pipocou, mas o certo seria usar o termo, papocou semana passada— e não se sabe porquê tantos publicitários de carteirinha dourada puseram-se a discutir a charqueada - notícia novidadeira sobre a revolução ou seria involução? fato que é velho do fim do modêlo clichê do atendimento em agência que tem nome de bucha.
não pode andar bem mercado que lança mão de artifícios iguais a este. tampouco, que se perde em tomar partido de coisas que sem o partido partidas estão. e de há muito, seja pela casqueadura do tempo, seja pelas falácias que cristalizaram a picaretagem com redundância.
ao fim e ao cabo, interessam os resultados conseguidos. e o tilintar na caixa, para cliente e agência.
esta discussão de fim, começo, lipo, do atendimento, é tal qual a discussão de open ou no open-space em detrimento do open mind.
quando o open space tornou-se moda no brasil e saudado como oxigenador de cérebros, os cérebros que inauguraram o sistema já tinham décadas de experimentação da fumância passiva no espaço. criado a partir da arquitetura de espaços fabris-industriais no finzinho da década de quarenta. tão novidadeiros, como o conceito de loft preferido, durante causa época por nove entre dez noveau richelieus.
o que é fato, de fato, o que também não é novo, e nada auspicioso, é que também, de novo? não é novo em publicidade, é a constatação de que ela não consegue quebrar o cíclo desgastado de sí mesma lançando mão de estratagemas das falsas novidades para camuflar esta verdade: de há muito não se faz nada de novo - e de bom mesmo pra valer - em nenhum tipo de arquitetura: nem física, nem operacional, nem cerebral.
aí lança-se mão das etiquetas carbonizadas de loja de conveniência barata: fim do atendimento! fim das paredes! reestruturação(fim do emprego! e já agora fim do open space! tudo para voltar na década que vêm ou quem sabe antes se não for decretado -e conseguirem - o fim do négocio.
como diria o fotógrafo, antônio quaresma, fotógrafo de arquitetura e publicidade piauiense: no princípio, são os princípios, no meio, são os meios, e no fim, são os fins.
não se sabe ainda se é a masturbação e pela melancolia ou se a melancolia é pela masturbação.
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