o blog que dá crise renal em quem não tem crise de consciência. comunicação, marketing, publicidade, jornalismo, política. crítica de cultura e idéias. assuntos quentes tratados sem assopro. bem vindo, mas cuidado para não se queimar. em último caso, bom humor é sempre melhor do que pomada de cacau.
sexta-feira, abril 28, 2006
bota difícil nisso
suceso real em propaganda envolve três coisas muito difícéis: 1) entrar, 2) dar-se bem 3) cair fora (nesta eu sou o mais crasso exemplo do fracasso).
passaporte diplomático
stalimir vieira é tido como o enfant terrible de um tempo mais para terrible do que enfant(não por culpa dele, obviamente). saudado para além do talento, como alguém de princípios, que espera-se não tenham sido maculados desde que botou o pé na paraiba trazido pelas mãos de genival ribeiro,o que é sempre um risco de morte prematura de qualquer boa intenção. e se a empreitada é participar da política, a coisa fica-se pelo azedume do enxofre, por baixo.
em citações, stalimir é aquele cara que quando josé sarney visitou a dpz, sendo apresentando a todos os departamentos e integrantes,até que chegando a proximidade do stalimir, este sem tirar os olhos do teclado, estendeu a mão e a retirou secamente. no que valeu interpelação do duailibi sobre o porquê da falta de educação - stalimir é um cara educado, depreende-se - ao que teve como resposta: mas ele votou contra as diretas !. cai o pano, e nosso stalimir está nos lençóis subterrâneos da política paraibana, fazendo barba, cabelo e bigode, onde sarney e a gang maranhense, incluida a menina roseane - que foi musa de bons caldos - e o zezinho que anda a pavonear o PV -não teriam anticorpos para tanto.
isto posto, não sei se recomendar é mais um desserviço do que serviço, não pelas qualidades do autor, mas dadas as minhas. stalimir tem dois livros - este negócio de publicitário escrever livro tá virando negócio,e feio, o do peralta, por exemplo, é brochante(esta moçada paulista acha que vive aonde? no país do onde só nós(eles) existimos?), mas mesmo assim vamos lá:
raciocínio criativo na publicidade, edições loyola, na quarta edição,e marca: o que o coração não sente os olhos não vêem, loyola e puc editora, na segunda edição, trazem a oportunidade de a bons preços, fazerem-se umas boas reflexões sobre o que já foi a nossa atividade, o que está sendo, e onde vai terminar(se é que você não vai terminar antes dela. tudo isso a um custo de uma jantar de meia tigela que vale a pena você jejuar, se for o caso, para ter o livros. nalguns casos, é preciso insistir porque são raras as livrarias que os tem em estoque. não se acanhe e encomende, ou se emende, se assim o preferir.
pra ficar mais engraçado retire as lições de ambos, principalmente do marcas, que é um livro, sobretudo sobre ética no marketing e fora dele, e aplique ao próprio stalimir em mais esta temporada paraibana, se você é daqueles piores do que eu.
seja quais forem as suas conclusões, fique certo, que personagem ou não, são mui raros os publicitários de hoje capazes de fazer reflexões do tipo. deve ser porque tá todo mundo cada dia mais preocupado em aparecer antes de ser ou aparecer ser e só.
em citações, stalimir é aquele cara que quando josé sarney visitou a dpz, sendo apresentando a todos os departamentos e integrantes,até que chegando a proximidade do stalimir, este sem tirar os olhos do teclado, estendeu a mão e a retirou secamente. no que valeu interpelação do duailibi sobre o porquê da falta de educação - stalimir é um cara educado, depreende-se - ao que teve como resposta: mas ele votou contra as diretas !. cai o pano, e nosso stalimir está nos lençóis subterrâneos da política paraibana, fazendo barba, cabelo e bigode, onde sarney e a gang maranhense, incluida a menina roseane - que foi musa de bons caldos - e o zezinho que anda a pavonear o PV -não teriam anticorpos para tanto.
isto posto, não sei se recomendar é mais um desserviço do que serviço, não pelas qualidades do autor, mas dadas as minhas. stalimir tem dois livros - este negócio de publicitário escrever livro tá virando negócio,e feio, o do peralta, por exemplo, é brochante(esta moçada paulista acha que vive aonde? no país do onde só nós(eles) existimos?), mas mesmo assim vamos lá:
raciocínio criativo na publicidade, edições loyola, na quarta edição,e marca: o que o coração não sente os olhos não vêem, loyola e puc editora, na segunda edição, trazem a oportunidade de a bons preços, fazerem-se umas boas reflexões sobre o que já foi a nossa atividade, o que está sendo, e onde vai terminar(se é que você não vai terminar antes dela. tudo isso a um custo de uma jantar de meia tigela que vale a pena você jejuar, se for o caso, para ter o livros. nalguns casos, é preciso insistir porque são raras as livrarias que os tem em estoque. não se acanhe e encomende, ou se emende, se assim o preferir.
pra ficar mais engraçado retire as lições de ambos, principalmente do marcas, que é um livro, sobretudo sobre ética no marketing e fora dele, e aplique ao próprio stalimir em mais esta temporada paraibana, se você é daqueles piores do que eu.
seja quais forem as suas conclusões, fique certo, que personagem ou não, são mui raros os publicitários de hoje capazes de fazer reflexões do tipo. deve ser porque tá todo mundo cada dia mais preocupado em aparecer antes de ser ou aparecer ser e só.
bom, bonito e não é bahia
tipos e grafias, da isabella perotta. senac rio e viana & mosley editora, 2005. não é só para diretor de arte desavisado não. qualquer publicitário com meia dúzia de prótons em atividade fara da obrigação um prazer. ideal para ler tomando um expresso e olhando a vista seja em que cidade você estiver.
é mais do que parece
não, eu não tomei a cerveja XO. como também não deve-se ao fato de um porre suspender as postagens diárias por um período que esperamos não seja maior que 15 dias. espero ter boas explicações para o acontecido na volta. a todos, muito obrigado pela audiênca, que com os canecos! triplicou a média do nosso primeiro ano.
não se fazem mais copys como antigamente.
como contribuição nossa para a segurança nas estradas, permitanos destacar que apreciadores da nossa cerveja jamais irão beber e dirigir, porque, depois da terceira, nenhum nem sequer se lembrará de onde deixou seu carro.
cerveja XO. beba-a deitado.
( a ilustração do anúncio é uma garrafa deitada da cerveja "XO", dando destaque para a informação no rótulo do alto teor alcóolico, com texto impresso em góticas, da antiga tipologia alemã)(extraido do copy criativo, do RMB)
cerveja XO. beba-a deitado.
( a ilustração do anúncio é uma garrafa deitada da cerveja "XO", dando destaque para a informação no rótulo do alto teor alcóolico, com texto impresso em góticas, da antiga tipologia alemã)(extraido do copy criativo, do RMB)
quarta-feira, abril 26, 2006
o melhor classificado de todos os tempos
ilustração? nenhuma. quando, em 1900, foi publicitário que escreveu? não. teve retorno? um escândalo. produto fácil de vender? coisa pra loucos. argumentação positiva? porra nenhuna, totalmente negativa(como é que ficariam hoje a turma do não usa o não e o negativo ?)
"necessitam-se de homens para uma viagem perigosa. salários baixos, frio intenso,longos meses em completa escuridão, perigo constante, regresso duvidoso. honra e reconhecimento em caso de êxito".
comentário do autor: parecia que todos os homens da grã-bretanha estavam decididos a me acompanhar, tão esmagadora foi a resposta deste anúncio.
ernest shacketon, na busca de voluntários para exploração do polo sul. no copy criativo do roberto menna barreto, quality.
agora, manda um young creative escrever um anúncio desses(cai o pano).
"necessitam-se de homens para uma viagem perigosa. salários baixos, frio intenso,longos meses em completa escuridão, perigo constante, regresso duvidoso. honra e reconhecimento em caso de êxito".
comentário do autor: parecia que todos os homens da grã-bretanha estavam decididos a me acompanhar, tão esmagadora foi a resposta deste anúncio.
ernest shacketon, na busca de voluntários para exploração do polo sul. no copy criativo do roberto menna barreto, quality.
agora, manda um young creative escrever um anúncio desses(cai o pano).
big bang : uma explosão de marketing e publicidade
da linda kaplan thaler, com della marshal, da makrom books.lembram-se do memes, do jay ? pois bem, analogamente, a abordagem das meninas vai na mesma direção - jay foi mais esperto - que no fundo busca realçar a força da idéia criativa por mais non sense que ela pareça, reforçando o marketing button-up, para desespero e estertores do marketeiros arrggghh!mbas que pregam a disciplina férrea como linha de cós.
jutamente com robin koval, ambas da KTG, fizeram campanha literalmente memoráveis, como para a aflac, companhia de seguros que investiu milhões de dólares e não conseguia ter a marca memorável, até que nos estertores dos prazos, por uma sacanagem desta dos corredores, alguém peito e levou adiante - além de cinco conceitos " sérios " - a proposta de um pato que grasnava onomatopeicamente, digamos assim, o nome da marca.
patinho feito? desespero, bom o comercial dos velhinos que a beira de um lago, conversavam sobre seguros e a cada vez que mencionavam um problema e quem seria capaz de dar a solução, eram interrompidos pelo tal pato que af-lak, mostrou que muitas vezes quem fica com cara de pato leva.
o tal pato entrou para o american way of live, ainda mais tirando sarro do ben affleck (af-lek) mediante um sem número de comparações - verdadeiros sarros - que acabaram por cooptar até mesmo o tal bem que não podendo mais se livrar do tal pato, encarou legal, e passou a tirar partido.
durante muito tempo, em diversos programas de televisão, autoridades e celebridades, foram vistas grasnando.
problemas com campanhas para seguros ( uma das mais dificéis de fazer) pato já foi usado e deu certo. escolha outro bicho.
jutamente com robin koval, ambas da KTG, fizeram campanha literalmente memoráveis, como para a aflac, companhia de seguros que investiu milhões de dólares e não conseguia ter a marca memorável, até que nos estertores dos prazos, por uma sacanagem desta dos corredores, alguém peito e levou adiante - além de cinco conceitos " sérios " - a proposta de um pato que grasnava onomatopeicamente, digamos assim, o nome da marca.
patinho feito? desespero, bom o comercial dos velhinos que a beira de um lago, conversavam sobre seguros e a cada vez que mencionavam um problema e quem seria capaz de dar a solução, eram interrompidos pelo tal pato que af-lak, mostrou que muitas vezes quem fica com cara de pato leva.
o tal pato entrou para o american way of live, ainda mais tirando sarro do ben affleck (af-lek) mediante um sem número de comparações - verdadeiros sarros - que acabaram por cooptar até mesmo o tal bem que não podendo mais se livrar do tal pato, encarou legal, e passou a tirar partido.
durante muito tempo, em diversos programas de televisão, autoridades e celebridades, foram vistas grasnando.
problemas com campanhas para seguros ( uma das mais dificéis de fazer) pato já foi usado e deu certo. escolha outro bicho.
quase denorex
a ética da malandragem. parece mas não trata de publicidade. o livro de lúcio vaz. aborda o submudo do congresso nacional. da geração editorial, 2005, o livro fez-se daquelas histórias de não fazer boi dormir, tais como a do teledrogas que funciona no senado, do meninos do brasil - meninos que trabalham como garis e que no dia do pagamento para receber tem de masturbar o fazer surubas para deleite da nossa gloriosa elite política local. por menos do que isso a manada já ficaria em fúria e derrubaria tudo. mas o brasil, para além da amazônia, vai se tornando um imenso pasto onde nós - os bois e as vacas - vamos sendo, ora engordados, ora objetos de farristas, para além, dos nossos velhos conhecidos que pele e osso fornecem a únca água - a dos olhos - para as tanajuras da caatinga. e depois ficamos às loas por ter mandando alguém pro espaço ?
terça-feira, abril 25, 2006
filosofia de moto boy
recepção da f/nazca rio( member of saatchi&saatchi worldwide networking)o moto-boy substitui por alguns instantes a recepcionista e costura um papo com outro moto boy de fornecedor. o assunto é uma festa num tal sítio onde só dava baranga e já que era assim o remédio era tomar todas e agarrar o que dava pra agarrar.
matada final: nesta hora, a larva vira borboleta.
é meus filhos, agora não se enganem. publicidade ruim não deixa de ser larva nunca. nem você tomando todas.
matada final: nesta hora, a larva vira borboleta.
é meus filhos, agora não se enganem. publicidade ruim não deixa de ser larva nunca. nem você tomando todas.
deixa eu falar. deixar eu deixo, mas e eles ?
o livro do mês aqui recomendado ontem, na verdade é um capítulo que ganhou vida própria do " deixa eu falar", também do roberto menna barreto, da summus, 2006. deixa eu falar é um livro de ensaios diversos, ainda que com uma tônica na temporada passada pelo roberto em berlin. soltar o capítulo das engrenagens do negócio, foi inteligente, porque permite o acesso mais fácil ao ensaio que tem diversos méritos.
no entanto, na página 121, encontramos um ensaio que mais parecer um ajuste de contas. destes que todo mundo em propaganda tem ou gostaria de fazer - eu já fiz o meu em forma de ficção aqui no cemgraus e, talvez, só de sacanagem, faça como o roberto. pois se quer saber tô pouco me lixando se alguem ganhou leão com meu trabalho - fiquei puto é ver o sujeito falando da ironia do título, que era meu, que segundo o usurpador(dada as circustâncias, era um concurso de young creative, não seria usurpador se ficasse calado)nascido na terra do totem da ironia(eças meus filhos, redatores que não lêem porra nenhuma) continha blá,blá,blá, esquematizando como ele chegara ao que cheguei* com meia taça de vinho, e num piscar de olhos.
mas hoje a questão é do roberto: em o dia em que quase ganhei o prêmio pela criação do melhor comercial do século XX, mena barreto, acusa nizan guanaes, e seu então diretor de criação, washington, de chuparem o roteiro de hitler, publicado pela primeira vez em seu livro, criatividade em propaganda, editado seis anos antes, e manda ver textim por textim, a coisa toda, ora destilando desafios até judiciais, ora destilando fina ironia(ela sempre ela que seríamos de nós sem ela?) ao frisar que para quem devia tanto a ele, pelo menos esperava receber um recado com uma abraço se o comercial fosse escolhido o melhor do século XX. como não foi, diz roberto, deve ser por isso que não mandaram. (não há registro de resposta do nizan ou washington, nem no da toca dos leões, onde o assunto é pedra de toque).
bom, pelo menos, do diretor de arte, eu recebi o telefonema, reconhecendo e registrando que quando subiram para receber o prêmio (sim, eles foram os young creatives ouro do ano) só pensavam em mim. o redator, o tal, usurpador, meses depois, ainda perguntava ao diretor de arte, conto a história um dia, talvez: - e então, o cara é mesmo bom ?
pense em mim, chore por mim, não não chore por ele. bom, eu já vou somando dois leões que não são meus mais fui eu que fiz. andaria a inaugurar uma nova categoria ? a do idiota objetivo ?
* tim, tim, a sua indiferença. na peça aparece como um brinde a sua indiferença, porque o tal redator achou o título muito agressivo, para uma peça que tinha um esquálio africano, pele e osso, com um taça na mão, a ser enchida por um garrafa de espumante.
no entanto, na página 121, encontramos um ensaio que mais parecer um ajuste de contas. destes que todo mundo em propaganda tem ou gostaria de fazer - eu já fiz o meu em forma de ficção aqui no cemgraus e, talvez, só de sacanagem, faça como o roberto. pois se quer saber tô pouco me lixando se alguem ganhou leão com meu trabalho - fiquei puto é ver o sujeito falando da ironia do título, que era meu, que segundo o usurpador(dada as circustâncias, era um concurso de young creative, não seria usurpador se ficasse calado)nascido na terra do totem da ironia(eças meus filhos, redatores que não lêem porra nenhuma) continha blá,blá,blá, esquematizando como ele chegara ao que cheguei* com meia taça de vinho, e num piscar de olhos.
mas hoje a questão é do roberto: em o dia em que quase ganhei o prêmio pela criação do melhor comercial do século XX, mena barreto, acusa nizan guanaes, e seu então diretor de criação, washington, de chuparem o roteiro de hitler, publicado pela primeira vez em seu livro, criatividade em propaganda, editado seis anos antes, e manda ver textim por textim, a coisa toda, ora destilando desafios até judiciais, ora destilando fina ironia(ela sempre ela que seríamos de nós sem ela?) ao frisar que para quem devia tanto a ele, pelo menos esperava receber um recado com uma abraço se o comercial fosse escolhido o melhor do século XX. como não foi, diz roberto, deve ser por isso que não mandaram. (não há registro de resposta do nizan ou washington, nem no da toca dos leões, onde o assunto é pedra de toque).
bom, pelo menos, do diretor de arte, eu recebi o telefonema, reconhecendo e registrando que quando subiram para receber o prêmio (sim, eles foram os young creatives ouro do ano) só pensavam em mim. o redator, o tal, usurpador, meses depois, ainda perguntava ao diretor de arte, conto a história um dia, talvez: - e então, o cara é mesmo bom ?
pense em mim, chore por mim, não não chore por ele. bom, eu já vou somando dois leões que não são meus mais fui eu que fiz. andaria a inaugurar uma nova categoria ? a do idiota objetivo ?
* tim, tim, a sua indiferença. na peça aparece como um brinde a sua indiferença, porque o tal redator achou o título muito agressivo, para uma peça que tinha um esquálio africano, pele e osso, com um taça na mão, a ser enchida por um garrafa de espumante.
young maladie
se de uma coisa tenho certeza, é o mal que o young creatives faz a estas pobres cabecinhas, que de uma hora para outra se julgam catapultadas acima do bem e do mal.
a praga agora se alastrou do oiapoque ao chuí, quer dizer, quase. em mercados subvertidos e pervertidos, que não recebem o necessário investimento que deveria ser feito pelas agências, a coisa soa entre o caricato e o a sopa no mel. não mais do que de repente o mesmo carinha que não consegue ao menos melhorar a chamada - a mesma de sempre - do varejo automóvel - e o diretor de arte que não consegue ao menos diagramar a página - surgem como geniais criadores e, claro, como todos os que se julgam imortais, lá se vão para a croisette.
é certo que, tal como meca, um publicitário - vejam bem que eu disse publicitário e não criativo - deveria ir a cannes ao menos uma vez na vida. a descoberta mais importante fatalmente será a de testemunhar como a coisa fede, apesar de nem todo mundo tirar os sapatos altos. entre aquelas montanhas de peças que ninguém em sã consciência, forma física ou tara, consegue ver - até porque é pior que os jornais de domingo - a volta, não importa o resultado, é sempre triunfal. e aí reside a doença que nunca mais terá cura. a de que o trabalho não importa. o que importa é parecer mais importante do que ele realmente é, principalmente para os basbaquaras que aqui ficam chupando dedo. até 2007, até quando? enquanto isso, a atividade vai ficando cada vez mais juvenil e senilmente distorcida.
a praga agora se alastrou do oiapoque ao chuí, quer dizer, quase. em mercados subvertidos e pervertidos, que não recebem o necessário investimento que deveria ser feito pelas agências, a coisa soa entre o caricato e o a sopa no mel. não mais do que de repente o mesmo carinha que não consegue ao menos melhorar a chamada - a mesma de sempre - do varejo automóvel - e o diretor de arte que não consegue ao menos diagramar a página - surgem como geniais criadores e, claro, como todos os que se julgam imortais, lá se vão para a croisette.
é certo que, tal como meca, um publicitário - vejam bem que eu disse publicitário e não criativo - deveria ir a cannes ao menos uma vez na vida. a descoberta mais importante fatalmente será a de testemunhar como a coisa fede, apesar de nem todo mundo tirar os sapatos altos. entre aquelas montanhas de peças que ninguém em sã consciência, forma física ou tara, consegue ver - até porque é pior que os jornais de domingo - a volta, não importa o resultado, é sempre triunfal. e aí reside a doença que nunca mais terá cura. a de que o trabalho não importa. o que importa é parecer mais importante do que ele realmente é, principalmente para os basbaquaras que aqui ficam chupando dedo. até 2007, até quando? enquanto isso, a atividade vai ficando cada vez mais juvenil e senilmente distorcida.
segunda-feira, abril 24, 2006
ora diréis ouvir delays
cemgrauscelsius vai sofrer alguns delays ou emagrecimento de postagens por conta do salvo-me se puder particular. em mais ou menos quinze dias, esperamos antes, deve se normalizar. se é que aqui alguma coisa é normal para os nossos leitores anormais ou vice-versa ou o contrário ou seja lá o que for. aos fiéis e infiéis as nossas desculpas. mas ainda assim, amanhã passamos o rodo nas mais novas contratações do mercado pernambucano,coisas das semana passada, urdidas bem antes.
o livro do mês
agência de propaganda e as engrenagens da história. roberto menna barreto, summus editorial. preço por volta dos 25 reais.
vem a calhar como diriam meus colegas ou melhor ex-colegas portugueses. no momento em que as ditas melhores cabeças pensantes, principalmente nordestinas, estão relinchando por conta dos young creatives, roberto menna barreto, numa estrutura quase acadêmica, mas com o texto do redator vendedor que foi - brilhante é coisa para esse pessoal que desafina por prêmios e engrossa na hora de pensar - faz uma abordagem sobre o desconhecimento das velhas e novas gerações sobre o dito nosso negócio, principalmente sobre o ar encausado que se abate sobre os publicitários quanto quistados a refletir sobre sua atividade. não deixa de ter um cariz sociológico - os sociólogos vão odiar-me por isso - mas sobretudo de ser um texto " folheto explicativo" para aqueles detalhes para os quais a maioria dos publicitários entra e sai na atividade(sim porque ela acaba, e para a maioria bem mais cedo do que eles pensam, jovens? pois sim!)sem ter a menor noção de suas profilaxias. no máximo, e algo assim intuitivamente das suas contradições que confundem com contraindicações.
a teoria marxista já se ocupara,ainda que não especificamente dos publicitários, ao contristá-los enquanto não categoria ou classe, mas apenas sub-empregados, dominantes na super-estrutura mais proletários enquanto condição de assalariados.
muito confuso ou detraqué pra você. leia o livro do roberto, ou aguente-se quando eu tiver saco de reproduzir aqui um pouco da tal análise marxista.
vem a calhar como diriam meus colegas ou melhor ex-colegas portugueses. no momento em que as ditas melhores cabeças pensantes, principalmente nordestinas, estão relinchando por conta dos young creatives, roberto menna barreto, numa estrutura quase acadêmica, mas com o texto do redator vendedor que foi - brilhante é coisa para esse pessoal que desafina por prêmios e engrossa na hora de pensar - faz uma abordagem sobre o desconhecimento das velhas e novas gerações sobre o dito nosso negócio, principalmente sobre o ar encausado que se abate sobre os publicitários quanto quistados a refletir sobre sua atividade. não deixa de ter um cariz sociológico - os sociólogos vão odiar-me por isso - mas sobretudo de ser um texto " folheto explicativo" para aqueles detalhes para os quais a maioria dos publicitários entra e sai na atividade(sim porque ela acaba, e para a maioria bem mais cedo do que eles pensam, jovens? pois sim!)sem ter a menor noção de suas profilaxias. no máximo, e algo assim intuitivamente das suas contradições que confundem com contraindicações.
a teoria marxista já se ocupara,ainda que não especificamente dos publicitários, ao contristá-los enquanto não categoria ou classe, mas apenas sub-empregados, dominantes na super-estrutura mais proletários enquanto condição de assalariados.
muito confuso ou detraqué pra você. leia o livro do roberto, ou aguente-se quando eu tiver saco de reproduzir aqui um pouco da tal análise marxista.
quanto mais eles rezam mais assombração aparece
O Estado de S. Paulo "Fantasma da agência própria ronda o mercado publicitário",
copyright O Estado de S. Paulo, 28/11/05
"A decisão do Grupo Pão de Açúcar de encerrar os contratos com as agências de publicidade que atendiam suas marcas Pão de Açúcar, CompreBem, Sendas, Extra e Eletro, fortalecendo sua própria agência, ressuscitou um velho fantasma no mercado publicitário: as ‘houses’. Ou seja, a propaganda feita em casa pelas empresas, que se proliferou nos anos 70 e 80 e perdeu fôlego com a implantação de modelos de gestão que levavam em conta apenas o negócio principal, terceirizando as demais atividades....A justificativa para o fortalecimento de uma house é o custo, mas um empresário do setor disse que este já foi cortado ao extremo. O Pão de Açúcar, porém, parece querer mais."
