terça-feira, janeiro 31, 2006

é o sílvio mas não é o santos

O mundo do marketing e da propaganda no Brasil tem o péssimo costume de ser essencialmente auto-laudatório e badalativo. As vaidades e os interesses comerciais e de carreira impedem que se reconheçam publicamente os erros, mesmo aqueles que internamente chegam a provocar de puxões de orelha a demissões de executivos.

Isto explica (mas não justifica) porque tão raramente aparecem comentários críticos sobre marketing ou propaganda na nossa imprensa (com gloriosas exceções, como a do jornal Propaganda & Marketing!).   

Ora, nos Estado Unidos, pátria do marketing, isto não é assim. Críticos do marketing e da propaganda escrevem em diversos veículos, e o mais famoso desses críticos é Gordon Lewis, cujo brilhante livro Marketing Mutilado acabamos de editar no Brasil.

Por isso, um profissional de marketing americano que leia português (se é que existe algum) e acompanhe as nossas revistas e jornais irá pensar que todas as empresas e agências de propaganda do Brasil são perfeitas e que todos os seus profissionais são gênios que nunca erram, pois só se fala nos prêmios que ganharam e nas contas que conquistaram. Quando uma conta troca de agência, é porque houve "reposicionamento estratégico", ou por "alinhamento", nunca porque algo não estava dando certo.

sílviio lefèvere, na apresentação do porque das derrapadas, no frontspício do seu site derrapadas de marketing.
 

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