quinta-feira, março 27, 2014

en passant ou a ética e(m) seu dúbio entendimento





Há algum tempo questiono a forma como se desenvolve um posicionamento de Marca. Quando se olha só para fora e cria-se um quadrante de posicionamento, nem sempre são levados em consideração a competência essencial e os diferenciais da marca em questão. Existe uma posição a ser ocupada no mercado, mas será que a sua marca dá conta de estar ali?

Quando se olha só para dentro – e isto acontece mais do que a gente imagina – chega-se a uma definiçao que desconsidera o ambiente externo e todos os stakeholders da marca. Nao adianta construir algo de dentro pra dentro, que quase ninguém percebe o valor. Por isto, o olhar precisa ser sempre amplo, para o que a marca faz de melhor, o que faz o olho da sua equipe brilhar, o que a diferencia e como isto se coloca à serviço da sociedade.

Hoje, com um mundo altamente conectado e de altas expectativas sobre as marcas, este posicionamento, que parece estático, deve se transformar numa ética. Um código de princípios legítimo, inspirador, que se transforme em prática. Encontrei uma definição de ética de um psicanalista, que achei muito coerente – “ética são as escolhas que conseguimos bancar” - E com esta definição, fiquei muito feliz em ver duas empresas brasileiras no ranking aqui – vc viu?*


Comentários

marcelo antelo

Um ranking que aliás preza principalmente pela ironia aplicada pelo instituto de pesquisa porque incluir o BB, como empresa ética, nessas alturas do campeonato é querer fazer piada com os gringos ou tirar onda com os brasileiros! Esse Ethisphere eu não contrato nem prá pesquisa de síndico aqui do prédio!

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celso muniz

tenho simpatia pelos posts da tania. mas quando, em sua felicidade, ela
inclui o banco do brasil, ai fodeu. sugiro a tania, sair do mundo web e ir para o mundo do “banco que mata velhinhas”. ou seja: compareça a qualquer agência do banco do brasil – a escolha é sua – em fim começo de mês (e não só) e veja a ética equiparar-se aos desmandos só cometidos em campos de concentração. um dos problemas da propaganda brasileira – a “superestrutura” do marketing – é ignorar a realidade, a tal ponto, que a depura em seus comerciais assépticos e ditirâmbicos, já em si um atentado à ética, como se diuturnamente o trucidamento do cidadão (cliente) - seja na agência, seja no caixa eletrônico, seja no famigerado atendimento por telefone (nem estou falando dos juros, que me fazem querer o pior dos agiotas como cunhado) não existisse; ou que deixariam de existir a base do lexotan de bordões e slogans que exaltam a falácia de tal ética. a felicidade da tania, assim sendo, é uma felicidade de pirro.




(não existe posicionamento, existe ética – reflexão da tania savaget, em direto do blue bus)


*in tempo: banco do brasil e natura, foram as duas marcas elencadas pela (sic!) ética

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