A questão não é ter uma House ou não. Formato, Competências e Custos, esses são os motivos para qualquer varejo buscar alternativas quando se fala em comunicação.
Formato – As agências tradicionais ainda trabalham no formato para atender contas institucionais. Só para citar um exemplo, o atendimento para o varejo prescinde de uma central de informações bem estruturada para receber e transmitir jobs, localizar o andamento dos trabalhos interna e externamente, relacionar-se com as lojas, etc. As agências tradicionais ainda usam a figura do tráfego, que cumpre apenas uma parcela deste papel, deixando quase sempre o cliente (varejista) desconfortável perante seus investimentos em comunicação. Para um varejista, uma faixa colocada no dia e hora certos na fachada de uma das lojas, é tão importante quanto à veiculação de um comercial no horário nobre da Rede Globo. Uma agência de propaganda de varejo deve ter um formato exclusivo para o setor, isto se refere a muita diferença do que se encontra no mercado.
Competências – Criação, mídia e produção para o varejo exigem experiência com foco na área do comércio. O criador de peças publicitárias para o varejo deve saber vender. É preferível que ele já tenha atuado na área comercial em algum momento da sua vida. Um criador que já tenha trabalhado numa loja saberá como ninguém a linguagem diferenciada que exige este segmento. O mídia terá que ter uma amplitude maior no uso de canais de divulgação do seu cliente. Varejistas precisam testar novos canais constantemente para diferenciar-se da concorrência acirrada. O produtor igualmente terá que saber e descobrir novos materiais e tecnologias para aplicar no ponto de venda, é um universo infinitamente maior de possibilidades e consequentemente de trabalho.
Custos – O varejo investe todo dia em comunicação, é como uma padaria que recebe pequenas quantias na venda de pães, mas vende pães o tempo todo. A somatória desses valores aliada à constância dos mesmos é o que torna uma conta de varejo interessante. Uma conta de varejo vive do varejo dos seus próprios trabalhos. Logicamente que, por trabalhar com margens menores que na indústria e outros segmentos, o varejo não consegue trabalhar com as mesmas taxas da propaganda institucional, mas um bom trabalho realizado dá a garantia de um faturamento constante que qualquer empresa precisa para sobreviver. Neste caso a conta só será atraente se o olhar custo/benefício for considerado.
Resumindo, para o varejo decidir se terceiriza ou não seus projetos de comunicação, o básico é ter a oferta de fornecedor ideal na sua frente. As instituições de ensino estão apostando nisso já faz algum tempo, agora o que falta é a aposta correta dos empresários do setor de agências de propaganda.
Como deve ser uma agência de Propaganda para o Varejo?
Edson Zogbi*
* Edson Zogbi é especialista em Gestão de Marcas, Planejamento, Marketing e Comunicação do Varejo. É Diretor de Marketing do Grupo Projeção, professor na Pós-Graduação de Gestão do Varejo da Faculdade Trevisan e Coordenador do GVAR, curso de Gestão do Varejo de Moda do IBmoda, além de professor no MBA. Foi professor da ESPM de 1990 a 2001. É autor do livro “Inovação no Varejo - O que Faz o lojista Criativo”, da Editora Atlas. www.edsonzogbi.com.br
Mundo do Marketing : Publicado em 19/04/06
* Edson Zogbi é especialista em Gestão de Marcas, Planejamento, Marketing e Comunicação do Varejo. É Diretor de Marketing do Grupo Projeção, professor na Pós-Graduação de Gestão do Varejo da Faculdade Trevisan e Coordenador do GVAR, curso de Gestão do Varejo de Moda do IBmoda, além de professor no MBA. Foi professor da ESPM de 1990 a 2001. É autor do livro “Inovação no Varejo - O que Faz o lojista Criativo”, da Editora Atlas. www.edsonzogbi.com.br
Mundo do Marketing : Publicado em 19/04/06
copyright O Estado de S. Paulo, 28/11/05
"A decisão do Grupo Pão de Açúcar de encerrar os contratos com as agências de publicidade que atendiam suas marcas Pão de Açúcar, CompreBem, Sendas, Extra e Eletro, fortalecendo sua própria agência, ressuscitou um velho fantasma no mercado publicitário: as ‘houses’. Ou seja, a propaganda feita em casa pelas empresas, que se proliferou nos anos 70 e 80 e perdeu fôlego com a implantação de modelos de gestão que levavam em conta apenas o negócio principal, terceirizando as demais atividades....A justificativa para o fortalecimento de uma house é o custo, mas um empresário do setor disse que este já foi cortado ao extremo. O Pão de Açúcar, porém, parece querer mais."
A questão não é ter uma House ou não. Formato, Competências e Custos, esses são os motivos para qualquer varejo buscar alternativas quando se fala em comunicação.
Formato – As agências tradicionais ainda trabalham no formato para atender contas institucionais. Só para citar um exemplo, o atendimento para o varejo prescinde de uma central de informações bem estruturada para receber e transmitir jobs, localizar o andamento dos trabalhos interna e externamente, relacionar-se com as lojas, etc. As agências tradicionais ainda usam a figura do tráfego, que cumpre apenas uma parcela deste papel, deixando quase sempre o cliente (varejista) desconfortável perante seus investimentos em comunicação. Para um varejista, uma faixa colocada no dia e hora certos na fachada de uma das lojas, é tão importante quanto à veiculação de um comercial no horário nobre da Rede Globo. Uma agência de propaganda de varejo deve ter um formato exclusivo para o setor, isto se refere a muita diferença do que se encontra no mercado.
Competências – Criação, mídia e produção para o varejo exigem experiência com foco na área do comércio. O criador de peças publicitárias para o varejo deve saber vender. É preferível que ele já tenha atuado na área comercial em algum momento da sua vida. Um criador que já tenha trabalhado numa loja saberá como ninguém a linguagem diferenciada que exige este segmento. O mídia terá que ter uma amplitude maior no uso de canais de divulgação do seu cliente. Varejistas precisam testar novos canais constantemente para diferenciar-se da concorrência acirrada. O produtor igualmente terá que saber e descobrir novos materiais e tecnologias para aplicar no ponto de venda, é um universo infinitamente maior de possibilidades e consequentemente de trabalho.
Custos – O varejo investe todo dia em comunicação, é como uma padaria que recebe pequenas quantias na venda de pães, mas vende pães o tempo todo. A somatória desses valores aliada à constância dos mesmos é o que torna uma conta de varejo interessante. Uma conta de varejo vive do varejo dos seus próprios trabalhos. Logicamente que, por trabalhar com margens menores que na indústria e outros segmentos, o varejo não consegue trabalhar com as mesmas taxas da propaganda institucional, mas um bom trabalho realizado dá a garantia de um faturamento constante que qualquer empresa precisa para sobreviver. Neste caso a conta só será atraente se o olhar custo/benefício for considerado.
Resumindo, para o varejo decidir se terceiriza ou não seus projetos de comunicação, o básico é ter a oferta de fornecedor ideal na sua frente. As instituições de ensino estão apostando nisso já faz algum tempo, agora o que falta é a aposta correta dos empresários do setor de agências de propaganda.
Como deve ser uma agência de Propaganda para o Varejo?
Edson Zogbi*
* Edson Zogbi é especialista em Gestão de Marcas, Planejamento, Marketing e Comunicação do Varejo. É Diretor de Marketing do Grupo Projeção, professor na Pós-Graduação de Gestão do Varejo da Faculdade Trevisan e Coordenador do GVAR, curso de Gestão do Varejo de Moda do IBmoda, além de professor no MBA. Foi professor da ESPM de 1990 a 2001. É autor do livro “Inovação no Varejo - O que Faz o lojista Criativo”, da Editora Atlas. www.edsonzogbi.com.br
Mundo do Marketing : Publicado em 19/04/06
* Edson Zogbi é especialista em Gestão de Marcas, Planejamento, Marketing e Comunicação do Varejo. É Diretor de Marketing do Grupo Projeção, professor na Pós-Graduação de Gestão do Varejo da Faculdade Trevisan e Coordenador do GVAR, curso de Gestão do Varejo de Moda do IBmoda, além de professor no MBA. Foi professor da ESPM de 1990 a 2001. É autor do livro “Inovação no Varejo - O que Faz o lojista Criativo”, da Editora Atlas. www.edsonzogbi.com.br
Mundo do Marketing : Publicado em 19/04/06
domingo, abril 23, 2006
justa recompensa ?
a maioria, pelo que faz, não ganha o que merece.
newton cesar,no seu: tudo o que você não queria saber sobre propaganda( as verdades da profissão) pela girafa, 2004. (depois comentamos, mais este lançamento do newton, pela editora que adota o clain de cabeça nas nuvens e pés no chão(sic).
newton cesar,no seu: tudo o que você não queria saber sobre propaganda( as verdades da profissão) pela girafa, 2004. (depois comentamos, mais este lançamento do newton, pela editora que adota o clain de cabeça nas nuvens e pés no chão(sic).
morte aos suicidas II
a revista archive de novembro traz um publicitário brasileiro na sua entrevista de capa: eu. minha primeira sensação é de alegria. a archive, publicada em inglês e alemão, é o resultado da "excellence in advertising" do mundo. minha segunda sensação é de apreensão. do jeito que as coisas andam, não acredito que quem comece em publicidade hoje no brasil, como eu comecei há 21 anos, venha a ser capa da archive no ano 2013, por mais talento que tenha.
a razão é simples: quando eu comecei, no início dos anos 70, o brasil era um país do terceiro mundo que lutava para ter uma publicidade do primeiro mundo. logo, um cara como eu, com algum talento, alguma sorte, e muita vontade de trabalhar, podia perfeitamente transformar-se num personagem da publicidade mundial sem precisar sair daqui.
hoje, euquanto países como a espanha, apenas para citar um que está na moda, lutam para chegar onde nós chegamos, a publicidade brasileira briga obsessivamente para voltar ao terceiro mundo.
a desculpa da crise faz com que as agências se ofereçam para trabalhar praticamente de graça. concorrências especulativas são realizadas a três por quatro. e alguns ainda tentam justificar tudo isso em nomde de um onda de modernidade, sem dúvida nenhuma uma modernidade bem parecida com a do pc farias ou do fernando collor. a verdade é que crise e falta de dinheiro não são desculpas para subserviência, falta de vergonha ou falta de caráter.
se a vida fosse assim, vocês podem imaginar qual seria a profissão de todas as moças que nasceram em famílias humildes com dificuldades de sobrevivência. além disso, livre negociação não significa trabalhar de graça de um lado, procurando se ressarcir através de maneiras pouco lícitas de outro(jabás de produtoras, gráticas, etc e tal).
não estou aqui defendendo a lei 4.680, até porque uma lei que enquadra todas as agências na mesma remuneração, como se todas fossem um opala - o que privilegia os fuscas, mas prejudica as ferraris(minha agência é uma ferrari).
mas a experiência mundial prova que a remuneração fi~xa por comissão predeterminada para todas as agências tem sido a forma menos ruim de clientes e agências se relacionarem neste negócio.
evidentemente existem outras formas de remuneração que envolvem desde cobrança por horas de reuniões até mínimos de faturamento garantidos para a agência, aconteça o que acontecer com o mercado e a economia(já imaginaram isso aqui?). mas no brasil,onde a economia é um caos, a indisciplina, e a idéia de levar vantagem em tudo imperam, ou se regulamenta a coisa, ou a propaganda acaba como acabou na argentina.
o mais absurdo é que existem até publicitários que propôem uma remuneração das agências baseadas nos resultados dos clientes. como se alguma agência no planeta pudesse controlar a distribuição, a política de preços, enfim, todas as peculiaridades internas dos seus clientes. se fosse anunciante, fugiria de um publicitario com um discruso desse tipo.
quem pensa assim(na verdade não pensa, é só um truquinho barato para tentar pegar contas) é no mínimo um péssimo homem de negócios, e eu não gostaria de ver um péssimo homem de negócios cuidando da minha propaganda. a respeito das concorrências por campanha, a coisa também é grave. para começar, a maioria dos profissionais de marketing sérios deste país(existem muitíssimos) sabe que 90% destas concorrências são feitas somente para avalizar decisões já tomadas.além de qualquer agência cabeça- -de-bagre poder contratar brilhantes profissionais em esquema freelancer só pra ganhar uma concorrência e, depois, o anunciante que se se contente com aquela agência de mentirinha inventada só para aquele momento.
o mais maluco disso é que agências de publicidade são escolhidas normalmente por presidentes de empresas, diretores de marketing e diretores comerciais. e é evidente que alguém, para chegar a um cargo desses, tem a obrigação de conhecer muito bem o mercado publicitário. saber quem é quem e ter a capacidade de escolher aquelas agências que pretende visitar, avaliar, estruturas, reprospectos, case histories, empatia,para desse modo, fazer uma escolha profissional.
é assim que se trabalh, e um anunciante que não age assim na hora de escolher a sua agência provavelmente será um péssimo cliente no dia-a-dia. esses são apenas alguns lados da catástrofe, mas é o resumo é que os publcitários permitiram que muita gente perdesse o respeito por eles.
o resultado disso é que, entre alguns anunciantes, acabo virando status dizer que paga menos ou que promoveu uma verdadeira " noite dos desesperados" entre agências para finalmente escolher uma delas. duvido que esses mesmos empresários fizessem uma concorrência para descobrir quem faz uma ponte de safena bem baratinho. neste momento, minha única esperança é a de que o pessoal acorde: o brasil tem magníficos profissionais de marketing, e sua publicidade é reconhecida e invejada mundialmente.
jogar fora este patrimônio que custou tanto a construir é no mínimo burro e pode representar prejuzíos irreparáveis para agências, veículos e, principalmente anunciantes.
tomara que os mal-intencionados, incautos e desavisados, percebam isso antes que seja tarde. e a nossa publicidade vá parar no "archive" morto da publicidade mundial.
publicado na revista exame, em 4/11/1992 e nos piores textos do washington olivetto.
no livro, o artigo, contém dois erros, provavelmente de revisão, e é um dos dois que se salva, da pioridade muito bem apropriada por washington. cabe publicar ainda o fim do comentário ao artigo, característica do livro : " ... mas já havia uma tendência a exaltar a publicidade feita só para festivais, com otos de vista turmistas e distorcidos da realidade.
esta característica foi se acentuando, e hoje a archive é só uma bobagem bem impressa que exalta a publicidade que não foi feita como se ela tivesse sido feita.
a razão é simples: quando eu comecei, no início dos anos 70, o brasil era um país do terceiro mundo que lutava para ter uma publicidade do primeiro mundo. logo, um cara como eu, com algum talento, alguma sorte, e muita vontade de trabalhar, podia perfeitamente transformar-se num personagem da publicidade mundial sem precisar sair daqui.
hoje, euquanto países como a espanha, apenas para citar um que está na moda, lutam para chegar onde nós chegamos, a publicidade brasileira briga obsessivamente para voltar ao terceiro mundo.
a desculpa da crise faz com que as agências se ofereçam para trabalhar praticamente de graça. concorrências especulativas são realizadas a três por quatro. e alguns ainda tentam justificar tudo isso em nomde de um onda de modernidade, sem dúvida nenhuma uma modernidade bem parecida com a do pc farias ou do fernando collor. a verdade é que crise e falta de dinheiro não são desculpas para subserviência, falta de vergonha ou falta de caráter.
se a vida fosse assim, vocês podem imaginar qual seria a profissão de todas as moças que nasceram em famílias humildes com dificuldades de sobrevivência. além disso, livre negociação não significa trabalhar de graça de um lado, procurando se ressarcir através de maneiras pouco lícitas de outro(jabás de produtoras, gráticas, etc e tal).
não estou aqui defendendo a lei 4.680, até porque uma lei que enquadra todas as agências na mesma remuneração, como se todas fossem um opala - o que privilegia os fuscas, mas prejudica as ferraris(minha agência é uma ferrari).
mas a experiência mundial prova que a remuneração fi~xa por comissão predeterminada para todas as agências tem sido a forma menos ruim de clientes e agências se relacionarem neste negócio.
evidentemente existem outras formas de remuneração que envolvem desde cobrança por horas de reuniões até mínimos de faturamento garantidos para a agência, aconteça o que acontecer com o mercado e a economia(já imaginaram isso aqui?). mas no brasil,onde a economia é um caos, a indisciplina, e a idéia de levar vantagem em tudo imperam, ou se regulamenta a coisa, ou a propaganda acaba como acabou na argentina.
o mais absurdo é que existem até publicitários que propôem uma remuneração das agências baseadas nos resultados dos clientes. como se alguma agência no planeta pudesse controlar a distribuição, a política de preços, enfim, todas as peculiaridades internas dos seus clientes. se fosse anunciante, fugiria de um publicitario com um discruso desse tipo.
quem pensa assim(na verdade não pensa, é só um truquinho barato para tentar pegar contas) é no mínimo um péssimo homem de negócios, e eu não gostaria de ver um péssimo homem de negócios cuidando da minha propaganda. a respeito das concorrências por campanha, a coisa também é grave. para começar, a maioria dos profissionais de marketing sérios deste país(existem muitíssimos) sabe que 90% destas concorrências são feitas somente para avalizar decisões já tomadas.além de qualquer agência cabeça- -de-bagre poder contratar brilhantes profissionais em esquema freelancer só pra ganhar uma concorrência e, depois, o anunciante que se se contente com aquela agência de mentirinha inventada só para aquele momento.
o mais maluco disso é que agências de publicidade são escolhidas normalmente por presidentes de empresas, diretores de marketing e diretores comerciais. e é evidente que alguém, para chegar a um cargo desses, tem a obrigação de conhecer muito bem o mercado publicitário. saber quem é quem e ter a capacidade de escolher aquelas agências que pretende visitar, avaliar, estruturas, reprospectos, case histories, empatia,para desse modo, fazer uma escolha profissional.
é assim que se trabalh, e um anunciante que não age assim na hora de escolher a sua agência provavelmente será um péssimo cliente no dia-a-dia. esses são apenas alguns lados da catástrofe, mas é o resumo é que os publcitários permitiram que muita gente perdesse o respeito por eles.
o resultado disso é que, entre alguns anunciantes, acabo virando status dizer que paga menos ou que promoveu uma verdadeira " noite dos desesperados" entre agências para finalmente escolher uma delas. duvido que esses mesmos empresários fizessem uma concorrência para descobrir quem faz uma ponte de safena bem baratinho. neste momento, minha única esperança é a de que o pessoal acorde: o brasil tem magníficos profissionais de marketing, e sua publicidade é reconhecida e invejada mundialmente.
jogar fora este patrimônio que custou tanto a construir é no mínimo burro e pode representar prejuzíos irreparáveis para agências, veículos e, principalmente anunciantes.
tomara que os mal-intencionados, incautos e desavisados, percebam isso antes que seja tarde. e a nossa publicidade vá parar no "archive" morto da publicidade mundial.
publicado na revista exame, em 4/11/1992 e nos piores textos do washington olivetto.
no livro, o artigo, contém dois erros, provavelmente de revisão, e é um dos dois que se salva, da pioridade muito bem apropriada por washington. cabe publicar ainda o fim do comentário ao artigo, característica do livro : " ... mas já havia uma tendência a exaltar a publicidade feita só para festivais, com otos de vista turmistas e distorcidos da realidade.
esta característica foi se acentuando, e hoje a archive é só uma bobagem bem impressa que exalta a publicidade que não foi feita como se ela tivesse sido feita.
sábado, abril 22, 2006
dando as cartas ao sábado
Sou um anarquista, graças a Deus, porém detesto a desordem. Por isso, resolvi escrever esta carta aberta às elites, enfrentando, logo de cara, um baita problema. Igualzinho a um monte de gente por aí, também não sei mais qual é o público-alvo ao qual me dirijo quando cunho de destinatárias “as elites”. Paciência. Eis aí mais uma boa justificativa para essa carta fazer algum sentido: a total falta de sentido direto que está provocando essa bagunça nacional, enquanto o sentido figurado ganha terreno até nos campos das ciências exatas, hoje correndo-se o risco de passaram a ser denominadas ciências inexatas.
