda política y en la publicidad, do guy durandin, pela paidós counicación. tradução da edição francesa de 1982, les mesonges en propagande et en publicité.
capa vermelho rubro, chamou-me atenção nestes tempos que rolam no brasil, lula não escapou incólume ainda - e, em portugal com a volta de mário soares ao ringue.
o que é mentira, o que é verdade ? no fundo, a gente sabe. sempre.
finalmente chegou a hora de ler o livro que andava algo emputecido com o esquecimento que lhe dediquei. podia ter sido pior. tê-lo deixado na prateleira da livraria amargando a companhia de outro título qualquer.
antes só comprava o que ia ler imediatamente. depois, percebi que o imediatamente as vezes tarda, mas não falta.
capa vermelho rubro, chamou-me atenção nestes tempos que rolam no brasil, lula não escapou incólume ainda - e, em portugal com a volta de mário soares ao ringue.
o que é mentira, o que é verdade ? no fundo, a gente sabe. sempre.
finalmente chegou a hora de ler o livro que andava algo emputecido com o esquecimento que lhe dediquei. podia ter sido pior. tê-lo deixado na prateleira da livraria amargando a companhia de outro título qualquer.
antes só comprava o que ia ler imediatamente. depois, percebi que o imediatamente as vezes tarda, mas não falta.
visto de saída
comentários sobre as mulheres pegaram muito mal
saída de Neil French do grupo WPP, onde era diretor criativo mundial, foi o assunto do dia no mercado americano esta semana. desdobrado em entrevistas com o criativo, convidado pelos veiculos especializados a explicar as razões de sua saída. seu afastamento foi consequencia de comentarios que fez na semana passada em um evento no canadá - disse que mulheres que trabalham com criação publicitaria não chegam aos cargos mais altos porque nao merecem, chamando de "lixo" quem nao consegue se envolver 100% com o trabalho e avaliou que poucas mulheres sao diretoras de criação porque sao casadas e têm filhos ou pretendem ter filhos
noticia de ontem no The Wall Street Journal situa o tamanho do impacto das palavras de French. Diz que os comentários tocaram num ponto sensivel para o mercado da propaganda, no qual muitas mulheres trabalham, mas poucas chegam a posições elevadas. Observa que a fala do criativo é especialmente delicada para o grupo WPP, que tem clientes como Colgate Palmolive e Procter & Gamble, para os quais as mulheres sao o principal publico alvo.
bem, como estou na minha semana fagner, vide entrevista da veja, digo o seguinte: desde quando o neil está errado? cristina carvalho pinto, no tempo que era da gang dos twelve, hoje nem band leader da jazz é, e no máximo, a ex-miss ogilvy adriana cury. mais algum nome ? em portugal quem, que não seja lixo ? fala sério.
o politicamente correto deixa de o ser quando quer transformar a realidade apenas com discurso político e necas de pitibiribas de ação( esta fica para dicionários futuros).
e corretíssimo o neil quando diz que é lixo quem não consegue se envolver cem por cento com o trabalho. a única exceção, dizem, era o bill que as 17 horas afrouxava a gravata e ia viver outra vida.
fica a imaginar a vida das mulheres na ogilvy, afinal o athayde tem muito da misoginia do neil, vide suas equipes anteriores.não costumando dar trégua a quem trabalha menos de 12 horas, no mínimo, por dia. será que o homem mudou ?
sim, alessandra quadros, para o neil, seria lixo também.
saída de Neil French do grupo WPP, onde era diretor criativo mundial, foi o assunto do dia no mercado americano esta semana. desdobrado em entrevistas com o criativo, convidado pelos veiculos especializados a explicar as razões de sua saída. seu afastamento foi consequencia de comentarios que fez na semana passada em um evento no canadá - disse que mulheres que trabalham com criação publicitaria não chegam aos cargos mais altos porque nao merecem, chamando de "lixo" quem nao consegue se envolver 100% com o trabalho e avaliou que poucas mulheres sao diretoras de criação porque sao casadas e têm filhos ou pretendem ter filhos
noticia de ontem no The Wall Street Journal situa o tamanho do impacto das palavras de French. Diz que os comentários tocaram num ponto sensivel para o mercado da propaganda, no qual muitas mulheres trabalham, mas poucas chegam a posições elevadas. Observa que a fala do criativo é especialmente delicada para o grupo WPP, que tem clientes como Colgate Palmolive e Procter & Gamble, para os quais as mulheres sao o principal publico alvo.
bem, como estou na minha semana fagner, vide entrevista da veja, digo o seguinte: desde quando o neil está errado? cristina carvalho pinto, no tempo que era da gang dos twelve, hoje nem band leader da jazz é, e no máximo, a ex-miss ogilvy adriana cury. mais algum nome ? em portugal quem, que não seja lixo ? fala sério.
o politicamente correto deixa de o ser quando quer transformar a realidade apenas com discurso político e necas de pitibiribas de ação( esta fica para dicionários futuros).
e corretíssimo o neil quando diz que é lixo quem não consegue se envolver cem por cento com o trabalho. a única exceção, dizem, era o bill que as 17 horas afrouxava a gravata e ia viver outra vida.
fica a imaginar a vida das mulheres na ogilvy, afinal o athayde tem muito da misoginia do neil, vide suas equipes anteriores.não costumando dar trégua a quem trabalha menos de 12 horas, no mínimo, por dia. será que o homem mudou ?
sim, alessandra quadros, para o neil, seria lixo também.
terça-feira, outubro 25, 2005
quem é morto sempre aparece
nada a ver com resultados do referendo.
apenas outdoor para as noites do terror do playcenter da agnelo pacheco.
agora para terror em tempo integral a frente do sim bolou algumas mas que não colaram.
doutra vez, chama o pacheco.
apenas outdoor para as noites do terror do playcenter da agnelo pacheco.
agora para terror em tempo integral a frente do sim bolou algumas mas que não colaram.
doutra vez, chama o pacheco.
restos de munição ou saldão do referendo
não esmagadora, que a nossa realidade é banguela.
mas por margem folgada, o não deu mãos ao alto ao sim, deixando-o de mãos abanando?
do referendo e sua comunicação podem ser tiradas algumas ilações:
a) erro estratégico, dar tom de campanha a referendo; em momento que qualquer associação a político é dar tiro no pé ou nos fundos, desonestos, inclusive de sí próprio; nestes aspecto os dois lados em determinado momento cometeram o mesmo percalço, percepção agravada pelo lado do sim, montado ainda segundo percepção na mesma bufunfa com que se decoram comícios com artistas de palanque;
b) globais interpretados como mais uma farsa no pedaço ? ou povaréu já percebeu o que significa over-acting ainda que lightemente disfarçado ?
c) utilização de atores globais como formadores de opinião; ainda que na pele de sí mesmos, vistos que foram como personagens manipulados a bom cachê para a frente do sim; o conceito de entropia, leia-se aqui desgaste, para não soar afetado, de há muito colou nos platinados; faustão aos domingos tem colaborado para isto fazendo um trabalho de sapa ao expor os atores nos sketches de fim de tarde, onde todos solidarizam-se com boas causas e princípios, tão demasiado humanos o que não se espera mais de ninguém, quanto mais de atores da globo que, mesmo em baixa - sbt, record e sabe-se lá quem mais ainda comprando aos montes - ainda em alta, acima das lajes; sem falar que a filantropia global não desce até o buraco mais embaixo que é atingido pelo netinho e por sua cópia branca, recalibrada, gugu, fazendo tudo soar como uma grande soap opera; até didi, o embaixador da unicef, soa traíra após o desprezo dado ao dedé, estreitando e enfraquecendo o espectro de adesão;
d) a estética do sim, dizem criada pela giovanni fcb, agora só fcb, já que comprou cem por cento, apesar do gio continuar a frente da administração. curioso como uma agência que nasceu dos poros de um “comunicador do povo”, homem de rádio giovanni, misto de geraldo freire com ternurinha, mas que nunca riscou esmalte nas unhas, tenha perdido o “cheiro de povo”. esteticazinha por demais asséptica, apostando no substrato gráfico delicado, por certo para fazer sobressair as global stars, apostando todas as fichas nisso. levou pau da estética do não, que nem precisou bater muito no discurso não temos dinheiro para fazer campanha paga aos tubos para ter globais ao nosso lado(não importa se realidade ou não o que fica é a percepção) o que soou verdade de sobra para seus argumentos;
e) de cara, a estética do não, nua e cra, mas não agressiva, nem pobremente fake; administrou intencionalmente ou não a sua pobreza de recursos, sem deixar de marcar os piquetes do seu discurso: apresentadora “ neutra”, em cenário neutro, que não deu pistas de estética publicitária, adotando discurso incisivo mas não agressivo em tom de voz neutro, associado a marca da clareza da apresentadora jornalista; dura sem deixar de ser mulher, mas não dura o bastante para soar impositora ou impostora, tampouco didática madre superiora; soou mais a cunhada bom senso da família, nem broaca nem loura fatal,
f) a frente do sim, apelou para o racismo invertido ao colocar jornalistas negros, típica exemplificação mau fadada de tentativa de processo de colagem e identificação subliminarcom as camadas pobres da população, distanciando-se e invertendo um princípio básico em questões de bala: não é a cor de quem dispara que aumenta o rombo: é o calibre; e com a adesão quase em massa dos filhos da falida classe média e ou burguesia da lagoa ao crime, via drogas, inda mais terror o negro colorama que assalta inconsciente coletivo;
g)mas a grande pedra de toque da turma do não, talvez do tipo atiraram no que viram e acertaram no que não viram foi o uso da “tatíca contra fatos não existem argumentos”; inclusive utilizando, ainda que de forma discutível, mais eficiente, um comentador jornalístico tipo primeiro da turma.
h)a turma do sim caiu na armadilha direitinho, sem contar que não flanquearam a questão osso de galinha na glote dos custos do referendo, do montante do investimento do desgoverno na segurança pública, na percepção do paroxismo da insegurança em incontáveis casos de roubo, assassinatos hediondos, sequestros, amplificados pela mesma emissora que emprestou seus globais.
ih) voto de protesto ou não, o não também pisoteou uma certa estética publicitária arrumadinha que costuma confundir eficiência de ambientação com eficiência de ornatos.
j)como referendo nao é campanha, apesar de ter muita gente já estar assanhada por isso, inclusive gente do governo, e em todos os poderes, porque será? resta ver o que virá por aí. desgastados os marketeers, que depois de vender políticos como sabonete, transformarem caixa dois em caixa ao alfa dois, e publicitários que fazem de agências-marca marca de contas de rinha, talvez sobre espaço para publicitários fazer o que ao final das contas não é nada complicado, tampouco desonesto:criar formatos que realcem os conteúdos de quem os tem. quem não os tem que continue nas mesmas práticas agora desabridas a tal ponto, que nem camiseta, nem santinho, nem caneta, consola ou pode mais adesivados a não eficiência.
restam as dentaduras, alpercatas e laqueaduras ainda eficientes. mas isso, para que publicitários ? mesmo os carecas ?
mas por margem folgada, o não deu mãos ao alto ao sim, deixando-o de mãos abanando?
do referendo e sua comunicação podem ser tiradas algumas ilações:
a) erro estratégico, dar tom de campanha a referendo; em momento que qualquer associação a político é dar tiro no pé ou nos fundos, desonestos, inclusive de sí próprio; nestes aspecto os dois lados em determinado momento cometeram o mesmo percalço, percepção agravada pelo lado do sim, montado ainda segundo percepção na mesma bufunfa com que se decoram comícios com artistas de palanque;
b) globais interpretados como mais uma farsa no pedaço ? ou povaréu já percebeu o que significa over-acting ainda que lightemente disfarçado ?
c) utilização de atores globais como formadores de opinião; ainda que na pele de sí mesmos, vistos que foram como personagens manipulados a bom cachê para a frente do sim; o conceito de entropia, leia-se aqui desgaste, para não soar afetado, de há muito colou nos platinados; faustão aos domingos tem colaborado para isto fazendo um trabalho de sapa ao expor os atores nos sketches de fim de tarde, onde todos solidarizam-se com boas causas e princípios, tão demasiado humanos o que não se espera mais de ninguém, quanto mais de atores da globo que, mesmo em baixa - sbt, record e sabe-se lá quem mais ainda comprando aos montes - ainda em alta, acima das lajes; sem falar que a filantropia global não desce até o buraco mais embaixo que é atingido pelo netinho e por sua cópia branca, recalibrada, gugu, fazendo tudo soar como uma grande soap opera; até didi, o embaixador da unicef, soa traíra após o desprezo dado ao dedé, estreitando e enfraquecendo o espectro de adesão;
d) a estética do sim, dizem criada pela giovanni fcb, agora só fcb, já que comprou cem por cento, apesar do gio continuar a frente da administração. curioso como uma agência que nasceu dos poros de um “comunicador do povo”, homem de rádio giovanni, misto de geraldo freire com ternurinha, mas que nunca riscou esmalte nas unhas, tenha perdido o “cheiro de povo”. esteticazinha por demais asséptica, apostando no substrato gráfico delicado, por certo para fazer sobressair as global stars, apostando todas as fichas nisso. levou pau da estética do não, que nem precisou bater muito no discurso não temos dinheiro para fazer campanha paga aos tubos para ter globais ao nosso lado(não importa se realidade ou não o que fica é a percepção) o que soou verdade de sobra para seus argumentos;
e) de cara, a estética do não, nua e cra, mas não agressiva, nem pobremente fake; administrou intencionalmente ou não a sua pobreza de recursos, sem deixar de marcar os piquetes do seu discurso: apresentadora “ neutra”, em cenário neutro, que não deu pistas de estética publicitária, adotando discurso incisivo mas não agressivo em tom de voz neutro, associado a marca da clareza da apresentadora jornalista; dura sem deixar de ser mulher, mas não dura o bastante para soar impositora ou impostora, tampouco didática madre superiora; soou mais a cunhada bom senso da família, nem broaca nem loura fatal,
f) a frente do sim, apelou para o racismo invertido ao colocar jornalistas negros, típica exemplificação mau fadada de tentativa de processo de colagem e identificação subliminarcom as camadas pobres da população, distanciando-se e invertendo um princípio básico em questões de bala: não é a cor de quem dispara que aumenta o rombo: é o calibre; e com a adesão quase em massa dos filhos da falida classe média e ou burguesia da lagoa ao crime, via drogas, inda mais terror o negro colorama que assalta inconsciente coletivo;
g)mas a grande pedra de toque da turma do não, talvez do tipo atiraram no que viram e acertaram no que não viram foi o uso da “tatíca contra fatos não existem argumentos”; inclusive utilizando, ainda que de forma discutível, mais eficiente, um comentador jornalístico tipo primeiro da turma.
h)a turma do sim caiu na armadilha direitinho, sem contar que não flanquearam a questão osso de galinha na glote dos custos do referendo, do montante do investimento do desgoverno na segurança pública, na percepção do paroxismo da insegurança em incontáveis casos de roubo, assassinatos hediondos, sequestros, amplificados pela mesma emissora que emprestou seus globais.
ih) voto de protesto ou não, o não também pisoteou uma certa estética publicitária arrumadinha que costuma confundir eficiência de ambientação com eficiência de ornatos.
