terça-feira, abril 07, 2015

"livre pensar, é só pensar" *



Nós somos @s #JornalistasLivres.
Quem Somos nós?


#JornalistasLivres somos uma rede de coletivos originada na diversidade.
Existimos em contraponto à falsa unidade de pensamento e ação do jornalismo 
praticado pela mídia tradicional centralizada e centralizadora. Pensamos com nossas 
próprias cabeças, cada um(a) de nós com sua própria cabeça. Os valores que nos 
unem são o amor apaixonado pela democracia e a defesa radical dos direitos humanos.

#JornalistasLivres nos opomos aos estratagemas da tradicional indústria 
jornalística (multi)nacional, que, antidemocrática por natureza, despreza 
o espírito jornalístico em favor de mal-disfarçados interesses empresariais 
e ideológicos, comerciais e privados, corporativos e corporativistas.

#JornalistasLivres não agimos orientad@s por patrão, chefe, editor, marqueteiro ou censor. 
Somos noss@s própri@s patrões/patroas, somos noss@s própri@s empregad@s. 
Almejamos viver em liberdade e vivemos na busca incessante por liberdade.

#JornalistasLivres produzimos REPORTAGEM. Lamentamos o confinamento a que a 
indústria midiática relegou o mais nobre dos gêneros jornalísticos e trabalhamos para 
reduzir o abismo de desequilíbrio. A matéria-prima de nossas reportagens é HUMANA. 
Almejamos um jornalismo humano, humanizado e humanizador, ancorado principalmente 
em personagens da vida real (não só em estatísticas), na frondosa diversidade da vida 
dentro da floresta (não à distância robocop das tomadas aéreas panorâmicas),
 na fortuna das histórias (não dos cifrões).

#JornalistasLivres lutamos pela democratização da informação, da comunicação e da vida 
em sociedade, contra a ditadura de pensamento único instalada dentro das redações 
convencionais. Agimos por espírito público, jamais por interesses privados. Produzimos reportagem, crônica, análise, crítica, nunca publicidade ou lobby privado. Somos jornalistas-cidadãs 
e jornalistas-cidadãos, comprometid@s a informar sob a égide da cidadania e do 
combate às desigualdades. Trazemos notícias d@s frac@s e oprimid@s, sabendo 
que individualmente também somos frac@s e oprimid@s,
 mas TOD@S JUNT@S SOMOS FORTES.

#JornalistasLivres acreditamos que a história da qual participamos, todos os dias, precisa ser 
contada a partir de muitos pontos de vista. Somos ambicios@s a respeito das narrativas 
do nosso tempo. Fazemos o registro da história e das histórias e não aceitamos que 
a realidade seja registrada somente pelos que detêm o poder econômico, político e cultural.

#JornalistasLivres não observamos os fatos como se estivéssemos deles distantes e alienad@s. 
Sabemos que a mídia, o jornalismo e @s jornalistas interferem diretamente naquilo 
que documentamos, reportamos e interpretamos. Não nos anulamos, não nos apagamos 
das fotografias, não nos escondemos atrás dos fatos para manipulá-los. Nos assumimos 
como participantes ativ@s dos fatos que reportamos. Participamos da realidade como cidadãos 
e cidadãs movid@s pelo interesse coletivo: transparentes, franc@s, abert@s, democrátic@s.

#JornalistasLivres não competimos entre nós. #JornalistasLivrescolaboramos uns com 
as outras e com a sociedade a que nos apresentamos como trabalhadoras e trabalhadores.

#JornalistasLivres abominamos a hierarquia, o autoritarismo, o patrimonialismo, o patriarcalismo. #JornalistasLivres prezamos a descentralização em uma sociedade horizontal, igualitária, fraternal. 
Sob o guarda-chuva d@s #JornalistasLivres cabemos VOCÊ e brasileir@s de todos 
os quadrantes, dos interiores e dos litorais, das florestas e dos sertões, das roças e das cidades, 
das periferias e dos centros, além de tod@s @s brasileir@s expatriad@s e @s não-brasileir@s 
que adotaram o Brasil como sua casa.

#JornalistasLivres somos uma rede que funciona a partir do conceito de rede distribuída, não tem 
centro, não tem intermediários. Tod@s @s#JornalistasLivres somos pontos importantes em um 
mesmo nível de acesso à informação, manifestação, ação, decisão e responsabilidade. 
Apostamos na multiplicação de nós mesm@s e no livre compartilhamento do que produzimos, salvaguardados o compromisso ético e os direitos individuais de autoria. Convidamos tod@s 
a se somarem na construção desse processo colaborativo, a organizer seus próprios coletivos 
em seus estados, cidades, bairros, comunidades, a ser #JornalistasLivres.

