sábado, novembro 03, 2012

espírito empreendedor

encontro empresários: dono de agência e dono "normal" de negócio tipo comum. não coincidentemente sou "ex-de ambos". e a ambos deixei porque queriam que fizesse o que sob o ponto de vista profissional era, no mínimo, ridículo, desvio que todo publicitário que se preze - espécie cada vez mais rara - deve evitar, no mínimo.

exercitam o seu não engulo de deixados comentando a inauguração do shopping rio mar, cravando indiretas sob o sentido pragmático da ação no que respondo que é muito ruim tudo o que foi feito e respondo com aquela sensação de que perdi a oportunidade, que nunca deve ser desperdiçada, de ficar calado ante imbecis que se julgam, pelo poder da grana, iluminados.

suas respostas me confirmam que ambos não mudaram em nada(nem eu): "ah! mas aquilo ali foi feito só para constar. porque nem precisava anunciar. o empreendimento faz comunicação por si próprio. aquilo(sic!) é uma esfinge. tão grandioso que faz mais sucesso do que pirâmide. não viu o sucesso de público", assentam um ao outro, esboroando o café.

ora, se era só para constar? para que fazê-lo então? e se não? porque não fazê-lo algo mais que esfinge?, contraponho, no que recebem como se tivesse cuspido nos seus cafés - o que não deixa de ter sido.

concluo, já longe dos empresários, que talvez por pensar deste jeito, a esfinge sou eu. mas logo eu que não falo(e nem faço) por enigmas ou pra constar? talvez por isso mesmo, talvez.



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