j)como referendo nao é campanha, apesar de ter muita gente já estar assanhada por isso, inclusive gente do governo, e em todos os poderes, porque será? resta ver o que virá por aí. desgastados os marketeers, que depois de vender políticos como sabonete, transformarem caixa dois em caixa ao alfa dois, e publicitários que fazem de agências-marca marca de contas de rinha, talvez sobre espaço para publicitários fazer o que ao final das contas não é nada complicado, tampouco desonesto:criar formatos que realcem os conteúdos de quem os tem. quem não os tem que continue nas mesmas práticas agora desabridas a tal ponto, que nem camiseta, nem santinho, nem caneta, consola ou pode mais adesivados a não eficiência.
restam as dentaduras, alpercatas e laqueaduras ainda eficientes. mas isso, para que publicitários ? mesmo os carecas ?
flagrantes da modernidade e do avanço da propaganda brasileira
presidentes das principais agências brasileiras receberam comunicado via mail com sugestivo título "Retificação do BV".
assinado pelo superintendente comercial da Rede Record, Walter Zagari, informava que emissora, além de manter os 4,03% referentes a CPMF e PIS/Cofins no pagamento das Bonificações por Volume (BV), adicionará esse mesmo percentual em todos os BVs a partir de agora.
atitude da Record responde à Rede Globo? que há cerca de um mês alterou item 11 do Programa de Incentivo às Agências passando a descontar 0,38% de CPMF e também 3,65% referentes ao PIS/Cofins do valor a ser pago a título de Bonificação por Volume (BV).
programa de incentivo às agências ? nossa! o que marcos valério fazia também era programa de incentivo. não ?
assinado pelo superintendente comercial da Rede Record, Walter Zagari, informava que emissora, além de manter os 4,03% referentes a CPMF e PIS/Cofins no pagamento das Bonificações por Volume (BV), adicionará esse mesmo percentual em todos os BVs a partir de agora.
atitude da Record responde à Rede Globo? que há cerca de um mês alterou item 11 do Programa de Incentivo às Agências passando a descontar 0,38% de CPMF e também 3,65% referentes ao PIS/Cofins do valor a ser pago a título de Bonificação por Volume (BV).
programa de incentivo às agências ? nossa! o que marcos valério fazia também era programa de incentivo. não ?
segunda-feira, outubro 24, 2005
torquato
a turma da morte é fogo.
mas a turma da vida é viva.
o resultado do referendo subverte o poeta ?
que subverteu-se a sí próprio ?
mas a turma da vida é viva.
o resultado do referendo subverte o poeta ?
que subverteu-se a sí próprio ?
alan kardec
a propaganda deixou de ser a alma do negócio. e das próprias agências, o que é deveras estarrecedor.
obviamente das agências sem alma ou sem corpo como queiram.
estas praticam espécie de espiritismo em que tudo baixa.
o problema é que o espiritismo está crescendo como nunca.
obviamente das agências sem alma ou sem corpo como queiram.
estas praticam espécie de espiritismo em que tudo baixa.
o problema é que o espiritismo está crescendo como nunca.
receita caseira que alguém esqueceu de anotar
Primeiro vem o marketing dentro de casa
Estamos estressados. Disso ninguém mais duvida. Cada um de nós é uma ilha cercada de tarefas e escolhas por todos os lados. Coisas demais para fazer, pagar, comprar, ler, decidir. A pergunta é - de que maneira nosso estresse contamina e faz adoecer as empresas onde trabalhamos? Ou será o contrário? Os empregadores é que seriam incubadores dos vírus do tédio, saco cheio, acomodaçao e covardia? Diagnóstico difícil, muito difícil.
De um lado o individualismo, mantra destes tempos modernos, leva funcionários de todos os níveis a trilhar uma trajetória obstinada em busca do sucesso individual, muitas vezes sem clareza dos parâmetros que definem este sucesso. Quase sempre a luta por poder e território prevalece, em oposiçao a colaboraçao e realizaçoes. Essas pessoas, ao tentarem impor suas idéias e métodos, espalham tensao e estimulam um tipo comum de paralisia empresarial, causado basicamente pelo medo ou desinteresse. Quem perde com isso, claro, sao a própria empresa e seus clientes.
Por outro lado, quando uma empresa falha na importante tarefa de definir seus propósitos em termos mais amplos, negligencia o trabalho de comunicação interna e motivação de suas equipes e demonstra nao possuir uma filosofia e visão de mundo capazes de inspirar as realizaçoes de seus funcionários, acaba fabricando uma legiao de zumbis corporativos. Zumbis preocupados exclusivamente em executar tarefas, receber um salário por isso e tentar manter o emprego ou encontrar rapidamente um novo. Fruto deste cenário, o que mais vemos por aí sao pessoas curvadas pelo peso do estresse, sem nenhum estímulo para inovar ou arriscar o que quer que seja.
Em resumo, empregadores estressam seus funcionários, que por sua vez espalham esse estresse pelos corredores das empresas, contaminando o ambiente e realimentando a neurose corporativa, num loop sem fim. Enquanto isso, o mercado, hiper competitivo e saturado pela mesmicite aguda, exige idéias fresquinhas, pensamento renovado, novas práticas. Dá para perceber que nao vai acabar nada bem, nao é?
O ponto é o seguinte - antes de usar as modernas técnicas de comunicaçao no mundo lá fora, as empresas deviam aplicá-las dentro de casa. A mesma habilidade demonstrada no desenvolvimento de suas marcas, na busca de relacionamentos com seus clientes externos e na construçao de sua reputaçao corporativa junto aos consumidores, imprensa e Governos, devia ser utilizada para inspirar e motivar seus empregados e estimular um processo interno de permanente inovaçao. Para que isto aconteça, basta os departamentos de marketing e suas agências entenderem que o cliente interno é tao importante quanto o externo. Muitas vezes é até mais.
Luiz Alberto Marinho para o bluebus
Estamos estressados. Disso ninguém mais duvida. Cada um de nós é uma ilha cercada de tarefas e escolhas por todos os lados. Coisas demais para fazer, pagar, comprar, ler, decidir. A pergunta é - de que maneira nosso estresse contamina e faz adoecer as empresas onde trabalhamos? Ou será o contrário? Os empregadores é que seriam incubadores dos vírus do tédio, saco cheio, acomodaçao e covardia? Diagnóstico difícil, muito difícil.
De um lado o individualismo, mantra destes tempos modernos, leva funcionários de todos os níveis a trilhar uma trajetória obstinada em busca do sucesso individual, muitas vezes sem clareza dos parâmetros que definem este sucesso. Quase sempre a luta por poder e território prevalece, em oposiçao a colaboraçao e realizaçoes. Essas pessoas, ao tentarem impor suas idéias e métodos, espalham tensao e estimulam um tipo comum de paralisia empresarial, causado basicamente pelo medo ou desinteresse. Quem perde com isso, claro, sao a própria empresa e seus clientes.
Por outro lado, quando uma empresa falha na importante tarefa de definir seus propósitos em termos mais amplos, negligencia o trabalho de comunicação interna e motivação de suas equipes e demonstra nao possuir uma filosofia e visão de mundo capazes de inspirar as realizaçoes de seus funcionários, acaba fabricando uma legiao de zumbis corporativos. Zumbis preocupados exclusivamente em executar tarefas, receber um salário por isso e tentar manter o emprego ou encontrar rapidamente um novo. Fruto deste cenário, o que mais vemos por aí sao pessoas curvadas pelo peso do estresse, sem nenhum estímulo para inovar ou arriscar o que quer que seja.
Em resumo, empregadores estressam seus funcionários, que por sua vez espalham esse estresse pelos corredores das empresas, contaminando o ambiente e realimentando a neurose corporativa, num loop sem fim. Enquanto isso, o mercado, hiper competitivo e saturado pela mesmicite aguda, exige idéias fresquinhas, pensamento renovado, novas práticas. Dá para perceber que nao vai acabar nada bem, nao é?
O ponto é o seguinte - antes de usar as modernas técnicas de comunicaçao no mundo lá fora, as empresas deviam aplicá-las dentro de casa. A mesma habilidade demonstrada no desenvolvimento de suas marcas, na busca de relacionamentos com seus clientes externos e na construçao de sua reputaçao corporativa junto aos consumidores, imprensa e Governos, devia ser utilizada para inspirar e motivar seus empregados e estimular um processo interno de permanente inovaçao. Para que isto aconteça, basta os departamentos de marketing e suas agências entenderem que o cliente interno é tao importante quanto o externo. Muitas vezes é até mais.
Luiz Alberto Marinho para o bluebus
domingo, outubro 23, 2005
leitura dominical *
dicas úteis para uma vida fútil - um manual para a maldita raça humana.
mark twain
* em louvor a família
mark twain
* em louvor a família
olhaí, moçada, poesia é isso!
no chão, entre raízes de inseto, esma e cisca o sabiá.
é um sabiá de terreiro.
até junto de casa, nos poldres dos baldrames, vem apanhar grilos gordos.
no remexer do cisco adquire experiência de restolho.
tem uma dimensão além pássaro, ele!
talvez um desvio de poeta na voz.
influi na doçura de seu canto o gosto que pratica de ser uma pequena coisa infinita no chão.
nas fendas do insignificante ele procura grão de sol.
a essa vida em larvas que lateja debaixo das árvores o sabiá se entrega.
aqui desabrocham corolas de jias!
aqui apodrecem os vôos.
sua pequena voz se umedece de ínfimos adornos.
seu canto é o o próprio sol tocado na flauta!
serve de econto pros corgos.
do barranco uma rã lhe entarda os olhos.
este ente constrói o álacre.
é intenso e gárrulo: como quem visse a aba verde das horas.
é ínvio e ardente o que o sabiá não diz.
e tem a espessura de amor.
sabiá com trevas, manoel de barros, poeta do mato grosso do sul.
millor, na sexta-feira 8/11/85, em sua coluna de opinião do jornal do brasil.
é um sabiá de terreiro.
até junto de casa, nos poldres dos baldrames, vem apanhar grilos gordos.
no remexer do cisco adquire experiência de restolho.
tem uma dimensão além pássaro, ele!
talvez um desvio de poeta na voz.
influi na doçura de seu canto o gosto que pratica de ser uma pequena coisa infinita no chão.
nas fendas do insignificante ele procura grão de sol.
a essa vida em larvas que lateja debaixo das árvores o sabiá se entrega.
aqui desabrocham corolas de jias!
aqui apodrecem os vôos.
sua pequena voz se umedece de ínfimos adornos.
seu canto é o o próprio sol tocado na flauta!
serve de econto pros corgos.
do barranco uma rã lhe entarda os olhos.
este ente constrói o álacre.
é intenso e gárrulo: como quem visse a aba verde das horas.
é ínvio e ardente o que o sabiá não diz.
e tem a espessura de amor.
sabiá com trevas, manoel de barros, poeta do mato grosso do sul.
millor, na sexta-feira 8/11/85, em sua coluna de opinião do jornal do brasil.
desatençao ou malicia a nossa caca da semana
nem tanto pelo conteúdo da carta do mano caetano, devidamente publicada no blog do noblat, transcrita abaixo, nosso fiel mosqueteiro de plantão.
e sim, porque para o público de veja, a revista é irrepreensível,tsc!
motivo de orgulho nacional. quarto título mundial, em tiragem o que, apesar da diferença de números para o terceiro, e considerando-se a relação população do brasil x milhão e alguma coisa, quando tira, revela bem a grande cloaca que é o nosso mercado, cagado por anafalbetimos de toda sorte.
para quem fã de veja, a carta de caetano, é mais um pití de baiana que ora derrama-se no óledo de dendê, ora excede-se afetadamente na pimenta, deslumbrado por sua própria inteligência. para quem fã de caetano, que saudades do caetano ante-lavigne. de quando era cidadão do mundo sem vuitton na bagagem, aposto da rainha midas que transforma em ouro tudo o que toca, até filme nacional, mas que pasteurizou caetano apodrecendo o araçá azul.
não se pode desconsiderar certos pontos “menos midiáticos” sublinhados por caetano, apesar de pessoalmente considerar que winksy musicalmente é cadeira de faculdade e pronto.
no imbróglio imprensa verdade acuidade precisão imparcimônia, não acredito, não só no silêncio e tampouco na ingenuidade dos inocentes. como seus gritos de tortura por denúncias a mentiras e manipulações praticadas ao esturro pela grande, média e pequena imprensa.
por isso mesmo, jornalismo para mim tem a pecha distorcida de romântismo suicida, na busca sifilítica ou de sísifo de trazer à tona a verdade de quem a assina, contraponto as verdades sociais estabelecidas, procurando através dos opostos estabelecer opções de equilíbrio ou de inclinações não acidentais. jornalismo é coisa de unhas e dentes, cérebro e culhão, estômago roncando, indignação rolando, e não esse desfile de griffes em que se tornaram as redações.
vivendo os tempos que vivemos, leitores de qualquer publicação, dotados do privilégio da estaleca disponível para comprar qualquer meio de informação, deveria já ter desenvolvido seus mecanismos de decifração de ideologias falsificadas e sapos defumados que nos tentam enfiar goela a dentro. chama-se a isso cultura e não só de sobrevivência e ou resistência. evoluir o aparato crítico individual ao nível da preservação do rolo compressor da mediocriadade e filhadaputice dominante coletivamente é um desafio que caracteriza uma existência humano e profissional voltada para o alto ou para a fossa.
num mundo, da informação ou não, onde ou se é maria vai com as outras ou se é visto como o pedante do pedaço, com suas variações de enfezadinho da hora ou madre superiora de calcutá, nadar contra a corrente oxigena todos os sentidos. mesmo que depois você afrouxe e rume à cachoeira na banguela.
Desatenção ou malícia
Caetano Veloso
"A matéria de Sérgio Martins sobre Moby da edição de 21 de setembro é o exemplo mais revoltante do que se faz de mau jornalismo em Veja. Além de importar o tom grosseiro dos tablóides de rock ingleses para a grande imprensa brasileira (sim, porque no New York Times ninguém escreve assim), Martins falseia fatos. Moby não pediu perdão a Hugo Chávez. E a frase sobre o Big Bang é minha, não de José Miguel Wisnik. Ela foi distorcida com intenção de ridicularizá-lo.
Expus a idéia no texto do encarte do meu disco A Foreign Sound, que já está à venda há muitos meses em todo o mundo. A conversa que tive com Wisnik a respeito (e que também está relatada no encarte) gerou a nova peça do grupo Corpo, que teve estréia recente com ampla divulgação. O repórter de Veja não tem o direito de ignorar esses fatos. É evidente que ele quis passar por cima dos mesmos com intenção de agredir Wisnik por motivos que ignoro. De qualquer modo, se ele desconhecia manifestações tão largamente publicadas não tinha qualificação para exercer a função que exerce - e se tinha, agiu de má fé. E a editoria geral da revista só pode admitir que algo assim aconteça por desatenção ou malícia. Lendo Veja sobre Moby e Wisnik somos levados a crer que José Dirceu é um homem honesto e sensato."
