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fala sério? você conhece alguém que depois de ficar desempregado arranjou emprego via bolsas de emprego ?(se arranjou duvido que dê seu depoimento cheio de orgulho) mais sério ainda: você contrataria alguém que colocasse seu nome numa dessas bolsas ? então ? porque raios existem tantas bolsa de emprego? descargo de consciência, sentimento de solidariedade mal enfurnado ? ou puta de uma sacanagem: idéia de algum sádico que é pra documentar ao escárnio geral que chegastes ao fundo do poço.
aconteceu. sabe-se lá porque. você olhou de mal jeito, flertou ou passou a mão na bunda a menina da recepçao - que dessa vez tinha um caso com o supervisor - reafirmou seu ponto de vista sobre a campanha contrariando o diretor de criação. ou foi o passaralho e até mesmo, mereceu: não tava bom das pernas naquele momento e teu trabalho tava abaixo da média. tás na rua, velho. fudido e mal pago. e aí não se sabe o que é pior. começar ou recomeçar de novo.
dizem os entendidos, que o grande segredo é desenvolver a tal cadeia do marketing interativo, ditu cujo pessoal. o que sem a verve que me consigna diariamente, pressupôe, nisso toda gente concorda, muita babada de saco, muita falta de caráter, na maioria das vezes, para tornar-se membro da tchurminha: ou seja, engolir sapos, ser um cara meio amorfo. mas legal sacumé ? , trabalho nem precisa ser tanto ? por outro lado, fina ironia, quem está(muito bem) empregado nunca precisa, nem da bolsa nem da tchurminha. não é o caso do segundo ou terceiro time, aquele composto de gente que respira a segundona agradecido por não estar na terceirona e se queda contente por estar nas escolas do segundo grupo, melhor ainda se é destaque. de qualquer carro alegórico que não quebra. é nessa faixa que a tábua imbica. é nessa faixa que está a maioria de todos nós.
as tais bolsas são recheadas na maioria por iniciantes, a quem bate a ilusão da exposição por mais uma via de acesso - e quando a bolsa está inserida num site especializado a ilusão aumenta - ou por mão de obra " mais madura" ou seja: não é que seja decadente, aliás tem gente muito boa(eu ainda não estou nas bolsas) como vimos nos exemplos de ontem, e capazes de dar uma sacudidela no caixa, a favor, de muita agência que menospreza-lhes o talento e a vivência, que apesar de tudo oque se tem dito, pode fazer a diferença na estruturação de negócios. claro, que se a estrutura vive de arrumadinhos, isso não importa muito, o que pode se considerar, mesmo assim, um erro estratégico.
o fato é que o primeiro e decisivo passo para arranjar emprego, é estar empregado. se você está empregado, os empregos aparecem como cunhados no churrasco dos domingos. e aí, instala-se o círculo vicioso. se quero, indico a minha vaga para alguém da tchurminha. se não quero, também indico. e não sei se já repararam, são sempre os mesmos que estão no lugar de sempre. a tal renovação do mercado, não acontece, salvo no regime da troca de mão de obra barata por mão de obra mais barata ainda.
mas onde queremos chegar ? amanhã, terceiro e último capítulo, descobrirá. e aí vamos falar das liistas e bolsas de emprego dos clubes de criação(sim alguns deles tem) e da sina dos envios de currículos e mails que para 99.9 das agências não passam de spans.
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