sexta-feira, novembro 18, 2005

igor, o terrivel

igor - que encanto de pessoa, é o poodle-toy de minha filha! acorda alegre, dorme alegre, topa tudo: carinho leve, tapa na cara, brincadeira idiota, chega-pra-lá, não enche que agora tou lendo. mas, de repente, a tristeza se insinua - olho igor, igor me olha - por que naõ fala? por que não me diz o que sente, não me revela suas observações psicãológicas, não me faz penetrar um pouco mais no (seu) mundo cão ? tristeza puxa tristeza se, pior, não puxa angústia. foi o que aconteceu com minha tristeza quando me bateu a idéia pertubadora de que um dia, daqui a não muitos anos, esse bebê-cão vai ser mais velho do que eu. como ele envelhece sete pra cada ano de envelhecimento humano basta eu viver mais uns dez anos e olharei pra ele lamentando a decadência que, tenho certeza, ele agora lamenta em mim. oh, god!- oh dog! millor fernandes em 1989.

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