Veja não publicou a carta acima que lhe enviei. Mas não quero que seu conteúdo fique sendo um segredo entre mim e a redação da revista. Considero Veja uma prova de que a imprensa brasileira tem força e competência. Ao mesmo tempo - e talvez por isso mesmo - é nela que se exibe com mais clareza a relação desequilibrada dessa competência com o todo da nossa realidade. Não falo com Veja desde que ali se publicou uma reportagem intitulada "O Bloco dos Ressentidos", em que aparecíamos juntos Millôr Fernandes, Chico Anísio, Tom Jobim e eu, como brasileiros que se enchem de dinheiro no Brasil e depois falam mal do país. Era uma salada desonesta em que as famosas tiradas de Tom sobre isto aqui ser um país "de cabeça para baixo" (ou sobre nossa dificuldade em lidar com o sucesso) se misturavam à minha campanha pelo respeito aos sinais de trânsito, a frases irreverentes de Millôr, e a piadas de Chico Anísio para provar que esses quatro indivíduos tão diferentes formavam um bloco coeso de desqualificadores da brasilidade.
A matéria abria com montagem fotográfica - que ocupava duas páginas - de nossas caras sobre as figuras da comissão de frente de uma escola de samba. E seguia por várias folhas em que não faltavam as "reações" dos que defenderiam o Brasil contra nós: Gilberto Gil, Marieta Severo, opositores assim.
Evidentemente esses "entrevistados" não tinham idéia do que se preparava na redação. Eu próprio tinha sido abordado por uma moça no camarim do Canecão e, como tivesse sido tão crítico do mal jornalismo quanto do desrespeito às leis de trânsito - e tivesse citado Tutti Vasquez como mau jornalista - vi depois minha crítica ao Vasquez ser tomada como mais um exemplo de sentimento anti-Brasil na reportagem que era assinada por Alfredo Ribeiro - que é o nome verdadeiro de... Tutti Vasquez!
Bem, eu já tinha ficado indignado com Veja desde a morte de Elis, quando a revista, em lugar de fazer um obituário lamentando a perda da grande cantora e louvando seu talento ímpar, deu reportagem de capa, de tom e teor sensacionalista, sobre "a tragédia da cocaína". Antes e depois disso li diversos textos sobre assuntos relativos à minha área de atuação que mesclavam ignorância e má fé em doses altas, sempre com o fito de criar uma cumplicidade esnobe com o leitor. A aura de respeitabilidade de que a revista se revestia não correspondia a essas investidas irresponsáveis e arrogantes. Com a matéria dos "ressentidos", rompi relações. Ou seja: Veja passou a ser apenas uma casual leitura de trecho de antigo artigo em sala de espera de psicanalista. Mas nunca considerei isso um bom sinal.
Vários colegas meus sentem grande nojo da revista e, embora saiba que eles em geral têm razão, eu preferiria que não fosse assim. Um órgão de imprensa pode e até deve orgulhar-se de ser presença incômoda na vida dos célebres e dos poderosos. E de meter medo em grupos que tendem ao corporativismo. Isso faz parte da saúde social de uma democracia. Assim, nunca foi sem pesar que me vi repetidas vezes reafirmando minha rejeição ao diálogo com Veja. Lembro-me de sua aparição. Coincidiu com a do tropicalismo (este explodiu em 1967 mas só ganhou o nome em 68, ano em que Veja foi lançada) e, embora eu nunca tivesse sido muito fã do estilo Time de publicação (e a despeito de eu quase não ler jornais naquela época), senti ali algo semelhante ao que senti com a modernização da TV Globo: estamos crescendo, nos profissionalizando, nos desprovincianizando, independentemente dos aleijões que criemos no âmbito da organização política. Em plena ditadura, eu sentia isso com clareza, mesmo quando preso ou exilado pela ditadura. Sempre achei mesquinho julgar quão bem (ou mal) estamos pelo grau de identificação entre nossos mitos políticos e os poderes constituídos que nos representam.
Assim, nunca julguei a Globo por ser simpática aos militares (quão simpática a eles era ela mesmo?); sofri com o expurgo inicial de Dercy e de Chacrinha (este voltou à emissora com glória), mas vibrei com a conquista de padrão de qualidade.
A Veja era algo dessa natureza. E ela influenciou a imprensa brasileira como um todo. Lembro de ler, talvez nos anos 80, entrevista de Otávio Frias Filho reconhecendo que Veja era o exemplo que ele gostaria de seguir. A Folha iniciava sua brilhante fase de sofisticação, com Matinas Suzuki tocando a Ilustrada. No tempo do tropicalismo eu vivia em São Paulo. E nem tinha paciência de me demorar no Rio de Janeiro quando o visitava.
Há algo em São Paulo que aprendi então e que sinto como essencial até hoje. A Folha, a Veja, a USP, a poesia concreta, a música nova, o PT, o PSDB, tudo isso participa dessa qualidade difícil de definir. Mas uma das características que ressaltam preciso nomear agora: a inclinação natural para pôr o que produzimos em perspectiva internacional. Claro que a bossa nova foi inventada por um baiano e centrou-se no Rio. E que o Cinem Novo foi liderado, no Rio, por um outro baiano, que julgou poder prescindir de São Paulo. E ambos os movimentos tinham em mente (e conseguiram em grande parte) realizar discos e filmes que se pusessem em perspectiva internacional.
Mas (embora Gláuber fosse discordar, João Gilberto afina) o filtro carioca foi sempre a afirmação de uma capital de colônia sobre o provincianismo interno. São Paulo é ainda uma província interna, mas com sua pujança, termina por fazer ligações diretas com o grande mundo sem passar pelo filtro do Rio.
Assim, a Ilustrada e Veja podem ter criado Ipanemas de laboratório dentro das redações, mas deram uma trombada na perspectiva viciada que nos sufocava. Por isso que as mais bem-sucedidas contrafações de Paulo Francis são paulistas. E elas não são nenhum Paulo Francis: são o aspecto ipanêmico dessa movimentação curiosa.
Por outro lado, com minhas crescentes convicções de que há algo mais progressista na herança liberal do que nos sonhos de ditadura do proletariado, vejo minha discrepância com Veja com tristeza - e o mau jornalismo que se incentiva ali (aquilo não pode ser apenas admitido) com impaciência. É que entender tudo isso (e mesmo divertir-se com isso) não significa aceitar descalabros como um crítico de música abrir uma página sobre Moby e, nela, além dar receitas de como os músicos pop devem exercer sua rebeldia, enxertar agressão a José Miguel Wisnik, que nada tinha a ver com a história, usando, para isso, referência a idéia sabidamente minha e não dele.
A restrição feita a Moby era por ele ter pedido desculpas pelo fato de seu país (os Estados Unidos) ter o presidente que tem. Utilizando o carimbo "Hugo Chávez" para defender Bush contra Moby, o crítico, sob o grosseiro título "Cala a boca e toca", achincalha Wisnik já na manchete, dizendo que ele é mais chato do que Moby, pois, como depois se explica no corpo da matéria, teria considerado o termo Big Bang como uma apropriação da origem do universo pela cultura anglo-saxã.
Lembrei-me de que li em Veja, quando a invasão do Afeganistão era iminente, palavras grosseiras assim: "um bando de pé-rapados maltrapilhos não pode enfrentar o maior exército do mundo" (cito tudo de memória, não guardo Vejas em casa). Coisas como esse comentário e aquela matéria fazem a gente perceber que a editoria finge que Mainardi é o Agamenon mas sabe que sua coluna é mais séria do que essas reportagens e resenhas. Afinal, a glória de Mainardi contra Lula é merecida, a de Sérgio Martins (o autor da matéria sobre Moby) contra Wisnik, não. Mainardi, com seu cinismo que só serve para desembaraçar a cabeça de quaisquer preocupações (ou inspirações) maiores, terminou citando sempre dados majoritariamente comprováveis; Martins não verifica suas informações, nem presta contas a ninguém de seus abusos.
Qual a razão de tais distorções? José Miguel Wisnik não é um campeão de vendas de CD, não lota casas de show, não tem seus livros na lista dos mais vendidos - por que diabos seu nome vai parar numa manchete de Veja? Dir-se-ia que a piada poética que eu escrevi no encarte do CD "A Foreign Sound" (que não apenas os seres das mais distantes galáxias falam inglês nos filmes como o próprio universo começou com uma expressão - como frisou seu inventor - bem inglesa: Big Bang) é um escândalo intelectual e político de tal monta que não poderia deixar de ser comentado com derrisão.
(Fiquei sabendo depois que a frase, já atribuída a Wisnik, tinha aparecido semanas antes, a título de achincalhe, na seção de "frases" da revista.) Mas se era algo assim tão momentoso, por que, em tanto tempo, e com tanto material à mão, os valentes repórteres-críticos de Veja não foram checar como, por quê, por quem, quando, onde aquilo tinha sido concebido? Sim, porque não apenas escrevi isso no encarte do meu disco como desenvolvi com Wisnik todo um balé para o grupo Corpo em torno desse mote (essa é a vinculação de Wisnik com a "frase").
O balé estreou em São Paulo com farta cobertura da imprensa. Estréia em Nova Iorque na semana que vem. Como Martins não sabia de nada disso? E por que mirar no Zé Miguel? Quer brigar comigo, fala direto comigo. Querem o quê? Controlar o núcleo uspiano a que se agarram e de que Zé Miguel parece ser a ovelha negra que gosta demais de Caetano Veloso? Qual a ligação entre esse absurdo jornalístico com o absurdo intelectual de a resenha do livro de Wisnik (em destaque o belo ensaio sobre Machado de Assis e a música popular) ter sido uma galhofa que tentava reduzir o autor a um deslumbrado admirador de Chico e Caetano?
Eu não preciso de grandes provas de que a música popular pode ser algo desimportante. Mas que imbecis como Sérgio Martins sejam convocados para agredir pensadores finos como José Miguel Wisnik por causa dela é, para minha mente incrédula, quase uma prova definitiva de sua importância suprema.
Caso o meu leitor não lembre mais, carta que mandei para Veja e Veja não publicou é a seguinte:
A matéria de Sérgio Martins sobre Moby da edição de 21 de setembro é o exemplo mais revoltante do que se faz de mau jornalismo em Veja. Além de importar o tom grosseiro dos
tablóides de rock ingleses para a grande imprensa brasileira (sim, porque no New York Times ninguém escreve assim),Martins falseia fatos. Moby não pediu perdão a Hugo Chávez. E a frase sobre o Big Bang é minha, não de José Miguel Wisnik. Ela foi distorcida com intenção de ridicularizá-lo.
Expus a idéia no texto do encarte do meu disco A Foreign Sound, que já está à venda há muitos meses em todo o mundo. A conversa que tive com Wisnik a respeito (e que também está relatada no encarte) gerou a nova peça do grupo Corpo, que teve estréia recente com ampla divulgação. O repórter de Veja não tem o direito de ignorar esses fatos. É evidente que ele quis passar por cima dos mesmos com intenção de agredir Wisnik por motivos que ignoro. De qualquer modo, se ele desconhecia manifestações tão largamente publicadas não tinha qualificação para exercer a função que exerce - e se tinha, agiu de má fé. E a editoria geral da revista só pode admitir que algo assim aconteça por desatenção ou malícia. Lendo Veja sobre Moby e Wisnik somos levados a crer que José Dirceu é um homem honesto e sensato.
Caetano Veloso.
e sim, porque para o público de veja, a revista é irrepreensível,tsc!
motivo de orgulho nacional. quarto título mundial, em tiragem o que, apesar da diferença de números para o terceiro, e considerando-se a relação população do brasil x milhão e alguma coisa, quando tira, revela bem a grande cloaca que é o nosso mercado, cagado por anafalbetimos de toda sorte.
para quem fã de veja, a carta de caetano, é mais um pití de baiana que ora derrama-se no óledo de dendê, ora excede-se afetadamente na pimenta, deslumbrado por sua própria inteligência. para quem fã de caetano, que saudades do caetano ante-lavigne. de quando era cidadão do mundo sem vuitton na bagagem, aposto da rainha midas que transforma em ouro tudo o que toca, até filme nacional, mas que pasteurizou caetano apodrecendo o araçá azul.
não se pode desconsiderar certos pontos “menos midiáticos” sublinhados por caetano, apesar de pessoalmente considerar que winksy musicalmente é cadeira de faculdade e pronto.
no imbróglio imprensa verdade acuidade precisão imparcimônia, não acredito, não só no silêncio e tampouco na ingenuidade dos inocentes. como seus gritos de tortura por denúncias a mentiras e manipulações praticadas ao esturro pela grande, média e pequena imprensa.
por isso mesmo, jornalismo para mim tem a pecha distorcida de romântismo suicida, na busca sifilítica ou de sísifo de trazer à tona a verdade de quem a assina, contraponto as verdades sociais estabelecidas, procurando através dos opostos estabelecer opções de equilíbrio ou de inclinações não acidentais. jornalismo é coisa de unhas e dentes, cérebro e culhão, estômago roncando, indignação rolando, e não esse desfile de griffes em que se tornaram as redações.
vivendo os tempos que vivemos, leitores de qualquer publicação, dotados do privilégio da estaleca disponível para comprar qualquer meio de informação, deveria já ter desenvolvido seus mecanismos de decifração de ideologias falsificadas e sapos defumados que nos tentam enfiar goela a dentro. chama-se a isso cultura e não só de sobrevivência e ou resistência. evoluir o aparato crítico individual ao nível da preservação do rolo compressor da mediocriadade e filhadaputice dominante coletivamente é um desafio que caracteriza uma existência humano e profissional voltada para o alto ou para a fossa.
num mundo, da informação ou não, onde ou se é maria vai com as outras ou se é visto como o pedante do pedaço, com suas variações de enfezadinho da hora ou madre superiora de calcutá, nadar contra a corrente oxigena todos os sentidos. mesmo que depois você afrouxe e rume à cachoeira na banguela.
Desatenção ou malícia
Caetano Veloso
"A matéria de Sérgio Martins sobre Moby da edição de 21 de setembro é o exemplo mais revoltante do que se faz de mau jornalismo em Veja. Além de importar o tom grosseiro dos tablóides de rock ingleses para a grande imprensa brasileira (sim, porque no New York Times ninguém escreve assim), Martins falseia fatos. Moby não pediu perdão a Hugo Chávez. E a frase sobre o Big Bang é minha, não de José Miguel Wisnik. Ela foi distorcida com intenção de ridicularizá-lo.
Expus a idéia no texto do encarte do meu disco A Foreign Sound, que já está à venda há muitos meses em todo o mundo. A conversa que tive com Wisnik a respeito (e que também está relatada no encarte) gerou a nova peça do grupo Corpo, que teve estréia recente com ampla divulgação. O repórter de Veja não tem o direito de ignorar esses fatos. É evidente que ele quis passar por cima dos mesmos com intenção de agredir Wisnik por motivos que ignoro. De qualquer modo, se ele desconhecia manifestações tão largamente publicadas não tinha qualificação para exercer a função que exerce - e se tinha, agiu de má fé. E a editoria geral da revista só pode admitir que algo assim aconteça por desatenção ou malícia. Lendo Veja sobre Moby e Wisnik somos levados a crer que José Dirceu é um homem honesto e sensato."
