no blue bus(www.bluebus.com.br) um dos destaques de 07/12 foi : "Quando eu crescer eu quero trabalhar com propaganda. Exibido em varios posts desde julho passado no YouTube, totalizando perto de 100,000 views, o comercial para o Addy Awards, premio da American Advertising Federation, mostra crianças explicando porque querem ser publicitarios quando crescerem. Parodia de um comercial original do Monster.com, brinca com o cotidiano e os clichês da profissao. "Quando eu crescer eu quero ter minha propria agência" - diz uma menina. "Ver meu nome na porta" - segue outra. "E fazer as pessoas se perguntarem o que eu faço o dia inteiro" - conclui ainda outra garota. O filme é do Meyocks Group".
mas quando você cresce de verdade - e há vários tipos de crescimento, inclusive o de carbureto, muito praticado por agora, a coisa pode ser tornar mais do que cruel no universo da propaganda, principalmente neste momento vivido de agora, onde o fake, a pulhice, se tornaram a ordem do grão prêmio do dia.
senão vejamos a nota da janela(www.janela.com.br) em 06/12.
RioSul repete campanha de 1994 e entristece Delano
O criativo carioca Delano D'Ávila tomou um susto ao abrir o jornal O Globo desta quarta-feira, 6 de dezembro, e ler a notícia de que o Shopping Rio Sul começará a veicular uma campanha de Natal, criada pela Giovanni+DraftFCB, mostrando o Rio de Janeiro debaixo de uma capa de neve (imagem à direita). "O plágio é uma homenagem ao autor", escreveu para a Janela, confessando-se indignado pelo fato de o shopping lançar este ano uma campanha com o mesmo tema que utilizou para o Outono/Inverno de 1994, quando a conta ainda estava na Salles, hoje Publicis.De acordo com Delano, além da repetição do tema, o anúncio reproduzido pelo O Globo é quase idêntico ao que ele, Arnaldo Rozencwaig e Bob Gueiros criaram utilizando como cenário a Praia de Copacabana: "na manipulação mais aprimorada de hoje, saiu o pinguim e entrou o São Bernardo".Na época, o RioSul dizia "Se vier o frio que você não está esperando...", em uma sequência de 4 páginas duplas mostrando, além da já citada Praia de Copacabana, o o bondinho do Pão de Açúcar (imagem em cores à direita), a Pedra da Gávea e a Lagoa.Os leitores da Janela estão cansados de saber que este colunista não acredita em chupadas supostamente feitas por profissionais consagrados, como Fernando Barcellos, Ricardo Weitsman, Thiago Fernandes, Cidney Neto e Carlos Assolan Paboudjian, que assinam a nova campanha. O premiado time da Giovanni tem talento de sobra para criar qualquer campanha do zero. Por isso prefiro acreditar que situações como esta devam-se mais a uma infeliz coincidência de quem segue os mesmos caminhos do raciocínio publicitário. Somada, no caso, à resvalada de a equipe do marketing do Rio Sul não ter consultado a sua memória publicitária, principalmente depois de ter trocado de agência.ENTRANDO NUMA FRIA.Mas Delano tem a sua razão de se sentir magoado. Um dos diretores de arte mais premiados do mercado carioca nas décadas de 80 e 90, foi Delano que assinou a principal transformação, em direção à modernidade e sofisticação, na propaganda de varejo do Rio -- e talvez do Brasil -- como diretor de criação da Provarejo, house-agency da Mesbla.Mas o tempo passou e ele cometeu o pecado de passar dos 50 anos sem ter-se tornado dono de agência. E hoje, como inúmeros profissionais de criação da sua geração, encontra dificuldade para se recolocar no mercado publicitário. Ele conta:- Há coisa de 2 anos que venho me aperfeiçoando no computador. O talento reconhecido de criativo premiado não vem bastando para me realocar com um mínimo de dignidade. Parti então para o inevitável, ou seja, mergulhei firme no Macintosh e estou apto a produzir minhas idéias diferentemente de como durante mais de 30 anos me mantive como diretor de criação das melhores agências do Rio. Você bem sabe. Agora, tentando uma conversa aqui outra ali, percebo como está difícil. As notícias e as falas de quem me recebe gentilmente revelam cada vez mais um mercado estreitado e de poucas possibilidades efetivas.Ao perceber, então, que a mesma idéia que teve há 12 anos foi vista hoje como uma boa sacada tanto pelos criativos de uma agência quanto pelo anunciante, Delano explica que, se por um lado, ficou aborrecido, por outro, tornou-se bastante esperançoso:- Percebi que minha matéria-prima continua sendo de ótima qualidade e que ainda posso reafirmar, em alguma agência compatível com esse meu momento, o talento de sempre".É mesmo muito luxo para este mercado desperdiçar o talento de um Delano D'Ávila, como de outros nomes que ainda não autorizaram a coluna a citá-los aqui. Por isso, se alguém quiser conversar com o Delano, aqui vai o e-mail dele: delanodavila@yahoo.com.br "
sem comentários e aprendendo a lição, continho a escarafunchar a net e encontro no jongaoliva.blogspot.com casos da propaganda dos últimos trinta anos, que por certo nos remeteriam ao desejo que nomeia a primeira nota deste post(quando eu crescer quero trabalhar em propaganda).
história hilárias, mas muito sérias, recheiadas de perspicácia, inteligência, ousadia, bom-humor, escracho e acima, de tudo, de referências da boa propaganda. daquela que decididamente não se faz mais. a começar que são escritas e narradas por um diretor de arte que escreve melhor do que a maioria dos redatores que vejo a se gabarem por ai.
mas como o que interessa é o aqui e o agora, e se você está perto dos cincoenta anos - quem tem vinte, está mais perto do que quem tem quarenta, porque já se tocou que desperdiçou o tempo fazendo merdas, destas tais como copiar archives, ou o que é pior: ser genial criando campanhas que já foram criadas na década passada, mire-se no exemplo das mulheres de atenas ou no do delano: um profissional cujas campanhas para a provarejo, continuam melhores do que qualquer uma que está sendo feita por ai no varejo, incluindo aquela coisa pra lá de manjada feito para o ponto frio pela dm9(rio?) - que melhores dias teve pela mão da sgb conduzida pelo isac shapira -e que agora ninguém quer, apesar de suas idéias estarem pra lá de up-to-date.
se com o delano, que é um marco, está sendo assim, imagine com você? (comigo nem precisa, auto-crítica aqui é grande como seu ego)
mas memória que é bom, quem tem? só gente de cincoenta? ô geraçãozinha desmiolada de agora que não tem conhecimento de filmes feitos há tão pouco tempo e por desprezar talentos tido como velhos, mas que factualmente continuam muito mais jovem do que eles
quanto a mim, definitivamente, quando crescer não vou querer trabalhar em propaganda.
Endoscopia?
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