Com jeito, manhosos, os publicitários ligados à Associação Brasileira de Propaganda (ABP) vestiram a fantasia de quixotes e iniciaram uma cruzada contra o que denominam de "censura". é
Aparentemente, pretendem barrar a proposta do Ministério da Saúde para disciplinar a propaganda de bebidas alcoólicas na TV e evitar que seja exibida em horário acessível às crianças e jovens. E, se forem bem-sucedidos, sobrarão argumentos para uma tacada final contra a classificação indicativa para a programação de TV, já adotada pelo governo.
A cruzada começou de mansinho com um comercial para rádio, mas na segunda-feira (30/7) foi exibido sem inibições no Jornal Nacional. O mote é irrespondível e irretorquível - "Toda censura é burra". Óbvio, ninguém pode ser a favor do controle de informações e opiniões, mesmo os grandes anunciantes.
Por falta de inspiração ou de convicção na mensagem que deveriam vender, os redatores acabaram oferecendo um texto confuso sobre tabus populares e "aqueles que vêem problema em tudo". No fundo, bem no fundo das suas cândidas almas, pensavam apenas nisso - toda propaganda é enganosa."
(toda censura é burra, toda propaganda é enganosa, do alberto dines que anda se auto-enganando?)
(O jornalista Alberto Dines publicou no site Observatório da Imprensa uma crítica à campanha "anti-censura" criada pela ABP - Associação Brasileira de Propaganda. Sob o mote "Toda Censura é Burra", o objetivo da entidade é protestar em nome do mercado publicitário contra todas as restrições impostas à propaganda. A campanha tem veiculação nacional e foi criada pela Giovanni+Draftfcb em comemoração aos 70 anos da ABP. Na visão de Dines, o texto da campanha é "confuso" porque faltou "inspiração ou convicção na mensagem". Ele conclui sua crítica dizendo que, no fundo, os publicitários sabem que "toda propaganda é enganosa". Em entrevista ao programa AdnewsTV da última terça-feira (31), o conselheiro da ABP Daniel Barbara, presidente da CBM - Companhia Brasileira de Multimídia, reafirmou a posição da associação contra a censura. Ele disse ser contra "oportunismos" na propaganda, mas defendeu maior autonomia para os profissionais da área. O conselheiro criticou ainda a intervenção de entidades como o Ministério da Saúde sobre a criação publicitária).
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