soube-me bem roer esta laranja, apesar da minha guitarra desafinada, quase a esgasgar o ruy*
“roendo uma laranja na falésia, olhando um mundo azul a minha frente…. no calmo improviso do poente…. nadando sem passado nem futuro …. ao longe a cidadela do navio acende-se no mar como um desejo …. a lua já desceu sobre esta paz…. a brisa vai contando velhas lendas de portos e baías de piratas
ááh!…. havia um pessegueiro na ilha plantado por um vizir de odemira que dizem por amor se matou novo aqui do lugar de porto covo….
*ruy veloso, o chico fininho, pioneiro do rock português, que o brasil, que se gaba de ter um ouvido musical, que não é normal, faz-se surdo a moderna música portuguesa que, graças as laranjas e as brejeirices, breijerices sim ô morcão! não é só madredeus. e olha que o veloso até já virou dono de restaurante onde muito brasileiro enche a pança na ribeira da cidade do porto, cidade geminada ao recife.
p.s. sinto muito se para além da beleza da poética de do tê, letrista do ruy veloso, fica sem referência. é nisso que dá ir a portugal e encher os ouvidos de linguiças e só.
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