Veja não publicou a carta acima que lhe enviei. Mas não quero que seu conteúdo fique sendo um segredo entre mim e a redação da revista. Considero Veja uma prova de que a imprensa brasileira tem força e competência. Ao mesmo tempo - e talvez por isso mesmo - é nela que se exibe com mais clareza a relação desequilibrada dessa competência com o todo da nossa realidade. Não falo com Veja desde que ali se publicou uma reportagem intitulada "O Bloco dos Ressentidos", em que aparecíamos juntos Millôr Fernandes, Chico Anísio, Tom Jobim e eu, como brasileiros que se enchem de dinheiro no Brasil e depois falam mal do país. Era uma salada desonesta em que as famosas tiradas de Tom sobre isto aqui ser um país "de cabeça para baixo" (ou sobre nossa dificuldade em lidar com o sucesso) se misturavam à minha campanha pelo respeito aos sinais de trânsito, a frases irreverentes de Millôr, e a piadas de Chico Anísio para provar que esses quatro indivíduos tão diferentes formavam um bloco coeso de desqualificadores da brasilidade.
A matéria abria com montagem fotográfica - que ocupava duas páginas - de nossas caras sobre as figuras da comissão de frente de uma escola de samba. E seguia por várias folhas em que não faltavam as "reações" dos que defenderiam o Brasil contra nós: Gilberto Gil, Marieta Severo, opositores assim.
Evidentemente esses "entrevistados" não tinham idéia do que se preparava na redação. Eu próprio tinha sido abordado por uma moça no camarim do Canecão e, como tivesse sido tão crítico do mal jornalismo quanto do desrespeito às leis de trânsito - e tivesse citado Tutti Vasquez como mau jornalista - vi depois minha crítica ao Vasquez ser tomada como mais um exemplo de sentimento anti-Brasil na reportagem que era assinada por Alfredo Ribeiro - que é o nome verdadeiro de... Tutti Vasquez!
Bem, eu já tinha ficado indignado com Veja desde a morte de Elis, quando a revista, em lugar de fazer um obituário lamentando a perda da grande cantora e louvando seu talento ímpar, deu reportagem de capa, de tom e teor sensacionalista, sobre "a tragédia da cocaína". Antes e depois disso li diversos textos sobre assuntos relativos à minha área de atuação que mesclavam ignorância e má fé em doses altas, sempre com o fito de criar uma cumplicidade esnobe com o leitor. A aura de respeitabilidade de que a revista se revestia não correspondia a essas investidas irresponsáveis e arrogantes. Com a matéria dos "ressentidos", rompi relações. Ou seja: Veja passou a ser apenas uma casual leitura de trecho de antigo artigo em sala de espera de psicanalista. Mas nunca considerei isso um bom sinal.
Vários colegas meus sentem grande nojo da revista e, embora saiba que eles em geral têm razão, eu preferiria que não fosse assim. Um órgão de imprensa pode e até deve orgulhar-se de ser presença incômoda na vida dos célebres e dos poderosos. E de meter medo em grupos que tendem ao corporativismo. Isso faz parte da saúde social de uma democracia. Assim, nunca foi sem pesar que me vi repetidas vezes reafirmando minha rejeição ao diálogo com Veja. Lembro-me de sua aparição. Coincidiu com a do tropicalismo (este explodiu em 1967 mas só ganhou o nome em 68, ano em que Veja foi lançada) e, embora eu nunca tivesse sido muito fã do estilo Time de publicação (e a despeito de eu quase não ler jornais naquela época), senti ali algo semelhante ao que senti com a modernização da TV Globo: estamos crescendo, nos profissionalizando, nos desprovincianizando, independentemente dos aleijões que criemos no âmbito da organização política. Em plena ditadura, eu sentia isso com clareza, mesmo quando preso ou exilado pela ditadura. Sempre achei mesquinho julgar quão bem (ou mal) estamos pelo grau de identificação entre nossos mitos políticos e os poderes constituídos que nos representam.
Assim, nunca julguei a Globo por ser simpática aos militares (quão simpática a eles era ela mesmo?); sofri com o expurgo inicial de Dercy e de Chacrinha (este voltou à emissora com glória), mas vibrei com a conquista de padrão de qualidade.
A Veja era algo dessa natureza. E ela influenciou a imprensa brasileira como um todo. Lembro de ler, talvez nos anos 80, entrevista de Otávio Frias Filho reconhecendo que Veja era o exemplo que ele gostaria de seguir. A Folha iniciava sua brilhante fase de sofisticação, com Matinas Suzuki tocando a Ilustrada. No tempo do tropicalismo eu vivia em São Paulo. E nem tinha paciência de me demorar no Rio de Janeiro quando o visitava.
Há algo em São Paulo que aprendi então e que sinto como essencial até hoje. A Folha, a Veja, a USP, a poesia concreta, a música nova, o PT, o PSDB, tudo isso participa dessa qualidade difícil de definir. Mas uma das características que ressaltam preciso nomear agora: a inclinação natural para pôr o que produzimos em perspectiva internacional. Claro que a bossa nova foi inventada por um baiano e centrou-se no Rio. E que o Cinem Novo foi liderado, no Rio, por um outro baiano, que julgou poder prescindir de São Paulo. E ambos os movimentos tinham em mente (e conseguiram em grande parte) realizar discos e filmes que se pusessem em perspectiva internacional.
Mas (embora Gláuber fosse discordar, João Gilberto afina) o filtro carioca foi sempre a afirmação de uma capital de colônia sobre o provincianismo interno. São Paulo é ainda uma província interna, mas com sua pujança, termina por fazer ligações diretas com o grande mundo sem passar pelo filtro do Rio.
Assim, a Ilustrada e Veja podem ter criado Ipanemas de laboratório dentro das redações, mas deram uma trombada na perspectiva viciada que nos sufocava. Por isso que as mais bem-sucedidas contrafações de Paulo Francis são paulistas. E elas não são nenhum Paulo Francis: são o aspecto ipanêmico dessa movimentação curiosa.
Por outro lado, com minhas crescentes convicções de que há algo mais progressista na herança liberal do que nos sonhos de ditadura do proletariado, vejo minha discrepância com Veja com tristeza - e o mau jornalismo que se incentiva ali (aquilo não pode ser apenas admitido) com impaciência. É que entender tudo isso (e mesmo divertir-se com isso) não significa aceitar descalabros como um crítico de música abrir uma página sobre Moby e, nela, além dar receitas de como os músicos pop devem exercer sua rebeldia, enxertar agressão a José Miguel Wisnik, que nada tinha a ver com a história, usando, para isso, referência a idéia sabidamente minha e não dele.
A restrição feita a Moby era por ele ter pedido desculpas pelo fato de seu país (os Estados Unidos) ter o presidente que tem. Utilizando o carimbo "Hugo Chávez" para defender Bush contra Moby, o crítico, sob o grosseiro título "Cala a boca e toca", achincalha Wisnik já na manchete, dizendo que ele é mais chato do que Moby, pois, como depois se explica no corpo da matéria, teria considerado o termo Big Bang como uma apropriação da origem do universo pela cultura anglo-saxã.
Lembrei-me de que li em Veja, quando a invasão do Afeganistão era iminente, palavras grosseiras assim: "um bando de pé-rapados maltrapilhos não pode enfrentar o maior exército do mundo" (cito tudo de memória, não guardo Vejas em casa). Coisas como esse comentário e aquela matéria fazem a gente perceber que a editoria finge que Mainardi é o Agamenon mas sabe que sua coluna é mais séria do que essas reportagens e resenhas. Afinal, a glória de Mainardi contra Lula é merecida, a de Sérgio Martins (o autor da matéria sobre Moby) contra Wisnik, não. Mainardi, com seu cinismo que só serve para desembaraçar a cabeça de quaisquer preocupações (ou inspirações) maiores, terminou citando sempre dados majoritariamente comprováveis; Martins não verifica suas informações, nem presta contas a ninguém de seus abusos.
Qual a razão de tais distorções? José Miguel Wisnik não é um campeão de vendas de CD, não lota casas de show, não tem seus livros na lista dos mais vendidos - por que diabos seu nome vai parar numa manchete de Veja? Dir-se-ia que a piada poética que eu escrevi no encarte do CD "A Foreign Sound" (que não apenas os seres das mais distantes galáxias falam inglês nos filmes como o próprio universo começou com uma expressão - como frisou seu inventor - bem inglesa: Big Bang) é um escândalo intelectual e político de tal monta que não poderia deixar de ser comentado com derrisão.
(Fiquei sabendo depois que a frase, já atribuída a Wisnik, tinha aparecido semanas antes, a título de achincalhe, na seção de "frases" da revista.) Mas se era algo assim tão momentoso, por que, em tanto tempo, e com tanto material à mão, os valentes repórteres-críticos de Veja não foram checar como, por quê, por quem, quando, onde aquilo tinha sido concebido? Sim, porque não apenas escrevi isso no encarte do meu disco como desenvolvi com Wisnik todo um balé para o grupo Corpo em torno desse mote (essa é a vinculação de Wisnik com a "frase").
O balé estreou em São Paulo com farta cobertura da imprensa. Estréia em Nova Iorque na semana que vem. Como Martins não sabia de nada disso? E por que mirar no Zé Miguel? Quer brigar comigo, fala direto comigo. Querem o quê? Controlar o núcleo uspiano a que se agarram e de que Zé Miguel parece ser a ovelha negra que gosta demais de Caetano Veloso? Qual a ligação entre esse absurdo jornalístico com o absurdo intelectual de a resenha do livro de Wisnik (em destaque o belo ensaio sobre Machado de Assis e a música popular) ter sido uma galhofa que tentava reduzir o autor a um deslumbrado admirador de Chico e Caetano?
Eu não preciso de grandes provas de que a música popular pode ser algo desimportante. Mas que imbecis como Sérgio Martins sejam convocados para agredir pensadores finos como José Miguel Wisnik por causa dela é, para minha mente incrédula, quase uma prova definitiva de sua importância suprema.
Caso o meu leitor não lembre mais, carta que mandei para Veja e Veja não publicou é a seguinte:
A matéria de Sérgio Martins sobre Moby da edição de 21 de setembro é o exemplo mais revoltante do que se faz de mau jornalismo em Veja. Além de importar o tom grosseiro dos
tablóides de rock ingleses para a grande imprensa brasileira (sim, porque no New York Times ninguém escreve assim),Martins falseia fatos. Moby não pediu perdão a Hugo Chávez. E a frase sobre o Big Bang é minha, não de José Miguel Wisnik. Ela foi distorcida com intenção de ridicularizá-lo.
Expus a idéia no texto do encarte do meu disco A Foreign Sound, que já está à venda há muitos meses em todo o mundo. A conversa que tive com Wisnik a respeito (e que também está relatada no encarte) gerou a nova peça do grupo Corpo, que teve estréia recente com ampla divulgação. O repórter de Veja não tem o direito de ignorar esses fatos. É evidente que ele quis passar por cima dos mesmos com intenção de agredir Wisnik por motivos que ignoro. De qualquer modo, se ele desconhecia manifestações tão largamente publicadas não tinha qualificação para exercer a função que exerce - e se tinha, agiu de má fé. E a editoria geral da revista só pode admitir que algo assim aconteça por desatenção ou malícia. Lendo Veja sobre Moby e Wisnik somos levados a crer que José Dirceu é um homem honesto e sensato.
Caetano Veloso.
sábado, outubro 22, 2005
olhaí, moçada, poesia é isso!
que algo aconteça
alguns trópicos tortos
alguém no meio
do papo civilizado
grite de mortos
entra, história
no ago sorridente
gastar inconsequente
do nosso tempo
chuta um crânio e a repugnância
no círculo de nossa
descontraída noite de conversa
gentis, inesperadas,
entram realidade e ânsia
soneto do poeta ingles howard brenton
a/c veríssimo, no sábado 9,11,85, na coluna de opinião do jornal do brasil
alguns trópicos tortos
alguém no meio
do papo civilizado
grite de mortos
entra, história
no ago sorridente
gastar inconsequente
do nosso tempo
chuta um crânio e a repugnância
no círculo de nossa
descontraída noite de conversa
gentis, inesperadas,
entram realidade e ânsia
soneto do poeta ingles howard brenton
a/c veríssimo, no sábado 9,11,85, na coluna de opinião do jornal do brasil
ainda não foi desta vez
Informe de Rendimentos do Grande Prêmio para o conhecimento de Celso Muniz
Celso,
É com grande orgulho que comunico que lhe foi concedida a chance adicional de tornar-se milhares de reais mais rico!
Sua situação é muito especial, visto que seu nome - Celso Muniz - faz parte de um grupo muito restrito de pessoas que foram selecionadas para se beneficiar da chance de ganhar R$ 250.000,00 - ou mais ainda...
Portanto, Celso, posso lhe dizer que você provavelmente está mais perto do que nunca de poder tornar-se um milionário!
Clique já no botão acima e veja como.
Atenciosamente,
Tesoureira - Seleções do Reader's Digest
Esta é uma promoção do 13° Grande Concurso SRD.
isto meus senhores, é o que se chama de marketing direto no brasil. mais pra engôdo do que para engano, mais um na atividade. espero que a sua lisura profissional, já que todo publicitário sonha em ficar rico, seja lá de que jeito for, tenha trocados no bolso o suficiente para não estar por trás ou atrás disto.
Celso,
É com grande orgulho que comunico que lhe foi concedida a chance adicional de tornar-se milhares de reais mais rico!
Sua situação é muito especial, visto que seu nome - Celso Muniz - faz parte de um grupo muito restrito de pessoas que foram selecionadas para se beneficiar da chance de ganhar R$ 250.000,00 - ou mais ainda...
Portanto, Celso, posso lhe dizer que você provavelmente está mais perto do que nunca de poder tornar-se um milionário!
Clique já no botão acima e veja como.
