escamotear o que pudermos? |
talvez por ser isso mesmo, possibilita o canhestro dos mais variados tipos. canhestro que enrodilha-se na picaretagem que, seguindo a mesma trilha, não é propriamente uma singularidade do mercado em si. são pegadas de uma atividade que anda de rastros porque perdeu-se pelo excesso de esperteza por um lado, e pela falta rombuda de trabalho, talento, decência(as palavras ética e moral já foram desmoralizadas que bastem) pelo outro. sem contar algumas cositas más que não fariam mal se retomadas por gente que de há muito perdeu a vergonha na cara. neste caso, para o bem da atividade. porém, como isso seria mal para os próprios, segundo os próprios, e pros negócios, segundos os mesmos, logo, portanto, o mercado vai continuar sem-vergonha..
tal mercado borbulha. não se sabe bem o moto de qual efervescência. se da que chia advinda pelo ralo ou daquela que tilinta pela champagne estourada. ou seja: se pelo surgimento de novas oportunidades(para o bem e para o mal) ou se pela estagnação de velhos hábitos, metamorfoseados em novas aparências. o museu das grandes novidades, como diria quem já foi da efervescência e hoje está mais para a evanescência, cazuza, está pra lá de abarrotado.
temos agora uma escola que se apresenta como escolha - a quantidade copydescada de cursos, e de denominações pseudo criativas, é de fazer inveja a tabuleiro e gogó de camelô - disposta a quebrar paradigmas, o que é sempre uma proposta interessante, pelo menos para quem sabe o que é paradigma. porém, já ao início da pisada diversas pegadas demonstram que o "camino" tem como guia(s) gente nadica-de-nada anti-paradigmática. e muito mais conhecida por marcar passo e dar voltas em torno de si mesmo do que contribuir, inclusive, para a saudabilidade da sua caminhada. aliás, depois que alguém passou a citar o ex-libris da gestaltterapia(caminhante não há caminho, o caminho se faz ao andar) temos um exército de baratas tontas - principalmente na propaganda - que nem por isso alavancam a venda daquele que se diz terrível contra os insetos - contra os insetos - mas que é absolutamente ineficaz contra os blattodeos que fomentam-se por este tipo de fermento.
mas isso não é problema meu. que não sou da vigilância ambiental nem nada. aliás não sou de quaisquer vigilância. contudo, como ainda corre no meu sangue anti-corpos ao avacalhamento da profissão, permito-me, para "espumancia" degenerada de alguns, e imprecações desalicerçadas de outros, emitir algumas opiniões que: se não mudam muito do que vejo, ouço, leio e manuseio, pelo menos asseguram-me a não cumplicidade e a omissão diante de um certo estado putrefato das coisas.
após este introito de fino trato, sendo curto e grosso, pra variar, confesso que me espanta - mas não tanto - uma escola ou uma escolha de criatividade, cool, hard, freak, free, chavesca ou o que seja, que em sua comunicação de "laçamento" despreza a deontologia. não me parece um bom caminho. nenhuma escola na verdade o é. apenas são atalhos, sendas, vereda, que mais das vezes descambam em pirambeiras
e porque raios digo isso? algum comichão nos cotovelos ou nas dobras do piloro? ora, um site que utiliza imagens em roldão para ilustrar seu propósitos - ou despropósitos - de uma "deseducação criativa dos velhos moldes" ou vice-versa, se assim o quiserem,lançando mão de imagens que, se algumas talvez ou sim, outras, bastantes, não são de domínio público, para causar frente a moçada, a mim só me causou uma estranheza em nada felpuda, tamanha pedrada. trazendo-me de imediato a lembrança uma certa mão que não é a do facebook (é a mão grande mesmo). e a constatação de que aquele velho, e bota velho nisto, expediente soturno - ou vá lá "cacoete" - está mais vivo do que nunca, exercitado em território escolar na base do ninguém vai se dar conta. afinal estamos mesmo no fim do mundo, apesar da web sugerir o contrário, numa certa espécie de legitimação. o problema é que a web também pode se tornar o começo do fim do mundo ou o fim da picada(ensinam isso nas escolas?) fazendo-me lembrar aqueles fiteiros ou lojas de quinta, que apropriam-se de imagens "walt disney" ou do piu-piu e frajola sem querer saber, neste caso, que estão cometendo crimes, e que o desconhecimento popular acata sem culpa e sem perdão mas nunca desprezando o apanágio da esperteza de quem o fez. já o profissional, sabe o que é indébito, ou não?