Deixemos, portanto, de ser subjetivos, e vamos logo ao que me interessa, antes dos supostos “leitores elitistas” desistirem de acompanhar estas mal traçadas, todavia, bem-intencionadas linhas.
Basta uma rápida reflexão sobre os acontecimentos mais recentes, sem deixar de puxar pela memória visando a composição de um quadro cronológico com fatos e/ou factóides da história do nosso país – há quem consiga fazer o mesmo sob a perspectiva do globo terrestre, eliminando, no mínimo, as fronteiras do conhecimento –, para se chegar a uma conclusão desanimadora, digamos, ou, se preferirem, fétida: a vaca foi pro brejo. Infelizmente, ela foi sim. Felizmente, eu não apresentei a vaca pro brejo, nem o brejo pra vaca, coitada, e o pior é que não sou o único a erguer a bandeira de inocente, no meio dessa confusão, com absoluta incompetência para caçar culpados. De qualquer modo, nesta altura do campeonato, apesar de a Copa do Mundo ainda não ter começado, pouco adiantaria descobrir quem foram os camaradas que desnortearam a vaca, tirando-a do regozijo do pasto e, talvez por simples erro de cálculo, impelido-a ao brejo.
Feita esta reflexão preambular, aqui está minha proposta: adiar já a eleição para presidente da República do Brasil. Por quê? Porque antes precisamos eleger um(a) ombudsman para apontar os erros cometidos por esta nação como um todo e, pari passu, fomentar um amplo debate em busca de consertamentos, correção de rumos e soluções para os problemas sentenciados como insolúveis.
Não pensem que, com essa atitude, estaríamos criando uma situação de ingovernabilidade. Nada disso. Pois, lembrem-se, os principais governantes do País, neste momento, preparam-se para dar início a suas campanhas partidárias, conseqüentemente, estarão tão ocupados que, queiramos ou não, a governabilidade também está prestes a acompanhar a vaca no seu passeio lúgubre pelo brejo.
Em face desse cenário ruminante, julgo legítimo encetarmos um movimento pelo adiamento da eleição para presidência já, substituindo-a, sem delongas, pelo voto direto, através de urnas espalhadas por todo o Brasil, inclusive nas áreas de brejo, para democraticamente escolhermos o(a) nosso(a) imprescindível ombudsman.
O presidente fica para depois. Muito mais urgente é definirmos o nome do(a) cidadão(ã) que, pelo bem da pátria, arcará com o fardo de se arriscar a ser malhado como Judas. (Atenção, maçons, também não fui eu que revelei que esse papo de traição entre discípulos e iniciados foi tramóia do império romano, o que acabou se transformando num tremendo tiro no pé, nem sou eu que estou aventando as idéias sobre a hipótese de Maria Madalena nunca ter sido prostituta, menos ainda a lorota de ela ter sido esposa de Cristo, que, por sinal, nunca teve tempo de se casar, dado que Ele não tinha apenas 12 apóstolos para doutrinar – se Fernando Pessoa, que era Fernando Pessoa, não ousou ir tão longe, quem sou eu para fazer uma coisa dessas? Eu que jamais serei mais que um heterônimo personificado por um autor imaginário.)
Enfim, como não sou homem de meias palavras, além de propor a eleição do ombdusman do Brasil, aproveito para sugerir nomes de alguns pré-candidatos, que, tenho certeza, vêm prestando enormes serviços à Nação. Sem desmerecer a grandiosidade de profissionais não citados nesta lista, que, do mesmo modo, cumpririam exemplarmente essa missão se tivessem a oportunidade de falar em cadeia nacional, fazendo uso da mídia de massa e dos palanques, sem restrições, para atingir não apenas as elites que não sabemos hoje quem são, mas também os brasileiros que não gostam de ler e/ou não têm dinheiro para comprar jornais, revistas, livros, muito menos para se incorporar ao segmento de assinantes das TVs pagas. Alvitro:
– Diogo Mainardi
Se estou sendo lido pelas elites, estão dispensadas as apresentações. Entretanto, para evitar diz-que-me-diz infundados, que possam prejudicar a candidatura dele, é bom salientar que ele nunca escondeu a profissão de seus pais: ex-publicitários. Ao contrário do que se possa supor na atual conjuntura, esse dado curricular depõe a seu favor, por dois motivos principais. Primeiro, não há dúvida de que a educação por ele recebida privilegiou o desenvolvimento do intelecto e o incessante progresso cultural em associação com a disposição e a sabedoria para, sobretudo, se manter bem informado sobre tudo. Segundo, porque ele optou por fazer propaganda apenas da verdade.
– Marcelo Rubens Paiva
Apresentações dispensadas, é óbvio. Mesmo dedicado à carreira literária, inclusive como teatrólogo, mais direto impossível no uso da linguagem, fazendo-se entender com clareza e franca objetividade. O único incoveniente seria abrir mão, durante a fase da campanha e de ocupação do cargo, se eleito, de patrocínios culturais, para não cair na mesma cilada de políticos que sambam sem saber quem pagou a conta do trio elétrico. Ele anda desanimado, eu sei, mas nem por isso perdeu o elogiável senso crítico e a verve para empregar o juízo de realidade e o juízo de valor com bom humor.
– João Ubaldo Ribeiro
O mais idoso da minha lista, mas, como todos sabem, com a saúde tinindo, desde que trocou os botecos pelas pastelarias (pizzaria, nunca); meio ressabiado, nos últimos dias, por temer ser convidado a usar algemas, mas nem por isso propenso a se entregar à indolência da aposentadoria, muito pelo contrário. Prossegue como escritor cheio de pontos de vista do balacobaco. Em campanha ou no cargo, a única chatice seria ter de encarar um desconto de 100% no que pagam pelos seus livros, em vez de 40%, também para não ser surpreendido por um caixa dois sob investigação de intelectuais que se destacam entre outros talentos da maturidade.
Com um pouco de esforço, creio que esta lista poderia conter pelo menos 10 nomes. Paro, contudo, por aqui. Presumo que já me fiz entender. Além disso, duvido que Luiz Fernando Veríssimo, Millôr Fernandes e Arnaldo Jabor, por exemplo, tenham paciência para envergar o codinome de ombudsman, sem, de chofre, censurarem o estranho uso da estrangeirice do termo, se bem que já incorporado ao Aurélio, assim como no dia-a-dia dos países de democracia avançada, onde funcionários do governo investigam as queixas dos cidadãos contra os órgãos da administração pública, antes da vaca ir pro brejo.
O José Simão seria mais um interessante candidato, entretanto, como este cidadão está mais para esculhambador-geral da República do que para alcoviteiro – e costumeiramente pautado por piadas prontas –, pode ser muito arriscado. Mais ainda por causa dessa mania que ele tem de ir dormir quando o Brasil está acordando, mau hábito que também me acompanha, no meu caso, pra sonhar que ninguém está lendo o que escrevo, desatinadamente, enquanto o sono revigora as forças e as esperanças das pessoas sérias deste nosso janota país.
Respeitosamente,
José Manebé da Silva
A vaca foi pro brejo, mas eu não ensinei o caminho!
Gisele Centenaro
Carta aberta às elites
Deixemos, portanto, de ser subjetivos, e vamos logo ao que me interessa, antes dos supostos “leitores elitistas” desistirem de acompanhar estas mal traçadas, todavia, bem-intencionadas linhas.
Basta uma rápida reflexão sobre os acontecimentos mais recentes, sem deixar de puxar pela memória visando a composição de um quadro cronológico com fatos e/ou factóides da história do nosso país – há quem consiga fazer o mesmo sob a perspectiva do globo terrestre, eliminando, no mínimo, as fronteiras do conhecimento –, para se chegar a uma conclusão desanimadora, digamos, ou, se preferirem, fétida: a vaca foi pro brejo. Infelizmente, ela foi sim. Felizmente, eu não apresentei a vaca pro brejo, nem o brejo pra vaca, coitada, e o pior é que não sou o único a erguer a bandeira de inocente, no meio dessa confusão, com absoluta incompetência para caçar culpados. De qualquer modo, nesta altura do campeonato, apesar de a Copa do Mundo ainda não ter começado, pouco adiantaria descobrir quem foram os camaradas que desnortearam a vaca, tirando-a do regozijo do pasto e, talvez por simples erro de cálculo, impelido-a ao brejo.
Feita esta reflexão preambular, aqui está minha proposta: adiar já a eleição para presidente da República do Brasil. Por quê? Porque antes precisamos eleger um(a) ombudsman para apontar os erros cometidos por esta nação como um todo e, pari passu, fomentar um amplo debate em busca de consertamentos, correção de rumos e soluções para os problemas sentenciados como insolúveis.
Não pensem que, com essa atitude, estaríamos criando uma situação de ingovernabilidade. Nada disso. Pois, lembrem-se, os principais governantes do País, neste momento, preparam-se para dar início a suas campanhas partidárias, conseqüentemente, estarão tão ocupados que, queiramos ou não, a governabilidade também está prestes a acompanhar a vaca no seu passeio lúgubre pelo brejo.
Em face desse cenário ruminante, julgo legítimo encetarmos um movimento pelo adiamento da eleição para presidência já, substituindo-a, sem delongas, pelo voto direto, através de urnas espalhadas por todo o Brasil, inclusive nas áreas de brejo, para democraticamente escolhermos o(a) nosso(a) imprescindível ombudsman.
O presidente fica para depois. Muito mais urgente é definirmos o nome do(a) cidadão(ã) que, pelo bem da pátria, arcará com o fardo de se arriscar a ser malhado como Judas. (Atenção, maçons, também não fui eu que revelei que esse papo de traição entre discípulos e iniciados foi tramóia do império romano, o que acabou se transformando num tremendo tiro no pé, nem sou eu que estou aventando as idéias sobre a hipótese de Maria Madalena nunca ter sido prostituta, menos ainda a lorota de ela ter sido esposa de Cristo, que, por sinal, nunca teve tempo de se casar, dado que Ele não tinha apenas 12 apóstolos para doutrinar – se Fernando Pessoa, que era Fernando Pessoa, não ousou ir tão longe, quem sou eu para fazer uma coisa dessas? Eu que jamais serei mais que um heterônimo personificado por um autor imaginário.)
Enfim, como não sou homem de meias palavras, além de propor a eleição do ombdusman do Brasil, aproveito para sugerir nomes de alguns pré-candidatos, que, tenho certeza, vêm prestando enormes serviços à Nação. Sem desmerecer a grandiosidade de profissionais não citados nesta lista, que, do mesmo modo, cumpririam exemplarmente essa missão se tivessem a oportunidade de falar em cadeia nacional, fazendo uso da mídia de massa e dos palanques, sem restrições, para atingir não apenas as elites que não sabemos hoje quem são, mas também os brasileiros que não gostam de ler e/ou não têm dinheiro para comprar jornais, revistas, livros, muito menos para se incorporar ao segmento de assinantes das TVs pagas. Alvitro:
– Diogo Mainardi
Se estou sendo lido pelas elites, estão dispensadas as apresentações. Entretanto, para evitar diz-que-me-diz infundados, que possam prejudicar a candidatura dele, é bom salientar que ele nunca escondeu a profissão de seus pais: ex-publicitários. Ao contrário do que se possa supor na atual conjuntura, esse dado curricular depõe a seu favor, por dois motivos principais. Primeiro, não há dúvida de que a educação por ele recebida privilegiou o desenvolvimento do intelecto e o incessante progresso cultural em associação com a disposição e a sabedoria para, sobretudo, se manter bem informado sobre tudo. Segundo, porque ele optou por fazer propaganda apenas da verdade.
– Marcelo Rubens Paiva
Apresentações dispensadas, é óbvio. Mesmo dedicado à carreira literária, inclusive como teatrólogo, mais direto impossível no uso da linguagem, fazendo-se entender com clareza e franca objetividade. O único incoveniente seria abrir mão, durante a fase da campanha e de ocupação do cargo, se eleito, de patrocínios culturais, para não cair na mesma cilada de políticos que sambam sem saber quem pagou a conta do trio elétrico. Ele anda desanimado, eu sei, mas nem por isso perdeu o elogiável senso crítico e a verve para empregar o juízo de realidade e o juízo de valor com bom humor.
– João Ubaldo Ribeiro
O mais idoso da minha lista, mas, como todos sabem, com a saúde tinindo, desde que trocou os botecos pelas pastelarias (pizzaria, nunca); meio ressabiado, nos últimos dias, por temer ser convidado a usar algemas, mas nem por isso propenso a se entregar à indolência da aposentadoria, muito pelo contrário. Prossegue como escritor cheio de pontos de vista do balacobaco. Em campanha ou no cargo, a única chatice seria ter de encarar um desconto de 100% no que pagam pelos seus livros, em vez de 40%, também para não ser surpreendido por um caixa dois sob investigação de intelectuais que se destacam entre outros talentos da maturidade.
Com um pouco de esforço, creio que esta lista poderia conter pelo menos 10 nomes. Paro, contudo, por aqui. Presumo que já me fiz entender. Além disso, duvido que Luiz Fernando Veríssimo, Millôr Fernandes e Arnaldo Jabor, por exemplo, tenham paciência para envergar o codinome de ombudsman, sem, de chofre, censurarem o estranho uso da estrangeirice do termo, se bem que já incorporado ao Aurélio, assim como no dia-a-dia dos países de democracia avançada, onde funcionários do governo investigam as queixas dos cidadãos contra os órgãos da administração pública, antes da vaca ir pro brejo.
O José Simão seria mais um interessante candidato, entretanto, como este cidadão está mais para esculhambador-geral da República do que para alcoviteiro – e costumeiramente pautado por piadas prontas –, pode ser muito arriscado. Mais ainda por causa dessa mania que ele tem de ir dormir quando o Brasil está acordando, mau hábito que também me acompanha, no meu caso, pra sonhar que ninguém está lendo o que escrevo, desatinadamente, enquanto o sono revigora as forças e as esperanças das pessoas sérias deste nosso janota país.
Respeitosamente,
José Manebé da Silva
A vaca foi pro brejo, mas eu não ensinei o caminho!
Gisele Centenaro
Carta aberta às elites
sexta-feira, abril 21, 2006
justiça histórica ?
no país dos banguelas, nosso maior herói ou vulto nacional, como queiram, é um tiradentes.
barba, cabelo e bigode
não existe retrato feito por quem o conheceu.a imagem correta é a do pintor josé washt rodrigues, exposta no museu nacional. a figura barbada que conhecemos semelhante a cristo, ganhou força no fim do século XIX, depois de um "empurrãozinho"
de castro alves que chamou tiradentes de "cristo da multidão ".
para enforcar os condenados, cortava-se a barba e o cabelo, relata o historiador josé murilo de carvalho, na coluna do ancelmo gões, no globo de hoje.
a agora? vai ter CPI ? ou o que dizer ou esperar das criancinhas que já coneçam, entre tantas outras estórias a aprender que nós somos uma paizeco de roteiror produzidos pela central dominante de produção ?
de castro alves que chamou tiradentes de "cristo da multidão ".
para enforcar os condenados, cortava-se a barba e o cabelo, relata o historiador josé murilo de carvalho, na coluna do ancelmo gões, no globo de hoje.
a agora? vai ter CPI ? ou o que dizer ou esperar das criancinhas que já coneçam, entre tantas outras estórias a aprender que nós somos uma paizeco de roteiror produzidos pela central dominante de produção ?
você contrataria o diretor de marketing da GM ?
só um milagre – como o que salvou a CHRYSLER antes de ser vendida para a MERCEDES: um líder ensandecido, LEE IACOCCA, e muito dinheiro do governo americano, podem salvar a GM. Mas as perspectivas são as piores possíveis.
Tudo começou lá atrás com a FORD e com HENRY FORD. Que não inventou o automóvel, mas tornou o automóvel um produto desejado e que cabia no bolso dos consumidores da época. E assim a FORD reinou durante quase três décadas. Depois veio a GM, com o genial ALFRED SLOAN JUNIOR, que entendeu que existiam no mínimo 5 tribos diferentes no mercado, e assim, organizou as celebradas DIVISÔES da GM, cada uma com gestão própria e voltada para uma dessas tribos de consumidores. E assim a GM reinou por outras 3 décadas. E desde então nenhuma montadora teve uma oosição de domínio tão forte como conseguiram a FORD e a GM nos primeiros 50/60 anos da indústria automobiística.
Foi exatamente nos anos de glória e pressionada pelos sindicatos, num momento do mundo onde não se imaginava que o ser humano ultrapassaria os 60 anos de idade, que FORD e GM assumiram compromissos sociais que, hoje, as asfixiam e agravam ainda mais a perda crõnica de sensiblidade em relação ao mercado. Ainda recentemente, o autor de TIPPING POINT, e BLINK, MALCOM GLADWELL, afirmou, “GM e FORD estão condenadas ao desaparecimento se tiverem que honrar todos os compromissos de aposentadoria e assistência médica assumidos com seus aposentados”.
Esse problema, por si só já seriam suficientes para atrapalhar a vida das duas montadoras. Mas, e além desse, e como afirmamos anteriormente, talvez por velhice, num mundo onde os ciclos empresariais, como dizia DRUCKER meses antes de morrer, são cada vez mais curtos, os sentidos foram se enfraquecendo, e os erros se avolumando.
Em recente artigo para ADVERTISING AGE, o autor de POSITIONING, MARKETING DE GUERRA, e ORIGEM DAS MARCAS, AL RIES, lembrou a todos que nos últimos 10 anos a GM investiu US$ 33 bilhץes em comunicação para provar aos americanos que a empresa fabricava os carros de melhor qualidade, com a melhor relação custo benefםcio. Não conseguiu convencer. Pelo valor de suas ações em WALL STREET, nos últimos meses, a GM conseguiu a proeza de investir em comunicação nos últimos 10 anos 3 vezes o que vale capitalizando-se sobre o valor de suas ações. só no ano passado, 2005, a GM perdeu US$ 8,6 bi. E não há a menor perspectiva que essa tendência vá se reverter em curto prazo.
Curiosamente, e depois de tanto investimento para provar que fabricava os melhores carros, as pesquisas das publicações americanas especializadas não registram a presenחa de nenhum dos modelos da GM nas primeiras colocações na oopinião dos consumidores. Na aguardada matéria de janeiro da revista CONSUMER REPORTS, onde a publicação baseada na manifestação de seus leitores previa os modelos de maior sucesso no ano, nos 10 primeiros lugares só figuram carros japoneses...
Assim, e não obstante todo o brilho de um passado distante, só um milagre – e faz tempo que não acontecem milagres – será capaz de salvar a GM da “bankruptcy”, conforme matéria de capa da revista FORTUNE.
MML – BETH CHANDLER, BOSTON, USA, especial para o MADIAMUNDOMARKETING.
Tudo começou lá atrás com a FORD e com HENRY FORD. Que não inventou o automóvel, mas tornou o automóvel um produto desejado e que cabia no bolso dos consumidores da época. E assim a FORD reinou durante quase três décadas. Depois veio a GM, com o genial ALFRED SLOAN JUNIOR, que entendeu que existiam no mínimo 5 tribos diferentes no mercado, e assim, organizou as celebradas DIVISÔES da GM, cada uma com gestão própria e voltada para uma dessas tribos de consumidores. E assim a GM reinou por outras 3 décadas. E desde então nenhuma montadora teve uma oosição de domínio tão forte como conseguiram a FORD e a GM nos primeiros 50/60 anos da indústria automobiística.
Foi exatamente nos anos de glória e pressionada pelos sindicatos, num momento do mundo onde não se imaginava que o ser humano ultrapassaria os 60 anos de idade, que FORD e GM assumiram compromissos sociais que, hoje, as asfixiam e agravam ainda mais a perda crõnica de sensiblidade em relação ao mercado. Ainda recentemente, o autor de TIPPING POINT, e BLINK, MALCOM GLADWELL, afirmou, “GM e FORD estão condenadas ao desaparecimento se tiverem que honrar todos os compromissos de aposentadoria e assistência médica assumidos com seus aposentados”.
Esse problema, por si só já seriam suficientes para atrapalhar a vida das duas montadoras. Mas, e além desse, e como afirmamos anteriormente, talvez por velhice, num mundo onde os ciclos empresariais, como dizia DRUCKER meses antes de morrer, são cada vez mais curtos, os sentidos foram se enfraquecendo, e os erros se avolumando.
Em recente artigo para ADVERTISING AGE, o autor de POSITIONING, MARKETING DE GUERRA, e ORIGEM DAS MARCAS, AL RIES, lembrou a todos que nos últimos 10 anos a GM investiu US$ 33 bilhץes em comunicação para provar aos americanos que a empresa fabricava os carros de melhor qualidade, com a melhor relação custo benefםcio. Não conseguiu convencer. Pelo valor de suas ações em WALL STREET, nos últimos meses, a GM conseguiu a proeza de investir em comunicação nos últimos 10 anos 3 vezes o que vale capitalizando-se sobre o valor de suas ações. só no ano passado, 2005, a GM perdeu US$ 8,6 bi. E não há a menor perspectiva que essa tendência vá se reverter em curto prazo.
Curiosamente, e depois de tanto investimento para provar que fabricava os melhores carros, as pesquisas das publicações americanas especializadas não registram a presenחa de nenhum dos modelos da GM nas primeiras colocações na oopinião dos consumidores. Na aguardada matéria de janeiro da revista CONSUMER REPORTS, onde a publicação baseada na manifestação de seus leitores previa os modelos de maior sucesso no ano, nos 10 primeiros lugares só figuram carros japoneses...
Assim, e não obstante todo o brilho de um passado distante, só um milagre – e faz tempo que não acontecem milagres – será capaz de salvar a GM da “bankruptcy”, conforme matéria de capa da revista FORTUNE.
