o blog que dá crise renal em quem não tem crise de consciência. comunicação, marketing, publicidade, jornalismo, política. crítica de cultura e idéias. assuntos quentes tratados sem assopro. bem vindo, mas cuidado para não se queimar. em último caso, bom humor é sempre melhor do que pomada de cacau.
sábado, abril 11, 2015
quando o nada substitui o talento
nada substitui o talento é o claim, bordão, slogan, ou o quer que seja do prêmio profissionais do ano. e durante muito tempo sustentou este talento pelo menos aparentemente ser sem a "troco de nada".
porém, eis que a insustentável rombudeza da mediocridade abate-se sobre o dito cujo em forma de um anúncio desmazelado, publicado neste domingo na página 5 do jornal do commércio, onde sobre um leiaute que já no dia da publicação faz pelo jornal o que ele só receberia amanhã, e talvez bem pior, os tais dejetos do coco de gato ou da titica de cachorro, para não falar do indefectível chorume do peixe mal embrulhado, que acaba por ser o destino de tantos exemplares.
presumo que o tal anúncio, apócrifo, deva ser uma iniciativa local, de house ou coisa parecida, tamanha a desfaçatez do tamanho de página para texto tão exangue. se não vejamos:
você sabe
que está
indo bem
quando chega
na agência
e ganha
parabéns
da criação
mas sabe
que chegou lá
quando os parabéns
vêm da tia
do café.
( disposição fac-símile)
isto posto, ainda que rebatam que o cu não tem a ver com as calças, com anúncios deste tipo é no mínimo duvidoso acreditar nos critérios(degringolou de vez?) de um prêmio que se anuncia profissional, e recai ou permite tamanho amadorismo, e de tal mediocridade que tresanda limites muito frouxos entre o oportunismo de redigir para tal sem ter a noção de peso e o approach para isto e o mau caratismo de ainda assim não proceder uma depuração em tamanha peidaria.
se o texto em questão é uma prova inata de talento insubstituível então, decididamente, no 37° profissionais do ano, o nada anda a substituir o talento. e da pior forma possível, pelo nada de nada. e anunciando isso como coisa de profissionais, o que no mínimo, é estelionato, ainda que o seja como espasmo autofágico e canibalizador da presumida qualidade do prêmio em si.
e já agora, aproveitando o andar da carruagem, recado da moça do café para a borra que se diz redator do tal " texto" : - "tia do café é que é copy de tio".
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