terça-feira, dezembro 06, 2005

fábulas animais

encontro bob no mensenger.

bob, que não é cachorro, anda com o rabo entre as pernas. literalmente levou uma patada. e não foi de cachorro não. foi patada de agência, com nome de pato, que o fez de pato. logo ele, candidato a cisne, após ganhar montão de prêmios pra ela, a agência com nome de pato. é mesmo de dar dó em maceio.

bob cata outras praias. reorganizando sua vida, verdadeiro zag-zig. até aqui morreu neves, porque repete-se sina de maioria dos publicitários: ou se demite ou é demitido de véspera.

na terra dos tubarões acampa agora em agência felina, de nome. só de nome. na prática, unhas e dentes auto-extirpados — pra que esse nome então?

bob, é sonho antigo, e quem não sonha assim? sendo publicitário, nem que seja de arranco? quer mais é mostrar as garras e criar marcas. mas recebe aviso prévio de que nela, na agência felina, não dará o pulo do gato, que quase deu na agência com nome de pato. onde graças a criatividade, mais uma vez, foi provado que pato voa. se quiser, ainda que para isso penas tenham que voar para todo lado.

já na agência, com nome do felino, que habita das montanhas da do chile as montanhas da américa do norte, bob está condenado a ficar cimentado ao chão. pelo menos por um tempo, palavras de bob, que não é cachorro, mas tem caráter canino de fidelidade ao que foi acertado e que por isso mesmo não quer saber agora de nenhuma outra agência animal.

moral da história: mamífero em luta pela sobrevivencia bob, como tantos, sacrifica seu apetite por lebres engolindo sapos. contraria o próprio extinto matador condenando-se a zoológicos onde espírito criador é o de quem castra. e onde as idéias não se reproduzem. aliás, nem sequer copulam. não saberiam o que acontece com os felinos enjaulados? que auto-mutilam-se em crescendo na medida que o espaço claustrofóbico os deprime, quando não enlouquece ou neurotiza, privados que foram do habitat original ?

bico de pato, corpo de puma, pés e mãos atados, cérebro e culhão atrofiado, estamos nos tornando onitorricos.

de galápagos esta síndrome é que não é.

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