MML – BETH CHANDLER, BOSTON, USA, especial para o MADIAMUNDOMARKETING.
notícia de um quase feriado
carlos franco, no caderno economia & negócios do estadדão de ontem, diz que o mercado publicitário registrou um crescimento de 17% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período no ano passado, com investimentos nos meios de comunicação chegando a cifra de R$ 8,1 bilhões de acordo com dados do Ibope/Monitor. acontece que este índice. computa valores das tabelas cheias dos veículos, ou seja, sem abatimento dos descontos praticados, que é onde a porca torce o rabo já que muita agência " tá de grátis ". em sua matéria, franco destaca que o setor financeiro se destacou dentre aqueles que mais aplicaram verbas em propaganda nos meses analisados.
quinta-feira, abril 20, 2006
para os adeptos do hard sell
“ todos nós, que usamos a mídia de massa profissionalmente, somos formadores da sociedade. nós podemos vulgarizar a sociedade. podemos brutalizar a sociedade. ou podemos ajudar a elevá-la a um patamar melhor “ bill bernabach
(estamos ajudando a elevar alguma coisa que seja?)
(estamos ajudando a elevar alguma coisa que seja?)
comum de dois ?
"Elóy Simões, publicitário de renome nacional, disse numa das audiências públicas do projeto de lei 30/2004, "que há dois brasis na propaganda: um que reúne as 240 maiores agências, no eixo Rio e SP, que oferecem 3.800 empregos diretos. O outro é o Brasil real, do interior e demais capitais, com 9.000 agências, gerando 47.000 empregos diretos e mais de 129.000 indiretos". O debate da regulamentação está estabelecido em torno dos interesses destes dois mundos".
a grande verdade é que não há o menor interesse de um brazil no outro brasil. já no outro brasil, a maioria dos publicitários quer ser cópia do brazilzão(que por sua vez é cópia de outro país também imaginário ou seria virtualmente copiado ?)
a grande verdade é que não há o menor interesse de um brazil no outro brasil. já no outro brasil, a maioria dos publicitários quer ser cópia do brazilzão(que por sua vez é cópia de outro país também imaginário ou seria virtualmente copiado ?)
remédio pra gripe
a gripe anda a me perseguir. em plena são clemente, entro na primeira farmácia que vejo. na hora de pagar me toco que estou nas drogarias pacheco, rede de farmácias que tem o que contar e que por sí só é um remédio para a gripe que ataca aqueles que tem alergia a luta pela liderança.
"É um caso raro: a rede de farmácias é lider no Brasil sem nunca ter “pisado” em São Paulo
A Drogarias Pacheco tem uma trajetória de sucesso que já dura 114 anos. E até aqui essa história se passou toda no Rio de Janeiro. É isso mesmo. Contrariando as regras de mercado, a Pacheco se tornou uma das maiores redes de farmácia do País atuando apenas no território fluminense. Em 2005, a rede faturou mais de R$ 1 bilhão com suas 241 lojas. “Mas agora chegou o momento de partirmos para outra praça”, diz Ari Girotto, diretor-executivo da empresa. A Pacheco acaba de invadir o importante mercado mineiro ao comprar a rede Santa Marta, com 27 lojas, em Belo Horizonte. E São Paulo? “Por enquanto, não existem planos para o mercado paulista”, responde Girotto. Isso é o que mais intriga na Pacheco. Como uma rede que “dispensa” o maior centro econômico e comercial do País, consegue ser líder nacional? Pense em um campeão de vendas , em qualquer setor, que não esteja em São Paulo. Só a Pacheco.
E qual o segredo dela? Logística sem retoques, operação azeitada, funcionários bem treinados? Isso todas as grandes têm. O que difere a Pacheco é algo que se pode chamar de marketing ético. “Não vendemos remédio sem receituário”, afirma Girotto. Longe de ser um bla-bla-blá, essa propaganda enraizada na história da Pacheco emprestou-lhe transparência e retidão. E o que deveria ser um tiro no pé num país campeão de auto-medicação transformou-se em valorosa publicidade.
É claro que só a ética não garante à rede a posição que ocupa num setor que movimenta R$ 9 bilhões e tem 54 mil farmácias.Há a busca constante pela atualização tecnológica e as novidades do mercado. A rede investe em megastores, lojas que dedicam um bom espaço aos dermocosméticos, a sensação do momento. Eles já respondem por 25% do faturamento do grupo. A Pacheco aderiu também ao delivery e ao sistema 24 horas em 80 das suas 241 lojas. A empresa sabe que não pode ficar parada.
uma exceção chamada pacheco, denise ramiro, para isto é dinheiro.
p.s. alguma agência no nordeste similar, quer dizer similar não, também não pode ser genérica, que seja uma pacheca da vida ? estou falando no quesito ético, já que todas falam isso pelos cotovelos ? então, onde a receita médica ?
"É um caso raro: a rede de farmácias é lider no Brasil sem nunca ter “pisado” em São Paulo
A Drogarias Pacheco tem uma trajetória de sucesso que já dura 114 anos. E até aqui essa história se passou toda no Rio de Janeiro. É isso mesmo. Contrariando as regras de mercado, a Pacheco se tornou uma das maiores redes de farmácia do País atuando apenas no território fluminense. Em 2005, a rede faturou mais de R$ 1 bilhão com suas 241 lojas. “Mas agora chegou o momento de partirmos para outra praça”, diz Ari Girotto, diretor-executivo da empresa. A Pacheco acaba de invadir o importante mercado mineiro ao comprar a rede Santa Marta, com 27 lojas, em Belo Horizonte. E São Paulo? “Por enquanto, não existem planos para o mercado paulista”, responde Girotto. Isso é o que mais intriga na Pacheco. Como uma rede que “dispensa” o maior centro econômico e comercial do País, consegue ser líder nacional? Pense em um campeão de vendas , em qualquer setor, que não esteja em São Paulo. Só a Pacheco.
E qual o segredo dela? Logística sem retoques, operação azeitada, funcionários bem treinados? Isso todas as grandes têm. O que difere a Pacheco é algo que se pode chamar de marketing ético. “Não vendemos remédio sem receituário”, afirma Girotto. Longe de ser um bla-bla-blá, essa propaganda enraizada na história da Pacheco emprestou-lhe transparência e retidão. E o que deveria ser um tiro no pé num país campeão de auto-medicação transformou-se em valorosa publicidade.
É claro que só a ética não garante à rede a posição que ocupa num setor que movimenta R$ 9 bilhões e tem 54 mil farmácias.Há a busca constante pela atualização tecnológica e as novidades do mercado. A rede investe em megastores, lojas que dedicam um bom espaço aos dermocosméticos, a sensação do momento. Eles já respondem por 25% do faturamento do grupo. A Pacheco aderiu também ao delivery e ao sistema 24 horas em 80 das suas 241 lojas. A empresa sabe que não pode ficar parada.
uma exceção chamada pacheco, denise ramiro, para isto é dinheiro.
p.s. alguma agência no nordeste similar, quer dizer similar não, também não pode ser genérica, que seja uma pacheca da vida ? estou falando no quesito ético, já que todas falam isso pelos cotovelos ? então, onde a receita médica ?
quarta-feira, abril 19, 2006
como já dizia dona helga
feio não pode.
(estamos falando de propaganda, obviamente. aproveite e teste seus conhecimentos tentando escrever de forma correta o sobrenome desta senhora diretora de arte que está no hall da fama do ccsp)
(estamos falando de propaganda, obviamente. aproveite e teste seus conhecimentos tentando escrever de forma correta o sobrenome desta senhora diretora de arte que está no hall da fama do ccsp)
doce azedo
A farra das chamadas “tubainas” acabou. Foi suficiente um pequeno aumento na renda da CLASSE C, e os chamados refrigerantes de MARCA deram um salto. Segundo a ABIR – Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes –, num intervalo de 2 anos, as pequenas e médias fábricas de refrigerantes, as “tubaineiras”, viram sua participação de mercado cair de 32,5% para 27%. Perderam, no período, 5,5%!
Ou seja, e uma vez mais, uma porrada naqueles que acham que as pessoas estão abandonando suas MARCAS de preferência, ou, MARCAS DO CORAÇÃO. Substituem enquanto o dinheiro não dá, mas, assim, que aumenta um pouquinho dentro do bolso, voltam para essas MARCAS com tudo.
Claro que a recuperação das MARCAS DO CORAÇÃO não se deveu exclusivamente ao aumento no poder aquisitivo da CLASSE C. Os fabricantes dessas MARCAS também fizeram sua parte. Dentre outras medidas que ajudaram em muito na diminuição da distância entre o dinheiro do bolso e o preço na gôndola pontifica a decisão da COCA-COLA de “retornar com as retornáveis”, por mais que os supermercados protestassem. A velha, boa e retornável embalagem de vidro possibilitou diminuição sensível no preço – necessária e suficiente para voltar a caber no bolso dos consumidores. E agora, e decorrente da observação de que muitas vezes acabava sobrando produto nas latas de 350 ml, vem aí a latinha de 250 ml, com um preço base de R$ 1,00 no varejo.
Por último, mas não em último lugar, a forte pressão das grandes empresas junto a RECEITA FEDERAL fez com que a fiscalização do setor fosse intensificada, decuplicada, e assim o diferencial competitivo da sonegação – uma boa parte – foi para o espaço.
Diante da nova realidade, as pequenas empresas mais organizadas e com potencial de crescimento partem para uma sensível melhora em suas práticas de marketing, e passam a considerar e entender a importância de se construir e preservar MARCAS FORTES.
acabou-se o que era doce, madianewletters
Ou seja, e uma vez mais, uma porrada naqueles que acham que as pessoas estão abandonando suas MARCAS de preferência, ou, MARCAS DO CORAÇÃO. Substituem enquanto o dinheiro não dá, mas, assim, que aumenta um pouquinho dentro do bolso, voltam para essas MARCAS com tudo.
Claro que a recuperação das MARCAS DO CORAÇÃO não se deveu exclusivamente ao aumento no poder aquisitivo da CLASSE C. Os fabricantes dessas MARCAS também fizeram sua parte. Dentre outras medidas que ajudaram em muito na diminuição da distância entre o dinheiro do bolso e o preço na gôndola pontifica a decisão da COCA-COLA de “retornar com as retornáveis”, por mais que os supermercados protestassem. A velha, boa e retornável embalagem de vidro possibilitou diminuição sensível no preço – necessária e suficiente para voltar a caber no bolso dos consumidores. E agora, e decorrente da observação de que muitas vezes acabava sobrando produto nas latas de 350 ml, vem aí a latinha de 250 ml, com um preço base de R$ 1,00 no varejo.
Por último, mas não em último lugar, a forte pressão das grandes empresas junto a RECEITA FEDERAL fez com que a fiscalização do setor fosse intensificada, decuplicada, e assim o diferencial competitivo da sonegação – uma boa parte – foi para o espaço.
Diante da nova realidade, as pequenas empresas mais organizadas e com potencial de crescimento partem para uma sensível melhora em suas práticas de marketing, e passam a considerar e entender a importância de se construir e preservar MARCAS FORTES.
acabou-se o que era doce, madianewletters
conceito, slogan, clain, assinatura, assinatura de campanha , guide line, bordão isso só não basta
para jay conrad levinson(criatividade de guerrilha) isso só não basta. não basta mesmo. bom, o cara tem uma produkão de espertalhão. porque para escrever 28 livros, ainda que uma meia dúzia de parceria, neste negócio, depois, ou seria durante a vida de publicitário, que chegou a vice-presidente e diretor de criação da JWT e leo burnett, já dá pra desconfiar que temos aqui mais ums gasparetto.
mas ele desenvolve um raciocínio interessante, antes eu diria um conceito, mas um conceito, ensina ou advoga ele, não é um meme(é assim mesmo, não é o memê, aquele que mixou discos do lulu santos).
os memes são a pedra de toque do marketing da criatividade de guerrilha(sim ele também escreveu um livro sobre marketing de guerrilha) aquilo que nós entendíamos como conceito, porém, digamos assim, mais arrasador do que transgênicos porém sendo eugênico como ele só. um meme pode ser visual, auditivo, gráfico, até táctil se você for um mago da publicidade(nome, ou seria meme? de uma série de livros, que espantosamente tem conteúdo, escritos pelo mago roy williams).
para você ter uma idéia, intel inside, é considerado um dos memes mercadológicos mais bem sucedidos da história. o cowboy de marlboro(ele, jay, foi um dos criadores da campanha) outro.
não vou ficar aqui resumindo o livro. mas em suma, quem dedica-se aos memes, não está preocupado com share of mind ou market. busca, enfeixadamente o share of wallet(participação na carteira). levinson desce o pau nos criativos de festivais,a começar nele mesmo. e estabelece alguns procedimentos que tem sim sua razão de ser, ainda mais neste tempo em que publicitários são atordoadamente avaliados por premiações e exposições: jay conrad, perguntaria: benfica sim, laurentino idem: mais o que fizeram realmente pelo share of wallet dos clientes que atendem, para além de se transformar, eles próprios em ícones de sua criação ?
se isto não lhe motivar para ler o livro, a raspa de tacho sobre agências de propaganda, seus modus operandi e escolha, já vale o livro, escrito sim na velha técnica de martelo americana(não sabe o que é isso? isso ele não ensina) que no mínimo causará um dar de ombros incômodo a quem se acha o fodão do bairro do peixoto no pedaço.
finalizando, jay ensina que o marketing,ao contrário do que todo mundo pensa, não é uma questão de vendas. é de compra. e mais do que um subterfúgio verbal, esta abordagem permite, ao contrário do que se possa paraecer, uma abordagem porfundamente emocional do ato de venda, baseado nas estimulações emocionais para a compra. ninguém compra o que realmente precisa é um dos instigamentos de conrad, que introduz ainda a noção de catexia, em seu discurso(não sabe o que é catexia?, lá explica).
e o melhor do livro, é que tudo aquilo que está lá em cima, que por si só não bastam, pode ser um meme. mas não necessariamente e simplesmente o serão. é preciso mais do que ser premiado para achar ou construir um.
jay conrad levinson só não diz se um leão é um de verdade ainda que seja falso.
mas ele desenvolve um raciocínio interessante, antes eu diria um conceito, mas um conceito, ensina ou advoga ele, não é um meme(é assim mesmo, não é o memê, aquele que mixou discos do lulu santos).
os memes são a pedra de toque do marketing da criatividade de guerrilha(sim ele também escreveu um livro sobre marketing de guerrilha) aquilo que nós entendíamos como conceito, porém, digamos assim, mais arrasador do que transgênicos porém sendo eugênico como ele só. um meme pode ser visual, auditivo, gráfico, até táctil se você for um mago da publicidade(nome, ou seria meme? de uma série de livros, que espantosamente tem conteúdo, escritos pelo mago roy williams).
para você ter uma idéia, intel inside, é considerado um dos memes mercadológicos mais bem sucedidos da história. o cowboy de marlboro(ele, jay, foi um dos criadores da campanha) outro.
não vou ficar aqui resumindo o livro. mas em suma, quem dedica-se aos memes, não está preocupado com share of mind ou market. busca, enfeixadamente o share of wallet(participação na carteira). levinson desce o pau nos criativos de festivais,a começar nele mesmo. e estabelece alguns procedimentos que tem sim sua razão de ser, ainda mais neste tempo em que publicitários são atordoadamente avaliados por premiações e exposições: jay conrad, perguntaria: benfica sim, laurentino idem: mais o que fizeram realmente pelo share of wallet dos clientes que atendem, para além de se transformar, eles próprios em ícones de sua criação ?
se isto não lhe motivar para ler o livro, a raspa de tacho sobre agências de propaganda, seus modus operandi e escolha, já vale o livro, escrito sim na velha técnica de martelo americana(não sabe o que é isso? isso ele não ensina) que no mínimo causará um dar de ombros incômodo a quem se acha o fodão do bairro do peixoto no pedaço.
finalizando, jay ensina que o marketing,ao contrário do que todo mundo pensa, não é uma questão de vendas. é de compra. e mais do que um subterfúgio verbal, esta abordagem permite, ao contrário do que se possa paraecer, uma abordagem porfundamente emocional do ato de venda, baseado nas estimulações emocionais para a compra. ninguém compra o que realmente precisa é um dos instigamentos de conrad, que introduz ainda a noção de catexia, em seu discurso(não sabe o que é catexia?, lá explica).
e o melhor do livro, é que tudo aquilo que está lá em cima, que por si só não bastam, pode ser um meme. mas não necessariamente e simplesmente o serão. é preciso mais do que ser premiado para achar ou construir um.
jay conrad levinson só não diz se um leão é um de verdade ainda que seja falso.
terça-feira, abril 18, 2006
pra não machucar as pretinhas*
Para ser um bom redator de propaganda, não basta apenas gostar de escrever. Muito menos saber escrever. É preciso entender como funciona essa carreira e o que as pessoas esperam de você.
Aqui você vai encontrar algumas informações básicas para evitar as gafes mais comuns cometidas por quem está começando na profissão.
Os temas são os mais variados e não seguem nenhum tipo de hierarquia. Bom, saber se achar na bagunça é uma de suas obrigações.
Escreva do mesmo jeito que você fala.
Melhor ainda, tente escrever usando a linguagem falada do seu target. A informalidade é uma das marcas da propaganda. A razão para isso é simples: é assim que a maior parte das pessoas está acostumada a se comunicar. Um produto que tenha uma comunicação informal tem mais chances de ser inserido no universo dos consumidores. Claro que existem exceções. Você não vai usar o mesmo grau de informalidade com um skatista e um banqueiro, certo? Outra coisa, a linguagem falada, muitas vezes, é recheada de erros gramaticais gravíssimos. Então, sua linguagem escrita deve apenas parecer falada.
É importante que você entenda que não existem verdades absolutas. Tudo que está aqui pode realmente ajudar, desde que você pense muito e tenha bom senso na hora de escrever. Aliás, todas essas dicas existem para ajudar você a escrever como seu pai, sua mãe e sua vizinha falam, coloquialmente. Redator de propaganda não é político para falar difícil.
A importância do marketing na vida de um redator.
Talvez isso seja um golpe muito forte para você, mas nessas ocasiões, a gente tem que ser sincero e direto: o redator de propaganda não é um escritor. Então, amigo, para sobreviver você precisa saber alguma coisa sobre o negócio do seu cliente. Muitas vezes, o redator é o sujeito que vai traduzir o posicionamento de uma marca na comunicação. Ou seja, o redator tem que entender alguma coisa dessa história de posicionamento, certo? Os exemplos da importância do marketing no processo criativo de um redator são intermináveis, passam por pesquisas, apresentações de campanha, defesa de uma idéia, e por aí vai. A boa notícia é que marketing não é um bicho tão feio como parece. E o redator, por trabalhar com conceitos e idéias o dia inteiro, acaba tendo facilidade para compreender tudo isso. A maior parte dos redatores fez faculdade de comunicação, que não é lá essas coisas em termos de marketing. Mas os livros que tratam do assunto são abundantes nas prateleiras das livrarias. Leia, leia e leia.
Conceitos e assinaturas. Baita responsa.
Criar a assinatura ou o conceito de uma marca é uma das tarefas de maior responsabilidade de um redator. Já pensou ter que criar um slogan para uma marca de cachaça melhor que 51? Ou a assinatura de uma palha de aço melhor que Bombril? Indiscutivelmente, a tarefa não é moleza. Um bom slogan deve traduzir a verdade que está por trás de uma marca. Deve ser objetivo e fácil de compreender. Deve ser memorável. E deve ser curto, com no máximo 6 ou 7
palavras. E isso não é uma regrinha, é uma necessidade: acontece que a maioria das emissoras de TV aceita vinhetas de patrocínio com no máximo 8 palavras, contanto artigos, conjunções, preposições e o próprio nome do produto.
Subtítulo. Amigão do peito.
O subtítulo tem a função de explicar alguma coisa. Os redatores que trabalham com produtos mais técnicos em geral podem criar títulos mais impactantes se usarem o subtítulo para concluir a idéia. Quebra um galho danado.
Texto de anúncio tem que servir pra alguma coisa.
Um texto tem que ter um razão para existir, ele não pode ser usado apenas para embelezar o anúncio. Tem que apresentar uma informação relevante para o consumidor. Essa informação pode ter a função de emocionar, explicar, vender ou mesmo divertir.
Texto vendedor: o que é verdade pra um cliente, não é pro outro.
Esse papo de fazer um texto vendedor é folclore. Todo texto publicitário é vendedor. Se não for, não é propaganda. O fato é que cada produto tem um jeito especial de se comunicar e de se vender. O mais importante de tudo é encontrar os argumentos certos para convencer quem está do outro lado: o consumidor. Cabe ao redator se colocar na pele do consumidor e encontrar esses argumentos.
Como se comportar diante de um revisor que acha você um analfabeto.
O importante é não perder a pose de lenda viva da criação. O revisor está dizendo que seu texto tem 5 "vocês" em 4 linhas? Pergunte se ele já ouviu falar em "ênfase".
Se a acusação for mais grave, como, por exemplo, um erro grosseiro de concordância, diga que você estava apenas querendo criar uma identificação do produto com as massas.
Em geral, os revisores podem criar situações constrangedoras pra você nas seguintes áreas da língua portuguesa: ortografia, pontuação, sintaxe, morfologia, concordância, estilo e, às vezes, na lógica. Em qualquer dessas circunstâncias, se tudo falhar, diga que foi proposital e que você não se importa de mudar. Brincadeiras à parte, lembre-se que todos esperam que um redator domine seu instrumento de trabalho.
Mexer no seu texto não é mexer no seu ego.
É impressionante. O redator se apega a um texto como se fosse um filho. O melhor conselho que a gente pode dar é: não se envolva emocionalmente com o job. Depois desse texto virá outro, depois desse cliente também virá outro. É só propaganda, gente. Além do mais, quem está mexendo tem lá suas razões. Não importa se é o cliente, o atendimento ou o diretor de criação: saber negociar é um dos atributos da profissão. Negocie sempre.
Como interpretar um briefing.
É, camarada, esse talvez seja o grande segredo do universo: o que o briefing quer dizer. A fase de xingar o atendimento já passou. O tempo é curto e você precisa ser prático. Dúvidas? A melhor alternativa é falar com o atendimento ao vivo e em cores. Já. Assim, você pode enchê-lo de perguntas e com sorte sai com algo novo, que não estava lá no famigerado job. Experimente. Essa é sempre a melhor saída. Quem sabe, nessa conversa de corredor, você não ganha a cumplicidade do atendimento para uma idéia?