Atenciosamente,
Tesoureira - Seleções do Reader's Digest
Esta é uma promoção do 13° Grande Concurso SRD.
isto meus senhores, é o que se chama de marketing direto no brasil. mais pra engôdo do que para engano, mais um na atividade. espero que a sua lisura profissional, já que todo publicitário sonha em ficar rico, seja lá de que jeito for, tenha trocados no bolso o suficiente para não estar por trás ou atrás disto.
sexta-feira, outubro 21, 2005
pinçando a pinça
tá certo que a maior parte do tempo não dá pra ser sentir feliz com o que as agencias fazem, publicitários menos ainda.
mas quando a moçada, despretensiosamente, acerta, puta! acerta até no fiofó daqueles críticos, tipos tais que dizem que publicitários são merdas alienados.
dm9 matou a pau. a filhadaputice de governo que lança, num país de anafalbetos funcionais, teórica e praticamente os mais atingidos pelos balaços, referendo com a estruturação pra lá de capciosa de pergunta instigando quem é a favor a marcar o não. e quem é contra marcar o sim. o que por sí só já revela como o governo é bem intencionado.
de fininho, numa campanha pra título de jornal onde o conceito base é que a boa informação é essencial.
enquanto isso de scholars a igrejinha do observatório, tão corporativista na crítica da grande imprensa, mas que ainda não aprendeu a diferença entre seriedade e sisudice, desperdiçou milhares e milhares de toques, passando batida a questão. inconscientes míopes analíticos que esmiuçam o carrapato mas desprezam o negromente.
fato é que o referendo dá razão a millor: hay governo, soy contra. no hay, soy contra também.
e quer saber mais:
referendo no cu dos outros é refresco. no nosso, é supositório
mas quando a moçada, despretensiosamente, acerta, puta! acerta até no fiofó daqueles críticos, tipos tais que dizem que publicitários são merdas alienados.
dm9 matou a pau. a filhadaputice de governo que lança, num país de anafalbetos funcionais, teórica e praticamente os mais atingidos pelos balaços, referendo com a estruturação pra lá de capciosa de pergunta instigando quem é a favor a marcar o não. e quem é contra marcar o sim. o que por sí só já revela como o governo é bem intencionado.
de fininho, numa campanha pra título de jornal onde o conceito base é que a boa informação é essencial.
enquanto isso de scholars a igrejinha do observatório, tão corporativista na crítica da grande imprensa, mas que ainda não aprendeu a diferença entre seriedade e sisudice, desperdiçou milhares e milhares de toques, passando batida a questão. inconscientes míopes analíticos que esmiuçam o carrapato mas desprezam o negromente.
fato é que o referendo dá razão a millor: hay governo, soy contra. no hay, soy contra também.
e quer saber mais:
referendo no cu dos outros é refresco. no nosso, é supositório
meia bôca
metade do que dizem sobre mim, não é verdade.
metade do que é verdade, não é dita.
devo chegar a conclusão que por uma vida inteira meu marketing pessoal foi , é, uma merda.
mas em qual metade ?
metade do que é verdade, não é dita.
devo chegar a conclusão que por uma vida inteira meu marketing pessoal foi , é, uma merda.
mas em qual metade ?
barriga
disparate; dizer que jornalistas venderam-se ao sistema.
inverossímel é.
não estão vendidos. estão dados. às pencas.
de há muito que seu valor não ultrapassa banana; a preço de fim de feira.
´gora é de grátis. pra remover entulho. os de assessoria então, maggi sopão ou turma da knorr e tarisca de ariscos.
queimam-se a sí e aos demais em liquidação.
mas ainda há quem, por exemplo, descubra tentáculos de marcos valério nas finanças ca campanha de josé serra e, talvez por isso mesmo, desconsiderados ao ridículo veto da seleta escolha platinada na edição de suas notícias.
a verdade torna-se barriga que a emissora, muito bem intencionada, evita para não dar furo.
inverossímel é.
não estão vendidos. estão dados. às pencas.
de há muito que seu valor não ultrapassa banana; a preço de fim de feira.
´gora é de grátis. pra remover entulho. os de assessoria então, maggi sopão ou turma da knorr e tarisca de ariscos.
queimam-se a sí e aos demais em liquidação.
mas ainda há quem, por exemplo, descubra tentáculos de marcos valério nas finanças ca campanha de josé serra e, talvez por isso mesmo, desconsiderados ao ridículo veto da seleta escolha platinada na edição de suas notícias.
a verdade torna-se barriga que a emissora, muito bem intencionada, evita para não dar furo.
descarga
noventa mihões de brasileiros em ação não tem esgotos tratados.
depois não querem que a gente diga que este país é uma merda
depois não querem que a gente diga que este país é uma merda
pra fazer ferida.
radio pereba futebol clube. o podcasting do cemgrauscelsius em breve. especialmente criado pra quem quer arranjar sarna pra se coçar.
pó de mico?
pó de mico?
quinta-feira, outubro 20, 2005
pavê de celulite, gelatina de silicone, sopa sem sal?
receita das nossas sobremesas na tv local, após mangue com colorau* é: muita música ruim, muita bunda ruim, muita barriga, obesa, de fora, muitos peitos e cabelos esvoaçantes, muito kamasutra coreografado, incluindo quase zoon no cuum e muita, mas muita mesmo, cara com cara de gente que tem cara de pau. riso de aparelhos e apresentadores que fazem o tipo, reserva do reserva do reserva no quesito terceiro time de passarela.
os que podem ver, não fecham olhos. os que não podem ou exercitam um minuto às cegas, devem achar a salada de frutas a maior roubada, daquelas do tipo “ dez frutas”; e tome, banana e laranja, laranja, laranja, laranja, laranja,laranja, laranja, laranja, laranja, tamanha parecência das bandas entre si.
dos backs balés as protagonistas, singers mais para elgin do que para cantoras, tamanhas máquinas de grasnados quase pré-coito em que tudo gira às voltas com dor de corno, de um jeito ou de outro. o que acaba por vitimar, mesmo quem vive por tal dieta, com dores na cabeça, mochas de outras programações.
a receita da salada é: garota e garoto cantando e dois casais as costas buzanfando esgrimas corporais mais manjadas do que desfile de tanques no sete de setembro, aliás, cavalaria faz melhor. enquanto a ala feminina da cantoria sempre ensaia mesma coreografia com apresentador. sim, todos dão beijinhos para câmara. se a camara focar trocentas vezes, trocentos beijinhos. e haja celulares a mistura para serem sorteados nos alôs, alôs, guess who? exclusividade e versatilidade de quatro canais. antes até na tv universitária tinha. como tinha tinha é pior que lepra, mudou de endereço.
mas pasmem! vida inteligente há na televisão na hora do almoço, para quem almoça. sopa diária é servida. estética de bandejão universitário, princípios de difusão democratizados com imersão e inclusão social, pitadas de terceiro-mundanismo dos trópicos maneiristas, mas com idéias. só que sem sal. regime de emissão e recepção, com audiência dos manos véios, sem possibilidades maiores de hipertesão benigna, para além da fissuração das tribos nascedouras à extinção.
de há muito que o broadcasting é show e business. não observar tal princípio, o que de maneira nenhuma significa desvirtuar princípios, é reduzir bastante as possibilidades.
roger de renoir funciona na base do anti-timing televisivo, sabe véio, o que pode ser deveras salutar.
mas televisão é como cenário de televisão. o cenografado é sempre melhor que o real. e a falta de direção, apesar dos créditos, faz com que sua catatonia e disposição sofra vácuos que soam peidinhos e engasgos fora de hora. afinal, pra fazer redondo dentro da telinha quadrada ou agora retangular, tem que azeitar a máquina para além de vipes e vips, que são tratados da mesma maneira que ilustres desconhecidos, com a diferença de parecerem mais naturais, tamanha cancha nas performances.
sopa diária tem o método de ser a anti-salada-de-frutas do movimento musical local que gira em torno do pagode e do axé-bunda-music. e, como toda sopa que se preze, é mistura de tudo um muito pouco que se sustenta. caldo é o caldeamento de diversas tendências e ramificações do movimento musical pernambucano. sabidamente marketizado como o mais rico do país mas que é muito acústico, apesar dos tambores eletrificados, quando se trata de fazer barulho para chamar a atenção em massa da população consumidora e ouvidora. prova disso é que ninguém pirateia o segmento.
aliás o equívoco desta falsa agudeza no também pseudodesvendamento do mecanismo da propaganda cultural ou anti-cultura sistêmica está presente na letra da música “propaganda”. propaganda pode ser capitalista como pode ser socialista ou nacional socialista ou maoista, e demais ismos e erres e esses que quiserem.
como pode ser ferramenta beat. para alavancar movimentos manguezais, canaviais, macacheirais que, nascendo de resistência, devem ter esta mesma resistência amplificada para evitar ser o som do gueto ou da mesma burguesia cujo roncos da barriga que frequentam o sopa querem combater. consciente ou inconscientemente. e isto já é o que acontece. já que é mais fácil francês e suíço ter os discos de gente que frequenta o roger do que pernambucano que passa o dial pela renoir.
nisto, o sopa diária, formato muito tudo pode ser mais que descontração autêntica de per si quase afetada, mais amadora. potencializando seus microfones para serem megafones de conteúdos culturais revitalizantes.
desde que haja a compreensão de que a linguagem da televisão pede um andamento onde até mesmo a descontração verdadeira necessita de ser cenografada para tornar-se mais efetiva e contagiante. joão gordo, “ vendido ao sistema” já é quase mestre no seu timing. mas, comprimido pelo rótulo mtv, tem mais qsp do que efeito para além da tchurma mtviana.
não se pede que renoir torne-se serginho groissman. apenas que, da cadeira de balanço dos entrevistados, ao som das bandas ao lado, não se perca o balanço ou que o balanço seja melhor xaxeado, e não caqueado.
ou seja, sopa na cabeça, mas prato, mesmo que popular, cuidado. não tem que ser rendada a toalha de mesa. pode e deve ser até de plástico tipo cortina de box do um e noventa e nove. mas molejo no tamborete. açucar na mariola, gelo no refresco e pimenta à gosto. farinheira e água a postos para evitar engasgos, pão para molhar a sustança não pode ser dormido, a menos que sirva pudim de pão.
do ponto de vista popular ou pseudo popular, pode soar bastante elitista a visão sobre o movimento axé-bunda-music local ou mesmo um tanto preconceituoso. afinal, não deixa de ser libertário camadas e camadas de água oxigenada, estrias e celulites, corpos de mal com a balança mandando ver o balança pança, com livre acesso as tvs onde se acotovelam modelos com cara de travesti e gesso. ou quibundas retocadas a ponta de bisturis no crediário de plantão. e tudo o mais que já se conhece manietam langeries e tratamentos outros para manter audiência.
certo. mas cultura popular não é isto. isto é diluição de aproveitamento maquinado de sensaboria trabalhada como meio de vida para espertalhões que prostituem o que poderia ter sido um movimento. e que a máquina comercial das televisões locais que tanto abanam a cabeça no sim a defesa da nossa cultura alocam ao horário. mas me lembram cines do arouche que já há vinte anos atrás misturavam filmes pornos com kung fus a preço de meia punheta. e o horário catártico está assim: programas policiais, o sofrimento e depois a catarse, o quase prazer. ou seria a catarse antes e o sofrimento depois ? fato é que ver o bom e velho canastrão assumido, por isso mesmo de altíssimo grau de autenticidade, reginaldo cantando dor de corno é uma coisa, melhor só cauby, outra estas bandinhas que só chegam a ser bandonas quanto tem bundonas.
e se pra você nada ficou claro, pense que uma gelatinazinha de vem em quando é ótimo. mesmo da muito vagabunda. mas sobremesa desta, todo dia, ninguém guenta. nem mesmo se pavê de silicone. inda mais fazer disto refeição e não complemento, vá lá.
agora, sopa, alimenta e tem sustança. mesmo sem sal. mata a fome. e por isso você come todo dia porque precisa ficar de pé, pra manter a resistência zen.
só que com sal, não pode ser demais - olha a hipertensão, você toma sem fazer beicinho. e sem o apresentador enfiar goela a dentro na base do olha o aviãozinho deixando a gente com gosto de melado.
com mais tempêro, ne não véio ? até môsca vira filé.
sirvam-se e sirva-se até ao dr. nirvana.
* veja post, da terça, sangue não é colorau, moçada.
os que podem ver, não fecham olhos. os que não podem ou exercitam um minuto às cegas, devem achar a salada de frutas a maior roubada, daquelas do tipo “ dez frutas”; e tome, banana e laranja, laranja, laranja, laranja, laranja,laranja, laranja, laranja, laranja, tamanha parecência das bandas entre si.
dos backs balés as protagonistas, singers mais para elgin do que para cantoras, tamanhas máquinas de grasnados quase pré-coito em que tudo gira às voltas com dor de corno, de um jeito ou de outro. o que acaba por vitimar, mesmo quem vive por tal dieta, com dores na cabeça, mochas de outras programações.
a receita da salada é: garota e garoto cantando e dois casais as costas buzanfando esgrimas corporais mais manjadas do que desfile de tanques no sete de setembro, aliás, cavalaria faz melhor. enquanto a ala feminina da cantoria sempre ensaia mesma coreografia com apresentador. sim, todos dão beijinhos para câmara. se a camara focar trocentas vezes, trocentos beijinhos. e haja celulares a mistura para serem sorteados nos alôs, alôs, guess who? exclusividade e versatilidade de quatro canais. antes até na tv universitária tinha. como tinha tinha é pior que lepra, mudou de endereço.
mas pasmem! vida inteligente há na televisão na hora do almoço, para quem almoça. sopa diária é servida. estética de bandejão universitário, princípios de difusão democratizados com imersão e inclusão social, pitadas de terceiro-mundanismo dos trópicos maneiristas, mas com idéias. só que sem sal. regime de emissão e recepção, com audiência dos manos véios, sem possibilidades maiores de hipertesão benigna, para além da fissuração das tribos nascedouras à extinção.
de há muito que o broadcasting é show e business. não observar tal princípio, o que de maneira nenhuma significa desvirtuar princípios, é reduzir bastante as possibilidades.
roger de renoir funciona na base do anti-timing televisivo, sabe véio, o que pode ser deveras salutar.
mas televisão é como cenário de televisão. o cenografado é sempre melhor que o real. e a falta de direção, apesar dos créditos, faz com que sua catatonia e disposição sofra vácuos que soam peidinhos e engasgos fora de hora. afinal, pra fazer redondo dentro da telinha quadrada ou agora retangular, tem que azeitar a máquina para além de vipes e vips, que são tratados da mesma maneira que ilustres desconhecidos, com a diferença de parecerem mais naturais, tamanha cancha nas performances.
sopa diária tem o método de ser a anti-salada-de-frutas do movimento musical local que gira em torno do pagode e do axé-bunda-music. e, como toda sopa que se preze, é mistura de tudo um muito pouco que se sustenta. caldo é o caldeamento de diversas tendências e ramificações do movimento musical pernambucano. sabidamente marketizado como o mais rico do país mas que é muito acústico, apesar dos tambores eletrificados, quando se trata de fazer barulho para chamar a atenção em massa da população consumidora e ouvidora. prova disso é que ninguém pirateia o segmento.
aliás o equívoco desta falsa agudeza no também pseudodesvendamento do mecanismo da propaganda cultural ou anti-cultura sistêmica está presente na letra da música “propaganda”. propaganda pode ser capitalista como pode ser socialista ou nacional socialista ou maoista, e demais ismos e erres e esses que quiserem.
como pode ser ferramenta beat. para alavancar movimentos manguezais, canaviais, macacheirais que, nascendo de resistência, devem ter esta mesma resistência amplificada para evitar ser o som do gueto ou da mesma burguesia cujo roncos da barriga que frequentam o sopa querem combater. consciente ou inconscientemente. e isto já é o que acontece. já que é mais fácil francês e suíço ter os discos de gente que frequenta o roger do que pernambucano que passa o dial pela renoir.
nisto, o sopa diária, formato muito tudo pode ser mais que descontração autêntica de per si quase afetada, mais amadora. potencializando seus microfones para serem megafones de conteúdos culturais revitalizantes.
desde que haja a compreensão de que a linguagem da televisão pede um andamento onde até mesmo a descontração verdadeira necessita de ser cenografada para tornar-se mais efetiva e contagiante. joão gordo, “ vendido ao sistema” já é quase mestre no seu timing. mas, comprimido pelo rótulo mtv, tem mais qsp do que efeito para além da tchurma mtviana.
