já há contratações para a mais nova house da cidade, o que de certa maneira confirma uma tendência: 2006 vai ser o ano da volta das houses, considerando-se que já ao fim de 2005 a tinha gente pegando onda na marola.
house é como bicho de pé. no começo é gostosinho, gostosinho. depois arranca seu dedão e dói como uma amputação. deixando você manco pro resto da vida. mas como ninguém se manca mesmo, tem sempre um metido a esperto, abrindo mais uma, de forma explícita ou não.
a novidade agora é que a house, dizem, vem a ser da aeso. o que de certa maneira gera um canibalismo, não fossem já seus cursos os próprios, e sem maionese, pois a dita faculdade tem uma agência experimental. denominada inata. o que também mostra a falta de desconfiômetro, pois inata mais parece uma ata de metidos a in ou seria ata ou não ata, antas sim ?
sendo didático, em comunicação de marketing de marcas, quem demonstra tanta competência assim em escolher um nome, certamente vai longe. não se pode dizer o contrário, já que vivemos um tempo onde tem gente pegando coco, envolvendo em papel celofane, aplicando fita cor de rosa, e vendendo como torta de chocolate godiva.
a ceo da aeso é conhecida por sua avidez pelo faturamento. no entanto, por mais disforme que seja o negócio da educação, aliás cada vez mais negócio, sem educação, deveria impor certos primados.
racionalmente falando, ao ter uma agência experimental, nada mais percuciente, sob determinado prisma, e valorativo de seu próprio ensino, do que entregar-lhe a conta da própria faculdade, apesar dos arranhões deontológicos. mas vá lá, uma forma de chancelar "ao mundo" a confiança no produto que vende, naquilo que ensina. provando, para além da prova dos nove, e das segundas chamadas, que ali se dá formação à futuros profissionais. acontece que o que sai da inata, é natimorto enquanto desenho profissional. traz a marca do amadorismo, no que o conceito tem de pior, em nada acrescentando ao que se faz no mercado, muito pelo contrário, pois parece trabalho de fim de ano de estudante, ao fim e ao cabo o que é.
agora a aeso vem de house, o que desdiz o caráter qualitativo inato de sua agência experimental.por outro lado, para um mercado onde os próceres alardeiam tanto os diferenciais de suas agências, a direção da aeso, estaria na contramão da história por puro foco no faturamento e expansão do braço do negócio ? ou porque verifica que a mesmice é tanta que não vale pagar pelo que pode ganhar fazendo melhor ?
virá esta house fazer o que se espera de toda nova agência que surge, muito embora não se possa chamar house de agência, apesar de algumas se auto-denominarem multiagências? que é acrescentar, inovar, multiplicar, e não simplesmente fazer parte do bolo apenas para diminuí-lo, engrossando sua fatia via alíbi educacional, papando suas fatias como mais um trote universitário ?
fato é, que desde a invenção da mart-pet do primeiro ano, o mercado pernambucano ressente-se do cheiro da inovação de uma agência que proponha soluções realmente diferenciadas, e que não sigam o velho esquema de sempre: ou ser mofo sob verniz novo ou verniz novo que mal começa a ganhar dinheiro e já se mofa.
por isso mesmo, ao intentar uma house, a aeso, em vez de fazer escola, parece sim, estar pondo em prática as lições aprendidas na mesma escola de sempre. o que é muito mal para instituição cuja função precípua é educar e não dar mau exemplo.
por hora, nem a propaganda de sí mesmo lhe salva. isto não é mau exemplo que baste ?
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