Quantas palavras cabem num outdoor?
Há alguns anos (quando o trânsito das cidades era menos caótico, pra ser mais preciso), costumava-se dizer que um outdoor poderia ter no máximo 7 palavras principais (sem contar palavras de ligação e artigos) ou 12 no total. Hoje em dia, essa regra não é mais tão rígida, tanto que fizeram um outdoor cheio de texto para a Honda e todo mundo viu e conseguiu ler. Mas isso não significa que você pode sair por aí escrevendo teses em outdoors. No caso específico da Honda, a quantidade de texto era a idéia da peça, mas no dia-a-dia o melhor ainda é fazer um esforço para manter o texto o mais enxuto possível.
Texto pra rádio.
A regra é ler o que você escreveu várias e várias vezes até ter certeza de que o texto está fluente, sem engasgos.
Outra coisa importante é ler com calma, sem pressa. Cronometre o texto do spot. Não adianta nada você ler o texto no gás e dizer que está no tempo. Vai bater e voltar pra diminuir. Aqui vale um toque: geralmente, o mesmo texto lido por um redator em 25" demora 30" na voz de um locutor de verdade.
Quando um NÃO é melhor que um SIM.
É preferível você ganhar um não de seu diretor de criação do que um não do consumidor. Lembre sempre que se a segunda opção ocorrer você pode ir pra rua. Confie na experiência do diretor de criação. Ele está mais para anjo da guarda do que para carrasco.
Escrever o roteiro de um filme de 30".
É cada vez mais comum filmes serem apresentados apenas em roteiro, sem um storyboard. A vantagem é que o foco vai para a idéia e não para os detalhes. Por outro lado, não é raro existirem comerciais cuja idéia principal está baseada num fator estético, o que complica a vida do redator que vai escrever o roteiro.
Independente da situação, para se escrever um bom roteiro você precisa saber quem vai ler o seu roteiro ou a quem será apresentado o comercial.
O texto do roteiro tem que ser objetivo e claro. Geralmente, a linguagem do cinema só atrapalha (fade, BG, travelling). Esqueça os movimentos de câmera. Não se perca na descrição da música. Nunca fuja do ponto principal: a idéia. Os detalhes só devem ter importância se forem essenciais para a compreensão do filme.
O redator na visão do filósofo.
Voltaire, filósofo francês que nunca teve nada a ver com propaganda, escreveu a primeira e mais importante dica para quem é ou quer ser redator: "escrever é a arte de cortar palavras".
a estrada da vida, na última dica da dpto, concluindo a trilogia do " faça você mesmo, mas faça melhor", espera-se.
* expressão muito comum no tempo em que os textos eram criados" batucando-se"em máquinas de escrever, já que a maioria das teclas e teclados eram pretinhas. hoje,não só porque não existe isso nos computadores, como a caça ao politicamente correto anda atrás de tudo e de todos, como seria mesmo? pra não amassar as branquelas? ou, não fustiguem as lourinhas ?
a estrada da vida, da dpto, concluindo a trilogia do " faça você mesmo, mas faça melhor".
Aqui você vai encontrar algumas informações básicas para evitar as gafes mais comuns cometidas por quem está começando na profissão.
Os temas são os mais variados e não seguem nenhum tipo de hierarquia. Bom, saber se achar na bagunça é uma de suas obrigações.
Escreva do mesmo jeito que você fala.
Melhor ainda, tente escrever usando a linguagem falada do seu target. A informalidade é uma das marcas da propaganda. A razão para isso é simples: é assim que a maior parte das pessoas está acostumada a se comunicar. Um produto que tenha uma comunicação informal tem mais chances de ser inserido no universo dos consumidores. Claro que existem exceções. Você não vai usar o mesmo grau de informalidade com um skatista e um banqueiro, certo? Outra coisa, a linguagem falada, muitas vezes, é recheada de erros gramaticais gravíssimos. Então, sua linguagem escrita deve apenas parecer falada.
É importante que você entenda que não existem verdades absolutas. Tudo que está aqui pode realmente ajudar, desde que você pense muito e tenha bom senso na hora de escrever. Aliás, todas essas dicas existem para ajudar você a escrever como seu pai, sua mãe e sua vizinha falam, coloquialmente. Redator de propaganda não é político para falar difícil.
A importância do marketing na vida de um redator.
Talvez isso seja um golpe muito forte para você, mas nessas ocasiões, a gente tem que ser sincero e direto: o redator de propaganda não é um escritor. Então, amigo, para sobreviver você precisa saber alguma coisa sobre o negócio do seu cliente. Muitas vezes, o redator é o sujeito que vai traduzir o posicionamento de uma marca na comunicação. Ou seja, o redator tem que entender alguma coisa dessa história de posicionamento, certo? Os exemplos da importância do marketing no processo criativo de um redator são intermináveis, passam por pesquisas, apresentações de campanha, defesa de uma idéia, e por aí vai. A boa notícia é que marketing não é um bicho tão feio como parece. E o redator, por trabalhar com conceitos e idéias o dia inteiro, acaba tendo facilidade para compreender tudo isso. A maior parte dos redatores fez faculdade de comunicação, que não é lá essas coisas em termos de marketing. Mas os livros que tratam do assunto são abundantes nas prateleiras das livrarias. Leia, leia e leia.
Conceitos e assinaturas. Baita responsa.
Criar a assinatura ou o conceito de uma marca é uma das tarefas de maior responsabilidade de um redator. Já pensou ter que criar um slogan para uma marca de cachaça melhor que 51? Ou a assinatura de uma palha de aço melhor que Bombril? Indiscutivelmente, a tarefa não é moleza. Um bom slogan deve traduzir a verdade que está por trás de uma marca. Deve ser objetivo e fácil de compreender. Deve ser memorável. E deve ser curto, com no máximo 6 ou 7
palavras. E isso não é uma regrinha, é uma necessidade: acontece que a maioria das emissoras de TV aceita vinhetas de patrocínio com no máximo 8 palavras, contanto artigos, conjunções, preposições e o próprio nome do produto.
Subtítulo. Amigão do peito.
O subtítulo tem a função de explicar alguma coisa. Os redatores que trabalham com produtos mais técnicos em geral podem criar títulos mais impactantes se usarem o subtítulo para concluir a idéia. Quebra um galho danado.
Texto de anúncio tem que servir pra alguma coisa.
Um texto tem que ter um razão para existir, ele não pode ser usado apenas para embelezar o anúncio. Tem que apresentar uma informação relevante para o consumidor. Essa informação pode ter a função de emocionar, explicar, vender ou mesmo divertir.
Texto vendedor: o que é verdade pra um cliente, não é pro outro.
Esse papo de fazer um texto vendedor é folclore. Todo texto publicitário é vendedor. Se não for, não é propaganda. O fato é que cada produto tem um jeito especial de se comunicar e de se vender. O mais importante de tudo é encontrar os argumentos certos para convencer quem está do outro lado: o consumidor. Cabe ao redator se colocar na pele do consumidor e encontrar esses argumentos.
Como se comportar diante de um revisor que acha você um analfabeto.
O importante é não perder a pose de lenda viva da criação. O revisor está dizendo que seu texto tem 5 "vocês" em 4 linhas? Pergunte se ele já ouviu falar em "ênfase".
Se a acusação for mais grave, como, por exemplo, um erro grosseiro de concordância, diga que você estava apenas querendo criar uma identificação do produto com as massas.
Em geral, os revisores podem criar situações constrangedoras pra você nas seguintes áreas da língua portuguesa: ortografia, pontuação, sintaxe, morfologia, concordância, estilo e, às vezes, na lógica. Em qualquer dessas circunstâncias, se tudo falhar, diga que foi proposital e que você não se importa de mudar. Brincadeiras à parte, lembre-se que todos esperam que um redator domine seu instrumento de trabalho.
Mexer no seu texto não é mexer no seu ego.
É impressionante. O redator se apega a um texto como se fosse um filho. O melhor conselho que a gente pode dar é: não se envolva emocionalmente com o job. Depois desse texto virá outro, depois desse cliente também virá outro. É só propaganda, gente. Além do mais, quem está mexendo tem lá suas razões. Não importa se é o cliente, o atendimento ou o diretor de criação: saber negociar é um dos atributos da profissão. Negocie sempre.
Como interpretar um briefing.
É, camarada, esse talvez seja o grande segredo do universo: o que o briefing quer dizer. A fase de xingar o atendimento já passou. O tempo é curto e você precisa ser prático. Dúvidas? A melhor alternativa é falar com o atendimento ao vivo e em cores. Já. Assim, você pode enchê-lo de perguntas e com sorte sai com algo novo, que não estava lá no famigerado job. Experimente. Essa é sempre a melhor saída. Quem sabe, nessa conversa de corredor, você não ganha a cumplicidade do atendimento para uma idéia?
Quantas palavras cabem num outdoor?
Há alguns anos (quando o trânsito das cidades era menos caótico, pra ser mais preciso), costumava-se dizer que um outdoor poderia ter no máximo 7 palavras principais (sem contar palavras de ligação e artigos) ou 12 no total. Hoje em dia, essa regra não é mais tão rígida, tanto que fizeram um outdoor cheio de texto para a Honda e todo mundo viu e conseguiu ler. Mas isso não significa que você pode sair por aí escrevendo teses em outdoors. No caso específico da Honda, a quantidade de texto era a idéia da peça, mas no dia-a-dia o melhor ainda é fazer um esforço para manter o texto o mais enxuto possível.
Texto pra rádio.
A regra é ler o que você escreveu várias e várias vezes até ter certeza de que o texto está fluente, sem engasgos.
Outra coisa importante é ler com calma, sem pressa. Cronometre o texto do spot. Não adianta nada você ler o texto no gás e dizer que está no tempo. Vai bater e voltar pra diminuir. Aqui vale um toque: geralmente, o mesmo texto lido por um redator em 25" demora 30" na voz de um locutor de verdade.
Quando um NÃO é melhor que um SIM.
É preferível você ganhar um não de seu diretor de criação do que um não do consumidor. Lembre sempre que se a segunda opção ocorrer você pode ir pra rua. Confie na experiência do diretor de criação. Ele está mais para anjo da guarda do que para carrasco.
Escrever o roteiro de um filme de 30".
É cada vez mais comum filmes serem apresentados apenas em roteiro, sem um storyboard. A vantagem é que o foco vai para a idéia e não para os detalhes. Por outro lado, não é raro existirem comerciais cuja idéia principal está baseada num fator estético, o que complica a vida do redator que vai escrever o roteiro.
Independente da situação, para se escrever um bom roteiro você precisa saber quem vai ler o seu roteiro ou a quem será apresentado o comercial.
O texto do roteiro tem que ser objetivo e claro. Geralmente, a linguagem do cinema só atrapalha (fade, BG, travelling). Esqueça os movimentos de câmera. Não se perca na descrição da música. Nunca fuja do ponto principal: a idéia. Os detalhes só devem ter importância se forem essenciais para a compreensão do filme.
O redator na visão do filósofo.
Voltaire, filósofo francês que nunca teve nada a ver com propaganda, escreveu a primeira e mais importante dica para quem é ou quer ser redator: "escrever é a arte de cortar palavras".
a estrada da vida, na última dica da dpto, concluindo a trilogia do " faça você mesmo, mas faça melhor", espera-se.
* expressão muito comum no tempo em que os textos eram criados" batucando-se"em máquinas de escrever, já que a maioria das teclas e teclados eram pretinhas. hoje,não só porque não existe isso nos computadores, como a caça ao politicamente correto anda atrás de tudo e de todos, como seria mesmo? pra não amassar as branquelas? ou, não fustiguem as lourinhas ?
a estrada da vida, da dpto, concluindo a trilogia do " faça você mesmo, mas faça melhor".
segunda-feira, abril 17, 2006
puris lintas
cuidado com as regras. regras não libertam. regras restringem.
do martin, claro.
(mas como a lintas tinha regras, putz!)
do martin, claro.
(mas como a lintas tinha regras, putz!)
é como escrever epitáfio, selinho, e mini-filipeta, só que, dizem, mais titânio
Uma das maiores características da redação para a web é que ela exige a aplicação de todas as ferramentas de marketing conhecidas: propaganda, marketing direto, promoção, etc. Um redator que trabalha com a Internet tem que saber o momento certo de usar cada tipo de técnica. Num dia, você pode estar escrevendo um título de um banner, no outro dia, um texto editorial. Confira, abaixo, algumas dicas para redatores de Internet:
Objetividade
A objetividade é uma das maiores características dos textos para a Internet. Seu visitante geralmente paga provedor de acesso e conta telefônica, além, é claro, de ter outras coisas a fazer além de ler seu texto.
Lembre-se também que, devido às dificuldades técnicas, a leitura na web é muito difícil. Primeiro, porque o número de fontes é muito limitado. Depois, porque todos os estudos de legibilidade existentes até hoje vão por água abaixo quando os textos passam a ser vistos em um monitor. Não é à toa que muita gente acaba imprimindo os textos que vê na Internet.
Seja claro
Um dos objetivos mais importantes dos textos na Internet é situar o internauta. Não é raro a gente chegar num site e se perguntar: onde estou? Pra que serve isso aqui? E, principalmente, onde é que eu clico? Seu visitante não tem como saber o que você pensou ao criar um site ou um banner. Mostre para ele onde deve clicar, por onde deve passar o mouse, o que ele deve digitar. Isso não significa que você tenha que escrever "clique aqui" em todos os links dos seus textos ou em todos os seus banners.
Textos em cascata
Tente sempre fazer com que um bloco de texto convença o internauta a ler o próximo. Coloque links em seu texto, tomando o cuidado de não deixar seu visitante perdido. Essa técnica é muito usada pelos grandes portais, para convencer o visitante a clicar na página seguinte e assim poder mostrar novos banners para o mesmo internauta. Independente do truque, isso faz com que as pessoas acabem criando um hábito de leitura específico.
Se o texto for grande
Se o texto que você tiver que colocar em uma página for muito grande, divida-o em tópicos. Fica mais fácil de ler e você ainda evita aqueles blocos gigantes de texto que fazem qualquer internauta sair correndo.
Títulos
São tão importantes na Internet como em qualquer outro veículo. Aliás, na Internet eles são até mais eficazes. E a razão é bem simples: muita gente que escreve para a Internet não tem formação publicitária e por isso acaba não sabendo como usar e escrever títulos persuasivos. Daí a vantagem de um redator que conhece propaganda.
E-mail profissional e pessoal
O e-mail pessoal você escreve do jeito que quiser. Você é quem vai assinar mesmo. Mas o e-mail que tem uma função de marketing de relacionamento, assinado pelo seu cliente, tem outra cara. Por mais informal que você queira ser, ele não pode se parecer com o seu jeito de escrever para os amigos.
O e-mail é como um anúncio.
O e-mail, quando não é um spam, torna-se uma das mais poderosas ferramentas de marketing que já apareceram. Ele deve ser encarado com a máxima seriedade pelo redator. O subject, por exemplo, tem a importância de um título.
Os parágrafos devem ser objetivos e bem estruturados. Você pode ainda colocar links no texto para completar determinada informação ou mesmo vender um produto.
Lembre-se de fazer textos rápidos. Ninguém tem saco de ler muito texto em e-mail. Principalmente se for um e-mail com fins comerciais.
Expressões da Internet
Qq, vc, tc. Qq significa qualquer. Vc é você. E tc, acredite se quiser, é um modo de dizer teclar. Apesar de serem muito legais, muito cuidado na hora de usar as expressões e abreviaturas próprias da Internet.
Texto para banner de Internet.
Como a atividade de criar banners é relativamente nova, a gente aconselha você a olhar muitos banners e, principalmente, aqueles que você considera bacanas. Num banner, o texto tem que ser curto (quanto maior, mais pesado e chato fica) e você pode contar com a ferramenta da animação. Só não pode apostar todas as fichas na animação porque a gente nunca sabe se o internauta vai começar a ver o seu banner pelo início. Isso quer dizer que a seqüência do texto tem que ser muito simples. O ideal é que independente do ponto em que se inicie a leitura do banner, a mensagem faça sentido.
Spam também é cultura
A Internet é uma boa fonte para quem quer escrever melhor, seja publicitário ou não. O texto abaixo é mais um daqueles que a gente recebe por e-mail e não faz a menor idéia de sua procedência. Se você ainda não recebeu, certamente vai gostar do que vai ver e, se você já sabe do que estamos falando, vale a pena relembrá-lo.
1. Desnecessário faz-se empregar estilo de escrita demasiadamente rebuscado, conforme deve ser do conhecimento de V. Sa. Outrossim, tal prática advém de esmero excessivo que beira o exibicionismo narcisístico.
2. Evite abrev., etc.
3. Anule aliterações altamente abusivas.
4. "não esqueça das maiúsculas", como já dizia carlos machado, meu professor lá no colégio santa efigênia, em salvador, bahia.
5. Evite lugares-comuns como o diabo foge da cruz.
6. O uso de parênteses (mesmo quando for relevante) é desnecessário.
7. Estrangeirismos estão out, palavras de origem portuguesa estão in.
8. Seja seletivo no emprego de gíria, bicho, mesmo que sejam maneiras. Sacou, mané?
9. Palavras de baixo calão podem transformar seu texto numa merda.
10. Nunca generalize: generalizar é sempre um erro.
11. Evite repetir a mesma palavra, pois essa palavra vai ficar repetitiva. A repetição vai fazer com que a palavra seja repetida.
12. Não abuse das citações. Como costuma dizer meu pai: "Quem cita os outros não tem idéias próprias".
13. Frases incompletas podem causar
14. Não seja redundante, não é preciso dizer a mesma coisa de formas diferentes, isto é, basta mencionar cada argumento uma só vez. Em outras palavras, não fique repetindo a mesma idéia.
15. Seja mais ou menos especifico.
16. Frases com apenas uma palavra? Corta!
17. A voz passiva deve ser evitada.
18. Use a pontuação corretamente o ponto e a virgula especialmente sera que ninguém sabe mais usar o sinal de interrogação
19. Quem precisa de perguntas retóricas?
20. Nunca use siglas desconhecidas, conforme recomenda a A.G.O.P.
21. Exagerar é 100 bilhões de vezes pior do que a moderação.
22. Evite mesóclises. Repita comigo: "mesóclises: evitá-las-ei!"
23. Analogias na escrita são tão úteis quanto chifres numa galinha.
24. Não abuse das exclamações! Seu texto fica horrivel! Sério, cara!!!
25. Evite frases exageradamente longas, por dificultarem a compreensão da idéia contida nelas, e, concomitantemente, por conterem mais de uma idéia central, o que nem sempre torna o seu conteudo acessivel, forçando, desta forma, o pobre leitor a separá-la em seus componentes diversos, de forma a torná-las compreensiveis, o que não deveria ser, afinal de contas, parte do processo da leitura, hábito que devemos estimular através do uso de frases mais curtas.
26. Cuidado com a hortografia, para não estrupar a lingua.
27. Seja incisivo e coerente. Ou talvez seja melhor não...
segunda dica do manual de redação da dpto, com xptos de toda sorte. este chama-se " redator de internet "
Objetividade
A objetividade é uma das maiores características dos textos para a Internet. Seu visitante geralmente paga provedor de acesso e conta telefônica, além, é claro, de ter outras coisas a fazer além de ler seu texto.
Lembre-se também que, devido às dificuldades técnicas, a leitura na web é muito difícil. Primeiro, porque o número de fontes é muito limitado. Depois, porque todos os estudos de legibilidade existentes até hoje vão por água abaixo quando os textos passam a ser vistos em um monitor. Não é à toa que muita gente acaba imprimindo os textos que vê na Internet.
Seja claro
Um dos objetivos mais importantes dos textos na Internet é situar o internauta. Não é raro a gente chegar num site e se perguntar: onde estou? Pra que serve isso aqui? E, principalmente, onde é que eu clico? Seu visitante não tem como saber o que você pensou ao criar um site ou um banner. Mostre para ele onde deve clicar, por onde deve passar o mouse, o que ele deve digitar. Isso não significa que você tenha que escrever "clique aqui" em todos os links dos seus textos ou em todos os seus banners.
Textos em cascata
Tente sempre fazer com que um bloco de texto convença o internauta a ler o próximo. Coloque links em seu texto, tomando o cuidado de não deixar seu visitante perdido. Essa técnica é muito usada pelos grandes portais, para convencer o visitante a clicar na página seguinte e assim poder mostrar novos banners para o mesmo internauta. Independente do truque, isso faz com que as pessoas acabem criando um hábito de leitura específico.
Se o texto for grande
Se o texto que você tiver que colocar em uma página for muito grande, divida-o em tópicos. Fica mais fácil de ler e você ainda evita aqueles blocos gigantes de texto que fazem qualquer internauta sair correndo.
Títulos
São tão importantes na Internet como em qualquer outro veículo. Aliás, na Internet eles são até mais eficazes. E a razão é bem simples: muita gente que escreve para a Internet não tem formação publicitária e por isso acaba não sabendo como usar e escrever títulos persuasivos. Daí a vantagem de um redator que conhece propaganda.
E-mail profissional e pessoal
O e-mail pessoal você escreve do jeito que quiser. Você é quem vai assinar mesmo. Mas o e-mail que tem uma função de marketing de relacionamento, assinado pelo seu cliente, tem outra cara. Por mais informal que você queira ser, ele não pode se parecer com o seu jeito de escrever para os amigos.
O e-mail é como um anúncio.
O e-mail, quando não é um spam, torna-se uma das mais poderosas ferramentas de marketing que já apareceram. Ele deve ser encarado com a máxima seriedade pelo redator. O subject, por exemplo, tem a importância de um título.
Os parágrafos devem ser objetivos e bem estruturados. Você pode ainda colocar links no texto para completar determinada informação ou mesmo vender um produto.
Lembre-se de fazer textos rápidos. Ninguém tem saco de ler muito texto em e-mail. Principalmente se for um e-mail com fins comerciais.
Expressões da Internet
Qq, vc, tc. Qq significa qualquer. Vc é você. E tc, acredite se quiser, é um modo de dizer teclar. Apesar de serem muito legais, muito cuidado na hora de usar as expressões e abreviaturas próprias da Internet.
Texto para banner de Internet.