não se pede que renoir torne-se serginho groissman. apenas que, da cadeira de balanço dos entrevistados, ao som das bandas ao lado, não se perca o balanço ou que o balanço seja melhor xaxeado, e não caqueado.
ou seja, sopa na cabeça, mas prato, mesmo que popular, cuidado. não tem que ser rendada a toalha de mesa. pode e deve ser até de plástico tipo cortina de box do um e noventa e nove. mas molejo no tamborete. açucar na mariola, gelo no refresco e pimenta à gosto. farinheira e água a postos para evitar engasgos, pão para molhar a sustança não pode ser dormido, a menos que sirva pudim de pão.
do ponto de vista popular ou pseudo popular, pode soar bastante elitista a visão sobre o movimento axé-bunda-music local ou mesmo um tanto preconceituoso. afinal, não deixa de ser libertário camadas e camadas de água oxigenada, estrias e celulites, corpos de mal com a balança mandando ver o balança pança, com livre acesso as tvs onde se acotovelam modelos com cara de travesti e gesso. ou quibundas retocadas a ponta de bisturis no crediário de plantão. e tudo o mais que já se conhece manietam langeries e tratamentos outros para manter audiência.
certo. mas cultura popular não é isto. isto é diluição de aproveitamento maquinado de sensaboria trabalhada como meio de vida para espertalhões que prostituem o que poderia ter sido um movimento. e que a máquina comercial das televisões locais que tanto abanam a cabeça no sim a defesa da nossa cultura alocam ao horário. mas me lembram cines do arouche que já há vinte anos atrás misturavam filmes pornos com kung fus a preço de meia punheta. e o horário catártico está assim: programas policiais, o sofrimento e depois a catarse, o quase prazer. ou seria a catarse antes e o sofrimento depois ? fato é que ver o bom e velho canastrão assumido, por isso mesmo de altíssimo grau de autenticidade, reginaldo cantando dor de corno é uma coisa, melhor só cauby, outra estas bandinhas que só chegam a ser bandonas quanto tem bundonas.
e se pra você nada ficou claro, pense que uma gelatinazinha de vem em quando é ótimo. mesmo da muito vagabunda. mas sobremesa desta, todo dia, ninguém guenta. nem mesmo se pavê de silicone. inda mais fazer disto refeição e não complemento, vá lá.
agora, sopa, alimenta e tem sustança. mesmo sem sal. mata a fome. e por isso você come todo dia porque precisa ficar de pé, pra manter a resistência zen.
só que com sal, não pode ser demais - olha a hipertensão, você toma sem fazer beicinho. e sem o apresentador enfiar goela a dentro na base do olha o aviãozinho deixando a gente com gosto de melado.
com mais tempêro, ne não véio ? até môsca vira filé.
sirvam-se e sirva-se até ao dr. nirvana.
* veja post, da terça, sangue não é colorau, moçada.
quarta-feira, outubro 19, 2005
referendo, a quantas anda?
REFERENDO MEIA-BOCA
No caso de vencer o “sim”, teremos de partir para a proibição da exportação e o fim da indústria bélica que a sustenta.
BEM LONGE DO ALVO
O País votará contra ou a favor do comércio de armas e munição. Mas a desigualdade, raiz da violência, não é tocada.
títulos quando crescer quero ser mohallen, carta capital. no caso da primeira o desdobramento é de empuxo do tamanho de calibre que quero ver. segundo matéria brasil exporta violência, cita exemplo de revólver da marca taurus deixado no local do crime onde mafiiosos executaram juizes italianos e destaca brasil como exportador bélico de peso junto com eua, rússia, argentina e por aí vai.
enquanto isso, caçadores de aves, e não só, passam por mim com socas-socas todos os dias. no que cumprimento para não ser confundido com passarinho, em cidade turística do rio grande do norte, onde também facas e facões na cintura não fazem diferença entre pele e escamas. pra estes referendo é bala perdida e uma cuspida. e talho no gogó não é coisa só pra desfazer cabeça de peixe.
No caso de vencer o “sim”, teremos de partir para a proibição da exportação e o fim da indústria bélica que a sustenta.
BEM LONGE DO ALVO
O País votará contra ou a favor do comércio de armas e munição. Mas a desigualdade, raiz da violência, não é tocada.
títulos quando crescer quero ser mohallen, carta capital. no caso da primeira o desdobramento é de empuxo do tamanho de calibre que quero ver. segundo matéria brasil exporta violência, cita exemplo de revólver da marca taurus deixado no local do crime onde mafiiosos executaram juizes italianos e destaca brasil como exportador bélico de peso junto com eua, rússia, argentina e por aí vai.
enquanto isso, caçadores de aves, e não só, passam por mim com socas-socas todos os dias. no que cumprimento para não ser confundido com passarinho, em cidade turística do rio grande do norte, onde também facas e facões na cintura não fazem diferença entre pele e escamas. pra estes referendo é bala perdida e uma cuspida. e talho no gogó não é coisa só pra desfazer cabeça de peixe.
para que serve o diploma
jornalistas garantem trocados servindo infiéis à balança no do sim e do não. para não falar do sherlock de plantão, o elementar zé das couves estatísticas.
a pergunta é: acabaram-se todos os recursos de se exercer a profissão pelo menos com disfarçatez mínima de aparência digna ?
pois é pá, cá como aí, jornalistas cada vez mais se prestam para outro papel.
fim das máquinas de datilografar desvirtuou a profissão ?
a pergunta é: acabaram-se todos os recursos de se exercer a profissão pelo menos com disfarçatez mínima de aparência digna ?
pois é pá, cá como aí, jornalistas cada vez mais se prestam para outro papel.
fim das máquinas de datilografar desvirtuou a profissão ?
quarta ah portuguesa: também no bacalhau, urucubaca ?
queridos meia dúzia, duzia e meia de leitores:
quarta ah portuguesa, coisa mais brasileira, às vezes, está sob égide de expressão considerada brasileirismo informal, trazida à tona pelo mr. lula da silva. aquele que, não sabendo nada, sabe de tudo ou seria exatamente ao contrário ?
facto que no meio de um mais discurso de menos, cuja única virtude é não ser tão longo quanto os de fidel, o presidente da republica federativa, doida para não o ser, do brasil, o pais irmão, que os irmãos do outro lado do oceano querem ver longe das vossas praias, soltou o têrmo:” é muita urucubaca, é muita gente torcendo contra”.
torcendo contra? mr. lula luiz, mais para pangrácio do que para ignácio, não sabe o que é viver no mercado publicitário de cá e de lá. nele teria perdido não um mas todos os dedos, anéis juntos, se dependesse de torcida a favor.
corremos para o dicionario, inclusive já com a curiosidade: qual seria o equivalente do termo em portugal? que sim, também vive seus incontáveis dias de urucubaca? atingido aos toldos de quem abrigado por seja qual for a nacionalidade.
o dicionário aurélio, o novo, traz registro à míngua. muito pouco ilustrativo e prestigiante para a colônia quase açoriana que nos migalha leitura. em compensação, tem verbetes providencais para quem anafalfabeto de compensações como eu.
zap para o dicionário do mestre houaiss, tido como o mais completo da língua. ficamos sabendo que o têrmo significa má sorte no que se faz ou intenta. expressão, cuja base é urubu – o aldo rabelo vai logo colocar mais um adendo no seu projeto de associações politicamente incorretas, aldo rabelo, patrícios, é o presidente da camara de deputados do brasil, orgão que perdeu o dep e não foi por urucubaca, foi por falta de decência mesmo.
sim, urucubaca, traz o conteúdo de ave da agouro que presencia e banqueteia-se dos cadáveres. há registro de que a expressão era usual na época da gripe espanhola. e, gripe por gripe, urucubaca por urucubaca, temos agora a gripe aviária, no fundo, descobrem pesquisadores, mutati mutandis, mutagenia variabilis do nosso tempo.
urucubaca é cabeça de burro, sim seu aldo, e suas variações sinõnimicas: apolitana, azango, azar, baldão, cábula (tá vendo no que dá cabular aula ?), cafifa, cafinfa, cagura, caguira com e sem trema, caipora, caiporice, caiporismo, camarço, enguiço, galinhaço, inhaca, jetatura, macaca, mofina, pé, pé frio, peso, pontapé, tanglomanglo, tumbice, desdita e haja urucubaca brasil, portugal e mundo a fora.
se sorte tem quem acredita nela, parece que urucubaca tem vida própria. abate-se sobre você como chulé. depois nunca mais solta. é a psoriáse da aura.
mas afinal que estória, os puristas dizem que ainda assim é história com h, é esta de urucubaca no bacalhau?
bem é post da semana vindoura postado do eduardo VII, mas não de madrugada.
saatchi em portugal, nem de longe da família, urucubaca ?
multinacionais no porto, nunca visgo, urucubaca ?
taxiando, taxiando, young albano´s urucubaca?
brasileiros à deriva no mercado, urucubaca ?
filme de burro, cabeças de leão, urucubaca ?
mortes à rodo nas auto-estradas, urucubaca ?
z, eterna no take-off, sobrecarregado de fantasmas, ucucubaca ?
fischer que nunca mais vem, urucubaca ?
portugal na cee, dormindo na seda, caindo da cama e acordando na lama, urucubaca ?
luis inácio lula da silva no porto, urucubaca ou febre aftosa?
bush,e bota urucubaca nisso, urucubaca?
enchentes, tsunamis, terremotos, marremotos, ciclones, furacões, sida, espécie humana em destino de dizimação ladeira abaixo, urucubaca, maior de todas ? velho testamento verbo sinistro na voz em contra-canto de islâmicos e evangélicos ?
bons tempos em que urucubaca apenas era a má vontade de ter a sogra, as broacas, ou cunhado, no almoço do domingo.
só não diga que levar com o cemgrauscelsius é urucubaca.
lê apenas quem quer e tem ou não tem juízo. urucubaca?
por falar nisso, urucubaca stenzel ? grão vasco nela.
quarta ah portuguesa, coisa mais brasileira, às vezes, está sob égide de expressão considerada brasileirismo informal, trazida à tona pelo mr. lula da silva. aquele que, não sabendo nada, sabe de tudo ou seria exatamente ao contrário ?
facto que no meio de um mais discurso de menos, cuja única virtude é não ser tão longo quanto os de fidel, o presidente da republica federativa, doida para não o ser, do brasil, o pais irmão, que os irmãos do outro lado do oceano querem ver longe das vossas praias, soltou o têrmo:” é muita urucubaca, é muita gente torcendo contra”.
torcendo contra? mr. lula luiz, mais para pangrácio do que para ignácio, não sabe o que é viver no mercado publicitário de cá e de lá. nele teria perdido não um mas todos os dedos, anéis juntos, se dependesse de torcida a favor.
corremos para o dicionario, inclusive já com a curiosidade: qual seria o equivalente do termo em portugal? que sim, também vive seus incontáveis dias de urucubaca? atingido aos toldos de quem abrigado por seja qual for a nacionalidade.
o dicionário aurélio, o novo, traz registro à míngua. muito pouco ilustrativo e prestigiante para a colônia quase açoriana que nos migalha leitura. em compensação, tem verbetes providencais para quem anafalfabeto de compensações como eu.
zap para o dicionário do mestre houaiss, tido como o mais completo da língua. ficamos sabendo que o têrmo significa má sorte no que se faz ou intenta. expressão, cuja base é urubu – o aldo rabelo vai logo colocar mais um adendo no seu projeto de associações politicamente incorretas, aldo rabelo, patrícios, é o presidente da camara de deputados do brasil, orgão que perdeu o dep e não foi por urucubaca, foi por falta de decência mesmo.
sim, urucubaca, traz o conteúdo de ave da agouro que presencia e banqueteia-se dos cadáveres. há registro de que a expressão era usual na época da gripe espanhola. e, gripe por gripe, urucubaca por urucubaca, temos agora a gripe aviária, no fundo, descobrem pesquisadores, mutati mutandis, mutagenia variabilis do nosso tempo.
urucubaca é cabeça de burro, sim seu aldo, e suas variações sinõnimicas: apolitana, azango, azar, baldão, cábula (tá vendo no que dá cabular aula ?), cafifa, cafinfa, cagura, caguira com e sem trema, caipora, caiporice, caiporismo, camarço, enguiço, galinhaço, inhaca, jetatura, macaca, mofina, pé, pé frio, peso, pontapé, tanglomanglo, tumbice, desdita e haja urucubaca brasil, portugal e mundo a fora.
se sorte tem quem acredita nela, parece que urucubaca tem vida própria. abate-se sobre você como chulé. depois nunca mais solta. é a psoriáse da aura.
mas afinal que estória, os puristas dizem que ainda assim é história com h, é esta de urucubaca no bacalhau?
bem é post da semana vindoura postado do eduardo VII, mas não de madrugada.
saatchi em portugal, nem de longe da família, urucubaca ?
multinacionais no porto, nunca visgo, urucubaca ?
taxiando, taxiando, young albano´s urucubaca?
brasileiros à deriva no mercado, urucubaca ?
filme de burro, cabeças de leão, urucubaca ?
mortes à rodo nas auto-estradas, urucubaca ?
z, eterna no take-off, sobrecarregado de fantasmas, ucucubaca ?
fischer que nunca mais vem, urucubaca ?
portugal na cee, dormindo na seda, caindo da cama e acordando na lama, urucubaca ?
luis inácio lula da silva no porto, urucubaca ou febre aftosa?
bush,e bota urucubaca nisso, urucubaca?
enchentes, tsunamis, terremotos, marremotos, ciclones, furacões, sida, espécie humana em destino de dizimação ladeira abaixo, urucubaca, maior de todas ? velho testamento verbo sinistro na voz em contra-canto de islâmicos e evangélicos ?
bons tempos em que urucubaca apenas era a má vontade de ter a sogra, as broacas, ou cunhado, no almoço do domingo.
só não diga que levar com o cemgrauscelsius é urucubaca.
lê apenas quem quer e tem ou não tem juízo. urucubaca?
por falar nisso, urucubaca stenzel ? grão vasco nela.
visto de saída
....vou sobrevivendo sem a caridade de quem me detesta. (os dados ainda estão rolando)
terça-feira, outubro 18, 2005
polisaturado
pão de pobre quando cai, sempre cai com o lado da margarina pra baixo. isso, quando havia margarina.
qualquer dia é a sujeira que sobe e se agarra no pão.
mas não se enganem, gravidade do pão com bosta é outra.
qualquer dia é a sujeira que sobe e se agarra no pão.
mas não se enganem, gravidade do pão com bosta é outra.
defesa sanitária ou é a glória, perez
filho da sol nasce prematuro.
por maior que seja a utilização do tempo diegético- o recurso de narrativa que faz com que com uma fusão, corte, possam adiantar(ou atrasar) minutos, dias, anos ou séculos – o tal bruguelo deve ter sido alimentado, claro, nasceu em boiadeiros, com uma possante mamada de anabolizantes e esteróides.
o moleque mal nasceu e já aparece de pescoço duro e cabeleira do zezé.
com a mãe que tem não será surpresa se padecer de febre aftosa.
junto disso, problemas no coração, é pinto.
de granja.
