O investimento publicitário acerta no alvo ou é vesgo? O que pensa e faz a forward generation?
Abaixo a geração da televisão
Talvez a explicação para se investir
tanto dinheiro em publicidade que falha – porque ninguém se lembra dela
ou porque não atinge os grupos a que se destina – tenha a ver com o
facto de a maior parte dos gestores dos grandes anunciantes pertencer à
geração da televisão. Quando eles pensam em anunciar, pensam logo em
fazer um filme e comprar espaço na TV. Pensam mal. É um defeito
geracional.
Muitos lembrar-se-ão da geração anterior, a dos jornais, que não entendia a televisão como meio digno. “Marcas decentes não precisavam de televisão”, era coisa para produtos de grande consumo. Foi há algum tempo, mas não assim há tanto tempo. Depois, rejuvenesceram-se os boards com a geração da televisão e esta gente nova começou a usar, e bem, o meio: bancos, seguradoras, privatizações, tudo o que era empresa respeitável lá seguiu para a TV. Foi a época das campanhas de imagem e reputação sem expectativa de retorno comercial imediato.
Hoje os boards das grandes empresas, os quadros dos grandes anunciantes, as empresas de compra de espaço por atacado e até os próprios grupos de comunicação são geridos pela geração da televisão. Hoje, que o consumo dos media é fragmentado e que o consumidor é director de programas e editor da sua grelha pessoal, hoje que a comunicação é multiplataforma e que os modelos das últimas décadas – programação, planificação, criação de conteúdos – estão ultrapassados, os anunciantes e os seus fornecedores de media e de marketing ainda vivem no passado. Um estudo da Simulmedia nos Estados Unidos tem vindo a alarmar os grandes anunciantes ao pôr em evidência que grandes campanhas de TV falham largamente o alvo. De acordo com o relatório, uma campanha de 6,3 milhões de dólares da Unilever para o Axe falhou 60% do alvo. Milhões gastos para nada.
(do pedro bidarra, um dos publicitários mais odiados - mas competente, e talvez por isso mesmo - de portugal).
* misterwalk: lembraria o bardo que desde o século passado afirmou: "metade do que se gasta em propaganda é desperdiçado. a questão é que não se sabe aonde." saberemos agora?
Muitos lembrar-se-ão da geração anterior, a dos jornais, que não entendia a televisão como meio digno. “Marcas decentes não precisavam de televisão”, era coisa para produtos de grande consumo. Foi há algum tempo, mas não assim há tanto tempo. Depois, rejuvenesceram-se os boards com a geração da televisão e esta gente nova começou a usar, e bem, o meio: bancos, seguradoras, privatizações, tudo o que era empresa respeitável lá seguiu para a TV. Foi a época das campanhas de imagem e reputação sem expectativa de retorno comercial imediato.
Hoje os boards das grandes empresas, os quadros dos grandes anunciantes, as empresas de compra de espaço por atacado e até os próprios grupos de comunicação são geridos pela geração da televisão. Hoje, que o consumo dos media é fragmentado e que o consumidor é director de programas e editor da sua grelha pessoal, hoje que a comunicação é multiplataforma e que os modelos das últimas décadas – programação, planificação, criação de conteúdos – estão ultrapassados, os anunciantes e os seus fornecedores de media e de marketing ainda vivem no passado. Um estudo da Simulmedia nos Estados Unidos tem vindo a alarmar os grandes anunciantes ao pôr em evidência que grandes campanhas de TV falham largamente o alvo. De acordo com o relatório, uma campanha de 6,3 milhões de dólares da Unilever para o Axe falhou 60% do alvo. Milhões gastos para nada.
(do pedro bidarra, um dos publicitários mais odiados - mas competente, e talvez por isso mesmo - de portugal).
* misterwalk: lembraria o bardo que desde o século passado afirmou: "metade do que se gasta em propaganda é desperdiçado. a questão é que não se sabe aonde." saberemos agora?
E agora que quantidade de likes, rt´s, compartilhamentos, trending topics e comentários são os balizadores ideais da atividade?
ResponderExcluirE agora que toda marca precisa ter fanpage ainda que não tenha um mísero fã?
E agora?