não saber não me parece o caso de corpo doscente tão decantado - meio velhinha esta coisa de textos flaneur ou descolados para caracterizar o anti-mesmismo de criativos que se colocam na posição de anti-anti ante o modus faciendi que impregna as atividades de cursos e do cotidiano da publicidade hoje em dia. mas que ao mesmo tempo não abre mão de desfiar os rabos presos aos prêmios que nem mesmo as suas mães conhecem.
intriga-me também, mas não perderei o meneio das meninas do cabo branco por isso, ver a imagética(neste caso, consentida; imagino) do contra-criativo luiz carlos e do alex camilo, por exemplo, conhecidos "defensores das causas perdidas" do e no mercado, adesivados a tanto. teriam sido abduzidos por tal camino? que se mostra(na apresentação) mais deambulador de experiências existenciais/profissionais) do que o camino de san tiago? waal! teria pousado novamente alguma nave louca no planalto do altiplano, coisa que se dizia, no tempo que apanhar cajus por lá era o break the rules de uma moçada que não estava para o "quem me quer" da hora?
isto posto, se a ladroagem é de boa fé, "um deslize", o que já seria péssimo, diriam alguns, pra que tanto rigor? mas afinal: que porra de anti-didática ortodoxa libertadora é esta? que começa com o ranho de vício rançoso, não fosse deslize nome de canção chunga interpretada pelo fagner ? e caso não, alimenta-se a rapinagem de má fé? aparentemente pueril na busca da melhor impressão e urdida para fazer escola? não me cabe asseverar que sim. mas com certeza, de que não é o melhor jeito(ou seria trejeito?). só sei que enviei e-mail aos idealistas do "falso plantão", sob a questão, que calaram. e quem cala, consente. outrossim, continua a me parecer que o jack black, mesmo com sua cara de louca porra - só para citar um dos - não tenha autorizado - ou quem o fotografou - a utilização da sua imagem para tal divulgação(seria o fator gulliveriano um insight intrínseco ao conceito da escola: esticar ao máximo pra ver até onde dá, e encolher princípios até não poder mais?) idem para o bush father, mesmo que ele esteja em sua fase pintor em busca de holofotes, e assim por diante até os indefectíveis chitãozinho e chororó (o leitor, rançoso ou não, pode conferir as imagens in http://caminocriativo.com/ e quiçá me alertar que as imagens usadas são franqueadas (não acredito) a preço de par de meias - o que também seria uma merda para uma escola que se diz inovadora e portanto confirmar-se-ia a barriga, furada, furo, mancada ou pisão no pé do cipa.
enquanto não, somatiza-se a má forma, o que e contraditório - conceitualmente o móbile do contra por lá tenta parecer ser outro - no afã de aparecer/parecer escola descolada, inovadora, pós-antenada, onde a camino claudicou sua passada larga numa coisa tão velha com a posição de cagar de cócoras(para além do leiaute, que mais parece "marcação de texto") marcando o passo curto, como diria o vocabulário popular: ao cagar e andar para a deontologia, que é um conteúdo que não se deve(poder, pode, como fez, e tantos fazem) deixar de ministrar para aqueles que querem uma caminhada sem gêpêesses dúbios, nesta profissão de tantos calos e descaminhos entre meias furadas e furadas inteiras, e topadas e topetes - e a falta ou o excesso deles - que não há pedologista que recupere dedões amargurados.
deontologia pesa na mochila? pra caralho! pesa. mas deixa a consciência leve, até mesmo de quem não a tem muito em conta. que é uma das coisas fundamentais para aqueles que querem ter uma caminhada não menos árdua mais sem sobressaltos, tais como este, de ter um(use sua "criatividade" e me xingue como quiser) no seu pé, apontando sua sola furada, e se bobear a sua cueca(e calcinha) cagada.
