segunda-feira, fevereiro 03, 2014

o que acontece - profissionalmente - quando "deixamos de ser crianças"

blue bus publicou despretenciosamente post da jamille bringuenti - que por sua vez " catou a matéria no tudo interessante, que catou no e por aí vai " , que tem foco no aspecto da "crueldade infantil" ao dizer a verdade de forma até certo ponto engraçada em bilhetinhos, maioria deles escritos para os pais.

mas o que me chamou atenção foi outra coisa que julgo tem imenso a ver com a atuação dos redatores publicitários - faço comentário ao fim.

portanto se você é redator/copy/brand concept ou como queira charmar-se e, principalmente, se escreve para vender produtos para crianças talvez reconheça aqui sua estupidez - ou o seu talento - ao cotejar o seu trabalho com o  destes "redatores seniors".


“Espero que você ganhe um monte de presentes e tenha um feliz natal… e você está gordo”
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“Essa é a minha mae e isso é o que ela faz todos os dias – assiste a Ellen (Degeneres)”

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“Quando eu tinha 8 anos de idade o cachorro do meu vizinho vivia fazendo cocô no meu jardim. Entao, um dia eu fiz cocô no jardim dele”

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“Querido Brody, a senhora P. me fez escrever esse recado. Tudo o que eu quero é pedir desculpas por nao me sentir culpado. Eu tentei me sentir culpado, mas nao consigo. Lian”

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Obrigado pela fantástica arma de água que eu usarei pra atirar em você”

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“Querida mamae, muuuuuuito obrigada por ser a minha mae. Se eu tivesse uma mae diferente, eu a socaria na cara e iria te procurar. Com amor, Brooke”

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“Desculpa por causa de nada!”

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“Querido papai, por que você quer ser vegetariano? Foi a mamae que te fez querer? Se foi, você nao precisa escutá-la, ela nao é a sua chefe”

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“Eu estou com raiva de você e nao vou falar com você hoje e amanha! PS: o dia todo. PSS: Eu ainda te amo”

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“Querida mamae, você é a minha mae preferida. Me desculpe por te chamar de pedaço de cocô. E eu te odeio e nao vou para o meu quarto. Te amo mamae. Sua filha, Karah”

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“Querido papai, eu posso fazer karati (karatê)? Eu prometo nao te machucar. Eu poderia lutar contra os ladroes e é um grande exercício. Posso fazer? Assine abaixo pra eu ter certeza”

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“Querida fada dos dentes, eu perdi meu dente no dia 23 de outubro. Agora já é 12 de novembro. Eu perdi meu dente na pizza. Eu perdi 2 hoje. Você me deve 1 USD. Nao querendo ser dura, mas eu preciso de dinheiro. Annisa”

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“Obrigado, mae, por me fazer comida – assim eu nao morro”

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misterwalk diz que houve tempos em que redatores publicitários eram capazes de escrever textos com grau de espontaneidade tão bom como estes e, portanto, capazes de emocionar. ao que parece, “cresceram na profissão”, e só sabem escrever coisas geniais. ai a publicidade ficou adultamente chata. quem sabe algum filho de publicitário não escreve um bilhete dizendo: papai ou mamãe quando eu crescer quero ser publicitário. mas não vou escrever coisas idiotas como vocês fazem principalmente quando querem vender coisas para crianças. p.s. te amo apesar de vocês serem publicitários.

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