sábado, janeiro 14, 2006

as novidades de museu

cansado e quiçá muito puto com os atravessadores de idéias, o famigerado atendimento, antônio fadiga fez de sua primeira medida na fischer a decapitação dos mesmos, passando a tarefa para a criação e o planejamento, deixando a rúbrica operações a coordenação do desenvolvimento das tarefas.

no bluebus paradas extras para mails condizentes com as críticas que se fazem aos boys de luxo, irmanados com roughs de humor condizentes com seus pitacos.

como cobras de duas cabeça,s dizem os” ofidiomologistas “, não é cobra, o problema suscitado pela eliminação do atendimento é ainda mais rasteiro(e velho). e como a bichinha é roxa muita gente pensa que ela agoniza só porque uma cabeça foi esmagada. ledo engano. mal se larga e já sai procriando por aí.

prova dada as mesmas discussões de sempre sobre a decisão de implantar um modelo de operação que no fundo, no fundo, eufemiza a velha noção de atendimento, com formato dito novo mas já nascituro velhinho, diga-se de passagem, demonstram o quão fossilizadas andam as cabeças que insistem no maniqueísmo sobre funções.

é certo que há profissionais que exercendo a função do atendimento foram ou ainda são os mais criativos e estratégicos formuladores de soluções para o negócio da agência e o cliente. raros. mas existem. e invejo quem tem ou teve a sorte de trabalhar com eles. não foi o meu caso.

contudo, não foi à toa que cristalizou-se o estigma de atendimento como o sujeito engravatado a fazer "psicanálise" da criação, e da gostosona burra, loura ou não, a usar de seus dotados argumentos, nem sempre de boca fechada cáspite!, para segurar emprego. os carregadores de leiaute ou boys de luxo construiram seu próprio toten ajudados por estruturas que permitiram isso. e disso gostaram enquanto pobre expressão de poder e status nas "agências de atendimento".

o que espanta, é que nunca se falou tanto em mudança no negócio como agora. e quando elas tentam ser implantadas, mesmo com verniz já diluído, pipoca um sprit de corps que lança mão, como sempre, da desgastadíssima argumentação do caráter racional do atendimento versus a emocionalidade da criação, isso quando diversas agências são comandadas por publicitários com formação criativa. haja paciência para mais esta tamanha falta de foco.

assim, por conta de argumentos como estes, é bem vinda a defenestração deste tipo de atendimento que sempre atuou como atravessador de idéias, quando muito, mas sempre menestrel das falácias que se vê por ai.

a má notícia é que sob a rubrica de planejamento e operações, muitas agências continuam a fazer a mesmíssima coisa enquanto atendimento.

de resto, o humor de meia tigela enviado para ilustrar o suposto caos ou seria caô? das agências com o atendimento feito pela criação e pelo (sic) planejamento reforçam a obsolescência da função.

como bem disse o andré eppinghaus, enquanto ainda diretor de criação da ogilvy, faz tempo meus senhores: " do mesmo jeito que a Criação há muito tempo deixou de ser um departamento da agência e virou seu próprio negócio, é preciso que os profissionais de Atendimento descubram que o seu negócio também evoluiu e agora chama-se Planejamento e Relacionamento. Atendimento todos nós somos obrigados a fazer".

e essa coisa toda também me faz pensar na reprise de certo programa onde nizan guanaes diz que fez uma nova agência, porque estava cansado do modelo das antigas e apresenta a áfrica.

já não se fazem coisas novas como antigamente.

Um comentário:

  1. é sempre bom observar como se constroem essas imagens. como será que surgiu a imagem do boy de luxo? a do atravessador de idéias ou do intermediário servindo de interferência no telefone sem fio.

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