por maior que seja a utilização do tempo diegético- o recurso de narrativa que faz com que com uma fusão, corte, possam adiantar(ou atrasar) minutos, dias, anos ou séculos – o tal bruguelo deve ter sido alimentado, claro, nasceu em boiadeiros, com uma possante mamada de anabolizantes e esteróides.
o moleque mal nasceu e já aparece de pescoço duro e cabeleira do zezé.
com a mãe que tem não será surpresa se padecer de febre aftosa.
junto disso, problemas no coração, é pinto.
de granja.
sangue não é colorau, moçada
a programação da televisão pernambucana, dita local, do meio-dia as quase catorze, quatorze e algum tanto, é verdadeiro safari de carnificinas, sexo, drogas e nada de rock´n´roll. roll devidamente substituido por bandas de calyso-bunda-music e chusmas de pagode, cuja maior diferenciação, é serem umas todas iguais a outras.
noutro carnal, digo canal, dito cultural universitário, a ementa inclui mutações pós pensamento mangue-beat. um quase estilingue word-music bang-bang pernambuco falando para o mundo, sopa de metáfora. foto legenda, ao abrigo do claim do raulzito, que de outra a gente aborda.
no dial da violência horário à pino, que tem também suas edições vespertinas, quesito sangue só não basta, pra temperar o cardápio, servido com muito escárnio e escracho em que se fodem uns com os outros, a pseudo-seriedade é travesti no fora de foco da ramificação da mimetificação do que julgam serviço de utilidade pública.
em meio a notícias de assassinatos, estupros, e toda sorte de cortes muito pouco epistemológicos, mais epidérmicos, dos bolsões peri e intraperiféricos da cidade, até não dizer mais, chega! apresentadores fazem-se juizes martelando sempre no mesmo tom, instrumentália diversificada. onde até contra-regras ou assistente de palco, completam os quadros fora de foco mas de alvo preciso no amalgamento da miséria como carne pra canhão.
condenando com chistes de algozes impunes, criminosos, vítimas e parentes, ao bel prazer da verve do dia, apresentadores parecem confirmar a sua impotência imaginando-se gigantes, confundindo serem vermes com verves do humor.
fico a pensar se tiram as ligas após a performance, tal e qual esses esses o faziam após sessões de extermínio dos judeus.
a peripatetada, maligna, completa-se com apresentador candidato a obesidade mórbida anunciando remédio para emagrecimento milagroso.
pra esta moçada, sangue é colorau, mínimo respeito humano é bufa. atestado de incompetência de direção de programação e comercial que insistem num filão que nem datena aguenta mais.
mas como desgraça pouca é bobagem, campanha quase recente utilizou a figura de dois destes apresentadores para chamar à consciência população contra os chamados trotes para a polícia e diferença entre telefones de emergência e ocorrência o que não deixa de ser um trote por quem criou aprovou tal peça, ou apenas mais um sinal da preguiça publicitária que vagas ocupadas estão por quem faz disso o que chama de criatividade ?
feliz ou triste coincidência? resposta do público, nas últimas eleições, foi desconhecer apelo de um destes apresentadores que lançou-se sem paraquedas como vice de chapa que se esborrachou nos resultados para prefeitura de jaboatão dos guararapes, vencido por fariseu ainda mais farisaico.
e hoje vive de tentar fazer-nos acreditar que pernambuco dá sorte.
catarse do catarro cuspido para dentro de quem tripudia com extrato da população que já carrega todo tipo de bacilo no pulmão e que por isso mesmo já não respira, porque não sabe ou não pode, outros ares.
não bastasse tal colorau, de sangue, tais apresentadores ainda tascam vinagre, de alcóol na hora do almoço dos passa-fome de dignidade.
noutro carnal, digo canal, dito cultural universitário, a ementa inclui mutações pós pensamento mangue-beat. um quase estilingue word-music bang-bang pernambuco falando para o mundo, sopa de metáfora. foto legenda, ao abrigo do claim do raulzito, que de outra a gente aborda.
no dial da violência horário à pino, que tem também suas edições vespertinas, quesito sangue só não basta, pra temperar o cardápio, servido com muito escárnio e escracho em que se fodem uns com os outros, a pseudo-seriedade é travesti no fora de foco da ramificação da mimetificação do que julgam serviço de utilidade pública.
em meio a notícias de assassinatos, estupros, e toda sorte de cortes muito pouco epistemológicos, mais epidérmicos, dos bolsões peri e intraperiféricos da cidade, até não dizer mais, chega! apresentadores fazem-se juizes martelando sempre no mesmo tom, instrumentália diversificada. onde até contra-regras ou assistente de palco, completam os quadros fora de foco mas de alvo preciso no amalgamento da miséria como carne pra canhão.
condenando com chistes de algozes impunes, criminosos, vítimas e parentes, ao bel prazer da verve do dia, apresentadores parecem confirmar a sua impotência imaginando-se gigantes, confundindo serem vermes com verves do humor.
fico a pensar se tiram as ligas após a performance, tal e qual esses esses o faziam após sessões de extermínio dos judeus.
a peripatetada, maligna, completa-se com apresentador candidato a obesidade mórbida anunciando remédio para emagrecimento milagroso.
pra esta moçada, sangue é colorau, mínimo respeito humano é bufa. atestado de incompetência de direção de programação e comercial que insistem num filão que nem datena aguenta mais.
mas como desgraça pouca é bobagem, campanha quase recente utilizou a figura de dois destes apresentadores para chamar à consciência população contra os chamados trotes para a polícia e diferença entre telefones de emergência e ocorrência o que não deixa de ser um trote por quem criou aprovou tal peça, ou apenas mais um sinal da preguiça publicitária que vagas ocupadas estão por quem faz disso o que chama de criatividade ?
feliz ou triste coincidência? resposta do público, nas últimas eleições, foi desconhecer apelo de um destes apresentadores que lançou-se sem paraquedas como vice de chapa que se esborrachou nos resultados para prefeitura de jaboatão dos guararapes, vencido por fariseu ainda mais farisaico.
e hoje vive de tentar fazer-nos acreditar que pernambuco dá sorte.
catarse do catarro cuspido para dentro de quem tripudia com extrato da população que já carrega todo tipo de bacilo no pulmão e que por isso mesmo já não respira, porque não sabe ou não pode, outros ares.
não bastasse tal colorau, de sangue, tais apresentadores ainda tascam vinagre, de alcóol na hora do almoço dos passa-fome de dignidade.
a unesco confirma
tomando por base a novela américa, o português não é mais a quinta língua mais falada do mundo. é a primeira.
mexicano, americano, boiaderês, de todos os nivéis sócio-culturais, todo mundo, mas todo mundo mesmo, até os carcereiros, falam a mesma língua, e com que desenvoltura. no accent!. se considerar-mos que para muita gente é a segunda língua, fim da torre de babel ocidental. cursos de ingês e espanhol devem estar dedicando-se agora ao chinês e mandarim. mas cuidado com as próximas novelas da globo. pelo sim pelo não continue com suas aulas de esperanto.
mexicano, americano, boiaderês, de todos os nivéis sócio-culturais, todo mundo, mas todo mundo mesmo, até os carcereiros, falam a mesma língua, e com que desenvoltura. no accent!. se considerar-mos que para muita gente é a segunda língua, fim da torre de babel ocidental. cursos de ingês e espanhol devem estar dedicando-se agora ao chinês e mandarim. mas cuidado com as próximas novelas da globo. pelo sim pelo não continue com suas aulas de esperanto.
ed mort
e para encerrar o capítulo américa de vez, que as liquidações do paraguai são muito mais interessantes que as de miami, principalmente no setor de armas, alguém tem aí um tubo de terebentina ?
parecendo ter sido criado com vó, este ed dá nó em estômago de analista com sua inexistência anti-probabilística crônica de indecisão aguda. vai ser crédulo assim no projac. se a miss may disser que ele não existe o cara vira bolha de sabão. e nem pisca.
parecendo ter sido criado com vó, este ed dá nó em estômago de analista com sua inexistência anti-probabilística crônica de indecisão aguda. vai ser crédulo assim no projac. se a miss may disser que ele não existe o cara vira bolha de sabão. e nem pisca.
segunda-feira, outubro 17, 2005
marinilda já foi nome de vedete
Que agências de publicidade em crise de criatividade proponham, em desespero, campanhas malucas ainda se entende. Mas como pode um cliente em pleno uso das faculdades mentais aprovar um anúncio à base de choques elétricos? Pode.
Esses clientes tresloucados são a Coca-Cola e a Nestlé, multinacionais nada temerárias em matéria de publicidade. O produto é o Nestea, chá gelado em lata. A propaganda mostra ratos "humanos" em "teste de laboratório" levando "descargas elétricas".
Aparentemente (sabe-se lá...), o anúncio propõe uma remissão aos testes de Pavlov, mas o que lembra mesmo é tortura.
Não se trata aqui de cobrança do politicamente correto, essa coisa boba que irrita cada vez mais nossos estressados "criativos" da publicidade. A questão é de bom gosto, bom senso, bom tudo. Anúncio deve lembrar tortura em prisão ou tratamento em manicômio? Os doutos criativos jamais suporiam que o prazer do Nestea supere o medo de uma descarga elétrica na percepção do público, pois não?
Os clientes tresloucados podem ter certeza: um desagradável arrepio percorrerá o apreciador dessa bebida antes de tomá-la. Se pensar duas vezes, não a tomará mais.
chá gelado com choque elétrico. marinilda carvalho, no observatório da imprensa
marinilda não deve assistir desenhos animados. vai levar um, um não, vários choques. decifração simbólica e dos indices realizados por crianças e adolescentes não se dá na razão pretendida por ela. tal interpretação parece surgida de quem andou bebendo chá de cogumelo. criativamente o uso do pseudo non-sense é sempre um caminho menor mas desencavar pavlov, e associação de choques elétricos com tortura neste caso, mesmo que tenha sido vítima de tortura e da celebre maquineta dos anos 70, é argumento de quem caiu na ratoeira da decifração individual, equivocada, sobre a coletiva; ou tomou muito chá de cadeira esperando o bonde da história fazer a curva. toma um chá da escola de frankfurt mari. adorno e benjamin tem sabor de limão e mel. sem casca.
Esses clientes tresloucados são a Coca-Cola e a Nestlé, multinacionais nada temerárias em matéria de publicidade. O produto é o Nestea, chá gelado em lata. A propaganda mostra ratos "humanos" em "teste de laboratório" levando "descargas elétricas".
Aparentemente (sabe-se lá...), o anúncio propõe uma remissão aos testes de Pavlov, mas o que lembra mesmo é tortura.
Não se trata aqui de cobrança do politicamente correto, essa coisa boba que irrita cada vez mais nossos estressados "criativos" da publicidade. A questão é de bom gosto, bom senso, bom tudo. Anúncio deve lembrar tortura em prisão ou tratamento em manicômio? Os doutos criativos jamais suporiam que o prazer do Nestea supere o medo de uma descarga elétrica na percepção do público, pois não?
Os clientes tresloucados podem ter certeza: um desagradável arrepio percorrerá o apreciador dessa bebida antes de tomá-la. Se pensar duas vezes, não a tomará mais.
chá gelado com choque elétrico. marinilda carvalho, no observatório da imprensa
marinilda não deve assistir desenhos animados. vai levar um, um não, vários choques. decifração simbólica e dos indices realizados por crianças e adolescentes não se dá na razão pretendida por ela. tal interpretação parece surgida de quem andou bebendo chá de cogumelo. criativamente o uso do pseudo non-sense é sempre um caminho menor mas desencavar pavlov, e associação de choques elétricos com tortura neste caso, mesmo que tenha sido vítima de tortura e da celebre maquineta dos anos 70, é argumento de quem caiu na ratoeira da decifração individual, equivocada, sobre a coletiva; ou tomou muito chá de cadeira esperando o bonde da história fazer a curva. toma um chá da escola de frankfurt mari. adorno e benjamin tem sabor de limão e mel. sem casca.
obrigatoriedade do diploma: carta aberta aos juízes do TRF
Está marcada para o dia 26 de outubro, em São Paulo, a partir das 14h, a sessão de julgamento do Tribunal Regional Federal – 3ª Região, em que será apreciado o recurso à decisão da juíza Carla Rister de suspender a obrigatoriedade do diploma de jornalista. Uma decisão desfavorável à obrigatoriedade afastará ainda mais a pretensão dos diplomados que se desviaram do jornalismo para atuar como assessores de imprensa de tentar fazer o valer o diploma na usurpação do mercado de trabalho dos relações-públicas. Até manifestação o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo está programando para o dia, tentando mobilizar a categoria para a manutenção do monopólio instituído na ditadura militar.
O apelo à "união" soa ridículo, entretanto, quando se constata o abandono a que os verdadeiros jornalistas são relegados por suas entidades de classe. Submetidos às pressões patronais, têm suas demissões simplesmente abonadas pelos sindicatos controlados pela pelegada. Quanto menor a produção das redações mais espaço se abre para a publicação de releases como se fossem reportagens apuradas por critérios jornalísticos, e não matérias encomendadas por clientes com o claro objetivo de divulgar seus feitos e esconder seus defeitos.
Como não poderia deixar de me manifestar, remeti, por e-mail, a mensagem que transcrevo abaixo com minha posição a respeito, ao juiz convocado Manoel Álvares (relator) e à assessora Denize Marques (demarque@trf3.gov.br), ao juiz Fábio Prieto e seu assessor Arthur José Concerino (aconceri@trf3.gov.br), à juíza Alda Basto e assessora Karin Swiatek (kswiatek@trf3.gov.br) e à juíza Salette Nascimento, assessora Anna Lúcia Malerbi de Castro (alcastro@trf3.gov.br).
Excelentíssimos Senhores (as) Ministros (as)
Com 44 anos de experiência como jornalista, tendo passado pelas mais importantes redações do país, Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, Visão, Veja, IstoÉ, Gazeta Mercantil, Jornal do Brasil, Manchete, Zero Hora e muitas outras, venho manifestar aqui meu repúdio pela tentativa da Fenaj e de sindicatos de jornalistas, entidades controladas por assessores de imprensa (que não é função jornalística, mas sim dos diplomados em Relações Públicas) de tornar obrigatória a exigência de diploma para o exercício de qualquer atividade de imprensa.
A única preocupação desses que convencionamos chamar de "pelegos", pois estão a serviço de patrões, governos e instituições públicas ou privadas, é dar validade a um diploma que lhes permita contornar as pressões que a Confederação Nacional de Relações Públicas (Conferp) passou a exercer sobre os jornalistas que invadiram seu mercado de trabalho, multando-os por exercício ilegal da profissão. Nós, os jornalistas de redação que não contamos mais com nossas entidades sindicais para defender nossos interesses, não consideramos necessária a obrigatoriedade do diploma. Embora mais de 95% dos jornalistas que contratei ao longo da minha carreira fossem diplomados, tive honrosas exceções, como Luis Fernando Verissimo, Alberto Dines, Marcelo Fromer e outros, entre meus colegas de trabalho.