Como a atividade de criar banners é relativamente nova, a gente aconselha você a olhar muitos banners e, principalmente, aqueles que você considera bacanas. Num banner, o texto tem que ser curto (quanto maior, mais pesado e chato fica) e você pode contar com a ferramenta da animação. Só não pode apostar todas as fichas na animação porque a gente nunca sabe se o internauta vai começar a ver o seu banner pelo início. Isso quer dizer que a seqüência do texto tem que ser muito simples. O ideal é que independente do ponto em que se inicie a leitura do banner, a mensagem faça sentido.
Spam também é cultura
A Internet é uma boa fonte para quem quer escrever melhor, seja publicitário ou não. O texto abaixo é mais um daqueles que a gente recebe por e-mail e não faz a menor idéia de sua procedência. Se você ainda não recebeu, certamente vai gostar do que vai ver e, se você já sabe do que estamos falando, vale a pena relembrá-lo.
1. Desnecessário faz-se empregar estilo de escrita demasiadamente rebuscado, conforme deve ser do conhecimento de V. Sa. Outrossim, tal prática advém de esmero excessivo que beira o exibicionismo narcisístico.
2. Evite abrev., etc.
3. Anule aliterações altamente abusivas.
4. "não esqueça das maiúsculas", como já dizia carlos machado, meu professor lá no colégio santa efigênia, em salvador, bahia.
5. Evite lugares-comuns como o diabo foge da cruz.
6. O uso de parênteses (mesmo quando for relevante) é desnecessário.
7. Estrangeirismos estão out, palavras de origem portuguesa estão in.
8. Seja seletivo no emprego de gíria, bicho, mesmo que sejam maneiras. Sacou, mané?
9. Palavras de baixo calão podem transformar seu texto numa merda.
10. Nunca generalize: generalizar é sempre um erro.
11. Evite repetir a mesma palavra, pois essa palavra vai ficar repetitiva. A repetição vai fazer com que a palavra seja repetida.
12. Não abuse das citações. Como costuma dizer meu pai: "Quem cita os outros não tem idéias próprias".
13. Frases incompletas podem causar
14. Não seja redundante, não é preciso dizer a mesma coisa de formas diferentes, isto é, basta mencionar cada argumento uma só vez. Em outras palavras, não fique repetindo a mesma idéia.
15. Seja mais ou menos especifico.
16. Frases com apenas uma palavra? Corta!
17. A voz passiva deve ser evitada.
18. Use a pontuação corretamente o ponto e a virgula especialmente sera que ninguém sabe mais usar o sinal de interrogação
19. Quem precisa de perguntas retóricas?
20. Nunca use siglas desconhecidas, conforme recomenda a A.G.O.P.
21. Exagerar é 100 bilhões de vezes pior do que a moderação.
22. Evite mesóclises. Repita comigo: "mesóclises: evitá-las-ei!"
23. Analogias na escrita são tão úteis quanto chifres numa galinha.
24. Não abuse das exclamações! Seu texto fica horrivel! Sério, cara!!!
25. Evite frases exageradamente longas, por dificultarem a compreensão da idéia contida nelas, e, concomitantemente, por conterem mais de uma idéia central, o que nem sempre torna o seu conteudo acessivel, forçando, desta forma, o pobre leitor a separá-la em seus componentes diversos, de forma a torná-las compreensiveis, o que não deveria ser, afinal de contas, parte do processo da leitura, hábito que devemos estimular através do uso de frases mais curtas.
26. Cuidado com a hortografia, para não estrupar a lingua.
27. Seja incisivo e coerente. Ou talvez seja melhor não...
segunda dica do manual de redação da dpto, com xptos de toda sorte. este chama-se " redator de internet "
domingo, abril 16, 2006
francofobia
escrever é a arte de cortar palavras já dizia o francês. mas como fica aquela moçada que ganha por linhas ?
dicas de estilo e xpto
Redator de propaganda não é redator de jornal, de crônica ou de livro, mas algumas vezes tem que ser tudo isso, ao mesmo tempo. Apesar de parecer a maior lorota do mundo e "papo de publicitário", escrever para propaganda também tem lá o seu estilo. E tão difícil quanto conciliar as aspirações e os desejos pessoais de cada um com o job que está em cima da mesa, é ficar dando dicas de como escrever bem (aliás, esse assunto dá um livro). Por isso mesmo, aqui vão algumas dicas básicas do que não fazer. São coisas simples, mas que, se todo mundo soubesse, milhões de micos seriam evitados.
Ponto de exclamação: uma vítima do preconceito dos publicitários.
Para não ser radical e falar "evite", é preferível dizer que o melhor é ter bom senso. No mercado publicitário convencionou-se que os títulos terminam com ponto final. É claro que em alguns casos e quando o próprio ponto de exclamação faz parte da idéia, você tem que usar o dito cujo. Na prática, o ponto de exclamação é claramente discriminado pelos redatores.
Reticências: fuja delas.
É um caso parecido com o do ponto de exclamação, mas que merece um rigor na avaliação ainda maior.
Lhe. Muito formal.
O "lhe" dá ao título (ou ao texto) um tom muito formal e, como na maioria das vezes o texto publicitário tem a intenção de falar a língua do consumidor, é bom pensar duas vezes antes de usar. Ou sua mãe é daquelas que dizem: "eu lhe disse para levar o agasalho, pequenino. O sereno da madrugada é deveras prejudicial, querido".
O que é uma fórmula manjada? Veja estes exemplos.
* Títulos que começam com porque: Detetive Galeano. Porque você não nasceu para ser enganado.
* Títulos que começam com pra quem: Detetive Galeano. Pra quem não nasceu pra ser enganado.
* Títulos que usam "mais que": Detetive Galeano. Mais que um detetive: um verdadeiro sistema de informações.
* Títulos baseados na expressão "se é assim que você...": Se é assim que você se sente quando é enganado, chame o Detetive Galeano.
* Títulos em dois tempos que usam uma negativa no segundo: Todo homem é um corno em potencial. Os clientes do Detetive Galeano, não.
* Títulos que começam com "olha" ou "isso é que é": Detetive Galeano. Isso é que é remédio pra dor de cabeça.
* Títulos que terminam com "não necessariamente nessa ordem": Informação, vingança e sacanagem. Não necessariamente nessa ordem.
* Títulos que começam com "Quem disse?": Quem disse que dor de corno não tem cura?
* Títulos em dois tempos que usam palavras antagônicas: O galho. O machado.
Como e quando usar títulos baseados em fórmulas manjadas?
Use só se for muito conveniente. Muito conveniente, ok?
A nível de, enquanto. Coisa feia.
A nível de dica enquanto manha do metiê, nunca escreva isso num texto pelo-amor-de-deus! Esses modismos são chatos e gramaticalmente errados. Não existe "a nível", existe "em nível" (que é igualmente ruim). Use uma formulação diferente e, caso seja possível, remende com um "em termos". Já o "enquanto" deve ser usado quando se tem uma referência temporal no texto e nunca substituindo o "como". Você é um redator e tem a obrigação de encontrar recursos para fugir dessas coisas feias.
Texto que dorme.
Uma técnica que funciona bem é fazer uma idéia, um título ou um texto dormir. Experimente criar num dia e avaliar no outro. É batata. Funciona mesmo. Se a idéia for boa, você não terá dúvidas no outro dia. Se for ruim, vem à tona na hora. A ficha cai.
O dilema dos anglicismos.
A influência dos americanos na nossa economia é tão grande que é quase impossível fugir das palavras que vêm diretamente do inglês. Num texto qualquer, você escreveria estande ou stand? Escanear ou Scannear? Apagar ou deletar? Público-alvo ou target? Não existe regra ou padrão que agrade a todos. Mas aqui vale uma dica: use a coerência. Tente seguir o seu próprio padrão, usando sempre que possível o mesmo critério. Isso vai evitar que você use formas diferentes no mesmo texto. Outra coisa: pense em quem vai ler o seu texto e qual seria a opinião desses consumidores.
Tracadalho do carilho.
O trocadilho já foi muito usado para garantir um tom bem-humorado, principalmente aos títulos. Hoje, já estão bem desgastados e o redator que usa um trocadilho acaba sendo taxado de canastrão. Pense bem na hora de mostrar para o seu diretor de criação. Se ele não estiver bem-humorado, você pode ir pra rua da amargura. Ops!
dicas de estilo e xpto(o xpto é por nossa conta) são dicas da dpto. que com muito bom humor coloca o dedo na ferida o que prova que quando bem escrito até manual é leitura de domingo.
Ponto de exclamação: uma vítima do preconceito dos publicitários.
Para não ser radical e falar "evite", é preferível dizer que o melhor é ter bom senso. No mercado publicitário convencionou-se que os títulos terminam com ponto final. É claro que em alguns casos e quando o próprio ponto de exclamação faz parte da idéia, você tem que usar o dito cujo. Na prática, o ponto de exclamação é claramente discriminado pelos redatores.
Reticências: fuja delas.
É um caso parecido com o do ponto de exclamação, mas que merece um rigor na avaliação ainda maior.
Lhe. Muito formal.
O "lhe" dá ao título (ou ao texto) um tom muito formal e, como na maioria das vezes o texto publicitário tem a intenção de falar a língua do consumidor, é bom pensar duas vezes antes de usar. Ou sua mãe é daquelas que dizem: "eu lhe disse para levar o agasalho, pequenino. O sereno da madrugada é deveras prejudicial, querido".
O que é uma fórmula manjada? Veja estes exemplos.
* Títulos que começam com porque: Detetive Galeano. Porque você não nasceu para ser enganado.
* Títulos que começam com pra quem: Detetive Galeano. Pra quem não nasceu pra ser enganado.
* Títulos que usam "mais que": Detetive Galeano. Mais que um detetive: um verdadeiro sistema de informações.
* Títulos baseados na expressão "se é assim que você...": Se é assim que você se sente quando é enganado, chame o Detetive Galeano.
* Títulos em dois tempos que usam uma negativa no segundo: Todo homem é um corno em potencial. Os clientes do Detetive Galeano, não.
* Títulos que começam com "olha" ou "isso é que é": Detetive Galeano. Isso é que é remédio pra dor de cabeça.
* Títulos que terminam com "não necessariamente nessa ordem": Informação, vingança e sacanagem. Não necessariamente nessa ordem.
* Títulos que começam com "Quem disse?": Quem disse que dor de corno não tem cura?
* Títulos em dois tempos que usam palavras antagônicas: O galho. O machado.
Como e quando usar títulos baseados em fórmulas manjadas?
Use só se for muito conveniente. Muito conveniente, ok?
A nível de, enquanto. Coisa feia.
A nível de dica enquanto manha do metiê, nunca escreva isso num texto pelo-amor-de-deus! Esses modismos são chatos e gramaticalmente errados. Não existe "a nível", existe "em nível" (que é igualmente ruim). Use uma formulação diferente e, caso seja possível, remende com um "em termos". Já o "enquanto" deve ser usado quando se tem uma referência temporal no texto e nunca substituindo o "como". Você é um redator e tem a obrigação de encontrar recursos para fugir dessas coisas feias.
Texto que dorme.
Uma técnica que funciona bem é fazer uma idéia, um título ou um texto dormir. Experimente criar num dia e avaliar no outro. É batata. Funciona mesmo. Se a idéia for boa, você não terá dúvidas no outro dia. Se for ruim, vem à tona na hora. A ficha cai.
O dilema dos anglicismos.
A influência dos americanos na nossa economia é tão grande que é quase impossível fugir das palavras que vêm diretamente do inglês. Num texto qualquer, você escreveria estande ou stand? Escanear ou Scannear? Apagar ou deletar? Público-alvo ou target? Não existe regra ou padrão que agrade a todos. Mas aqui vale uma dica: use a coerência. Tente seguir o seu próprio padrão, usando sempre que possível o mesmo critério. Isso vai evitar que você use formas diferentes no mesmo texto. Outra coisa: pense em quem vai ler o seu texto e qual seria a opinião desses consumidores.
Tracadalho do carilho.
O trocadilho já foi muito usado para garantir um tom bem-humorado, principalmente aos títulos. Hoje, já estão bem desgastados e o redator que usa um trocadilho acaba sendo taxado de canastrão. Pense bem na hora de mostrar para o seu diretor de criação. Se ele não estiver bem-humorado, você pode ir pra rua da amargura. Ops!
dicas de estilo e xpto(o xpto é por nossa conta) são dicas da dpto. que com muito bom humor coloca o dedo na ferida o que prova que quando bem escrito até manual é leitura de domingo.
sábado, abril 15, 2006
quase meca
ilusão é crer que se pode industrializar um país construindo fábricas. impossível. industrializar um país é construir mercados.
paul g. hofmann, citado no capítulo dois de marketing para o século XXI, philip kotler, da futura, de 1999.
paul g. hofmann, citado no capítulo dois de marketing para o século XXI, philip kotler, da futura, de 1999.
quase tio patinhas ou porque ostentação rima mais com pobretão ?
O misterioso bilionário da construção civil brasileira.
Como o recluso Elie Horn tornou-se um os homens mais ricos do País ao fazer da Cyrela uma empresa de R$ 5 bilhões
Elie Horn gosta de carro velho. Dirige um Versailles, sedan da Ford que saiu de linha em 1996 e não deixou saudades.O carro só conhece um caminho em São Paulo: do bairro onde Horn mora à avenida Faria Lima, sede da Cyrela Brazil Realty, seu local de trabalho. O dono da maior incorporadora e construtora brasileira não gosta de fazer nada muito diferente do roteiro casa-trabalho-casa. A única exceção são as visitas à sinagoga, feitas religiosamente todas as sextas e sábados. Mas a pé - porque durante o "shabat" ele, judeu ortodoxo, não dirige. Eventos? Esqueça. Ele não vai a nenhum. Fotos e entrevistas? Nem pensar. É uma verdadeira aversão a aparições públicas. Perguntar a um de seus funcionários sobre sua personalidade ou temperamento é ver o empregado tremer de medo de perder sua vaga. Esse é o mundo fechado de Elie Horn, o bilionário da construção civil, 60 anos, com fortuna pessoal de US$ 1,3 bilhão - o que o levou a figurar na lista dos homens mais ricos e poderosos das Américas. No caso de Horn, poderoso e misterioso. O que se sabe dele é o que poucos amigos contam. E, mesmo os amigos, sabem muito pouco sobre ele.
Humberto Franco ; Edifício em SP : apartamentos que custam R$ 11,5 milhões
Nascido em 1944 na cidade de Alepo, na Síria, Horn veio para o Brasil aos 11 anos. Na adolescência, começou a trabalhar com os irmãos em uma construtora paulistana, onde aprendeu a lidar com terrenos, cimento e tijolos. Já formado em direito e depois de 20 anos como funcionário da construtora, fundou sua própria empresa, a Cyrela, hoje uma potência do setor. Na terça-feira 28, a construtora divulgou seu balanço financeiro, com um reluzente lucro líquido de R$ 127,8 milhões (leia quadro) . A Cyrela tem muito dos hábitos pessoais de Horn. "Os corretores não fecham nenhum negócio das 5 da tarde de Sexta-feira até o pôr-do-sol do Sábado", conta Luiz Paulo Pompéia, diretor da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp), que mapea o mercado imobiliário na cidade de São Paulo. Nesse horário, o período em que dura o Sábado sagrado judaico, todos os 1,2 mil funcionários da empresa são orientados a deixar o trabalho - mesmo que um baita negócio esteja para ser fechado. Ou mesmo sendo o Sábado o dia em que mais da metade das vendas do setor são concretizadas. "Elie Horn é profundamente enraizado no judaísmo e por isso faz questão de que sua empresa e seus negócios sigam seus preceitos", diz o rabino Henri Sobel, presidente da Congregação Israelita de São Paulo, com quem Horn gosta de se reunir eventualmente para debater filosofia hebraica. Tanto que o empresário, conforme atestam seus amigos, doa mensalmente 20% de seus rendimento a entidades de caridade - sempre ligadas à crença israelita.
Fora do período do santo descanso semanal judaico, Horn é do tipo que trabalha umas 15 horas por dia."Ele acorda às 4 da manhã e às seis já está no escritório. Sai às oito da noite e pouco depois das nove vai dormir", diz o empresário e amigo Romeu Chap Chap, presidente do Sindicato das Empresas de Compra, Venda e Locação de Imóveis (Secovi-SP). “É um sujeito simples, de hábitos simples. Não veste grife e você não o verá em campos de golfe, de pólo e nem mesmo em encontros do setor”. Chap Chap conta que certa vez tentou convencer o dono da Cyrela a comparecer a eventos nos quais sua empresa seria premiada. Ouviu a seguinte explicação de Horn: “As premiações desta vida são negativas na próxima vida”. Ele pode até abrir mão dos prêmios, mas não abre mão da liderança da Cyrela. Horn conseguiu transformar a empresa na maior incorporadora e construtora de imóveis do País, com 5,5% do mercado nos últimos dois anos, segundo a Embraesp."Ter essa fatia num ramo onde as dez primeiras companhias do setor detém 30% do mercado é muito expressivo", diz o diretor da entidade. E é verdade: entre incorporadoras (as empresas donas de uma obra) e construtoras (as que executam a obra) existem cerca de 400 firmas somente na região metropolitana de São Paulo.
O que faz a Cyrela ser diferente e a maior entre suas concorrentes, segundo o gerente sênior de auditoria da BDO Trevisan, Henrique Campos, são as estratégias de negócio adotadas por Horn. A primeira, é o foco no cliente que pode pagar por apartamentos de até 1.500 metros quadrados, com preço para lá dos R$ 7 milhões. Um deles, o Parque Alfredo Volpi, na região do Morumbi, em São Paulo, tem cinco suítes e uma varanda de quase 90 metros quadrados - maior que muito apartamento e classe média. Custa R$ 11,5 milhões, o que garante uma boa margem de lucro à empresa. Fazer parcerias com construtoras concorrentes também é outro traço da Cyrela "Dessa maneira, dividimos riscos e somamos nossas forças de vendas", diz Meyer.Joseph Nigri, presidente da Tecnisa, outra grande construtora, parceira da Cyrela. Segundo ele, os lançamentos da Tecnisa com melhor margem de lucro e maior velocidade de vendas foram feitos juntos com a companhia de Horn. Um condomínio na Vila Nova Conceição, em São Paulo, por exemplo, teve 108 unidades totalmente vendidas em duas semanas.
As parcerias, também ajudam a capitalizar a empresa, segundo o auditor da Trevisan. "Em 2004, a companhia tinha R$ 242 milhões em imóveis a comercializar, o que no setor eqüivale a um bom estoque e representa um sinal de saúde financeira", diz Campos. "No final de 2005, essa quantia tinha quase duplicado, chegando aos R$ 421 milhões." Não é para menos. A Cyrela abriu capital em setembro do ano passado, o que garantiu o maior aporte de investidores, boa parte deles do exterior, e catapultou a fortuna de Horn, dono de 52% da construtora. Hoje, o valor de mercado da empresa chega a R$ 5 bilhões. Mas, apesar do lançamento de ações ter sido bem sucedido, é aí que pode estar o calcanhar de Aquiles da empresa. Fechada como é e avessa a se relacionar com a imprensa - assim como seu fundador - a Cyrela não é tão transparente em suas informações como deveria ser, já que está listada no Novo Mercado - as companhias da Bovespa que devem ter o maior grau de governança corporativa. "A princípio, parece bom ser tão 'low profile' e não oferecer informações que podem chegar aos competidores. Mas uma vez que a empresa é aberta, isso pode ser um tiro no pé. O investidor toma sua decisão de colocar ou não dinheiro na empresa conforme o nível de informações que tem dela", explica Alexandre di Miceli, pesquisador-chefe do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC). Talvez de olho nisso, a Cyrela já esteja pensando em ser mais comunicativa. Na semana passada, abriu uma nova diretoria na empresa: a de marketing. Resta saber se o novo executivo fará da Cyrela uma empresa mais transparente, ou se também ele vai rezar pela cartilha de Elie Horn.
lílian cunha , para a isto é dinheiro, no comecinho de abril
Como o recluso Elie Horn tornou-se um os homens mais ricos do País ao fazer da Cyrela uma empresa de R$ 5 bilhões
Elie Horn gosta de carro velho. Dirige um Versailles, sedan da Ford que saiu de linha em 1996 e não deixou saudades.O carro só conhece um caminho em São Paulo: do bairro onde Horn mora à avenida Faria Lima, sede da Cyrela Brazil Realty, seu local de trabalho. O dono da maior incorporadora e construtora brasileira não gosta de fazer nada muito diferente do roteiro casa-trabalho-casa. A única exceção são as visitas à sinagoga, feitas religiosamente todas as sextas e sábados. Mas a pé - porque durante o "shabat" ele, judeu ortodoxo, não dirige. Eventos? Esqueça. Ele não vai a nenhum. Fotos e entrevistas? Nem pensar. É uma verdadeira aversão a aparições públicas. Perguntar a um de seus funcionários sobre sua personalidade ou temperamento é ver o empregado tremer de medo de perder sua vaga. Esse é o mundo fechado de Elie Horn, o bilionário da construção civil, 60 anos, com fortuna pessoal de US$ 1,3 bilhão - o que o levou a figurar na lista dos homens mais ricos e poderosos das Américas. No caso de Horn, poderoso e misterioso. O que se sabe dele é o que poucos amigos contam. E, mesmo os amigos, sabem muito pouco sobre ele.
Humberto Franco ; Edifício em SP : apartamentos que custam R$ 11,5 milhões
Nascido em 1944 na cidade de Alepo, na Síria, Horn veio para o Brasil aos 11 anos. Na adolescência, começou a trabalhar com os irmãos em uma construtora paulistana, onde aprendeu a lidar com terrenos, cimento e tijolos. Já formado em direito e depois de 20 anos como funcionário da construtora, fundou sua própria empresa, a Cyrela, hoje uma potência do setor. Na terça-feira 28, a construtora divulgou seu balanço financeiro, com um reluzente lucro líquido de R$ 127,8 milhões (leia quadro) . A Cyrela tem muito dos hábitos pessoais de Horn. "Os corretores não fecham nenhum negócio das 5 da tarde de Sexta-feira até o pôr-do-sol do Sábado", conta Luiz Paulo Pompéia, diretor da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp), que mapea o mercado imobiliário na cidade de São Paulo. Nesse horário, o período em que dura o Sábado sagrado judaico, todos os 1,2 mil funcionários da empresa são orientados a deixar o trabalho - mesmo que um baita negócio esteja para ser fechado. Ou mesmo sendo o Sábado o dia em que mais da metade das vendas do setor são concretizadas. "Elie Horn é profundamente enraizado no judaísmo e por isso faz questão de que sua empresa e seus negócios sigam seus preceitos", diz o rabino Henri Sobel, presidente da Congregação Israelita de São Paulo, com quem Horn gosta de se reunir eventualmente para debater filosofia hebraica. Tanto que o empresário, conforme atestam seus amigos, doa mensalmente 20% de seus rendimento a entidades de caridade - sempre ligadas à crença israelita.
