segunda-feira, dezembro 05, 2005

bahia sem salvador

bluebus da sexta bombou de mails sobre comercial da panamericana desaguando nas casas bahia.

de há muito comunidades no orkut dejetam o tipo do comercial, sobre rubricas “ eu odeio o garoto propaganda das casas bahia” - saberia alguém nome do “ator” ?

caca e obra da plantação do sílvio matos para o maior anunciante brasileiro, a eficácia da ação, “ um estrondososo sucesso de vendas”, ainda que enganoso quando visto e dito como diferenciada formatação, que mal não seja, deu casa nova ao smatos, com direito ao próprio ser tv de plasma da nova sala ainda que grey, ou não.

nos tempos de aulas primárias aprendia-se, com o doce exemplo do derrame do açucareiro na xícara de café, o conceito de saturação. definitivo enquanto variável direta pela qual casas bahia só perde em rejeição para o antônio carlos magalhães. mas como se trata de bahia continuam funcionando para ambos os casos.

e haja mails até não mais discutir a questão. gente chutando o pau da barraca enquanto baila o saco entre o balde o e o bidê, típíco da geração pirulito. aquela que acha que ser criativo, é colocar verniz no palito e, pragmático, chupar os dedos, já que não desembrulham a bola para conservar os dentes de garotos sem cáries.

o “ fenômeno” de auto-fagia do modelo é sua antítese, garoto bombril, por exemplo.

um, construido de dentro para fora. humanizado, emissor receptor de sentimentos e sensações. outro, de fora para dentro. sem vísceras. colostomizado ao nascer. atrelado a lógica corrente, dita coerente, quanto a mim equivocada, do varejo. com seus timings e rompantes dilacerantes das ofertagens, promocionagens e efemeridagens, sofregamente categorizadas por itens do estoque, gerando um texto marcado por efeitos de talidomida.

poder-se-ia argumentar que, categorias diferentes, um comunicação de marketing de marca, onde produto é pretexto. se é que é possivel fazer dicotomia;outro, de produtos, muito mais que marca. é varejo,hô, hô, hô. mas não padecer-ia da distrofia? que costuma cravar-se nos cases de sucesso que deixam de mercer atenção redobrada e exaustiva por isso mesmo? ou planta-se a rede e espera-se o coqueiro, que só da coco, balançar eternamente em berço esplêndido ?

tati-bate de ar juvenil, abateu-se sobre o mesmo. a entropia causada pela pobreza de ambiguidades e recursos do “ personagem”, cujos roteiros, ambientações e, principalmente texto, não foram capazes de sustentá-lo, para além do timing cada vez mais nervoso ao sorriso de trident.

trident exposto feitiço vira-se contra feiticeiro.
o verniz de novidade das casas bahia torna-se crosta da não renovação e portanto ícone de repetição cada vez mais esvaziado.

perde-se enquanto forma. afunda-se, ainda mais, enquanto conteúdo e suprime à si a função, e por contigência da agência em não produzir variações efetivamente percebidas em torno do tema(s), tornando-se mais um(pobre)comercial de varejo. e, saliva de ironia, ainda mais chato do que os outros pela exarcebação da veiculação.

e ai reina tão somente a veiculação e finda a diferenciação, nosso apostolado, quer dizer, ainda ?

o bom e o mau do varejo é que quando ele não é algo mais que veiculação – que aumenta ou sustenta qualquer curva de vendas, considerando-se as enzimas sazonais - torna-se varejeiro de sí mesmo ou melhor da marca anunciante que o perpetra, consente, assina.

a panamericana ensina isso ou vai fazer disso apenas mais um pretexto para fazer das suas ?

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