quarta-feira, novembro 21, 2007

histórias que os papás da propaganda pernambucana não contam(mas mentem que não é uma beleza)

Depois de passar 3 anos analisando 33 comerciais de TV de 12 categorias diferentes, a Advertising Research Foundation, entidade americana especializada em pesquisas de comunicaçao, concluiu que na propaganda de hoje contar histórias pode ser mais efetivo do que enumerar as qualidades de um produto ou serviço. O estudo intitulado 'On the Road to a New Effectiveness Model' (A caminho de um novo modelo de eficácia) descobriu que as respostas dos consumidores às campanhas de cerveja, por exemplo, eram mais favoráveis quando a marca descrevia a rotina de amigos que se reuniam para fazer várias coisas, como assistir futebol na TV e namorar (os comerciais da série ‘Whassup!’, da Budweiser, participaram do estudo), do que quando a propaganda simplesmente dizia que a sua cerveja era melhor do que as outras.

Isso acontece porque os consumidores hoje sao mais bem informados, mais críticos e vacinados contra as fórmulas da publicidade do passado. Eles nao querem simplesmente comprar um bom produto. Mesmo porque qualidade, hoje em dia, todo mundo tem que ter. O que as pessoas querem mesmo é fazer parte do universo da marca. E isso passa, entre outras coisas, por sentir que a marca compreende quem eles sao e o que realmente desejam. O pulo do gato é investir na conexao emocional entre a marca e o consumidor. Afinal, na maioria das vezes escolhemos nossas marcas preferidas como escolhemos os amigos - por afinidade. Como ainda nao inventaram melhor maneira de envolver alguém do que contando uma boa história, a publicidade vai ter que fazer como a Scheherazade, das 1001 noites - entreter o público para nao morrer antes do tempo.

(contar boas histórias vende mais que falar bem do produto, do marinho, no ônibus azul de hoje, para tudo ficar mais azul apesar da ausência total de boas histórias para contar)

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