há publicitários conhecidos por criar marcas. há, muito mais, publicitários conhecidos por criar chavões. e quando se trata de marcas, o maior chavão é construir e cuidar das marcas dos clientes.
construir e cuidar das marcas dos clientes é algo praticado por noventa e nove(isto é um chavão) das agências da mesma maneira como a construção civil anda a construir prédios(isto é mais um chavão, aliterado como analogia). no começo é tudo muito bonitinho, discursos mis para o projeto mas na hora da execução começam os furos e na manutenção tudo faz água, ou seria areia?
a agência ao dizer-se cuidadora(isto é um novo chavão tomado emprestado da nova gerontologia, outro chavão)de marcas costuma descuidar-se não só das marcas dos clientes mas principalmente da sua. é incrível como as agêncisa são mestras(outro chavão) em ditar para os clientes coisas que elas não fazem minimamente como dever de casa, nem que fosse para gerar auto-mimese.
a agência tem uma idéia que não é nada genial(outro chavão histórico da publicidade, o ser genial) se pensarmos que para construir e cuidar da marca, meter um outdoor a frente da casa onde tem sede não é um recurso de brandig ou rebranding nem aqui nem na china(outro chavão do momento). e muito menos, quando a arquitetura da casa, e portanto da marca, não é preparada para isso.
o fato é que a tal placa - e em papel - está lá, enfiada à forceps, no lugar mais óbvio que se pensaria(a obviedade salvadora ou negadora do diferencial e o fato de que a maioria das agências pensam, são outros chavões ou clichês para amenizar o repetitivo aqui empregado).
não vou nem falar no nome da agência que por sí só a coloca em patamar de uma exigência onde jamais a tal placa contendo a sua marca poderia estar rasgada, pano arriado, vela arriada, a meio pau, e toda sorte de leituras que a marca mal-tratada sugere.
o processo acontece paulatinamente há pelo menos trinta dias. portanto não foi um mal súbido temporal que isto causou(se a agência pensasse direitinho não ia deixar sua marca exposta a provavéis intepéries cujo resultado é o sujo, o mal trapilho, o rasgão de cima a baixo na imagem).
para quem se alvoroça em construir e cuidar das marcas, tendo a sua, rasgada de alto a baixo na fachada, não parece ser a forma mais convicente para exemplificar com os clientes o tal cuidado.
a não ser que, em meio a reunião, o publicitário espremido contra o canto da parede(isso também é clichê) numa tirada que vai render nos bares por meses a fio tome a palavra e diga: tá vendo? para que a sua marca não fique como a nossa nós intencionalmente fizemos isso aí que está lá fora para servir de exemplo gritante de como você não deve fazer com a sua marca.
então fica combinado assim. o cliente vai adorar. palmas e abraços pra todo mundo. mas e agora? cliente convencido por quanto tempo mais a placa vai emplacar tal clichê ? até a lista de clientes acabar com a sua própria marca ?
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