Fora do período do santo descanso semanal judaico, Horn é do tipo que trabalha umas 15 horas por dia."Ele acorda às 4 da manhã e às seis já está no escritório. Sai às oito da noite e pouco depois das nove vai dormir", diz o empresário e amigo Romeu Chap Chap, presidente do Sindicato das Empresas de Compra, Venda e Locação de Imóveis (Secovi-SP). “É um sujeito simples, de hábitos simples. Não veste grife e você não o verá em campos de golfe, de pólo e nem mesmo em encontros do setor”. Chap Chap conta que certa vez tentou convencer o dono da Cyrela a comparecer a eventos nos quais sua empresa seria premiada. Ouviu a seguinte explicação de Horn: “As premiações desta vida são negativas na próxima vida”. Ele pode até abrir mão dos prêmios, mas não abre mão da liderança da Cyrela. Horn conseguiu transformar a empresa na maior incorporadora e construtora de imóveis do País, com 5,5% do mercado nos últimos dois anos, segundo a Embraesp."Ter essa fatia num ramo onde as dez primeiras companhias do setor detém 30% do mercado é muito expressivo", diz o diretor da entidade. E é verdade: entre incorporadoras (as empresas donas de uma obra) e construtoras (as que executam a obra) existem cerca de 400 firmas somente na região metropolitana de São Paulo.
O que faz a Cyrela ser diferente e a maior entre suas concorrentes, segundo o gerente sênior de auditoria da BDO Trevisan, Henrique Campos, são as estratégias de negócio adotadas por Horn. A primeira, é o foco no cliente que pode pagar por apartamentos de até 1.500 metros quadrados, com preço para lá dos R$ 7 milhões. Um deles, o Parque Alfredo Volpi, na região do Morumbi, em São Paulo, tem cinco suítes e uma varanda de quase 90 metros quadrados - maior que muito apartamento e classe média. Custa R$ 11,5 milhões, o que garante uma boa margem de lucro à empresa. Fazer parcerias com construtoras concorrentes também é outro traço da Cyrela "Dessa maneira, dividimos riscos e somamos nossas forças de vendas", diz Meyer.Joseph Nigri, presidente da Tecnisa, outra grande construtora, parceira da Cyrela. Segundo ele, os lançamentos da Tecnisa com melhor margem de lucro e maior velocidade de vendas foram feitos juntos com a companhia de Horn. Um condomínio na Vila Nova Conceição, em São Paulo, por exemplo, teve 108 unidades totalmente vendidas em duas semanas.
As parcerias, também ajudam a capitalizar a empresa, segundo o auditor da Trevisan. "Em 2004, a companhia tinha R$ 242 milhões em imóveis a comercializar, o que no setor eqüivale a um bom estoque e representa um sinal de saúde financeira", diz Campos. "No final de 2005, essa quantia tinha quase duplicado, chegando aos R$ 421 milhões." Não é para menos. A Cyrela abriu capital em setembro do ano passado, o que garantiu o maior aporte de investidores, boa parte deles do exterior, e catapultou a fortuna de Horn, dono de 52% da construtora. Hoje, o valor de mercado da empresa chega a R$ 5 bilhões. Mas, apesar do lançamento de ações ter sido bem sucedido, é aí que pode estar o calcanhar de Aquiles da empresa. Fechada como é e avessa a se relacionar com a imprensa - assim como seu fundador - a Cyrela não é tão transparente em suas informações como deveria ser, já que está listada no Novo Mercado - as companhias da Bovespa que devem ter o maior grau de governança corporativa. "A princípio, parece bom ser tão 'low profile' e não oferecer informações que podem chegar aos competidores. Mas uma vez que a empresa é aberta, isso pode ser um tiro no pé. O investidor toma sua decisão de colocar ou não dinheiro na empresa conforme o nível de informações que tem dela", explica Alexandre di Miceli, pesquisador-chefe do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC). Talvez de olho nisso, a Cyrela já esteja pensando em ser mais comunicativa. Na semana passada, abriu uma nova diretoria na empresa: a de marketing. Resta saber se o novo executivo fará da Cyrela uma empresa mais transparente, ou se também ele vai rezar pela cartilha de Elie Horn.
lílian cunha , para a isto é dinheiro, no comecinho de abril
sexta-feira, abril 14, 2006
sexta feira santa
" o fabricante de anões acaba destruido pelas próprias miniaturas que criou ".
eu estava falando de propaganda e das nuances internas e externas do relacionamento cliente-agência. mas pensando bem aplique-se ao resto da humanidade.
eu estava falando de propaganda e das nuances internas e externas do relacionamento cliente-agência. mas pensando bem aplique-se ao resto da humanidade.
politicamente correto ?
Segundo informou, nesta quinta-feira, 13 de abril, o Blog do Fernando Rodrigues ( http://uolpolitica.blog.uol.com.br/index.html ), às 17:22, o PT vai trabalhar neste primeiro semestre com estratégias de marketing desenvolvidas pela agência Link Comunicação e Propaganda, do publicitário Edson Barbosa. Na próxima semana, conforme informações levantadas pelo jornalista, o partido veiculará 30 comerciais, cada um com 30 segundos, para exaltar a administração federal petista e a performance do presidente da República, consumindo parte do tempo concedido compulsoriamente pelas emissoras brasileiras de televisão à propaganda partidária.
“Um dos comerciais terá uma mulher narrando, de maneira emocionada, os feitos do governo nos últimos três anos. Concluirá dizendo: ‘Nunca em toda a história do Brasil um presidente da República tratou os mais humildes dessa maneira. É por isso que Lula é o meu presidente. E nele eu confio’. A cena é cortada e entra na tela uma estrela do PT, pulsando. Outro dos spots de 30 segundos fará uma comparação explícita entre Lula e o governo anterior. ‘Quem fez mais pelo Brasil? O PT de Lula ou o PSDB de FHC e Alckmin?’. É uma estratégia arriscada: o PT ajudará a tornar nacional o nome do adversário de Lula na eleição de outubro, o tucano Geraldo Alckmin”, escreveu Fernando Rodrigues em seu blog.
Ele também conta que os comerciais já teriam sido testados em algumas praças onde o PT tinha tempo reservado para sua propaganda local, como o Pará.
A Link Comunicação e Propaganda tem escritórios em Salvador, Fortaleza, Brasília e em Luanda (Angola), como indica seu site ( http://www.linkpropaganda.com.br ). A agência é certificada pelo Cenp (Conselho Executivo de Normas-Padrão), está associada à Fenapro (Federação Nacional das Agências de Propaganda), mas não consta da lista de filiadas à Abap (Associação Brasileira de Agências de Publicidade)
gisele centenaro para o seu portal da propaganda
“Um dos comerciais terá uma mulher narrando, de maneira emocionada, os feitos do governo nos últimos três anos. Concluirá dizendo: ‘Nunca em toda a história do Brasil um presidente da República tratou os mais humildes dessa maneira. É por isso que Lula é o meu presidente. E nele eu confio’. A cena é cortada e entra na tela uma estrela do PT, pulsando. Outro dos spots de 30 segundos fará uma comparação explícita entre Lula e o governo anterior. ‘Quem fez mais pelo Brasil? O PT de Lula ou o PSDB de FHC e Alckmin?’. É uma estratégia arriscada: o PT ajudará a tornar nacional o nome do adversário de Lula na eleição de outubro, o tucano Geraldo Alckmin”, escreveu Fernando Rodrigues em seu blog.
Ele também conta que os comerciais já teriam sido testados em algumas praças onde o PT tinha tempo reservado para sua propaganda local, como o Pará.
A Link Comunicação e Propaganda tem escritórios em Salvador, Fortaleza, Brasília e em Luanda (Angola), como indica seu site ( http://www.linkpropaganda.com.br ). A agência é certificada pelo Cenp (Conselho Executivo de Normas-Padrão), está associada à Fenapro (Federação Nacional das Agências de Propaganda), mas não consta da lista de filiadas à Abap (Associação Brasileira de Agências de Publicidade)
gisele centenaro para o seu portal da propaganda
todo mundo gosta de mim
Aposto que tu já protagonizaste ou presenciaste essa cena: "Mas como não posso ir? Todo mundo vai!". Esta é a frase bate-pé, derradeira, a última cartada.
Se tu assististe O Dia Depois de Amanhã (2004, Roland Emmerich) já imaginaste milhões de pessoas indo para esse tal lugar, não é mesmo? Felizmente, o caso aqui é outro. O que vais perceber agora é que essas frases manhosas, por si só, não se justificam. Mas que, para quem as pronuncia, se justifica. E muito.
O adolescente é um exemplo de perfil de público que utiliza essa força de expressão. O jovem necessita fazer parte de um grupo: podem ser até três amigos mas, para ele, este é o seu "todo mundo". Se aqueles três amigos não forem a uma festa, mesmo que esta tivesse sido um sucesso, com a presença de milhares de pessoas, quando questionado, o jovem comentaria tranqüilamente: "ninguém foi".
Aonde quero chegar? A comunicação precisa entender o "todo mundo" de cada um. Se o produto ou serviço não obtiver atitude positiva por parte do seu grupo de interesse, a resposta será: "ninguém" gosta daquilo. Na lata.
É paradoxal: em um período de globalização, de dinamicidade da informação, de muitas ações de guerrilha, de relacionamento, virais etc., devemos buscar a forma mais pessoal e dirigida de atingir o consumidor. É importantíssimo conhecermos o "todo mundo" de cada produto ou serviço.
Eles (os integrantes do "todo mundo") exercem fundamental papel de influência e, muitas vezes, de decisão de compra. Se o mais influente do grupo comprou, é quase que obrigatório adquirir também. Só de cor diferente, pra dizer que tem personalidade.
É claro que não são apenas os jovens que têm o seu "todo mundo" e também é raro a pessoa ter apenas um "todo mundo". Geralmente convergimos para grupos de interesses afins e mesmo gêmeos podem ter diferentes motivações. Para cada grupo, podemos ter amigos diferentes. Assim se constroem as cadeias de relacionamento.
Investigando um pouquinho, pode descobrir, sim, esse "todo mundo" do seu produto ou serviço. O setor de planejamento e pesquisa das agências é responsável por coletar um conjunto de informações e apontar estrategicamente a melhor maneira de falar com o seu público-alvo.
Identificar o "todo mundo" seria, retomando os conceitos clássicos de posicionamento, o processo de qualificar mais profundamente os segmentos de público. E segmentar público, hoje, não é "masculino, 25 a 35 anos, classe B". É bem mais que isso.
Você sabe quem é o "todo mundo" do seu cliente?
do andré torales, gerente de planejamento da overco, no seu quem é o "todo mundo" do seu cliente?
Se tu assististe O Dia Depois de Amanhã (2004, Roland Emmerich) já imaginaste milhões de pessoas indo para esse tal lugar, não é mesmo? Felizmente, o caso aqui é outro. O que vais perceber agora é que essas frases manhosas, por si só, não se justificam. Mas que, para quem as pronuncia, se justifica. E muito.
O adolescente é um exemplo de perfil de público que utiliza essa força de expressão. O jovem necessita fazer parte de um grupo: podem ser até três amigos mas, para ele, este é o seu "todo mundo". Se aqueles três amigos não forem a uma festa, mesmo que esta tivesse sido um sucesso, com a presença de milhares de pessoas, quando questionado, o jovem comentaria tranqüilamente: "ninguém foi".
Aonde quero chegar? A comunicação precisa entender o "todo mundo" de cada um. Se o produto ou serviço não obtiver atitude positiva por parte do seu grupo de interesse, a resposta será: "ninguém" gosta daquilo. Na lata.
É paradoxal: em um período de globalização, de dinamicidade da informação, de muitas ações de guerrilha, de relacionamento, virais etc., devemos buscar a forma mais pessoal e dirigida de atingir o consumidor. É importantíssimo conhecermos o "todo mundo" de cada produto ou serviço.
Eles (os integrantes do "todo mundo") exercem fundamental papel de influência e, muitas vezes, de decisão de compra. Se o mais influente do grupo comprou, é quase que obrigatório adquirir também. Só de cor diferente, pra dizer que tem personalidade.
É claro que não são apenas os jovens que têm o seu "todo mundo" e também é raro a pessoa ter apenas um "todo mundo". Geralmente convergimos para grupos de interesses afins e mesmo gêmeos podem ter diferentes motivações. Para cada grupo, podemos ter amigos diferentes. Assim se constroem as cadeias de relacionamento.
Investigando um pouquinho, pode descobrir, sim, esse "todo mundo" do seu produto ou serviço. O setor de planejamento e pesquisa das agências é responsável por coletar um conjunto de informações e apontar estrategicamente a melhor maneira de falar com o seu público-alvo.
Identificar o "todo mundo" seria, retomando os conceitos clássicos de posicionamento, o processo de qualificar mais profundamente os segmentos de público. E segmentar público, hoje, não é "masculino, 25 a 35 anos, classe B". É bem mais que isso.
Você sabe quem é o "todo mundo" do seu cliente?
do andré torales, gerente de planejamento da overco, no seu quem é o "todo mundo" do seu cliente?
quinta-feira, abril 13, 2006
divã
"o medo de ousar fechou muito mais empresas do que a ousadia ".
(chamada da contra-capa do fazer acontecer, de quem? você já sabe. veja inúmeros posts anteriores se não lembra)
(chamada da contra-capa do fazer acontecer, de quem? você já sabe. veja inúmeros posts anteriores se não lembra)
abdominais
dê um feriado ao medíocre. eu, por exemplo dei-me a semana passada inteira invertendo os papéis.
negócio é o seguinte: desde os anos 60, já nos cursos de buffalo, creativty e outras bossas, que o costume de praticar exercícios, inclusive com troca de papéis(de papéis) é usada como acelerador de potencialidades.
esta semana por exemplo, eu disse basta a mim mesmo, e tentei fazer tudo que visse pela frente seguindo o denominador comum: faturar. então que se fudesse o bom gosto, a pertinência, o foco, a aderência, a sinergia,e todos aqueles primados que são mandados pro cacete no dia-a-dia. tenho de confessar: falhei redondamente. não conseguir fazer nada de ruim que prestasse.
já você, que é muitíssimo mais talentoso do que eu, bem que podia fazer o contrário: apegar-se a todos estes primados, sem deixar de lado o verbo e predicado faturar, obviamente, e tentar o exercício de fazer o melhor que pode. se falhar, pode crer que sensação não o fará ficar na merda com eu fiquei.
se no meio do exercício, desanimar, lembre-se do leo burnett: " quando tentamos alcançar as estrelas, podemos não conseguir. mas pelo menos não ficamos com as mãos cheias de lama. falando nisso, www.leoburnett.com
simples e brilhante, sem falar no discurso do leo. estou repetindo-me mas vale a pena. principalmente para dar uma lição de modernidade aos ditos modernos.
negócio é o seguinte: desde os anos 60, já nos cursos de buffalo, creativty e outras bossas, que o costume de praticar exercícios, inclusive com troca de papéis(de papéis) é usada como acelerador de potencialidades.
esta semana por exemplo, eu disse basta a mim mesmo, e tentei fazer tudo que visse pela frente seguindo o denominador comum: faturar. então que se fudesse o bom gosto, a pertinência, o foco, a aderência, a sinergia,e todos aqueles primados que são mandados pro cacete no dia-a-dia. tenho de confessar: falhei redondamente. não conseguir fazer nada de ruim que prestasse.
já você, que é muitíssimo mais talentoso do que eu, bem que podia fazer o contrário: apegar-se a todos estes primados, sem deixar de lado o verbo e predicado faturar, obviamente, e tentar o exercício de fazer o melhor que pode. se falhar, pode crer que sensação não o fará ficar na merda com eu fiquei.
se no meio do exercício, desanimar, lembre-se do leo burnett: " quando tentamos alcançar as estrelas, podemos não conseguir. mas pelo menos não ficamos com as mãos cheias de lama. falando nisso, www.leoburnett.com
simples e brilhante, sem falar no discurso do leo. estou repetindo-me mas vale a pena. principalmente para dar uma lição de modernidade aos ditos modernos.
oldies but goldies
no tempo que salário de publicitário ainda não era a segunda maior mentira do mundo - a primeira é só vou botar a cabecinha - colecionava títulos da taschen. www.taschen.com agora tempos de vacas magras, loucas, cow parade e os escambau, adentrar culturas, sicilianos e afins, pode ser um bom passatempo de quem anda de mercado em mercado tentando vender seu peixe.
all american ads 60 s, (icons) edição do steven heller é um reencontro que me faz não resisistir a tentação de folheá-lo novamente. para quem não conhece, neste livro, pode-se compreender a afirmação para muita gente inimaginável de que moderno, novo, criativo mesmo é bill bernabach. o resto é diluição, quando não enganação.
ugh! de 1964 é para deixar i-pods e semelhantes ultrapassados já de saída. maravilha de conceito e que elegância de leiaute, sendo nada mais nada menos do que um anúncio - vendedor de marca e de produto - sim senhor de varejo.
ronaldo, o fenômeno, de fragilidade, só se for, toureando? esqueça. em 1961 um toureiro, sem necessidade de mostrar arena, já toureava um oldsmobile num contraponto de azul e leves amarelos a um vermelho, numa concisão e uma stop-power de arrasar-quarteirão.
poderia descrever página por página, mas deixo pra você, se for curioso, e teimoso o suficiente, no bom sentido para fazer sua incursão, que também pode contemplar os all american ads 40s , 50 s. se não, fique por aí .achando-se o moderno. e dê-se por feliz em não encontrar entre seus pares quem tenha tal hábito. aliás, não sei, porque sendo tão fácil, não se desmascara tanto pistache que anda por aí a vender-se como up-to-date.
pra encerrar, sem tirar o mérito da shift, "pequena" agência catarinense que cravou anúncios no archive recentemente, na edição que muita gente deve estar chupan... ops! folheando agora, um banho sem palavras do maidenform de 1961, com a excelência do domínio do chiaro-scuro, em dupla página, tirando partido da divisão entre página de encadernações em brochura ou mesmo grampos, onde um fundo de esféricos brancos sobre fundos pretos contrapôe-se a um lenço de cabeça onde esféricos pretos sobre fundo branco(considere os esféricos do tamanho de moedas de dez centavos) com o o rosto da modelo, que não tem franja preta por acaso, em detalhe, e onde a pele, levemente maquiada, serve de substrato para uma magistral boca pintada de vermelho, que rivaliza, harmonicamente, com grandes olhos e cílios sombreados e preto, escolhidos a dedo, o eque só faz realçar o efeito de duplicância e gestalt, ao nível de ilusão de ótica, em nada sendo ilusão. neste caso, nem cabe a pergunta: pra que texto? ah! anúncio sem texto é coisa da geração 90s 00s, não é o que proclamam os modernos também?
enfim, nada de photoshop ou manipulação de imagem. apenas idéia e pronto. se isso não for ser moderno, eu nasci há dez mil anos atrás.
in tempo: chamava-se a isso na época direção de arte. depois, virou o que se vê.
all american ads 60 s, (icons) edição do steven heller é um reencontro que me faz não resisistir a tentação de folheá-lo novamente. para quem não conhece, neste livro, pode-se compreender a afirmação para muita gente inimaginável de que moderno, novo, criativo mesmo é bill bernabach. o resto é diluição, quando não enganação.
ugh! de 1964 é para deixar i-pods e semelhantes ultrapassados já de saída. maravilha de conceito e que elegância de leiaute, sendo nada mais nada menos do que um anúncio - vendedor de marca e de produto - sim senhor de varejo.
ronaldo, o fenômeno, de fragilidade, só se for, toureando? esqueça. em 1961 um toureiro, sem necessidade de mostrar arena, já toureava um oldsmobile num contraponto de azul e leves amarelos a um vermelho, numa concisão e uma stop-power de arrasar-quarteirão.
poderia descrever página por página, mas deixo pra você, se for curioso, e teimoso o suficiente, no bom sentido para fazer sua incursão, que também pode contemplar os all american ads 40s , 50 s. se não, fique por aí .achando-se o moderno. e dê-se por feliz em não encontrar entre seus pares quem tenha tal hábito. aliás, não sei, porque sendo tão fácil, não se desmascara tanto pistache que anda por aí a vender-se como up-to-date.
pra encerrar, sem tirar o mérito da shift, "pequena" agência catarinense que cravou anúncios no archive recentemente, na edição que muita gente deve estar chupan... ops! folheando agora, um banho sem palavras do maidenform de 1961, com a excelência do domínio do chiaro-scuro, em dupla página, tirando partido da divisão entre página de encadernações em brochura ou mesmo grampos, onde um fundo de esféricos brancos sobre fundos pretos contrapôe-se a um lenço de cabeça onde esféricos pretos sobre fundo branco(considere os esféricos do tamanho de moedas de dez centavos) com o o rosto da modelo, que não tem franja preta por acaso, em detalhe, e onde a pele, levemente maquiada, serve de substrato para uma magistral boca pintada de vermelho, que rivaliza, harmonicamente, com grandes olhos e cílios sombreados e preto, escolhidos a dedo, o eque só faz realçar o efeito de duplicância e gestalt, ao nível de ilusão de ótica, em nada sendo ilusão. neste caso, nem cabe a pergunta: pra que texto? ah! anúncio sem texto é coisa da geração 90s 00s, não é o que proclamam os modernos também?
enfim, nada de photoshop ou manipulação de imagem. apenas idéia e pronto. se isso não for ser moderno, eu nasci há dez mil anos atrás.
in tempo: chamava-se a isso na época direção de arte. depois, virou o que se vê.
em manutenção
material disponível após o meio dia:
o medo de ousar
oldies but goldies
dê um feriado ao medíocre que há em você (eu já tirei a semanda toda para ele)
o medo de ousar
oldies but goldies
dê um feriado ao medíocre que há em você (eu já tirei a semanda toda para ele)
quarta-feira, abril 12, 2006
essa não foi comigo
"eis o problema: o mundo da propaganda está repleto de gente mais jovem do que o público a quem se dirige. essa rapaziada parece se envergonhar de estar criando peças de propaganda. assim, faz de tudo para que suas criações se pareçam com qualquer coisa, menos com um anúncio.
jay conrad levinson in sobre "o que ser criativo", capítulo 2, do criatividade em guerrilha, pela mauad editora, 2004, do original de 2001. jay, ex- vice presidente e diretor de criação da thompson e leo burnett, hoje é presidente da guerrilla marketing internacional. jay é o homem ou o nome do meme. se não sabe o que é isso, já começa dando razão ao que ele diz.
jay conrad levinson in sobre "o que ser criativo", capítulo 2, do criatividade em guerrilha, pela mauad editora, 2004, do original de 2001. jay, ex- vice presidente e diretor de criação da thompson e leo burnett, hoje é presidente da guerrilla marketing internacional. jay é o homem ou o nome do meme. se não sabe o que é isso, já começa dando razão ao que ele diz.
bem a tempo
E os anunciantes já nao pensam mais apenas nos jovens .
