quinta-feira, julho 14, 2005

eu não sou mas quem não é ?

2. Preocupados com a imagem da profissão, alguns estão discutindo, por aí, se Marcos Valério é ou não é publicitário. Estão equivocados, os que fazem isso. .....erram no foco do assunto.

A questão não é Marco Valério, que a imprensa insiste em colar na designação publicitário. A questão é que há duas importantes agências envolvidas no processo.

Mas isso não é o mais grave.

3. Mais grave é o descaso que há, já algum tempo, com que o profissional de comunicação de marketing vem sendo encarado.

Só um exemplo: o projeto de lei 1600/2003, que prevê a criação de uma Comissão Nacional pela Ética na Televisão, prevê em seu artigo 52, que ela “será formada, em caráter multiprofissional, respeitando-se a seguinte composição”:

“I – Três psicólogos designados pelo Conselho Federal de Psicologia;

II – Três advogados designados pela Ordem dos Advogados do Brasil;

III – Três pedagogos designados pelo Conselho Federal de Educação;

IV – Três especialistas em direitos humanos designados pela Comissão
de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados;

V – Um representante do Ministério da Justiça;

VI - Um representante do Ministério das Comunicações;

VII – Um representante do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e
do Adolescente;

VIII – Um representante do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher;

IX – Um representante das entidades civis da luta contra o racismo;

X – Um representante das entidades civis de defesa dos direitos de gays, lésbicas, travestis e transgêneres;

XI – Um representante da Federação Nacional dos Jornalistas;

XII – Dois representantes das emissoras de televisão, indicados por suas
Associações representativas.”

Nenhum representante de quem, pelo menos teoricamente, entende de
comunicação: do profissional de comunicação social e de marketing.

4. Esse é o verdadeiro foco da questão: o desprestígio que, com ou sem Marcos Valério, nossa profissão tem. Pegando o fato que citei no início deste fato: nosso mercado é muito maior. Só que...

Só que para disputá-lo, isto é, para que os profissionais de comunicação social e de marketing gozem do merecido respeito, precisam dar uma demonstração, para a sociedade, do importante papel que exercem.

Mas isso é uma conversa que você já está cansado de ouvir, porque vai bater na regulamentação profissional e na necessidade de realização de um Congresso Brasileiro de Comunicação de Marketing.

Coisas que a ABAP não quer, que a FENAPRO não assume e para a qual os profissionais, lamentavelmente, estão pouco se lixando.

eloy simões, felizardo que pode ver a lagoa da conceição, joaquina e uma orla com uma direção de arte bastante aceitável.

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