sexta-feira, dezembro 02, 2005

vocação para o combate ou porque nasce e morre um blog V: epílogo ou dengue ?

e vamos à revisão, antes do mapa editorial:

cemgrauscelsius.blogspot.com não é blog, nem coluna: é columblog.

híbrido de blog extra, metapublicitário e coluna opinativa interpretativa - excepcionalmente informativa, sobre comunicação, marketing, publicidade, gestão inclusive, jornalismo e assuntos quentes da atualidade. tratados sem assopro, sob a ótica de publicitário jornalista ou jornalista publicitário, como queiram, ou seja lá como classifiquem os “contracelsos”.

cemgraus é action. não é making-off. é um exercício de escrita de redator que preza a escola de redatores. e o leit-motiv” propaganda se faz para ganhar dinheiro e ter prazer”. dois dois ao menos um. o que é cada vez menos possível. daí sua carne de pescoço e voracidade na defesa de certos princípios irreversivelmente? combalidos, na maioria miseravelmente pelos próprios publicitários.

posiciona-se crítico de cultura e idéias à atividade, frontal no tocante a questões deontológicas e sócio-econômicas, político culturais. e o faz ,com certeza, com veemência mas sem displicência, salvo na revisão, e desonestidade intelectual. é provocateur mas não iconoclasta de plasticina. zela pelo bom humor. e, acima de tudo, pelo respeito. até para com os desrespeitáveis de plantão, apesar de não usar luvas de pelica na hora de sentar o cacete, auto-considerando-se um emissor de opiniões abertas e contestáveis no seu próprio espaço. em hipótese alguma auto ou promocionais a quem quer que seja.

não comenta especificamente anúncios, filmes, spots, fichas técnicas ou quaisquer recurso em formatação das novas mídias. mas sim conteúdos super e subliminares implícitos ou não, e rêmoras à atividade. desprezando totalmente os confetes, brilhos ôba-ôbas e saudações estéreis.

gostamos das tais mil palavras que descrevem as fotos. e dos significados e significantes que por ventura possamos converter às mesmas num exercício diário que nos auto-aplicamos. se o conteúdo é muitas vezes de jornalismo de intervenção, os títulos fazem-se por busca de sintaxe de head-lines publicitários. assim dispensamos o recurso das ilustrações, sejam quais forem, ainda que sabedores que o universo não é all-type. mas entre má direção de arte e nenhuma, ficamos com a segunda opção.

singularmente defendemos a atividade sob o foco dos princípios profissionais sem ralentar na auto-crítica. o que acaba por definir um estilo: o estilo de um homem é seu caráter.

acreditamos na prática da profissão por profisionais. mas não acreditamos que diplomas profissionalizem alguém, muito pelo contrário, como o provam as evidências. não temos preconceito contra faculdades. o temos é contra o valor pago pela mensalidade embutida na propaganda enganosa que insiste em afirmar como formação a deformação produzida em ambientes acadêmicos mediocremente zelosos à forma em detrimento do conteúdo, que de há muito esvaiu-se na universidade brasileira.

regemo-nos por princípios mínimos de compromisso com a verdade, do produto e da pessoa. “publicitar é vestir a verdade com roupa de domingo”, acrescentando-lhe o tal valor intangível, por mais supérfluo que seja, opção, como todas, não condenável. o que é muito diferente de ministrar água benta à mentira

cemgrauscelsius não quer ser dono do samba. nem faz de gato tamborins. apenas mostra ser impossível fazer samba, sem atravessar na avenida, com tamanco de mandarim, idéias ao cadarço e bunda contraida. frevo muito menos.

tenta ser libertário, não reacionário, sectário. aberto ao nôvo realmente. aquele que coça ou incomoda, que vai à frente ao preço e peso das consequências, sempre que ele assim se justifique na vida e na venda. mas por amor aos deuses da propaganda não assiste impávido o xaropismo da mumice pasteurizada que nos apresenta como emblemático do novo fernanda porto. se assim, continua de ouvido no velho e bom e sempre novo joão gilberto. até porque qualquer pití é melhor que a pitty.

analogias textuais, antes do rei do baião, cemgrauscelsius louva humberto teixeira. porque para nós, muito mais moderno do que ipod, tecnô e stark, é jackson do pandeiro, que na síncope do texto entorta com gogó a edição digital.

finalmente, cemgraus não usa mercúrio para subir em flecha. pois preserva o meio ambiente, tornando suas cagadas ou acertos biodegradáveis.

posts em tentação ou seria à redação ?

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