quinta-feira, janeiro 05, 2017

ambiética



a primeira lei* do ser humano é manter-se vivo - a tal lei da sobrevivência. quiçá deveria ser manter-se ético, sejam quais forem as circunstâncias.
esta linha existencial, perpassada de cerol, é quase insustentável, num mundo onde o fracasso dos números(ou a vitória) destrói a ética, normalmente aquilatada pelos mesmos números. presumo que a pior derrota é ter ambições pobres - ser concursado, por exemplo - e uma ética mais pobre ainda.

os homens deveriam ser medidos, não por suas vitórias, ainda que cheias de ética. mas por aqueles que não perderam a ética, fosse qual fosse a situação. loas ao fracasso? 

resta o consolo- até quando tão pobre de marré-marré ? - de que no brasil alguns homens continuam sendo derrotados, não por seus defeitos, mas por suas virtudes.


* imagino que a segunda lei do ser humano deva a de ser feliz ou continuar tentando, o que cada vez mais é raro. e vem a pergunta, filosofastra, talvez, de que adianta estar vivo e não ser feliz? para alguns, a coisa se resume ao de que adianta estar vivo e não ter dinheiro. já sabemos que dinheiro não traz felicidade. mas ajuda a comprar, retrucam. mas que tipo de felicidade? a que tenta transforma bijuteria em joia rara ?