domingo, março 11, 2007

neste exato momento muito provavelmente você está fazendo o sexto, o sétimo, o oitavo, o octogésimo


Ainda no rastro do último Braincast que gravamos, no desagrado que foi ver uma campanha de um produto que promete regular o intestino de mocinhas e senhorinhas do meu Brasil e ainda na leitura diária do blog do amigo Fábio Seixas, um verdadeiro gerador de Memes...pensei num aqui. Ah, o Mario AV vai dizer que não são Memes, são apenas listas ou correntes. Mas vamos lá assim mesmo. Sabemos que a propaganda mundial caminha meio que trocando as pernas na tarefa de encontrar plots e sinopses interessantes para seus comerciais de 30segundos. A julgar pelo que se vê fora dos festivais, a coisa está complicada.


Por isso, pensei aqui em perguntar para vocês:
Quais são os 5 modelos de roteiros que você simplesmente não consegue mais aturar na propaganda?
Segue minha contribuição:

Depoimentos de artistas fingindo que são espontâneos ao falar do produto que, com certeza, conheceram no estúdio de gravação

Apropriação estética de cada nova campanha da Apple em produtos variados. Se não me engano a última foi um curso de inglês usando o estilo fundo de cor quente + contorno em alto contraste do personagem, como eles fizeram com o iPod. .

Você na praia com um notebook acessando seu banco esquecendo que 1) o sol detonaria o equipamento; 2) Conexão Wi-Fi é uma nota preta; 3)Qualquer ser humano normal resolve estas coisas no quarto de hotel antes de descer para a praia com as crianças; 4) Dá para agendar tudo antes de sair de viagem

Pseudomodernidades nos refrigerantes. Já notaram que estão sempre um passo atrás do que é realmente moderno? Parece que a última onda agora é o...HipHop.

Falso Consumo Gerado pelo Consumidor...essa quase engana. Tem gente que jura que foi o consumidor que mandou o vídeo para um certo comercial de trilha sonora. Conhecendo o meio e a maneira como este tipo de estratégia é recebido, tenho certeza que não é.
Como vocês viram nem entrei no mérito das cervejas, dos carros, dos cartões de crédito, dos portais de internet...ou seja, tem é pano para manga...ou para post.


(Walter Lencina Coberto de razão. Essa dos serviços bancários, naquele estilo "bem de vida e nem ai pro resto" realmente já deu. Dos comerciais de cerveja com mulheres nem precisa falar. O varejo é tão previsvel que se deixar de fazer no formato padrão, deixa de ser varejo - fui pressionado várias vezes, em várias agências, a fazer exatamente o que as pessoas não aguentam mais, para não correr o risco da perda de identidade do segmento, pode isso? Mas levanto a lebre de outro produto que já está dando: pick up. Já foram aos confins do mundo, já fizeram esses carros rodarem todo tipo de terreno, enfim, só falta chegar na lua. E sempre do mesmo modo, no mesmo padrãoo. Eu fico me perguntando se, na real, precisa de tanta caricatura pra vender esses veículos. Porque quando a comunicação de um tipo de produto começa a se repetir a ponto do consumidor correr o risco de confundir as marcas, creio que a culpa já não é dele, consumidor.
(a matéria, e o depoimento, são do carreira solo. por ironia ou por trocadilho barato tem muita gente, free-lancer ou não(o carreira solo é para free-lancers) fazendo carreira solo com este tipo de argumento. e na maioria dos casos, com roteiros muito piores. haja imaginação ou seria muita falta dela ?)

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