Anunciantes americanos de diferentes setores - carros, serviços financeiros, produtos de consumo - estão abandonando sua fixaçao pelos consumidores jovens, de 18 a 49 anos. Querem, cada vez mais, falar com os baby boomers, os nascidos entre 1946 e 1964. Esse grupo soma atualmente 76 milhoes de pessoas nos EUA. Noticia do The New York Times diz que os boomers, que estao entrando na faixa dos 60, "parecem estar abraçando a cultura do consumo com o mesmo ardor de quando tinham 10 ou 20 anos menos".
no bluebus de ontem.
Anunciantes americanos de diferentes setores - carros, serviços financeiros, produtos de consumo - estão abandonando sua fixaçao pelos consumidores jovens, de 18 a 49 anos. Querem, cada vez mais, falar com os baby boomers, os nascidos entre 1946 e 1964. Esse grupo soma atualmente 76 milhoes de pessoas nos EUA. Noticia do The New York Times diz que os boomers, que estao entrando na faixa dos 60, "parecem estar abraçando a cultura do consumo com o mesmo ardor de quando tinham 10 ou 20 anos menos".
no bluebus de ontem.
no dia em que baleia virou peixe
Para celebrar a vitória do Santos, que no último domingo (09/04) se tornou Campeão Paulista de 2006, a Neogama/BBH criou um anúncio de oportunidade, estampado na edição desta terça-feira(11/04) do jornal O Lance.
A peça traz a ilustração de uma baleia orca, que emerge do centro do gramado de um estádio, como se estivesse saltando para fora do mar.
O título reforça a homenagem: “Parabéns Santos. Campeão Paulista 2006. Homenagem da Neogama/BBH ao 16° título paulista do Peixe”.
Ficha-técnica:
Título: Baleia
Produto: Institucional
Agência: Neogama/BBH
Criação: Alexandre Gama
Arte Final: Edgar Roman Lopes (Degas)
Manipulação de Imagem: Alexandre Manzano Sagardoy
(Calvin)
Banco de imagem: Getty Images
Mídia: Guilherme Batendieri
Aprovação/cliente: Alexandre Gama
Comentários
Bruno - É, no dia que baleia for peixe...bboo@terra.com.br
(nota e comentário no newsletter do clube de criação de são paulo)
e então? é melhor ser cabeça de sardinha do que rabo de baleia mesmo? e baleia orca é foda! ô ccsp. orca por acaso é filha da porca ? ccsp explicando, e ainda mais a ilustração do anúncio ? este mundo está mesmo perdido. socorro! vou virar camioneiro.
A peça traz a ilustração de uma baleia orca, que emerge do centro do gramado de um estádio, como se estivesse saltando para fora do mar.
O título reforça a homenagem: “Parabéns Santos. Campeão Paulista 2006. Homenagem da Neogama/BBH ao 16° título paulista do Peixe”.
Ficha-técnica:
Título: Baleia
Produto: Institucional
Agência: Neogama/BBH
Criação: Alexandre Gama
Arte Final: Edgar Roman Lopes (Degas)
Manipulação de Imagem: Alexandre Manzano Sagardoy
(Calvin)
Banco de imagem: Getty Images
Mídia: Guilherme Batendieri
Aprovação/cliente: Alexandre Gama
Comentários
Bruno - É, no dia que baleia for peixe...bboo@terra.com.br
(nota e comentário no newsletter do clube de criação de são paulo)
e então? é melhor ser cabeça de sardinha do que rabo de baleia mesmo? e baleia orca é foda! ô ccsp. orca por acaso é filha da porca ? ccsp explicando, e ainda mais a ilustração do anúncio ? este mundo está mesmo perdido. socorro! vou virar camioneiro.
bolsa de empregos, furada III ( o fim da picada)
podem dizer tudo. com ou sem razão de mim. mais nunca, que não tratei todos aqueles que me procuraram para mostrar a pasta como se fosses sêniores. é uma obrigação que temos com a profissão e, altruista ou não para com todo ser humano.
todas as terças, das 17 horas em diante, horário reservado para receber 1,2,3, 5 quantos fossem. conversa de nunca menos que meia hora - eu não sou médico que ganha por consulta - e ao final, adentrava o profissional, assim era apresentado, não me interessava se ainda estudante ou não, a agência, para que tivesse uma visão geral ao tempo que trocava cumprimentos com equipe. tomava um tempo danado(como toma fazer um bom anúncio ou um bom briefing) maioria das vezes inútil e até desgastante, mas na maioria das vezes, creio, fazia um bem enorme a quem era rechaçado de todo lado. e não fazia isso para parecer bonzinho não(minha fama sempre me antecedia). ao fim dava uma boa imagem para a agência e gás para que o entrevistado, caso, raro, mas acontecia, não fosse aproveitado, enfrentar as dezenas de portas que seriam batidas na sua cara, isso se fosse sequer atendido pela secretária.
o mundo da propaganda é inversamente profissional para quem está dentro e para quem está fora. que não seja meia hora, três minutos, parecem uma eternidade para essa gente empregada sempre tão ocupada(imagine seis meses tentando ser recebido, e o tempo em que isso se transforma quando consegue?) é claro que boa parte de quem está dentro passa pelo menos metade do tempo a coçar o saco(desmistifiquemos essa lorota que vivemos eternamente a nos matar de trabalho. se assim fosse, por menos o talento, não saia coisa tão ruim) e justamente por isso não tem tempo para atender ninguém, sequer responder mails, uma falta de educação, das pessoas, e das organizações, que editam regras e costumes que elas mesmo propagandeiam empregar. tá duvidando? então tá bom: maila um nome qualquer de supervisor de criação, diretor de criação, dono de agência que seja, e espere resposta,sentado, por melhor que sejam as peças enviadas. em casos excepcionalíssimos funciona.
para além do vexame das bolsas de trabalho - será que já foi uma boa idéia algum dia? o que só prova que realmente de boa intenção o inferno tá cheio— experimente colocar seu nome numa bolsa dessas, e mesmo fazendo vudu, sonha que algum diretor de criação ou empresário vai se dar o trabalho de verificar se afinal tem algum perfil que pode lhe satisfazer : www.acontecendoaqui.com.br ou www.janela.com.br são dois endereços já citados como exemplo.
teria a ver com excesso de oferta para pouca demanda? talvez, mais provável, com o critério do status cu adotado. para preencher vagas, procura-se quem está empregado e não quem não está. em alguns casos, porque parece bem contratar nome a ou b, badalado, etc. e tal, noutros, porque ninguém quer ter mais trabalho em propaganda, inclusive de formação de mão de obra, uma funçao importantíssima de que há muito as agências perderam. e logo agora que precisa mais ainda com os tais cursos de publicidade, como diria certo anúncio, onde você aprende apenas tudo aquilo que não vai usar ou que deve esquecer assim que por os pés numa agência.
a bolsa ou a vida ? furada. sai dessa, se teu nome estiver lá, e por acaso for visto, só vai te depreciar. seja seletivo. aporrinhe, telefone, é muito melhor que mail. monte acampamento em frente a agência. passe o dia subindo e descendo o elevador para ver se encontra os "fujões" e marca qualquer coisa. não dá para subir no prédio? arranje outro estratagema, fique de caso até com a faixineira(ou com o faixineiro) e faça sexo oral de maneira que ela deixe aquele bilhetinho que pode lhe valer uma entrevista. nunca mande pasta pela concorrência. sim, teu amigo é concorrente. e mesmo que anúncio não se explique - mania que publicitário tem de ao mostrar pasta querer explicar anúncio para o outro publicitário que está vendo - a sua presença pode contar a favor - eu sou otimista.
finalmente, um certo clima de revolta nas listas do ccpe e cc-nat(clube de criação de pernambuco e natal) pelo fato de terem ido parar nestas listas oferta-procura de profissionais e até de diretores de criação, equivocada do meu ponto de vista, já que muita gente entendeu como contratação sem uma conversa, que provavelmente haverá, não só para exame do trabalho, como para um entendimento pessoal do perfil do candidato. não entendi porque tanta carrada de mails demarcando o sinal dos tempos. se a procura é por criativos, nada mais adequado. entendendo-se a lista como difusora da informação, primeiro pré-requisito para candidatos apresentem-se. ou isto seria uma reação corporativista ? do tipo escolhe-se os mesmos, pelos critérios de sempre - ledo engano pensar que é só experiência e talento, nada substitui o talento ? pois sim! - contestado inclusive por alguns postistas.
ao fim e ao cabo, a procura por emprego em propaganda, como de resto em tantas outras profissões, está hoje, mais do que nunca, excetuando-se as contratações políticas(aí ainda temos salário que sobra) resumindo-se a obter a melhor mão de obra pelo menor preço possível. o problema é que o critério do melhor, mudou muito, para pior. e o menor preço possível, chegou a um patamar, que tem gente pagando não só para estagiar como para trabalhar, o que me parece, em boa parte responsável pela mediocridade em todos os níveis que se abateu nas agências. aliás, bons tempos, em que estagiários ganhavam algum para pagar o almoço da criação, pelo menos uma vez por mês, como forma de retribuir as eternas e boas sacanagens construtivas que se faziam - quem disse que aprendizado tem que ser sisudo, e quem foi que matou o riso e o bom humor nas agências ?
finalmente, não sei se isto é possível para você, mas aumenta em muito as suas chances, infelizmente; nunca tenha menos de 22 anos e nunca mais de 30, vá lá 35, fisicamente, quero dizer. mesmo que você tenha dezoito ou cinquenta. caso contrário você vai ter de ser bom pra caralho para não ir parar na bolsta ou na lista do desempregados. mas peraí? se você é bom pra caralho(em piadinhas) não precisa estar se preocupando com isso, não é mesmo?
ledo engano. ser bom pra caralho ultimamente também anda prejudicando. as(boas?) oportunidades de emprego continuam na media.
todas as terças, das 17 horas em diante, horário reservado para receber 1,2,3, 5 quantos fossem. conversa de nunca menos que meia hora - eu não sou médico que ganha por consulta - e ao final, adentrava o profissional, assim era apresentado, não me interessava se ainda estudante ou não, a agência, para que tivesse uma visão geral ao tempo que trocava cumprimentos com equipe. tomava um tempo danado(como toma fazer um bom anúncio ou um bom briefing) maioria das vezes inútil e até desgastante, mas na maioria das vezes, creio, fazia um bem enorme a quem era rechaçado de todo lado. e não fazia isso para parecer bonzinho não(minha fama sempre me antecedia). ao fim dava uma boa imagem para a agência e gás para que o entrevistado, caso, raro, mas acontecia, não fosse aproveitado, enfrentar as dezenas de portas que seriam batidas na sua cara, isso se fosse sequer atendido pela secretária.
o mundo da propaganda é inversamente profissional para quem está dentro e para quem está fora. que não seja meia hora, três minutos, parecem uma eternidade para essa gente empregada sempre tão ocupada(imagine seis meses tentando ser recebido, e o tempo em que isso se transforma quando consegue?) é claro que boa parte de quem está dentro passa pelo menos metade do tempo a coçar o saco(desmistifiquemos essa lorota que vivemos eternamente a nos matar de trabalho. se assim fosse, por menos o talento, não saia coisa tão ruim) e justamente por isso não tem tempo para atender ninguém, sequer responder mails, uma falta de educação, das pessoas, e das organizações, que editam regras e costumes que elas mesmo propagandeiam empregar. tá duvidando? então tá bom: maila um nome qualquer de supervisor de criação, diretor de criação, dono de agência que seja, e espere resposta,sentado, por melhor que sejam as peças enviadas. em casos excepcionalíssimos funciona.
para além do vexame das bolsas de trabalho - será que já foi uma boa idéia algum dia? o que só prova que realmente de boa intenção o inferno tá cheio— experimente colocar seu nome numa bolsa dessas, e mesmo fazendo vudu, sonha que algum diretor de criação ou empresário vai se dar o trabalho de verificar se afinal tem algum perfil que pode lhe satisfazer : www.acontecendoaqui.com.br ou www.janela.com.br são dois endereços já citados como exemplo.
teria a ver com excesso de oferta para pouca demanda? talvez, mais provável, com o critério do status cu adotado. para preencher vagas, procura-se quem está empregado e não quem não está. em alguns casos, porque parece bem contratar nome a ou b, badalado, etc. e tal, noutros, porque ninguém quer ter mais trabalho em propaganda, inclusive de formação de mão de obra, uma funçao importantíssima de que há muito as agências perderam. e logo agora que precisa mais ainda com os tais cursos de publicidade, como diria certo anúncio, onde você aprende apenas tudo aquilo que não vai usar ou que deve esquecer assim que por os pés numa agência.
a bolsa ou a vida ? furada. sai dessa, se teu nome estiver lá, e por acaso for visto, só vai te depreciar. seja seletivo. aporrinhe, telefone, é muito melhor que mail. monte acampamento em frente a agência. passe o dia subindo e descendo o elevador para ver se encontra os "fujões" e marca qualquer coisa. não dá para subir no prédio? arranje outro estratagema, fique de caso até com a faixineira(ou com o faixineiro) e faça sexo oral de maneira que ela deixe aquele bilhetinho que pode lhe valer uma entrevista. nunca mande pasta pela concorrência. sim, teu amigo é concorrente. e mesmo que anúncio não se explique - mania que publicitário tem de ao mostrar pasta querer explicar anúncio para o outro publicitário que está vendo - a sua presença pode contar a favor - eu sou otimista.
finalmente, um certo clima de revolta nas listas do ccpe e cc-nat(clube de criação de pernambuco e natal) pelo fato de terem ido parar nestas listas oferta-procura de profissionais e até de diretores de criação, equivocada do meu ponto de vista, já que muita gente entendeu como contratação sem uma conversa, que provavelmente haverá, não só para exame do trabalho, como para um entendimento pessoal do perfil do candidato. não entendi porque tanta carrada de mails demarcando o sinal dos tempos. se a procura é por criativos, nada mais adequado. entendendo-se a lista como difusora da informação, primeiro pré-requisito para candidatos apresentem-se. ou isto seria uma reação corporativista ? do tipo escolhe-se os mesmos, pelos critérios de sempre - ledo engano pensar que é só experiência e talento, nada substitui o talento ? pois sim! - contestado inclusive por alguns postistas.
ao fim e ao cabo, a procura por emprego em propaganda, como de resto em tantas outras profissões, está hoje, mais do que nunca, excetuando-se as contratações políticas(aí ainda temos salário que sobra) resumindo-se a obter a melhor mão de obra pelo menor preço possível. o problema é que o critério do melhor, mudou muito, para pior. e o menor preço possível, chegou a um patamar, que tem gente pagando não só para estagiar como para trabalhar, o que me parece, em boa parte responsável pela mediocridade em todos os níveis que se abateu nas agências. aliás, bons tempos, em que estagiários ganhavam algum para pagar o almoço da criação, pelo menos uma vez por mês, como forma de retribuir as eternas e boas sacanagens construtivas que se faziam - quem disse que aprendizado tem que ser sisudo, e quem foi que matou o riso e o bom humor nas agências ?
finalmente, não sei se isto é possível para você, mas aumenta em muito as suas chances, infelizmente; nunca tenha menos de 22 anos e nunca mais de 30, vá lá 35, fisicamente, quero dizer. mesmo que você tenha dezoito ou cinquenta. caso contrário você vai ter de ser bom pra caralho para não ir parar na bolsta ou na lista do desempregados. mas peraí? se você é bom pra caralho(em piadinhas) não precisa estar se preocupando com isso, não é mesmo?
ledo engano. ser bom pra caralho ultimamente também anda prejudicando. as(boas?) oportunidades de emprego continuam na media.
terça-feira, abril 11, 2006
cheio de fé
é preciso deixar bem claro que eu não descreio de pesquisa. eu descreio é do ser humano. lula vieira.
com rigor
....O Paulinho se encantou com um pesquisado que adorava tudo que lhe era mostrado. Achou o cigarro testado uma delicia(" leve, suave e com um sabor intenso"), considerou o nome adequadíssimo(" é diferente e com muita personalidade"), elogiou o design do maço(" forte, elegante e diferenciado"). Aos poucos, acabou influenciando até a moderadora, pois foi buscar razões freudianas para justificar suas opiniões.
Ao fim da pesquisa, Paulinho ficou mais um pouco na "sala dos espelhos", enquanto do outro lado o pesquisado que gostava de tudo batia papo com um outro membro do grupo. E o Paulinho ouviu um diálogo fascinante:
— Então, você gostou deste cigarro ?
— Eu não, achei uma merda!
— Mas porque você elegiou tanto ?
— Porque não sou ingrato. Eles me entupiram de cervejinha gelada, de salgadinho, me deram um guarda-chuva alinhado e canetinha de brinde. Eu é que não ia ficar metendo pau no produto deles ! ....
in loucuras de um publicitário, do lula vieira, pela objetiva, 1999.
Ao fim da pesquisa, Paulinho ficou mais um pouco na "sala dos espelhos", enquanto do outro lado o pesquisado que gostava de tudo batia papo com um outro membro do grupo. E o Paulinho ouviu um diálogo fascinante:
— Então, você gostou deste cigarro ?
— Eu não, achei uma merda!
— Mas porque você elegiou tanto ?
— Porque não sou ingrato. Eles me entupiram de cervejinha gelada, de salgadinho, me deram um guarda-chuva alinhado e canetinha de brinde. Eu é que não ia ficar metendo pau no produto deles ! ....
in loucuras de um publicitário, do lula vieira, pela objetiva, 1999.
bolsa de empregos, furada II
fala sério? você conhece alguém que depois de ficar desempregado arranjou emprego via bolsas de emprego ?(se arranjou duvido que dê seu depoimento cheio de orgulho) mais sério ainda: você contrataria alguém que colocasse seu nome numa dessas bolsas ? então ? porque raios existem tantas bolsa de emprego? descargo de consciência, sentimento de solidariedade mal enfurnado ? ou puta de uma sacanagem: idéia de algum sádico que é pra documentar ao escárnio geral que chegastes ao fundo do poço.
aconteceu. sabe-se lá porque. você olhou de mal jeito, flertou ou passou a mão na bunda a menina da recepçao - que dessa vez tinha um caso com o supervisor - reafirmou seu ponto de vista sobre a campanha contrariando o diretor de criação. ou foi o passaralho e até mesmo, mereceu: não tava bom das pernas naquele momento e teu trabalho tava abaixo da média. tás na rua, velho. fudido e mal pago. e aí não se sabe o que é pior. começar ou recomeçar de novo.
dizem os entendidos, que o grande segredo é desenvolver a tal cadeia do marketing interativo, ditu cujo pessoal. o que sem a verve que me consigna diariamente, pressupôe, nisso toda gente concorda, muita babada de saco, muita falta de caráter, na maioria das vezes, para tornar-se membro da tchurminha: ou seja, engolir sapos, ser um cara meio amorfo. mas legal sacumé ? , trabalho nem precisa ser tanto ? por outro lado, fina ironia, quem está(muito bem) empregado nunca precisa, nem da bolsa nem da tchurminha. não é o caso do segundo ou terceiro time, aquele composto de gente que respira a segundona agradecido por não estar na terceirona e se queda contente por estar nas escolas do segundo grupo, melhor ainda se é destaque. de qualquer carro alegórico que não quebra. é nessa faixa que a tábua imbica. é nessa faixa que está a maioria de todos nós.
as tais bolsas são recheadas na maioria por iniciantes, a quem bate a ilusão da exposição por mais uma via de acesso - e quando a bolsa está inserida num site especializado a ilusão aumenta - ou por mão de obra " mais madura" ou seja: não é que seja decadente, aliás tem gente muito boa(eu ainda não estou nas bolsas) como vimos nos exemplos de ontem, e capazes de dar uma sacudidela no caixa, a favor, de muita agência que menospreza-lhes o talento e a vivência, que apesar de tudo oque se tem dito, pode fazer a diferença na estruturação de negócios. claro, que se a estrutura vive de arrumadinhos, isso não importa muito, o que pode se considerar, mesmo assim, um erro estratégico.
o fato é que o primeiro e decisivo passo para arranjar emprego, é estar empregado. se você está empregado, os empregos aparecem como cunhados no churrasco dos domingos. e aí, instala-se o círculo vicioso. se quero, indico a minha vaga para alguém da tchurminha. se não quero, também indico. e não sei se já repararam, são sempre os mesmos que estão no lugar de sempre. a tal renovação do mercado, não acontece, salvo no regime da troca de mão de obra barata por mão de obra mais barata ainda.
mas onde queremos chegar ? amanhã, terceiro e último capítulo, descobrirá. e aí vamos falar das liistas e bolsas de emprego dos clubes de criação(sim alguns deles tem) e da sina dos envios de currículos e mails que para 99.9 das agências não passam de spans.