segunda-feira, setembro 12, 2005

a ocasião na televisão faz o ladrão

subitamente nossas tvs são invadidas pelos sacro-santos de plantão. apregoam-se as qualidades divas de salvadores da honra, da ética, da honestidade, propósito imiscuido a si e seus partidos. e tudo sob a encolha da lei que lhes faculta o eleitoral poder, que abrange o serviço televisivo, entre outros, pagos pelos contribuintes.

de tudo dizer e a tudo se agarrar, são rasteiros. até aos defuntos cujas roupas ainda intactas, como miguel arraes, se veem arrastados cova a fora como atestados cartoriais das suas desfeitas. buscam asseverações a todo custo, invocando presenças em grasnados desminliguidos de papagaios de piratas por sobre intimidades editadas.

estes pulguinhas da sarjeta, cuja metamorfose a menor oportunidade auto-fazem-se em punção da hiperplasia de caráter que não cabem em víboras, fazem-me já sentir saudades dos depoimentos do marcos valério. era mais honesto. e muito mais simpático, apesar de tudo.

convenhamos que temos de admirar os canalhas que sorriem sem nos cuspir ou babar.

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