donos de agência de publicidade,propaganda ou comunicação,como queiram, nunca vão aprender que há uma diferença brutal entre ser dono e ser líder.
no geral a maioria dos líderes não é dono. donos até podem contratar líderes mas não para que eles liderem, ainda que seja este o seu discurso no momento da contratação. dura uma uma quinzena, um mês, se muito. e a quase maneira mórbida de exercer o poder de ser dono, ainda que seja para o mal da própria agência da qual eles dizem querer o bem, e de cuja liderança dependem na maioria da vezes para sobreviver ou, no mínimo, mudar a imagem de covil da pilhéria,se manifestar em geral numa explosão de ira ou sibilosa má educação sem abrir mão do indefectível brado: eu sou o dono! coisa que todo mundo sabe mas parece que ele não, e que destarte precisa dizer isso a sí mesmo, muito mais do que aos outros, a toda hora.
portanto, é um grave erro confundir dono com líder. idem, dono com publicitário, se bem que há sim donos publicitários - também com o baixo nível que anda por aí - e publicitários que são donos, o que teoricamente deixaria os contratados em melhor situação. mas há uma espécie de maldição do dono que também os afeta. é quando deixam de pensar em coletivo ,de pensar a marca que estampam na fachada da sua agência para imprimir a sua marca pessoal,a quem atribuem o sucesso. mas um sucesso, de modo geral, a duras penas para o convívio inteligente, para a estética, para o pensamento diferenciado e, não muito raro, até para o próprio caixa, sem falar que a agência torna-se um inferno, inclusive para o próprio dono que não se acha mefistófeles(antes assumisse) mas sim deus.
ser dono do negócio em propaganda/comunicação costuma gerar ao final uma certa distrofia que acomete donos. e a tal ponto que mais do que os donos do mundo, querem ser donos não só das pessoas mas das suas vontades, transformando seus egos em não mais expressões de sua personalidade mas, ainda mais danosamente, em seus próprios donos o que,ironicamente,não é a libertação mas sim a mais completa redução a servidão absoluta do dono que não é dono nem de sí mesmo.
Quantas vezes já não vi os mais radicais "lideres rebeldes" se tornarem-se "marias batalhão" frente a simples realidade de escolherem trocar o patrão dono pelo patrão cliente. No meu entender, o que faz a paudurescencia virar bundamolismo é essa desculpinha esfarrapada: desse lado da cadeira o negócio é diferente. Perdoe-me o baixo calão, mas diferente é caralho. Quando alguém assume a missão de criar um negócio de propaganda, seja qual for o seu tamanho, ele ganha de brinde a responsabilidade de estar ao lado do cliente, não do lado e nem tampouco abaixo catando cavacos.
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