segunda-feira, maio 25, 2009

e o homem, publicitário, suplanta, outra vez, o jacu*

se o penal é coisa tão importante que tinha de ser batido pelo presidente do clube, que dizer então do início de uma partida, onde os mesmos vestem uniforme novo, na saracura de um campeonato mundial?

gosma foi o chute de tal lançamento. que não seja presságio de mau sortilégio, da hidra tupiniquim que aventura-se a ser algo de uma xiva global, onde duas pernas, uma delas nada sadia, com uma dívida tamanho de um chester que ainda não foi capaz de produzir ? - mas que foi o princípio da fusão - terá de arcar com cabeças bifidas a baterem-se, isso se antes não tropeçar nas próprias pernas, tal e qual galinhas degoladas, a correr pelo quintal que não é mais o seu.

avante o rasgo do gênio nacional. deu-se tarefa para um atriz sensaboria para o refogado da mistura, e das consequências da fusão e do lançamento que fala de sabores, mas tem sabor de sopa de seixo, ainda mais evocando a massa povo brasileira como componente discursivo da receita do canjão.

ah! tá, marieta severo tem o perfil da dona de casa da grande famíia brasileira. longeve-se então a comédia que redunda em tragédia, enquanto o cenário mostra, além do modelito branco mixórdio, o verde ao fundo pastado que insinua? lá vamos nós pastar mais uma? ou aquilo ao fundo é antecipação da diarréia?

brf – brasil foods. exito em contextuar: tá mais para o foda-se! ou para o fônix? não exultando em nada com este tipo de meia entrada. será que algum executivo transgênico terá alimentado as mentes perversas que criaram e aprovaram tamanha redundância gurgitada em cacófato que antes fosse um co-co-ro-có de uma nota só.

de um lado a sigla brf, com o a maioria das siglas displicentementes decalcadas em acrósticos fornicados a arroto ou peido, ao que parece pela obviedade, o que faz parecer que a idéia foi embricada em pensamento sublimado de algum almoço onde todos o presentes afirmam-se mais preocupados em apalpar a bunda de quem quer que seja(não vamos estigmatizar a secretária ou a estagiário do atendimento) do que pensar a fundo em outra estratégia que não seja de xutos e pontapés. e tome a levada da breca. que no caso lembra mais escuderia de alta-velocidade do que sigla de empresa global de alimentos. afinal, brasil food diz tudo isto. repetir é enxovalhar a inteligência mais parca que com o “pleonasmo” complica-se. se é global, e se é foods, e se é brasil, então é brasil foods, de preferência nominal com z que é para os consumidores estrangeiros descascarem a manga sem que o acent torne-se caroço. no mercado interno, quem se lixa? dentro não tem problema, pois todo brasileiro é bilingue até prova contrária do seu latente potencial, do seu analfabetismo funcional, que o habilita como ninguém a não falar bem lingua nenhuma: nem o idioma transnacional, nem o multi, homessa! onda-tendência-incontinência, da qual também não escapam o publicitários que sempre estão a buscar no inglês o estilo que lhes falta e que com o mau uso da língua o torna ainda um tipo de jeca que faz dos jecas lordes na sua coloquialidade criativa, nem por isso mais das vezes melhor que o conteúdo das linguiças(ainda vamos implorar pela volta do trema).

as estantes da moda, dos clássicos e das tendências, vergam e entre-caolham-se com dezenas de títulos alertando sobre start-ups, fusões, marketing institucional, a importância do branding e do naming, e não há uma registro sequer que justifique o que foi feito com duas marcas que até então possuiam uma comunicação minimamente profissional e que de um golpe só por fusão tenham optado por recurso que não se alimenta a sí própria, sequer a ambição e a oportunidade de fazer um brasil de excelência,como se propôe a fala da atriz sobre a nova empresa, cujo texto só desdiz a que veio, ao menos na propaganda, que de há muito está também nem hoje assim, vista pelo mercado, seja interno ou externo, como definitivamente complexada pelos nuestros hermanos argentinos, que não pensam em espanhol e sim em castelhano, ao contrário de nós, que mordemos a língua, até quando nos propomos a reformá-la, ganhando o pior da resistência portuguesa em querer ampliá-la, e do nosso pior o melhor em mexer onde não se devia.

o frango da sadia, o único frango sadio da marca, e o perdigão, com sua pose de perdiz que ignora o dia da desgraça, confirmaram o fato de que dois bicudos não se beijam, em beijo que sela marca que não passa de bicada de gente que cada vez mais se torna banguela pela falta do pensamento que devia morder em vez de babar.

no mais, é mais ou menos assim que, goela acima, a nossa propaganda de cabide(e não de cabinda ou cabidela) tornou-se nugget.


*da família dos galináceos, famoso por ser capaz de cagar o equivalente, dizem alguns até o dobro, do seu tamanho. sua estranha habilidade deu origem a nomeação de troféu distribuido entre os intelectuais pernambucanos(de merda, of course) a título de gozação nos tempos em que a livro sete pintava o setenta e que sim esbanjava cultura pelos poros frequentados, coisa que a cultura nem sabe o que é.

(i-tunes fora de ordem. no pensamento a worm´s life by crash test dummies)

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