No Brasil, apenas 9% dos jovens entre 18 e 25 anos conseguem ingressar numa faculdade. Desses, menos de 1% tem acesso aos cursos de Jornalismo, um dos mais procurados e que mais reprovam nos vestibulares. Não é possível restringir a liberdade de expressão a uma minoria corporativista que confunde assessoria de imprensa com jornalismo. Tal decisão colocaria o Brasil como uma excrescência nos fóruns de imprensa internacionais, ao lado de China e Cuba, com nossos representantes "oficiais", empregados em cargos públicos, merecendo o repúdio de profissionais vinculados a entidades que, lá fora, proíbem jornalistas de atuar como assessores de imprensa. Em Portugal, os preceitos éticos obrigam o jornalista que vai trabalhar numa assessoria de imprensa a devolver sua carteirinha ao sindicato e suspender seu registro enquanto essa incompatibilidade persistir.
Manter a obrigatoriedade do diploma e permitir que jornalistas atuem como assessores de imprensa, anomalias adotadas durante a ditadura militar e que ainda persistem, governo após governo, devido aos interesses de políticos corruptos que desejam manter os jornalistas sob controle, manchará definitivamente não só a honra e a moral do Judiciário brasileiro, como a imagem de nosso país no exterior. Por esta razão, rogo que mantenham a decisão da juíza Carla Rister, que num afortunado arroubo de consciência corrigiu essa aberração implantada pelos militares em nosso país.
Pela atenção, apresento meus votos de consideração e respeito.
Delmar Marques, jornalista.
desde quando, diploma dá caráter ?
O apelo à "união" soa ridículo, entretanto, quando se constata o abandono a que os verdadeiros jornalistas são relegados por suas entidades de classe. Submetidos às pressões patronais, têm suas demissões simplesmente abonadas pelos sindicatos controlados pela pelegada. Quanto menor a produção das redações mais espaço se abre para a publicação de releases como se fossem reportagens apuradas por critérios jornalísticos, e não matérias encomendadas por clientes com o claro objetivo de divulgar seus feitos e esconder seus defeitos.
Como não poderia deixar de me manifestar, remeti, por e-mail, a mensagem que transcrevo abaixo com minha posição a respeito, ao juiz convocado Manoel Álvares (relator) e à assessora Denize Marques (demarque@trf3.gov.br), ao juiz Fábio Prieto e seu assessor Arthur José Concerino (aconceri@trf3.gov.br), à juíza Alda Basto e assessora Karin Swiatek (kswiatek@trf3.gov.br) e à juíza Salette Nascimento, assessora Anna Lúcia Malerbi de Castro (alcastro@trf3.gov.br).
Excelentíssimos Senhores (as) Ministros (as)
Com 44 anos de experiência como jornalista, tendo passado pelas mais importantes redações do país, Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, Visão, Veja, IstoÉ, Gazeta Mercantil, Jornal do Brasil, Manchete, Zero Hora e muitas outras, venho manifestar aqui meu repúdio pela tentativa da Fenaj e de sindicatos de jornalistas, entidades controladas por assessores de imprensa (que não é função jornalística, mas sim dos diplomados em Relações Públicas) de tornar obrigatória a exigência de diploma para o exercício de qualquer atividade de imprensa.
A única preocupação desses que convencionamos chamar de "pelegos", pois estão a serviço de patrões, governos e instituições públicas ou privadas, é dar validade a um diploma que lhes permita contornar as pressões que a Confederação Nacional de Relações Públicas (Conferp) passou a exercer sobre os jornalistas que invadiram seu mercado de trabalho, multando-os por exercício ilegal da profissão. Nós, os jornalistas de redação que não contamos mais com nossas entidades sindicais para defender nossos interesses, não consideramos necessária a obrigatoriedade do diploma. Embora mais de 95% dos jornalistas que contratei ao longo da minha carreira fossem diplomados, tive honrosas exceções, como Luis Fernando Verissimo, Alberto Dines, Marcelo Fromer e outros, entre meus colegas de trabalho.
No Brasil, apenas 9% dos jovens entre 18 e 25 anos conseguem ingressar numa faculdade. Desses, menos de 1% tem acesso aos cursos de Jornalismo, um dos mais procurados e que mais reprovam nos vestibulares. Não é possível restringir a liberdade de expressão a uma minoria corporativista que confunde assessoria de imprensa com jornalismo. Tal decisão colocaria o Brasil como uma excrescência nos fóruns de imprensa internacionais, ao lado de China e Cuba, com nossos representantes "oficiais", empregados em cargos públicos, merecendo o repúdio de profissionais vinculados a entidades que, lá fora, proíbem jornalistas de atuar como assessores de imprensa. Em Portugal, os preceitos éticos obrigam o jornalista que vai trabalhar numa assessoria de imprensa a devolver sua carteirinha ao sindicato e suspender seu registro enquanto essa incompatibilidade persistir.
Manter a obrigatoriedade do diploma e permitir que jornalistas atuem como assessores de imprensa, anomalias adotadas durante a ditadura militar e que ainda persistem, governo após governo, devido aos interesses de políticos corruptos que desejam manter os jornalistas sob controle, manchará definitivamente não só a honra e a moral do Judiciário brasileiro, como a imagem de nosso país no exterior. Por esta razão, rogo que mantenham a decisão da juíza Carla Rister, que num afortunado arroubo de consciência corrigiu essa aberração implantada pelos militares em nosso país.
Pela atenção, apresento meus votos de consideração e respeito.
Delmar Marques, jornalista.
desde quando, diploma dá caráter ?
domingo, outubro 16, 2005
frase da semana(hour concour)
o problema do mundo da propaganda de uns tempos pra cá, é que a exceção tornou-se regra. e a regra, exceção.
mas isto não é só um problema da propaganda ou não ?
sim, o resultado desta eleição é duplamente suspeito, primeiro pelo atraso do resultado, duas semanas. depois porque faltaram concorrentes à altura. falta de estatura ? porque o ibope não anda morno não.
mas isto não é só um problema da propaganda ou não ?
sim, o resultado desta eleição é duplamente suspeito, primeiro pelo atraso do resultado, duas semanas. depois porque faltaram concorrentes à altura. falta de estatura ? porque o ibope não anda morno não.
nem com tim maia
dia de domingo. dia miserável. desconfio vingança de deus que não acredito.
tivesse trabalhado mais um diazito, tal artítice, o mundo não seria bola inchada de sandices inda mais cagada pelas estultícies dominicais.
diazinho a mais só. descanso pra que ? pergunta que qualquer criador, até publicitário, sabe preciso para arredondar a idéia. faria a sí próprio, se tiver decência na tola.
mais um de trabalho e a semana seria mais palatável para míseros mortais que amargam ditadura do domingo a pensar noutras coisas mais que banhar-se em praias de refugos e coliformes, da cada vez mais infielmente proletária, gentalha burguesa. e à milanesa. que horror!
dia de trabalho a mais. fim dos buzinaços que madrigalmente começam, meiam e findam domingo. dia que deixa sem carga toda a semana de quem, ainda que não torcedor, acaba por retorcer os tímpanos, por times de segundona. roucos de bola murcha, inversamente proporcionais aos decibéis loucos que traduzem alta amperagem de estupidezes. repetindo a vida, palavras de ordem do futebol? só juizes da puta filhos, ladrões ?
dia mais e, fiat lux: extermínio dos almoços de família, fim do quase bandejão. onde se espeta o bife de terceira, junto com arrozes e macarrões das mágoas quase-azedos da semana, pensando-se na sogra, na cunhada ou no parente já morto. que insiste em sentar-se à mesa. molhos de intensidades diferentes, conforme imagens que lhes vem a cabeça, garfos pontudos não menos que narizes e facas menos que línguas afiadas. e nem vou falar das crianças que meu coeficiente herodes hoje está de baixa.
parentesis à sonoplastia do almoço: pagode ensurdecedor, carro que passa em frente, trombada rabuda com kelvin duran, que arrebenta no vizinho. chega-se a pensar que a banda esta presente, já que bundas mexem. a julgar pela tonelagem de celulite e água-oxigenada que não cabe em shorts, horrorizados com tal espetáculo, somado ao desafino em soprano histérico, ainda assim tem gente excitando-excitada fazendo coro da janela.
pós almoço, retoma o ante. leitura encavilhada de anúncios miseravelmente fraternos em ruindade. bolo de rolo nos jornais de domingo prenunciando a que servem. precisa auto-denúncia de quem abafa o peido no sofá vendo faustão ou, que beleza de opção, márcia goldsmith, promete dar um jeito na sua vida. tal qual muita gente trata torcicolo: quebrando pescoço - e ainda falam mal do joão kleber ? de quebra tem gugu, e netinho, num zap de bate-bôcas que dura até a hora de ser enxotado com verminoso convite do hoje não tem jantar, só lanche, pizza recheiada de papelão colada na geladeira.
fique claro que tem gente que tem tv por assinatura mesmo que não possa assinar cheques. o castigo é que, salvo a programação ininteligivel para a maioria, os filmes são repetidos à exaustão, com uma dublagem monocórdica que home-theater nenhum do mundo salva. salvam-se cacas grossas que trazem legendas que traduzem fuck you por vá se danar.
no mais, dê-se por contente porque na recifilis que ser quer cosmopolita tudo está fechado, salvo, churrascarias e shoppings, repletos de futuns do non-sense de uma cidade que agora quer-se-por que-quer-se emergente às custas de um louva deus a porto digital, e ou marítimo e refinaria silicone no meio de miséria tal, que já há gente comendo mangue, sem beat, onde nem caranguejo se alimenta mais.
é claro está que você pode ficar em casa, lavando seu gol contra o orçamento que não podia, seu palio seco ou mille, a melhor idéia da fiat. pagou-se há decadas mas classe mírdia esfola-se para pagar os tubos por um carro chamado de popular, num país que nem bicicleta é popular, preço que mata de inveja sicilianos da matriz.
dia a mais só. e não teríamos o domingo. mas deus não é brasileiro? tinha que parar pra descansar depois de ficar enrolando, enrolando e fazer aquela merda toda com o barro, adicionado de costeletas de espírito de porco ?
não ficando satisfeito, tascou-mos o domingo.
nós também não ficamos. mas acontece que para todos os SACS, que juram de pés juntos que não, toda reclamação é blasfêmia, ainda mais ditas-cujas celestiais. dão-nos de ombro, fazendo ouvidos de salvador, cuspindo pragas, chantageando conversão. discurso evangélico, que concorre com pagode e pélvis de duram, veio daí.
pra piorar, no domingo de uma manhã modorrenta, com tais pensamentos, fica a parecer que nunca mais vem segunda. ou o que é paroxísticamente pior: que a semana inteira nesta cidade parece um domingo gordo, lambuzado de maionese, a regurgitar orações em vômito, o que escuto da minha janela lateral do quarto de dormir.
tivesse trabalhado mais um diazito, tal artítice, o mundo não seria bola inchada de sandices inda mais cagada pelas estultícies dominicais.
diazinho a mais só. descanso pra que ? pergunta que qualquer criador, até publicitário, sabe preciso para arredondar a idéia. faria a sí próprio, se tiver decência na tola.
mais um de trabalho e a semana seria mais palatável para míseros mortais que amargam ditadura do domingo a pensar noutras coisas mais que banhar-se em praias de refugos e coliformes, da cada vez mais infielmente proletária, gentalha burguesa. e à milanesa. que horror!
dia de trabalho a mais. fim dos buzinaços que madrigalmente começam, meiam e findam domingo. dia que deixa sem carga toda a semana de quem, ainda que não torcedor, acaba por retorcer os tímpanos, por times de segundona. roucos de bola murcha, inversamente proporcionais aos decibéis loucos que traduzem alta amperagem de estupidezes. repetindo a vida, palavras de ordem do futebol? só juizes da puta filhos, ladrões ?
dia mais e, fiat lux: extermínio dos almoços de família, fim do quase bandejão. onde se espeta o bife de terceira, junto com arrozes e macarrões das mágoas quase-azedos da semana, pensando-se na sogra, na cunhada ou no parente já morto. que insiste em sentar-se à mesa. molhos de intensidades diferentes, conforme imagens que lhes vem a cabeça, garfos pontudos não menos que narizes e facas menos que línguas afiadas. e nem vou falar das crianças que meu coeficiente herodes hoje está de baixa.
parentesis à sonoplastia do almoço: pagode ensurdecedor, carro que passa em frente, trombada rabuda com kelvin duran, que arrebenta no vizinho. chega-se a pensar que a banda esta presente, já que bundas mexem. a julgar pela tonelagem de celulite e água-oxigenada que não cabe em shorts, horrorizados com tal espetáculo, somado ao desafino em soprano histérico, ainda assim tem gente excitando-excitada fazendo coro da janela.
pós almoço, retoma o ante. leitura encavilhada de anúncios miseravelmente fraternos em ruindade. bolo de rolo nos jornais de domingo prenunciando a que servem. precisa auto-denúncia de quem abafa o peido no sofá vendo faustão ou, que beleza de opção, márcia goldsmith, promete dar um jeito na sua vida. tal qual muita gente trata torcicolo: quebrando pescoço - e ainda falam mal do joão kleber ? de quebra tem gugu, e netinho, num zap de bate-bôcas que dura até a hora de ser enxotado com verminoso convite do hoje não tem jantar, só lanche, pizza recheiada de papelão colada na geladeira.
fique claro que tem gente que tem tv por assinatura mesmo que não possa assinar cheques. o castigo é que, salvo a programação ininteligivel para a maioria, os filmes são repetidos à exaustão, com uma dublagem monocórdica que home-theater nenhum do mundo salva. salvam-se cacas grossas que trazem legendas que traduzem fuck you por vá se danar.
no mais, dê-se por contente porque na recifilis que ser quer cosmopolita tudo está fechado, salvo, churrascarias e shoppings, repletos de futuns do non-sense de uma cidade que agora quer-se-por que-quer-se emergente às custas de um louva deus a porto digital, e ou marítimo e refinaria silicone no meio de miséria tal, que já há gente comendo mangue, sem beat, onde nem caranguejo se alimenta mais.
é claro está que você pode ficar em casa, lavando seu gol contra o orçamento que não podia, seu palio seco ou mille, a melhor idéia da fiat. pagou-se há decadas mas classe mírdia esfola-se para pagar os tubos por um carro chamado de popular, num país que nem bicicleta é popular, preço que mata de inveja sicilianos da matriz.
dia a mais só. e não teríamos o domingo. mas deus não é brasileiro? tinha que parar pra descansar depois de ficar enrolando, enrolando e fazer aquela merda toda com o barro, adicionado de costeletas de espírito de porco ?
não ficando satisfeito, tascou-mos o domingo.
nós também não ficamos. mas acontece que para todos os SACS, que juram de pés juntos que não, toda reclamação é blasfêmia, ainda mais ditas-cujas celestiais. dão-nos de ombro, fazendo ouvidos de salvador, cuspindo pragas, chantageando conversão. discurso evangélico, que concorre com pagode e pélvis de duram, veio daí.
pra piorar, no domingo de uma manhã modorrenta, com tais pensamentos, fica a parecer que nunca mais vem segunda. ou o que é paroxísticamente pior: que a semana inteira nesta cidade parece um domingo gordo, lambuzado de maionese, a regurgitar orações em vômito, o que escuto da minha janela lateral do quarto de dormir.
Assinar:
Postagens (Atom)