#JornalistasLivres nos horrorizamos diante de quaisquer preconceitos e vivemos para 
combatê-los. Somos mulheres, homens, cisgêneros, transexuais, não-binári@s, negr@s, 
branc@s, amarel@s, mestiç@s, indígenas, quilombolas, caiçaras, lésbicas, gays, homossexuais, 
bissexuais, heterossexuais, polissexuais, assexuais, religios@s, ateus, agnostic@s, pobres, 
remediad@s, ric@s, velh@s, jovens, de meia-idade, experientes, novat@s, alun@s, professores, arraigad@s, nômades, cigan@s, INDECIS@S. Existimos para trazer notícias desses povos, 
de todos os povos.Combatemos frontalmente a misoginia, o racismo, a homofobia, a lesbofobia, 
a transfobia, as fobias, os preconceitos de origem social, o fascismo, a desigualdade, o ódio 
à democracia e à coexistência democrática. Defendemos a liberdade religiosa individual como 
defendemos a laicidade do Estado. Somos libertári@s e prezamos a memória, a verdade, 
a justiça, a solidariedade.

#JornalistasLivres nos indignamos profundamente com a desigualdade racial vigente neste país 
de maioria afrodescendente que teima em afirmar que “não somos racistas”. Afirmamos 
a urgência do combate à discriminação racial e social, ao genocídio da população negra, 
à desumanidade carcerária.

#JornalistasLivres sabemos que escutar é o maior dom d@s jornalistas.#JornalistasLivres 
falamos e nos expressamos, mas acima de tudo ESCUTAMOS a polifonia de vozes ao nosso 
redor (e, inclusive, dentro de nós mesm@s). Praticamos um diálogo, uma algazarra polifônica, 
jamais um monólogo.

#JornalistasLivres não carregamos certezas. Não sabemos mais do que VOCÊ. Não somos 
don@s da verdade, de nenhuma verdade. Pedimos a VOCÊ que, a um só tempo, acredite 
e duvide do que escrevemos, falamos, gravamos, reportamos. Queremos disseminar ideias 
e, entre elas, a ideia de que o que produzimos serve ao diálogo e ao debate, nunca para 
decretar a ninguém o que pensar ou como agir.

#JornalistasLivres temos lado (cada uma de nós tem seus próprios lados). Individualmente, 
não somos neutr@s, isent@s, apartidári@s, branc@s ou nul@s. Nossa pluralidade 
é resultado do agrupamento de todos nós, não da ruptura interna de nossos corpos 
e mentes individuais.

#JornalistasLivres sabemos que tod@ cidadã e cidadão se torna um(a) jornalista quando 
está munid@ de sua rede social, de seu blog, de seu telefone celular, de sua câmera filmadora, 
de suas próprias ideias. Estamos convict@s de que a realidade lá fora é a soma complexa, 
desierarquizada e contraditória de todos os nossos olhares, escutares e falares aqui dentro.

#JornalistasLivres acreditamos no jornalismo como fonte de conhecimento transformador, 
de superação das desigualdades e de construção de um mundo menos autoritário e menos 
concentrado nas mãos de um poderio militar, econômico e midiático. #JornalistasLivres 
não toleramos manipulações midiáticas, impérios, ditaduras.#JornalistasLivres queremos 
os povos unidos, fortes e soberanos — em especial os da América Latina, porque aqui vivemos.

#JornalistasLivres amamos a cultura, a arte, a cidadania, a política, a memória, a história, 
o cotidiano, o convívio. #JornalistasLivres amamos, não odiamos — mas sabemos enfrentar 
os que odeiam. #JornalistasLivrespraticamos a observação do cotidiano e o senso crítico 
sob o prisma do SIM, mais do que o do NÃO. Nosso jornalismo é afirmativo, jamais reativo ou reacionário. Não somos jornalistas contra (tudo e todos), somos jornalistas a favor (da justiça, do aprimoramento humano, da convivência em sociedade, da troca, da alegria, da felicidade, 
da sexualidade, da paixão, do amor, da luta por um planeta mais limpo para as gerações que virão).

Nós somos @s #JornalistasLivres.

* millor fernandes

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