quinta-feira, maio 26, 2005

vindo de brasília sempre dá nisso

“Quem participou do 6º. EBAP (Encontro Brasileiro de Agências de Publicidade) realizado pela Abap com o apoio do Conar, Cenp e Fenapro, nos dias 3, 4 e 5 de maio em Brasília, pode ver um empresariado efetivamente preocupado com a situação que vive nossa atividade nestes primeiros anos de 3º milênio.

Grande destaque tiveram temas como as dificuldades de relacionamento entre todos os componentes do quarteto formado por agência/cliente/veículo/fornecedor e de como negociações espúrias, `{a base de arrocho, vêm promovendo uma verdadeira guerra autofágica, em que todos saem perdendo. A agência, aceitando imposições em seus honorários, perde não só em valores pecuniários, como também profissionais e morais. O cliente, que ao enfraquecer esse parceiro, acaba tendo que aceitar, por sua própria culpa, um serviço de qualidade duvidosa, e o veículo, que arrochado em todos os lados, acaba tendo que editar tabelas extrapoladas para não perder o seru “break even point” e o fornecedor, que no fim da linha de negociação, se vê obrigado a trabalhar com verbas estupidamente mutiladas. As gráficas que o digam. Vimos, com tristeza, mas conscientemente, que não existe um único culpado por essa situação, pois todos temos a nossa parcela de culpa. Não quero explicar aqui qual é a participação de cada um de nós, ou a nossa parcela nessa culpa, porque o que nos cabe é fazer uma autocrítica do nosso comportamento como trabalhadores de um ofício de onde tiramos o pão nosso de cada dia. Vimos, com alegria, como Abap, Fenapro, Conar, Cenp, Anj, Abert e tantas outras, se dispõem a somar esforços, dentro da especialização de cada uma, em favor do engrandecimento da propaganda. Ouvimos da boca de grandes profissionais, declarações sinceras verdadeiros “mea culpas” por não terem atuado mais em prol da atividade como um todo e um chamamento a todos, nesse sentido. Ouvimos também muita gente falando da necessidade de formar uma verdadeira consciência do valor de nossa atividade, como fator inibidor das pressões por rebaixa de nossos preços e valores.”
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“Juro que se (na próxima edição do EBAP, em 2007) ainda estiver vivo, estarei lá”.

3. Quatro chances para você adivinhar quem escreveu essas palavras, publicadas no Propaganda & Marketing desta semana (data de capa: de 16 a 22 de maio), alguns dias depois de as agências que atendem o governo terem concedido ao governo, na presença do Cenp, 40% de desconto (veja meu artigo anterior):

A – O presidente da Abap
B – O representante da Fenapro
C – O representante do Cenp
D – O representante do Conar

4. Se você escolheu a alternativa B, acertou. O autor é o vice-presidente executivo da Fenapro, Humberto Mendes.

A Fenapro, se você não se lembra, é aquela entidade que representa os Sindicatos de agências brasileiras. Portanto, que representam TODAS as seis mil e tantas agências do país – a maioria esmagadora das quais foi barrada no encontro de Brasília, onde só 200 foram admitidas.

Ao manifestar publicamente seu encantamento com esse evento e nos informar que todos (inclusive, se entendi bem, a própria Fenapro) reconheceram a necessidade da união do setor, para “formar uma verdadeira consciência do valor da nossa atividade como fator inibidor das pressões por rebaixa de nossos preços e valores”, está na hora de fazer um chamamento geral. Das agências minúsculas, pequenas, médias, grandes e megas. E isso somente a Fenapro, se tiver coragem de enfrentar a oposição da Abap, poderá fazer. Claro que parece lógico que se fizer isso, os profissionais, através das respectivas associações e de Sindicatos da categoria (?) vão aderir. Aí sim, um documento como a Carta de Brasília merecerá o respeito geral. eloy simões, no acontecendo aqui, quer dizer, em florianópolis.

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