por esta e outras, é que só deve pegar pesado quem não tem problemas de coluna. a quem tem, resta o pega leve. mas isto não faz escola, nem define escolhas, que convém fazer antes de enveredar pelo caminho mais fácil que fatalmente é o que leva ao lugar comum ou ao lugar nenhum, que é onde a maioria está. e o que é pior: nem se dá conta disto pois seus novos caminhos não passam do círculo vicioso da reprodução do mais do mesmo com novas - ou nem tanto - velhas caras e ideias. sendo a mais velha, a ideia que é preciso escola e professores para se aprender o que não se aprende na escola.
como diria o ditado turco: não importa o quanto você foi longe no caminho - ou na escola errada - volte para trás. se não acha, matricule-se, e vá em frente até não poder mais ou não se perder mais. no que me toca, já estou fazendo o caminho de volta - o que é muito diferente de apagar ou desfazer caminhos ou escolhas, só para registrar.
in tempo: este mesmo tipo de raciocínio/valor, o na base do faz que dá, que todo mundo faz, ninguém liga, ninguém vai perceber(com tanta câmera?) "é uma coisinha só", porque que não? é o mesmo que moveu, numa típica manifestação de histeria coletiva, moradores pra lá de evangelizados(abreu e lima)a cagar e andar para mandamentos sagrados e tocar a promover arrastões, invasões, depredações e o saque de eletro-domésticos que ao fim e ao cabo não lhes deu nenhum prazer e só dores de cabeça - e alguma notoriedade ao "boy do arrastão"
ao utilizar tais imagens, a camino desrespeitou um dos mais sagrados mandamentos da atividade: não roubarás o trabalho alheio, do qual nem o crédito, se dado, absolve. fosse eu o deus do velho testamento e já mandava um raio bem no meio da testa destes que se dizem idealistas da criatividade e da educação(sic!). mas como sou ateu, principalmente diante destas escolas onde os vendilhões da criatividade as promovem como templos de uma nova religião, faço o registro e vou andar com meus cães que são muito mais sábios em farejar caminhos que possibilitem novas descobertas.
in tempo 2 : no uso de tais fotos não houve sequer fermento criativo. só pulhice, e do mais reciclado bolor.
Penso que por não ter "formação acadêmica" não acredito nas fórmulas de ensino. Acredito que para trabalhar com publicidade até existem boas escolas e faculdades, com professores influentes no mercado, mas ser publicitário é algo completamente diferente. E hoje em dia é cada vez mais difícil achar esse ser, que acredita verdadeiramente no que faz e faz a diferença nos negócios de seus clientes. Na verdade acredito que para ser publicitário é preciso 3 coisas: 1 ser um trabalhador incansável; 2 ter bom gosto; 3 ter vivência, bagagem ou história de vida (como queiram).
ResponderExcluirMas tá ai 3 coisas difíceis de encontrar principalmente em agências de publicidade. A garotada entra na faculdade querendo trabalhar em grandes agências com sua camisa xadrez e óculos de resina como se essa fosse a maior das realizações profissionais, CARALHO! Antes de gostar da profissão, vá entender o que é publicidade. Existem muitas agências frouxas por ai, que são dirigidas por bundões que tiram proveito de uma massa alienada que trabalha por eles e pra eles. E Agora começam a aparecer os que cobram por isso.
Porra Celso. Eu não sou dono da CAMINO, mas juro que estava pensando em te chamar para montar um curso.
ResponderExcluir:(
o curso já foi dado lc (o primeiro da e para a camino?)o teor: a utilização indébita de trabalho de outrem, no mínimo, tira do caminho sujeitos de botas surradas e joanetes esquentados. e o que é melhor: foi de graça, sem fazer graça. e sem precisar citar baudrillhard, arendt ou benjamin, que ando muito mais interessado nos estudos reichianos dos mexes-cu das moçoilas do cabo branco do que ministrar cursos de madureza.
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