quarta-feira, outubro 26, 2005

visto de saída

comentários sobre as mulheres pegaram muito mal

saída de Neil French do grupo WPP, onde era diretor criativo mundial, foi o assunto do dia no mercado americano esta semana. desdobrado em entrevistas com o criativo, convidado pelos veiculos especializados a explicar as razões de sua saída. seu afastamento foi consequencia de comentarios que fez na semana passada em um evento no canadá - disse que mulheres que trabalham com criação publicitaria não chegam aos cargos mais altos porque nao merecem, chamando de "lixo" quem nao consegue se envolver 100% com o trabalho e avaliou que poucas mulheres sao diretoras de criação porque sao casadas e têm filhos ou pretendem ter filhos

noticia de ontem no The Wall Street Journal situa o tamanho do impacto das palavras de French. Diz que os comentários tocaram num ponto sensivel para o mercado da propaganda, no qual muitas mulheres trabalham, mas poucas chegam a posições elevadas. Observa que a fala do criativo é especialmente delicada para o grupo WPP, que tem clientes como Colgate Palmolive e Procter & Gamble, para os quais as mulheres sao o principal publico alvo.

bem, como estou na minha semana fagner, vide entrevista da veja, digo o seguinte: desde quando o neil está errado? cristina carvalho pinto, no tempo que era da gang dos twelve, hoje nem band leader da jazz é, e no máximo, a ex-miss ogilvy adriana cury. mais algum nome ? em portugal quem, que não seja lixo ? fala sério.

o politicamente correto deixa de o ser quando quer transformar a realidade apenas com discurso político e necas de pitibiribas de ação( esta fica para dicionários futuros).

e corretíssimo o neil quando diz que é lixo quem não consegue se envolver cem por cento com o trabalho. a única exceção, dizem, era o bill que as 17 horas afrouxava a gravata e ia viver outra vida.

fica a imaginar a vida das mulheres na ogilvy, afinal o athayde tem muito da misoginia do neil, vide suas equipes anteriores.não costumando dar trégua a quem trabalha menos de 12 horas, no mínimo, por dia. será que o homem mudou ?

sim, alessandra quadros, para o neil, seria lixo também.

4 comentários:

  1. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

    ResponderExcluir
  2. sem esquecer a bé, outro mau exemplo ? mas o french athayde só chamou o cristiano, ex-dupla, da mais famosa de um anúncio só e por aí vai.

    o neil tá certo e não tá prosa. e foi por isso mesmo que foi despedido. talvez mais neils na propaganda e as coisas, em portugal, seriam outras. como também no brasil.

    mas nós somos homens e as mulheres dizem que nós fazemos corporativismo. mas que mulheres não estão no topo da cadeia alimentar da propaganda tão não.
    até em filme, o mel gibson passa-lhes a perna.

    mulheres da propaganda uni-vas!

    ResponderExcluir
  3. Dedicação a 100%? Trabalhar mais de 12 horas por dia? Ok, mas a coisa tem que ser uma via de mão dupla. O meu momento é de ceticismo, cansei de grandes investimentos de baixo retorno. Com 1/3 do salário de Frenchs, ou até mesmo de Athaydes, me converto e ajudo na pregação. Por enquanto, olho o rebanho do lado do lobo.

    ResponderExcluir
  4. oficialmente fora do mercado, portanto aí é que sem remuneração mesmo, descobri que continuo a 100 por cento no ofício e a ele dedicando as mesmas doze horas ou mais, para desgraça da mulher e dos meus quinze cachorros, sem contar com os gatos.

    ceticismo, stenzel, é como gripe aviária. faz parecer negro o que é apenas cinza.

    quem gosta de propaganda não se deixa levar pelas hienas do mercado.

    e, olhando o rebanho pela lado dos lobos, aprende-se que nem todo lobo pode e deve ser alfa.

    a alcatéia, mais do que a liderança, é o que importa.

    é isto que move o negócio.

    portanto, no pain, no gain
    e cuidado com as agências hiena em pele de cordeiro.

    ResponderExcluir