sábado, junho 21, 2008

de vez em quando se a gente acerta é porque a gente tenta(mas não é tentado)

há dias atrás publicamos um post acerca da questão da falta das boas histórias em nossa profissão e quanto isto está relacionado ao dejá-vù atual, para além do baixo nível do negócio, explicado por alguns por não vivermos mais a fase romântica da profissão(aguarde post sobre isso também).
pois bem, dito assim da minha boca muito muxoxo de provincianos. e como todos bons provincianos devem ouvir - não a mim, diabo da casa - mas a quem louvam como deuses que infeliz coincidência - pra eles? - dizem a mesma coisa dita por mim dias atrás(quem leu não precisou ir até cannes para ouvir o dito abaixo)


" ...Com o quotidiano dos criativos orientado para captar, nem que seja por uns segundos, a atenção dos consumidores, há espaço para as marcas contarem histórias? Para a Wieden & Kennedy e para a Coca-Cola, sim. Ontem, numa conferência que juntou em Cannes cliente e agência, Ivan Wicksteed sublinhou que “a nossa indústria tem de aprender a contar histórias”. O director criativo global da Coca-Cola partiu do projecto A Fábrica da Felicidade para explicar o potencial do storytelling, em oposição ao simples anúncio
“Todas as marcas têm histórias para contar. É preciso encontrá-las”, disse Wicksteed, declarando, depois que “procuramos captar a atenção das pessoas para um headline e não para uma relação de longo prazo. Quando entrei nesta indústria tinha a ideia naif de que se podia contar histórias como a da Fábrica da Felicidade”. Mas os modelos formatados de comunicação, indicam que “as audiências estão a fazer tudo menos a ouvirem-nos”.O director criativo global da Coca-Cola apresentou as características que são essenciais num bom storytelling: intemporalidade, personagens que tenham profundidade e verdade. E “não é só contar uma história, é sobre uma narrativa que se pode seguir, em que seja possível escolher uma personagem e segui-la. Tem de ser como um mundo em que as pessoas possam entrar”. Para Wicksteed, as boas histórias não estão dependentes dos meios em que são contadas. A Fábrica da Felicidade está presente nos formatos vídeo e online, poderá chegar ao merchandising e a outros meios o responsável prefere não revelar para já. O filme Fábrica da Felicidade já foi exibido em cerca de 100 países.

(Coca-Cola: “A nossa indústria tem de aprender a contar histórias”, em 20 de Junho de 2008, por Rui Oliveira Marques, em Cannes para o semanário especializado portugues, meios&publicidade)

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